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Avaliação da pressão arterial, glicemia e massa corporal em pacientes geriátricos do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba (HUEC) após ingesta de suco de beterraba

MAICON CESAR CANUTO, LUZIEL ANDREI KIRCHNER, CAROLINA TALINI, DENISE PINHEIRO GOIS FENIMAN, LILHA FÁTIMA DUARTE DA SILVEIRA, FERNANDA MONIKE ROSA, GABRIEL MONICH JORGE, LUCAS WAGNER GORTZ, RODRIGO BARBOSA KOGA.

Faculdade Evangélica do Paraná Curitiba PR BRASIL.

Fundamento: O suco da beterraba é um estimulante natural do coração, devido ao seu elevado conteúdo de potássio e manganês, fortalecendo as fibras musculares cardíacas. Estudos mostram que o nitrato presente no suco é convertido em nitrito, por ação de bactérias da cavidade bucal, e esse, no ambiente ácido do estômago, transforma-se em óxido nítrico, sendo responsável pela diminuição da pressão arterial. Objetivo: Averigüar se existe alteração da pressão arterial, glicemia e massa corporal após a ingesta do suco de beterraba em pacientes geriátricos.

Delineamento: Ensaio clínico randomizado. Material: A amostra foi constituída inicialmente por 70 pacientes, os quais foram divididos em dois grupos. Os pacientes freqüentaram o Ambulatório do Idoso do HUEC. O primeiro grupo, composto por 35 pessoas, analisado de fevereiro a março de 2008, já o segundo, com um número eqüivalente de pessoas, foi examinado de abril a maio de 2008. Métodos:

Os dados foram coletados em dois momentos: primeiramente, obteve-se dados epidemiológicos (idade, gênero, pressão arterial sistólica e diastólica, glicemia e massa corporal). Secundariamente, os pacientes foram submetidos a uma ingesta diária de 500 ml do suco durante 30 dias, e neste período foi observado se houve alteração dos dados em questão. Resultados: De acordo com os resultados parciais, o sexo predominante foi o feminino. Já a média de idade era de 68,3. A pressão sistólica aferida foi em média de 133mmHg, após a ingesta do suco ficou em torno de 123mmHg. Já, a pressão diastólica média reduziu de 90mmHg para 85mmHg. Entretanto, não foi encontrado alteração significativa nos demais índices.

Conclusões: Por consegüinte, pode-se inferir que o suco contribuiu para reduzir os níveis de pressão arterial nos pacientes avaliados, podendo ser um meio de baixo custo para o controle de hipertensão.

CARACTERÍSTICAS DOS IDOSOS SUBMETIDOS A TESTE ERGOMÉTRICO CONVENCIONAL EM ESTEIRA

AUREO DO CARMO FILHO, MAURO AUGUSTO DOS SANTOS, LUCIANA SANTOS SOUZA, CLAUDIA CRESCIULO DE ALMEIDA, ANDRÉ LUIS CALDAS DE OLIVEIRA, MARIA ANGELA M. DE QUEIROZ CARREIRA.

DIAGNÓSTICOS DA AMÉRICA RIO DE JANEIRO RJ BRASIL.

INTRODUÇÃO: O teste ergométrico (TE) é uma valiosa ferramenta diagnóstica na prática da Cardiologia. Os idosos são os que mais realizam este exame. Estes pacientes possuem características distintas do restante da população, em virtude das alterações vasculares inerentes ao processo de envelhecimento; contudo, não há muitas publicações que abordem estas diferenças. OBJETIVO: Comparar a incidência de comorbidades, o desempenho e as alterações hemodinâmicas entre idosos (>60 anos) e não-idosos em teste ergométrico convencional em esteira.

MATERIAL E MÉTODOS: Analisou-se os TE realizados sob protocolo de rampa de 11938 pacientes de um serviço privado de medicina diagnóstica do Rio de Janeiro no período de mar/05 a nov/07. Separamos a amostra em dois grupos, de acordo com a idade do paciente (G.I = idade ≥ 60 anos; G.II = idade < 60 anos). Utilizou-se o teste T para comparação entre variáveis numéricas e o teste do Qui-quadrado para variáveis categóricas, adotando-se o valor de p < 0,05 como estatisticamente significativo. RESULTADOS: O G.I foi formado por 1986 pacientes e o G.II por 9952.

O sexo masculino predominou em ambos os grupos (53,93% e 59,65%). Houve maior incidência de diabetes (DM), hipertensão arterial (HAS) e dislipidemia entre os idosos (14,20 x 3,60; 55,79 x 24,62; 37,31 x 18,04%) e tabagismo entre os não-idosos (7,70 x 11,81%). Os valores de VO2max alcançados foram semelhantes (em % do previsto para a idade e sexo), sendo no G.I=117,20±28,27 e no G.II=105,98±22,28.

Observou-se ainda maior ocorrência de resposta hipertensiva sistólica (15,81 x 5,59%) e diastólica (10,88 x 6,97%) entre os idosos. CONCLUSÕES: Pacientes idosos apresentaram maior incidência de resposta inotrópica hipertensiva; estes pacientes possuem maior incidência de HAS, DM e dislipidemia.

Pacientes com suspeita de Doença Arterial Coronariana submetidos a cineangiocoronariografia no HSPE: o que os caracteriza?

MICHELI ZANOTTI GALON, GEORGE CESAR XIMENES MEIRELES, GILBERTO GUILHERME AJJAR MARCHIORI, SERGIO KREIMER.

Hospital do Servidor Público Estadual São Paulo SP BRASIL.

Fundamento: Conhecer fatores de risco e manifestações clínicas da doença arterial coronariana (DAC) nos permite intervir de maneira mais eficaz junto à uma determinada população. Objetivo: Identificar perfis clínicos e angiográficos dos servidores públicos do estado de São Paulo submetidos a cateterismo cardíaco atendidos em um hospital terciário e tratados por meio de intervenções coronarianas percutâneas (ICP). Delineamento: Trata-se de um registro unicêntrico (Serviço de Hemodinâmica do Hospital do Servidor Público Estadual - HSPE), consecutivo dos pacientes com suspeita clínica de DAC submetidos a cineangiocoronariografia.

Material/Método: Estudo de uma casuística de 742 cateterismos cardíacos realizados para esclarecimento diagnóstico de DAC, selecionados a partir de um banco de dados de março a dezembro de 2007. Resultados: Foram 356 (56,3%) pacientes do sexo masculino, com média de idade de 64 anos. Hipertensão arterial sistêmica (72,9%) e dislipidemia (48,1%) foram os fatores de risco para DAC mais observados. Antecedentes de infarto do miocárdio e cirurgia de revascularização miocárdica foram respectivamente observados em 19,7% e 10,2% dos casos.

O quadro clínico confirmado foi de infarto agudo do miocárdio (IAM) com supradesnivelamento do segmento ST (SST) em 13%, IAM sem SST em 18,2%, angina instável (AI) em 13,7%, angina estável em 29,1%, dor torácica atípica ou manifestações atípicas de síndrome coronariana aguda (SCA) em 12,1%. Doença arterial coronariana multiarterial ocorreu em 49,6% das cineangiocoronariografias.

Indicação de tratamento por ICP ocorreu em 37%, sendo tratadas lesões-alvo tipo B2 ou C em 83%, das quais 92,4% situavam-se em vasos naturais. AAS e clopidogrel constavam na medicação da alta hospitalar dos pacientes submetidos à ICP, respectivamente em 91,3% e 88%. Conclusão: Observamos um predomínio de multiarteriais entre os pacientes tratados por ICP, sendo o IAM SST e a AI os quadros clínicos mais frequentes. Terapia anti-plaquetária dupla foi prescrita na maioria dos casos.

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A UTILIZAÇÃO DE STENT FARMACOLÓGICOS EM UM HOSPITAL COMUNITÁRIO AMPLIA A INDICAÇÃO PARA LESÕES CORONÁRIAS COMPLEXAS?

MANUEL NICOLAS CANO, DINALDO CAVALCANTI DE OLIVEIRA, ANDRÉS SÁNCHEZ, SILVIA JUDITH FORTUNATO CANO, CLEBER DO LAGO MAZZARO, EDUARDO ADALBERTO JACCOUD, IGOR ALEXANDER DE SOUZA, MARIA CRISTINA FERRARI, PEDRO AUGUSTO ABUJAMRA, FLAVIO ANTONIO DE OLIVEIRA BORELLI.

Hospital e Maternidade Brasil - Departamento de Hemodinâmica Santo André SP BRASIL.

Objetivos: Avaliar o impacto clínico e complicações do tratamento com stents farmacológicos em pacientes com lesões complexas, num seguimento de 1 ano em um hospital comunitário. Métodos: No período de MAI/2002 a SET/2007, 120 pacientes (p) consecutivos, com lesões complexas em artérias coronárias nativas, foram tratados com stents farmacológico. Com stents liberadores de Sirolimus 103p (85,8%), com Paclitaxel 17p (14,2%). Foi utilizado mais de um stent por lesão quando necessário. Realizamos seguimento por um ano. Resultados: A idade média foi 62±9 anos, 58p (48,3%) eram diabéticos; 74p (61,6%) tinham IAM prévio e 63p (52,5%) multiarteriais com disfunção ventricular moderada ou grave;

em 37 casos (30,8%%) houve restenose intra-stent, A média de stent por paciente foi de 1,4. Não houve complicações imediatas nem hospitalares. No seguimento houve 1 caso de progressão da doença coronária tratado com outro stent liberador de sirolimus (tabela). Conclusões: Nesta análise consecutiva de pacientes, num hospital comunitário, observamos como os stents farmacológicos ampliaram as indicações do tratamento percutâneo para lesões coronárias complexas, que no passado tinham indicação de revascularização cirúrgica. Estes dispositivos tornaram o procedimento intervecionista seguro e eficaz, apresentando baixos índices de eventos no seguimento a médio prazo.

Como a situação Ventilatória do paciente pode alteral a manifestação hemodinâmica do Canal Arterial

SALVADOR ANDRE B. CRISTOVAO, RENATA PRETTI ZIGONI, TARCISIO MARIZ MAIA FILHO, NÁDIA DE MENDONÇA CARNIETO, CASSIO PEIXOTO SANTANA, LUIZ FELIPE WILI, GUILHERME ALVES LAPA, MARIA FERNANDA ZULIANI MAURO, ADNAN ALI SALMAN, JOÃO BATISTA DE OLIVEIRA NETO, GUSTAVO ADOLFO BRAVO RANDO, JOSE ARMANDO MANGIONE.

Hospital Beneficencia Portuguesa São Paulo SP BRASIL e Hospital Oswaldo Cruz São Paulo SP BRASIL

Paciente SRCM, feminina, 2 anos, foi encaminhada ao nosso serviço para ser submetida à oclusão de canal arterial. Ecocardiograma prévio evidenciou persistência do canal arterial (medindo 2,2mm) com leve a moderada repercussão hemodinâmica.

Programada oclusão percutânea do canal arterial com prótese de Amplatzer. Foi optado pelo anestesista apenas sedar a criança uma vez que a mesma apresentava SatO2 de 95%. Durante o procedimento, observamos pressão sistólica pulmonar muito elevada (70mmHg), o que nos motivou a suspender o procedimento, temendo a mobilização da prótese com embolização. Posteriormente calculamos a resistência pulmonar que se encontrava em 475 dyna.seg.cm-5, o que não explicava a hipertensão pulmonar. A gasometria arterial demonstrou acidose mista grave (pH 6,98; pO2 159; pCO2 71; BE -14,8; HCO3 16,2). A paciente foi encaminhada a Unidade Intensiva, iniciada fisioterapia respiratória e antibioticoterapia com melhora dos padrões ventilatórios. Após oito dias a criança retornou a sala de hemodinâmica, foi feita intubação oro traqueal e mantida em ventilação mecânica durante a intervenção. A pressão sistólica pulmonar encontrava-se em 30mmHg e o implante da prótese de Amplatzer foi realizado com sucesso. Relatamos esse caso para alertar sobre como a situação ventilatória pode alterar a manifestação hemodinâmica de pacientes com hiperfluxo pulmonar. Devemos preconizar o realização de intervenções com as crianças sob ventilação mecânica.

Embolia Cerebral Secundária à Realização de Arteriografia Carotídea Diagnóstica: Reperfusão Endovascular Imediata

ANDRÉS SÁNCHEZ, ANTONIO M KAMBARA, CLARISSA CAMPO DALL ORTO, ALOAR MENDES, MANOEL CANO, LUIZ F L TANAJURA, LUIZ A P E MATTOS, ALEXANDRE A C ABIZAID, ANDREA C L S ABIZAID, FAUSTO FERES, AMANDA G M R SOUSA, JOSE E M R SOUSA.

Institutot Dante Pazzanese de Cardiologia São Pauulo SP BRASIL.

Relato do Caso: 72 anos, feminino, com história de angioplastia com stent na carótida interna esquerda em 1998. Apresentava há 2 meses história de episódios de amaurose fugaz a direita. O exame neurológico era normal. O Eco-doppler de artérias carótidas e vertebrais mostrou stent na carótida interna esquerda com resultado mantido e a direita lesão moderada (50-69%). Na angiografia dos vasos cerebrais, foram canuladas de maneira seletiva e estudadas as artérias vertebrais e a artéria carótida comum esquerda sem intercorrencias, porém ao término da angiografia da carótida direita a paciente apresentou disfasia, desvio de rima labial para direita e hemiparesia esquerda, com rápida progressão para hemiplegia. Pela suspeita de embolia arterial intra-cerebral, optou-se repetir a angiografia carotídea direita, com estudo da circulação intra-cerebral correspondente, sendo observada obstrução total do ramo temporo-parietal da artéria cerebral média. Optou-se pela tentativa de recanalização do vaso culpado. Foi canulada a carótida interna direita e realizada anticoagulação com heparina, posteriormente foi ultrapassada a obstrução com guia Floppy 0,014” e colocado um micro-catéter proximal à obstrução, tentando-se aspiração do material trombo-embólico sem sucesso. A seguir foi tentado o resgate deste material com uso de guia tipo laço, também sem sucesso. Injetou-se Tirofiban intra-cerebral pelo micro-catéter. Retiramos este, e utilizando um Balão 2,5x20mm ultrapassou-se a obstrução, realizando-se insuflação no local da obstrução.

Posteriormente, realizamos injeção de controle obtendo-se desobstrução do vaso (sem lesão residual) e o fluxo intra-cerebral normalizou-se. Dez minutos após a desobstrução, a paciente começou a apresentar recuperação do déficit motor, sendo o exame neurológico totalmente normal uma hora após o procedimento.

Acidente Vascular Cerebral Agudo. Recanalização Endovascular Imediata de Oclusão da Artéria Carótida

ANDRÉS SÁNCHEZ, ANTONIO M KAMBARA, ALOAR MENDES, CLARISSA CAMPO DALL ORTO, MANOEL CANO, SAMUEL M. MARTINS, AUREA JACOB CHAVES, LUIZ A P E MATTOS, ALEXANDRE A C ABIZAID, FAUSTO FERES, AMANDA G M R SOUSA, JOSE E M R SOUSA.

Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia São Paulo SP BRASIL.

Relato do Caso: 69 anos, sexo feminino, com história de HAS, dislipidemia, cardiopatia isquêmica com angina instável (episódios de angina de repouso), pelo qual foi realizada coronariografia sendo uma paciente multi-arterial. Foi realizado ultra-som doppler que mostrou estenose carotídea bilateral, pelo qual foi solicitada arteriografia de vasos supra-aórticos. A paciente apresentava-se assintomática do ponto de vista neurológico. Foi realizada angiografia dos vasos supra-aórticos, sendo o diagnóstico de estenose de 60% na carótida interna direita e sub-oclusiva na interna esquerda. Após a finalização do procedimento diagnóstico a paciente apresentou afasia, desvio de rima labial para esquerda e hemiplegia direita. Pela suspeita de trombose ou embolia arterial no território da carótida interna esquerda, optou-se repetir a angiografia carotídea esquerda, sendo observada obstrução total da carótida comum esquerda. Optou-se pela tentativa de recanalização do vaso acometido. Colocamos um catéter-guia MP 8F, e administramos heparina e tirofibam endovenoso. Posteriormente, foi ultrapassada a obstrução com guia 0,014”

e colocado um filtro de proteção distal (SpiderTM), através do guia. Realizamos pré-dilatação com balão 2,5 x 20 mm, conseguindo fluxo lento só depois da terceira dilatação, optamos por colocar um stent auto-expansível de nitinol de 7,0 x 40 mm no local, e pós-dilatação intra-stent com balão 6,0 x 20 mm. Imediatamente após a desobstrução, a paciente começou a apresentar recuperação do déficit motor e da afasia. A seguir, fechamos e retiramos o filtro, realizamos angiografia de controle, obtendo-se desobstrução e fluxo normal na carótida comum e interna esquerda, com circulação e fluxo intra-cerebral normal. A recuperação neurológica foi progresiva (nas primeiras 24 horas). Nas 48 horas seguintes, a paciente apresentava-se assintomática, e a tomografia computadorizada de crânio (de controle) foi normal.

SEGUIMENTO 30 DIAS 1 ANO

IAM 0 0

RLA-Percutânea 0 1(0,8%)

RLA-Cirúrgica 0 0

RVA 0 5(4,2%)

Óbito 0 0

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Ecocardiograma sob estresse farmacológico em paciente com origem anômala da artéria coronária esquerda no tronco pulmonar

MANUEL ADAN GIL, LUIZ DARCY CORTEZ FERREIRA, CLAUDIA GIANINI MONACO, CARLOS EDUARDO SUAIDE SILVA, JUAREZ ORTIZ.

OMNI – Centro de Cardiologia Não Invasiva S. Paulo SP BRASIL.

Fundamento: A ecocardiografia sob estresse com dobutamina e atropina (EDA) é reconhecida como método não invasivo com boa acurácia para o diagnóstico de coronariopatia obstrutiva. Seu uso para evidenciar isquemia miocárdica em pacientes com má formação coronariana não é habitual. Objetivo: Apresentar caso raro de paciente com origem anômala da coronária esquerda no tronco pulmonar que foi submetida a EDA para avaliar se havia isquemia miocárdica. Delineamento:

Relato de caso. Paciente / material: Paciente branca, de 45 anos, há 4 meses com episódios de dor precordial em peso, por minutos, sem irradiação, em repouso e, às vezes, aos esforços. Não apresentava fatores de risco para doença coronariana.

Após realizar teste ergométrico sugestivo de isquemia foi encaminhada para EDA.

Métodos: Após avaliação clínica e realização de ECG e ecocolorcardiograma, a paciente recebeu infusão de dobutamina com incrementos a cada 3 min e adição de atropina para atingir a freqüência cardíaca submáxima ou evidenciar isquemia.

Durante o teste houve monitoramento da função ventricular esquerda global e segmentar com o ecocardiograma, além de controles clínicos e eletrocardiográficos.

Resultados: A paciente apresentava exame clínico normal e ECG com alterações inespecíficas. No ecocardiograma as câmaras cardíacas e a função do ventrículo esquerdo eram normais. No entanto, notava-se dilatação das artérias coronárias com fluxo bastante aumentado ao color. No pico do teste farmacológico, notou-se deterioração da contratilidade em área ântero-septo-apical do ventrículo esquerdo e infradesnivelamento do segmento ST, denotando isquemia no território da coronária descendente anterior. Houve regressão do quadro com suspensão da dobutamina e uso de betabloqueador EV. A aortografia evidenciou apenas a coronária direita, que bastante dilatada enchia toda coronária esquerda. Esta também era dilatada e seu fluxo retrógrado alcançava o tronco pulmonar. Conclusão: A EDA com extensa área de isquemia miocárdica mostrou a repercussão funcional da anomalia coronariana, complementando o diagnóstico anatômico e a avaliação do prognóstico da paciente.

Endocartite infecciosa em prótese valvar - complicações

HÉLCIO GIFFHORN.

Santa Casa Curitiba Pr BRASIL.

FUNDAMENTO: A endocardite infecciosa (EI) em prótese valvar apresenta-se em maior freqüência em posição aórtica; a presença de abscesso em anel denota maior gravidade clínica (Piper C, Körfer R, Horstkotte Heart 85;590-3, 2001). OBJETIVO:

O objetivo deste trabalho foi o de avaliar os eventos e condutas relacionados à endocardite infecciosa em prótese valvar, assim como suas complicações.

DELINEAMENTO: Relato de caso – retrospectivo. PACIENTE – RELATO DE CASO:

CASO 1. Paciente masculino, 67 anos, realizou troca valvar aórtica e mitral em 2005 por prótese biológicas, apresentando-se com febre, astenia, emagrecimento de 15 kg em 3 meses.O paciente apresentou 6 hemoculturas negativas;iniciado vancomicina e gentamicina. No 12° dia teve quadro de síncope e hemiplegia desproporcional. Evoluiu o óbito na 8 a hora do AVC. EuroSCORE = 8. CASO 2.

Paciente masculino, 52 anos, internou na UTI por crise hipertensiva e dor torácica tipo anginosa; não apresentava febre. Ao cateterismo cardíaco deiscência parcial da prótese em posição aórtica e submetido a re-operação de emergência. EAP na indução anestésica; achado intra-operatório de abscesso de anel aórtico extenso.

Sídrome de baixo débito cardíaco na saída de CEC e evoluindo para óbito.

EuroSCORE = 9. CONCLUSÕES: A EI em prótese valvar (infeccção associada a polímero) pode cursar de forma insidiosa semelhante à valva nativa. No caso 1, não houve tempo hábil para cirurgia eletiva. A apresentação inicial do caso 2 foi de SIRS e a confirmação de EI foi no intra-operatório.

Janela aortopulmonar - Relato de Caso

MAYRA I DIAS, ANA CAROLINA F. SANTOS, MARLY DE OLIVEIRA, THIAGO G CERQUEIRA, FREDERICO A D MACHADO, CLAUDIO A O ANDRADE, EVARISTO M NETO.

Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte Belo Horizonte MG BRASIL.

Introdução: O defeito septal aortopulmonar é um defeito cardíaco congênito raro, localizado na porção proximal do septo aortopulmonar, de tamanho variável, normalmente posicionado a meio caminho entre as valvas semilunares e a bifurcação pulmonar. Objetivo: Demonstrar a importância de se aliar o resultado dos exames complementares à clínica do paciente, para melhor elucidação diagnóstica e tratamento adequado. Relato de caso: NLE, DN 28/05/07, 04 meses de idade, feminino, natural de Piumhi – MG. Nesta cidade, em 08/2007, foi levada ao pediatra com relato de cansaço, dificuldade para sucção e interrupção das mamadas desde o nascimento. Detectado sopro, foi solicitado ecoDopplercardiograma (ECO) (03/08/07) que evidenciou: Comunicação interatrial do tipo “ostium secundum”

(CIA OS) de tamanho pequeno e HVE leve. Sugerido acompanhamento clínico.

Durante viagem à Belo Horizonte – MG, apresentou piora importante do cansaço e sudorese cefálica às mamadas. Levada a um serviço de pronto atendimento em 23/10/07, foi diagnosticado sinais de insuficiência cardíaca congestiva (ICC) descompensada e em 26/10/07 encaminhada para internação na Santa Casa de Belo Horizonte. À admissão apresentava-se desnutrida, com sopro sistólico em BEE alta, B2 hiperfonética, sinais de ICC descompensada. Iniciado tratamento clínico da ICC e solicitado novo ECO (26/10/08) sendo diagnosticado: CIA tipo OS de tamanho médio, Janela Aortopulmonar tipo I, aumento moderado das câmaras esquerdas e leve das câmaras direitas. Indicado tratamento cirúrgico em 13/11/07 com esternotomia mediana, tempo de CEC 48’ e clampagem da Ao 38’, correção da janela aortopulmonar com remendo de pericárdio bovino e correção do CIA com sutura direta, saída da CEC sem anormalidades. Evoluiu sem intercorrências no pós-operatório. Recebeu alta do CTI para a enfermaria no 4° dia de pós-operatório, onde permaneceu por mais 03 dias até a alta hospitalar, em boas condições clínicas.

Conclusão: O presente caso ressalta a importância de se valorizar o quadro clínico do paciente frente aos resultados dos exames complementares, para um diagnóstico correto e pronta instituição do tratamento.

Variabilidade da frequência cardíaca em pacientes assintomáticos com forma crônica da doença de Chagas

DIVINA SEILA DE OLIVEIRA, MANOEL FERNANDES CANESIN, ANTONIO CARLOS PEREIRA BARRETTO.

Universidade Estadual de Londrina Londrina Pr BRASIL e Instituto do Coração - INCOR FMUSP São Paulo SP BRASIL

Estudo transversal prospectivo que avaliou os índices de variabilidade da freqüência cardíaca e sua correlação com arritmia ventricular em 106 pacientes chagásicos crônicos assintomáticos e 18 controles. Em todos os avaliados foram realizados:

eletrocardiograma, radiografia de tórax e Holter (presença e o número de extra-sístoles ventriculares e índices de variabilidade da freqüência cardíaca – SDNN, SDANN, ISDNN, rMSSD e pNN50). Os pacientes foram divididos em três grupos:

GI – 48 com eletrocardiograma normal, GIIA – 30 com eletrocardiograma com alterações características para doença de Chagas e GIIB 24 com outras alterações no eletrocardiograma. As prevalências de arritmia ventricular foram de 45,8%, 76,6%, 75% e 37,5% respectivamente no GI, GIIA, GIIB e controle (p=0,005). Não houve diferença entre os grupos em relação aos índices de variabilidade da freqüência cardíaca e não houve correlação entre o número de extra-sístoles ventriculares e os índices de variabilidade da freqüência cardíaca. Conclui-se que nestes grupos de pacientes, independentemente da presença ou não de cardiopatia a eventual alteração autonômica não comprometeu a variabilidade da freqüência cardíaca.

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Racional e delineamento de um estudo randomizado e controlado sobre os efeitos do Saccharomyces boulardii em pacientes com insuficiência cardíaca (PROICA)

ANNELISE CISARI COSTANZA, EVANDRO TINOCO MESQUITA, LUIS OTÁVIO CARDOSO MOCARZEL, WERNER SCHEINPFLUG.

Universidade Federal Fluminense Niterói RJ BRASIL.

FUNDAMENTO: O sistema gastrintestinal representa importante papel na fisiopatologia da insuficiência cardíaca (IC). Alterações da barreira intestinal na IC corroboram a hipótese endotoxina-citocina, em que a translocação bacteriana promove a ativação de citocinas inflamatórias. A utilização de probióticos na modulação da permeabilidade intestinal pode promover melhora do perfil imunoinflamatório de pacientes com IC. OBJETIVO: Avaliar a segurança e eficácia do uso de uma levedura com propriedades probióticas – Saccharomyces boulardii – sobre a permeabilidade intestinal, a ativação imunoinflamatória mediada por antígenos intestinais e o remodelamento miocárdico de pacientes com IC sistólica.

DELINEAMENTO: Ensaio clínico randomizado, duplo-cego, placebo-controlado.

PACIENTE OU MATERIAL: Serão avaliados 50 pacientes com IC classe funcional NYHA II e III, estáveis. MÉTODOS: Os grupos serão randomizados para o uso do probiótico (dose diária de 1g via oral) ou placebo durante 3 semanas. A permeabilidade intestinal será avaliada através do teste do manitol-lactulose e a dosagem de citocinas plasmáticas (TNFalpha, IL-6 e IL-beta) antes, após 3 semanas de uso contínuo do probiótico ou placebo e após 3 meses do início da intervenção.

Será realizado Ecocardiograma no início e ao final do protocolo. PERSPECTIVAS:

O PROICA é um estudo pioneiro na utilização de um probiótico em pacientes com IC, com a intenção de promover o desenvolvimento de novas linhas de pesquisa e tratamento na IC.

Acometimento cardíaco em doadores de sangue com Doença de Chagas MARIA ALAYDE MENDONCA DA SILVA, IVAN ROMERO RIVERA, JOSE MARIA GONCALVES FERNANDES, MIRIAM LIRA CASTRO DE VASCONCELOS, RICARDO CESAR CAVALCANTI, SURA AMÉLIA BARBOSA FÉLIX LEÃO, RAFAEL CAVALCANTI, ROSEANA SÍLVIA DE MELO BORBA, RENATA D`ANDRADA TENÓRIO ALMEIDA SILVA.

Universidade Federal de Alagoas Maceió AL BRASIL.

Introdução: Os bancos de sangue, na triagem de doadores, se constituem na atualidade em uma das fontes que mais freqüentemente contribuem para o conhecimento de novos casos de doença de Chagas, os quais são quase que exclusivamente crônicos. Objetivo: Identificar o grau de acometimento cardíaco em doadores de sangue com doença de Chagas. Métodos: Seleção prospectiva e consecutiva de pacientes com doença de Chagas identificados em bancos de sangue da cidade de Maceió, encaminhados para avaliação clínica. Protocolo:

História Clinica; Exame Físico; ECG; Holter de 24 horas; Ecocardiograma trans-torácico. Variáveis: Idade; sexo; Classe Econômica (CE); Classe Funcional (CF) de Insuficiência Cardíaca (IC); Alterações eletrocardiográficas; Extrassístoles ventriculares ao Holter; Fração de ejeção ao ecocardiograma. Resultados: Foram avaliados 38 pacientes; 9 mulheres e 29 homens; idade de 30 a 58 anos (mediana de 42,5 anos); CE B-1 paciente; C-12; D-22; E-3. Todos em CF-I de IC. ECG normal em 19 pacientes; BDASE-6; BRD-3;BRD+BDASE-7;BRE-1:BAV 2:1-1; EVs-1. Holter com

>10 EVs/hora-4 pacientes. FE<0,55-2 pacientes. Conclusões: Na amostra estudada:

1) Apesar de assintomáticos (100%), 50% dos doadores com doença de Chagas apresentaram alterações eletrocardiográficas compatíveis com o acometimento cardíaco pela doença, incluindo uma indicação de marcapasso. 2) Em torno de 80%

dos doadores pode beneficiar-se do tratamento etiológico da doença.

Miocardiopatia periparto (MP): características clínicas

DANIEL JANCZUK, ABILIO AUGUSTO FRAGATA FILHO, EDILEIDE DE BARROS CORREIA, DIEGO PATRICIO SERRANO, MARCO TULIO HERCOS JULIANO, RENATO BORGES FILHO, MARCOS DE OLIVEIRA VASCONCELLOS, CÍCERO SOARES MARTINS.

Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia São Paulo SP BRASIL.

Fundamentos: A MP é uma doença rara, de morbimortalidade elevada, com epidemiologia e prognóstico controversos. Objetivos: Avaliar epidemiologia e prognóstico das pacientes (p) atendidas. Método: 24 p, entre 11/06 a 11/07, analisando-se: idade, hipertensão arterial sistêmica prévia, doença hipertensiva específica da gravidez, pré eclampsia, parto, raça, multiparidade, diagnóstico na gestação ou puerpério, tromboembolismo, eletrocardiograma (ECG); anatomia e análise funcional ao ecocardiograma (eco), classe funcional (CF) e mortalidade.

Feita análise de freqüência, tabelas cruzadas, teste de variáveis independentes, qui-quadrado, anova, teste T ou teste exato de Fisher. Resultados: Idade de 29,74 a; 63.63% diagnosticadas no puerpério; 37,5% brancas e 16,7% negras;

37,5% hipertensas; 26,08% doença hipertensiva especifica da gravidez; 8,35% pré eclampsia; 77,8% multíparas; 42,1% cesareana; CF do diagnostico foi II em 20,8%, III em 33,3% e IV em 45,8% e evoluindo para I em 33,3%, II em 50%, III em 4,2% e IV em 12,5%, 1 morte (4,16%); ECG: sinusal em 95,8%; 21,7% taquicardia sinusal e 45,8% com sobrecarga de VE; a fração de ejeção (FE), os diâmetros sistólico e diastólico final de ventrículo esquerdo (DSVE e DDVE) no 1º eco foram 38.68%, 51.21 cm e 63.29 cm; a FE, DSVE e DDVE no 2º eco foram 46.83%, 43.86 cm e 58,05 cm;

1 episódio de trombo intracavitário (5,6%) e 1de tromboembolismo pulmonar (4,2%);

houve correlação negativa entre idade e CF na 1ªconsulta: as de CF IV tinham idade de 24,73 a; as de CF II e III tinham idade de 34 e 34,57 a (p=0.012); houve aumento da FE no 2º eco nas p diagnosticadas durante a gestação (p=0,031); o DDVE no 1º eco teve correlação negativa com a idade (p=0,021); a taquicardia sinusal se correlacionou positivamente com aumento do DSVE no 1º (p=0,01) e 2º (p=0,05) eco. Conclusão: A idade se correlacionou negativamente com o a CF, o que pode conferir maior gravidade. A multiparidade e a idade elevada foram de maior risco e observou-se baixo índice de tromboembolismo e mortalidade.

Caraterização ecocardiográfica da distribuição da miocárdica na miocardiopatia hipertrófica em população brasileira

AFONSO YOSHIKIRO MATSUMOTO, EDMUNDO ARTEAGA FERNANDEZ, ALOIR QUEIROZ ARAUJO SOBRINHO, BARBARA MARIA IANNI, MURILLO DE OLIVEIRA ANTUNES, CHARLES MADY.

Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP São Paulo SP BRASIL.

Fundamento: A distribuição variável e heterogênea da hipertrofia (espessura miocárdica ≥ 15 mm) na miocardiopatia hipertrófica (MCH) ressalta a importância do estudo minucioso de portadores desta doença. Objetivo: Caracterizar a distribuição da hipertrofia pela ecocardiografia nos 17 segmentos miocárdicos, segundo proposta de segmentação do ventrículo esquerdo (VE) da American Heart Association (6 segmentos no plano basal, 6 no médio,4 no apical e 1 na calota apical).

Delineamento: Estudo próspectivo de 10/04/2006 a 25/02/2008 de pacientes (pct) ambulatoriais da Unidade Clínica de Miocardiopatias. Casuística e Método: Foram incluídos 150 pct, sendo excluídos 18 (hipertensão arterial (>140/90 mmHg): 9, miectomia: 3, disfunção valvar significativa: 1 e tecnicamente inadequados: 5). Em todos, a avaliação ecocardiográfica incluiu cortes tranversais nos planos basal e médio, e corte apicais em 4 e 2-câmaras. Resultados: Idade média = 38,3 ± 15,6 anos (máxima: 82 a e mínima: 7), sendo 77 do sexo masculino. Átrio esquerdo = 43,7mm. ± 7,6; fração de ejeção VE = 0,72 ± 0,08. De 2.244 segmentos miocárdicos observados, 1.708 (76,1%) puderam ser medidos; destes, 898 (52,6%) apresentaram espessura ≥ 15 mm. A hipertrofia distribuiu-se, predominante e percentualmente nos planos basal e médio das paredes anterior, septal anterior e septal inferior), 33,3 e 33,1, respectivamente, representando 66,4% da totalidade. Nos planos basal e médio das paredes inferior, lateral inferior e lateral anterior os valores percentuais foram de 8,9 e 11,9, respectivamente. Na porção apical a hipertrofia foi detectada e, 12,7%. Conclusões: A identificação da hipertrofia miocárdica é fundamental para o diagnóstico de miocardiopatia hipertrófica. A não investigação de todos os segmentos miocárdicos, pode excluir presença de hipertrofia em localizações menos habituais.