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PARTES INTERNAS E EXTERNAS DO GABINETE DA PIA E PIA:

8 PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA LIMPEZA HOSPITALAR

A limpeza e desinfecção deve iniciar sempre do meio menos contaminado para o mais contaminado e utilizar técnicas de limpeza em sentido unidirecional, de dentro para fora, de cima para baixo, dividindo as áreas ao meio, deixando um dos lados livres para o trânsito, principalmente os corredores (BRASIL, 2012).

A seguir, listamos os produtos saneantes utilizados no processo de limpeza e desinfecção de superfícies:

Detergente neutro;

Detergente multiuso;

Limpa Vidros;

Álcool a 70%;

Desinfetante padronizado pela instituição a base de quaternário de amônia;

Hipoclorito de Sódio a 1%.

Não é permitida a mistura de produtos de limpeza pois pode correr a inativação da ação dos produtos (BRASIL, 2012).

Na realização da varredura úmida e/ou lavagem das superfícies dos pisos utiliza-se a placa de sinalização (Equipamento de Proteção Coletiva – EPC) no local mais próximo da realização da limpeza (BRASIL, 2012).

A definição do uso de panos multiuso seguiu o critério de classificação de superfícies contaminadas e não contaminadas. Dessa forma, padronizou-se os panos multiuso de cor amarela e o par de luvas verde para a limpeza de superfícies sujas ou contaminadas (piso, banheiros/vestiários, cestos de lixo, isolamento e toda a unidade do paciente) e o pano multiuso azul e o par de luvas amarelo para limpeza de superfícies não contaminadas e/ou limpa (gelágua, geladeira, cadeiras, mesas, pias, portas e todo o mobiliário). O par de luvas anti alérgicas azul é para áreas críticas, destinando-se às mesmas superfícies em que é utilizado o par de luvas verdes (BRASIL, 2012).

O Serviço de Limpeza é responsável pela limpeza regular e de rotina de todas as superfícies e pela manutenção de um nível elevado de higiene no estabelecimento sendo a Comissão de Controle de

Infecção Hospitalar (CCIH) o órgão norteador e normativo (WHO, 2002).

Historicamente, a utilização de saneantes remonta ao ano de 2800 a.C. Nessa época, utilizava-se material parecido com sabão, que foi encontrado em cilindros de argila em uma escavação na Babilônia, evidenciando o conhecimento do processo de fabricação de sabões. Séculos mais tarde, apareceram os primeiros detergentes, que foram desenvolvidos na Alemanha em 1916 durante a Primeira Guerra Mundial (BRASIL, 2012).

O primeiro desinfetante foi citado por Homero em “A Odisseia”, com o uso do enxofre na forma de dióxido de enxofre em aproximadamente 800 a.C., substância que ainda hoje usada como desinfetante de frutas secas, sucos de frutas e vinho. Posteriormente, surgiram os inseticidas, devido à necessidade de controle dos animais sinantrópicos e posteriormente, os raticidas devido ao surgimento da peste negra, na Europa, por volta de 1347 (BRASIL, 2012).

No Brasil, a primeira referência sobre os produtos saneantes data de o ano de 1967, com a publicação do Decreto-Lei N.º 212, de 27 de fevereiro, e posteriormente o Decreto N.º 67.112, de 26 de agosto de 1970, com a exigência de registro dos produtos pelo órgão federal de saúde competente (BRASIL, 2012).

Define-se produto saneante como a substância ou preparação destinada à aplicação em objetos, tecidos, superfícies inanimadas e ambientes, com a finalidade de limpeza e afins, desinfecção, desinfestação, sanitização, desodorização e odorização, além de desinfecção de água para consumo humano, hortifrutícolas e piscinas. Facilita a limpeza e a conservação de ambientes (casas, escritórios, lojas, serviços de saúde, escolas) e é amplamente utilizado pela população (BRASIL, 2012).

A ANVISA por meio da Gerência Geral de Saneantes (GGSAN) atua no registro e notificação desses produtos, antes de sua comercialização, observando critérios de qualidade para garantir sua eficácia e segurança. Elabora normas e padrões, apoia a organização de informações sobre a ocorrência de problemas de saúde causados por esse tipo de produto, atua no controle e avaliação de riscos, acompanha o desenvolvimento tecnocientífico de substâncias e, quando necessário, adotar medidas corretivas para eliminar, evitar ou minimizar os perigos relacionados aos saneantes (BRASIL, 2012).

A utilização correta de detergentes, desinfetantes e outros produtos saneantes é uma arma poderosa no combate à infecção relacionada à assistência, também conhecida como infecção hospitalar.

A Resolução da Diretoria Colegiada - RDC 59, de 17 de dezembro de 2010 dispõe sobre os procedimentos e requisitos técnicos para a notificação e o registro de produtos saneantes e classifica-os quanto a riscos, finalidade, venda e emprego. Quanto ao risco, os produtos saneantes recebe duas classificações:

Risco 1: Produtos submetidos apenas à notificação como sabões, detergentes, odorizantes de ambientes, limpa-vidros, produtos de limpeza e afins.

Risco 2: Incluem produtos com ação antimicrobiana (desinfetantes e esterilizantes), desinfetantes, produtos biológicos, citando os principais, e que são submetidos a registros (BRASIL, 2010).

Quanto à finalidade, os saneantes podem ser classificados como de:

• Limpeza e afins;

• Esterilização, desinfecção, incluindo a desinfecção de água para consumo humano, hortifrutícola/

piscinas;

• Desinfecção (BRASIL, 2010).

E quanto à venda e emprego, podem ser:

• Produtos de venda livre;

• Produtos de uso profissional ou de venda restrita a empresa especializada (BRASIL, 2010).

A utilização de produtos saneantes (sabões, detergentes, desinfetantes, dentre outros) é recomendado como boas práticas em saúde para obtenção de resultados de excelência. Tais saneantes devem ser utilizados por meio de técnicas corretas e previamente especificados pela SCIH (BRASIL, 2012).

Existem fatores que devem ser levados em consideração na escolha e na utilização dos produtos saneantes para as instituições hospitalares, são eles:

• A natureza da superfície a ser limpa e/ou desinfetada;

• Possibilidade de corrosão da superfície;

• Tipo e grau de sujidade e a sua forma de eliminação;

• Tipo de contaminação a ser eliminada;

• Recursos disponíveis e método de limpeza adotado;

• Grau de toxicidade do produto;

• Concentração do uso preconizado pelo fabricante;

• Segurança na manipulação e uso dos produtos;

• Princípio ou componente ativo;

• Tempo de contato para a ação;

• Potencial de desinfecção perante a matéria orgânica;

• Estabilidade do produto frente a fatores externos (luz, umidade, temperatura, armazenamento);

• Temperatura de uso;

• pH;

• Incompatibilidade com outros agentes, que podem contribuir para a redução da eficácia do mesmo;

• Prazo de validade;

• Registro da ANVISA (BRASIL, 2012).

9 LEGISLAÇÕES SOBRE SANEANTES INDICADOS PARA LIMPEZA E DESINFECÇÃO

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