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SUGESTÕES DOS PROFESSORES NÚMERO DE PROFESSORES Mais divulgação em todos os sentidos

3 PREPARAR, INVESTIGAR E AGIR: O PLANO DE AÇÃO EDUCACIONAL (PAE) PARA O COLÉGIO ESTADUAL X, METROPOLITANA VI.

3.2. Proposição 1: Reuniões estratégicas preparando a escola para o uso dos resultados do SAERJ e Saerjinho

É preciso criar a cultura avaliativa na escola. O primeiro passo para tal é o entendimento por parte da equipe escolar que a avaliação externa pode e deve ser usada como ferramenta pedagógica para melhorar a qualidade do ensino na escola. É preciso que a equipe gestora, a coordenação e o corpo docente estejam dispostos a abraçar esta ideia. Para que isto se torne possível, primeiramente é necessário haver informação. A direção e a coordenação deverão organizar então um planejamento de reuniões pedagógicas que irão ocorrer ao longo do ano letivo. A sugestão seria que as reuniões ocorressem quinzenalmente, com durações de até 4 horas. Os grupos seriam divididos, a princípio, pelos turnos em que trabalham. Assim, haveria três salas de trabalho diferentes se reunindo ao mesmo tempo. Para aqueles professores que trabalham em dois turnos, por exemplo, haveria a opção de participarem no grupo onde sua carga horária é maior. A proposta de serem encontros quinzenais é para que realmente se torne algo factível para a escola e para que não seja cansativo e desmotivador.

Como seriam três grupos de trabalho, seria importante que houvesse um líder responsável por cada grupo. A sugestão seria que o coordenador escolar ficasse responsável pelo grupo do turno da manhã, um diretor adjunto pelo grupo do turno da tarde e outro diretor adjunto pelo grupo do turno da noite. O diretor principal exerceria o controle e o acompanhamento de todos os três grupos.

A seguir, apresenta-se a organização do esqueleto das reuniões.

3.2.1.Todos somos aprendizes: pautas para as reuniões estratégicas

Inicialmente, é preciso trabalhar com os professores a ideia de que todos estão ali para compartilharem seus conhecimentos e aprenderem juntos. É preciso que os professores, coordenadores e diretores trabalhem em conjunto, sem

espaço para competição ou julgamentos. Boudett, City e Murnane (2010) no Data

Wise citam em que os educadores devem focar:

Uma boa escola não é uma coleção de bons professores trabalhando independentemente, mas um time de educadores talentosos trabalhando juntos para implementarem um plano de ação instrucional coerente, para identificar as necessidades de aprendizagem de cada estudante e ir de encontro à essas necessidades. (BOUDETT, CITY e MURNANE, 2010, p. 2. Tradução do autor.)22

Desta forma, não deve haver espaço para culpas, vergonhas ou punições entre a equipe escolar, mas sim para o conhecimento dos dados e o planejamento do que fazer a partir deles. Os professores necessitam sentirem-se responsáveis pelos resultados, mas a partir de tal, buscarem soluções. Durante este primeiro momento, a equipe escolar aprende a compartilhar, ouvir, trocar, observar, descrever e não julgar. Neste primeiro encontro também deverá ser passado para os professores a proposta dos encontros quinzenais com vistas a analisarem e debaterem os resultados das avaliações externas SAERJ e Saerjinho de modo que a escola possa melhor aproveitar estas ferramentas pedagógicas na busca por melhorias na qualidade da educação. As pautas das reuniões serão então apresentadas aos professores: oficinas de apropriação e uso dos resultados do SAERJ e Saerjinho, com a presença do Coordenador de Avaliação da Metro VI; criação de inventário de dados com os resultados das avaliações externas; elaboração do plano de ação; avaliação das ações do plano e replanejamento de ações.

3.2.2. Oficinas de resultados SAERJ e Saerjinho: colaboração entre a Coordenação de Avaliação e Acompanhamento da Diretoria Regional Pedagógica Metropolitana VI e o Colégio Estadual X

22

“[...] a good school is not a collection of good teachers working independently, but a team of skilled educators working together to implement a coherent instructional plan, to identify the learning needs of every student, and to meet those needs.” (BOUDETT, CITY e MURNANE, Data Wise. Cambridge, Harvard Education Press, 2010, p.2).

Para lidar com as avaliações externas, a apropriação e o uso dos seus resultados faz-se necessária a compreensão de termos específicos desta área do conhecimento, como: competências, habilidades, matrizes de referência, escala de proficiência, Teoria de Resposta ao Item e etc. Para este momento, a sugestão seria que a escola convidasse como palestrante, o Coordenador de Avaliação e Acompanhamento da Diretoria Regional Pedagógica Metropolitana VI, que poderia certamente discursar com mais propriedade sobre o assunto. Este momento seria chamado de Oficinas, pois os professores participariam de dinâmicas como: relacionar o item ao tipo de habilidade testada, fazer a leitura de resultados utilizando a escala de proficiência, analisar tabelas, gráficos e medidas de proficiência e ler a porcentagem de alunos por nível de proficiência. Para as oficinas, que poderiam ocorrer em dias alternados para cada grupo, as turmas poderiam ser subdivididas por áreas do conhecimento e por série.

Neste segundo momento, é importante o Coordenador de Avaliação também explicar e esclarecer dúvidas sobre a Política de Bonificação do Estado. O Coordenador poderia distribuir cartilhas explicativas sobre a Política de Bonificação.

A seguir, apresenta-se um quadro de como deverá ser a organização das oficinas:

QUADRO IX: Organização das oficinas de apropriação e uso dos resultados

O que? Quando? Onde? Quem? Quanto? Por quê? Como? Oficinas de apropriação e uso dos resultados A cada semestre No Colégio Estadual X Coordenador de Avaliação da Regional, diretores, coordenadores pedagógicos e professores

Custo zero Para ensinar conceitos básicos da avaliação externa e aprenderem a se apropriar e usar os seus Explicação de termos específicos da avaliação externa; dinâmicas de associação de itens com as

resultados habilidades, leitura de escala de proficiência; análise de tabelas, gráficos e medidas de proficiência; análise do percentual de alunos por nível de proficiência Fonte: Elaborado pelo autor.

O próximo item descreve a proposição referente à apropriação dos resultados das avaliações externas em si.

3.3. Proposição 2: Inventário de dados - investigando os resultados do