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A psicologia feminista tem um importante papel ao se debruçar sobre o fenômeno da participação feminina na vida social, contribuindo para uma análise crítica, desconsiderada pela psicologia tradicional clínica. Seu principal objetivo é retirar o lugar de passividade e resignação imposta pelo condicionamento cultural (estereótipos sociais) e propor caminhos alternativos, resgatando a idéia de agência e resistência diante dos diferentes mecanismos opressivos.

Ela assume um lugar estratégico entre o feminismo e a psicologia e faz uma ponte importante para contestação dos enquadramentos advindos do saber sobre a personalidade, da procura pelo saber sobre os sexos e dos quadros sintomatológicos, rompendo com a noção de individualismo atomístico defendido pela Psicologia Tradicional.

Sua proposta é capaz de acolher, a partir de um discurso contra-hegemônico – e sem perder de vista os pressupostos epistemológicos e ontológicos do saber constituído – as mulheres em situação de violência como sujeitos da sua própria história, respeitando as diversidades e dando minimamente – à medida do possível dentro do contexto acadêmico – um pouco de voz quando não se pretende categorizá-las.

Neves (2003) ressalta a importância da Psicologia Feminista para a compreensão do fenômeno da violência contra mulheres. Segundo a autora, a psicologia feminista seria uma leitura mais adequada, uma vez que tenta compreender os efeitos das questões de gênero na construção das identidades sociais. Ela enfatiza que a tomada de consciência sobre os papéis de gênero é também um processo social no qual a sujeita se reconhece em uma determinada identidade. De acordo com ela, a violência masculina sobre o sexo feminino está calcada numa relação de poder encapsulada por valores patriarcais. Diz, ainda, que a psicologia precisa invalidar o mito da culpabilidade feminina e sua patologização.

A adoção da metodologia feminista no contexto de atendimento revela resultados positivos quando contribui para o rompimento de aprisionamentos históricos, conjugais ou de supressão de informações. O acolhimento contextualizado propõe a interação e rompe com a noção de saber verdadeiro, saber mágico que, quase em forma de segredo, submete a paciente (a analisanda ou a cliente) a uma codificação a ser alcançada.

A condução de pesquisa fundamentada na metodologia feminista, por outro lado, revela o compromisso ético com a pessoa, político com a causa, e de responsabilidade perante as estratégias de mudança social (OLESEN, 2006; NEVES; NOGUEIRA, 2003; SAVEEDRA, 2002), possibilitando, assim, o resgate das emoções na produção de conhecimento. Vale ressaltar que as práticas e linguagens inclusivas são necessárias nesta proposta, uma vez que o discurso faz parte da constituição do sujeito.

5 NOTAS CONCLUSIVAS

As relações conjugais violentas são uma das expressões da violência sexista que, amparada no modelo patriarcal, continua perpetuando a naturalização dos estereótipos de gênero e a opressão contra diferentes mulheres. Este trabalho evidenciou como os fatores sociais e políticos interferem na produção de subjetividades, tanto da mulher quanto do homem que se transforma em agressor, e como o modelo hegemônico patriarcal está diretamente relacionado com a permanência da mulher no vínculo conjugal violento.

Foi a partir desse argumento central que se fez a proposta de uma clínica político- feminista, na qual as Margaridas foram ouvidas para além da queixa individual de tristeza, medo, depressão, sintomas de ansiedade, sensação constante de fracasso como mulheres e “mães”, e até queixas de orgânicas, como fibromialgia. Estas mulheres foram ouvidas como sujeitas políticas e, ainda, historicamente posicionadas numa cultura que emite a mensagem compulsória da heterossexualidade, do par romântico, da procriação e da maternidade como sinônimos da felicidade e da inserção e ascensão social.

Todas as Margaridas (mulheres que colaboraram com a proposta de psicoterapia político-feminista para fins deste estudo) relataram a expectativa da realização do casamento como um caminho para alcançar o amor romântico, a imagem da família feliz e próspera. No entanto, todas essas margaridas viveram situações intensas de violência doméstica e familiar, e relataram que os companheiros, no início do namoro, eram pessoas carinhosas e ciumentas (este último atributo muitas vezes interpretado como manifestação de amor). Enfatizaram, ainda, que eles sabiam muito bem o que queriam: o casamento.

Estas mulheres foram agredidas psicologicamente, com agressões verbais de desqualificação, suspeição permanente dos seus atos e da sua “fidelidade”, muitas vezes seguidas de ameaças de morte; fisicamente com chutes, tapas, socos e pontapés; situações de cárcere privado, impedidas de sair em horários em que o companheiro não estava em casa, impedidas de tomar banho em horários não costumeiros, privadas de qualquer comunicação com a família ou comunidade, entre outras violências. Relatos de estupros conjugais mediante coação e ameaça com faca, gritos ameaçadores seguidos de puxão de cabelo e socos, lançamento de copos de vidro no rosto, esmagamento - com as mãos - de animais domésticos da casa, quebradeira de objetos e subtração de documentos pessoais fizeram parte do cotidiano dessas mulheres, que, lentamente, foram rompendo os silêncios e compartilhando seus segredos mais íntimos em grupo, inclusive relatos de estupros e/ou tentativas de estupro na infância e adolescência. .

A pergunta central era como propor um tipo de clínica que não focasse exclusivamente nas queixas individuais das mulheres em situação de violência, mas que fosse capaz de trazer para o processo psicoterapêutico, reflexões como o processo de opressão das mulheres ao longo da história e como a produção maquinímica dos estereótipos de gênero é capaz de produzir subjetividades assujeitadas, ou seja, fixadas em modelos estereotipados de gênero e intensamente moralizantes.

O controle do corpo também apareceu nas narrativas, evidenciando a vigília constante das próprias mulheres nas ações de outras. Nas primeiras sessões, criticavam e julgavam as mulheres solteiras, mulheres autônomas, mulheres que exerciam sua sexualidade de forma livre e protegida, mulheres amantes, entre outras. Esse fenômeno foi trabalhado com o recurso da reflexão crítica proposta pelo pensamento feminista, inserindo debates que abordavam o questionamento de como se constrói um corpo feminino e como esse corpo é refém de um discurso político-cristão que define o ambiente doméstico como passivo, assujeitado e devoto das exigências do criador, do pai ou do marido. Essa reflexão permitiu construir uma linha histórica entre o que elas aprenderam desde a infância até a suposta escolha do casamento. Muitas perguntaram o porquê da aceitação do casamento e das opressões cotidianas, mas, depois, narraram como a cultura interferiu na sua escolha.

Shenna, por exemplo, disse que teve vários caminhos antes do casamento, mas que se casou devido a insistência do ex-companheiro, que ameaçou desmoralizar sua honra – virgindade – perante os genitoras (mãe e pai) e irmãs caso desistisse do casamento. Shenna relatou que depois das inúmeras tentativas do namorado para ter relações sexuais, ela cedeu e permitiu que ele a tocasse com as mãos, o que chamou de “estupro com os dedos”. Foi depois dessa cena que ele começou ameaçá-la e coagi-la para casar.

Ao longo dos dez encontros as mulheres relataram como se mantinham vinculadas aos companheiros-agressores, algumas justificando que agüentavam em função dos(as) filhos(as) e outras porque acreditavam na mudança de comportamento do agressor. Cláudia, por exemplo, que foi vítima de agressões físicas violentas, disse que permaneceu para tentar garantir uma vida melhor para os filhos, já que não tinha formação, nem trabalho porque o companheiro proibiu. Alessandra, ao contrário, sempre quando era agredida recebia palavras amorosas do companheiro e, acreditando no arrependimento, continuava na relação: “A gente

ta lá apanhando, sofrendo, e voltando para o mesmo lugar. Nunca saí daquele ponto. Você vai lá, você tá alí, e ele bate, xinga, esculhamba e ao pedir perdão, e dizer “ amor, eu te amo”. Aí no outro dia você vai lá, a mesma vida. Isso passa um ano, dois, cinco, dez, vinte anos.”

A estrutura do patriarcado está diretamente relacionada com a perpetuação desse tipo de vínculo. Sendo assim, o problema da violência contra mulheres é antes um problema social e político, que individual, privado ou psicológico. A permanência no vínculo não é somente um problema do casal ou da passividade da mulher que aceita as agressões do companheiro, mas é um dos elementos que compõe o sistema de crenças que significa os corpos de forma desigual e hierarquizada, produzindo desejos, expectativas e sintomas psíquicos.

As narrativas das Margaridas confirmam que o desejo de casamento estava diretamente vinculado à expectativa de consolidar o modelo de felicidade fundamentado na idéia de família heterossexual, ou seja, o “amor” entre uma mulher e um homem (já que este é o único desejo reconhecido como “natural” e legítimo) com objetivo de alcançar a segurança patrimonial ou do próprio corpo e honra. Uma das agressões verbais dos agressores é dizer que, na ausência deles, as mulheres poderão ser estupradas por outro homem ou não serão respeitadas como divorciadas.

A ideologia do par amoroso e da heterossexualidade, entendida aqui como modelo estereotipado de gênero que constrói apenas um desejo possível – o desejo compulsório de uma mulher por um homem e vive-versa -, está inserido em todo esse enredo de crenças e expectativas do casamento, que de alguma forma também contribui para produzir subjetividades que suportam o vínculo conjugal violento. Ouvir a queixa de uma mulher que passa por situações de violência doméstica e familiar demanda uma escuta crítica de gênero e todas as suas intersecções com raça, etnia, opressão de classe, sexismo e pobreza.

Escutar essa demanda específica de violência contra mulheres implica em um esforço reflexivo de colocar em pauta a política dos corpos e a produção de subjetividades hegemônicas, elementos estes que produzem sintomas específicos em cada momento da história. Quanto maior o enrijecimento das normatizações de gênero, maior o sintoma da violência de homens contra mulheres. A exemplo disso, vê-se cada vez mais episódios de feminicídio com requinte de crueldade sobre os corpos das mulheres.

Por fim, tratar o tema da violência contra mulheres, principalmente doméstica e conjugal, como um fenômeno social e cultural é dar historicidade ao que foi apagado pelos costumes, hábitos patriarcais e pela ciência androcêntrica.

Assumir uma fala engajada e implicada com as mulheres que contribuíram fundamentalmente para esta pesquisa não é o mesmo que essencializá-las ou vitimá-las a partir de um modelo engessado. Pelo contrário, abrir o debate sobre a operacionalização da economia patriarcal foi uma forma de evidenciar como o político, o histórico e o social

mobilizam a subjetividade, produzindo identidades inteligíveis, desejos e até mesmo produzindo sofrimento psíquico intenso quando não “adequado” a norma social vigente. Se em alguns trechos as falas transcritas das Margaridas ou o meu próprio texto pareceu essencializar a mulher numa posição de vítima, é porque em muitas situações a realidade destas mulheres no cotidiano foi essencializada pelo discurso hegemônico.

As narrativas das margaridas confirmam que a maior vulnerabilidade de seus corpos, da sua situação precária de trabalho e renda e do seu estado de saúde e adoecimento estão diretamente relacionados com a pedagogia da opressão, que legitimou a desigualdade de gênero e outras discriminações.

Sem dúvida, o gênero também se (re)configura em diferentes espaços, como na situação de prisão, por exemplo, na qual o modelo de masculinidade e feminilidade podem se reorganizar de diferentes formas, mas este não foi o tema central dessa dissertação. Apesar da estrutura do patriarcado continuar vigente nas relações entre os gêneros, isso não retira a possibilidade de resistir ao modelo hegemônico dominante, e foi exatamente acreditando nessa possibilidade de resistência, a partir da reflexão crítica e da possibilidade de criar espaços alternativos de re-significação das experiências, que o método narrativo de Michael White e o pensamento feminista auxiliaram na criação de uma metodologia de atendimento político-feminista.

Ouvir as mulheres em situação de violência conjugal e propor uma escrita que não codificasse a dor e o sofrimento compartilhado e que não estivesse exclusivamente voltada para debate entre profissionais da área exigiu, do processo de investigação, uma implicação também afetiva, além do engajamento político. Isso justifica a recusa da análise dos prontuários e da metodologia escuta-gravador, que se propõem a sistematizar um protocolo de evidências narrativas.

Meu principal interesse foi propiciar, ao longo da investigação, um espaço de re- significação das experiências a partir compartilhamento dos relatos, na qual eu também senti e sofri em muitos momentos. Procurei uma alternativa metodológica que fosse capaz de conciliar a academia com o movimento social, de forma que o sofrimento produzido também na profissional pudesse movimentar um processo de re-significação e “cura”.

As narrativas evidenciam que a metodologia de atendimento fundamentada na conciliação ou na individualidade da pessoa não atendem as demandas de interrupção do sofrimento psíquico dessas mulheres. Desta forma, este trabalho lança um novo questionamento para as teorias psicológicas, convidando-as a pensar a categoria de gênero dentro de suas categorias teóricas e conceituais. Evidenciar o ranço discriminatório que há em

cada teoria ainda é um caminho a ser percorrido. O que sabemos é que as mulheres já não querem mais ser tratadas como deprimidas, histéricas ou coniventes.

A inserção do feminismo na produção de conhecimento em psicologia foi importante para o rompimento com o naturalismo biológico e com a naturalização da cultura, logo, para a emergência de análises que lancem seu olhar para os sintomas do patriarcado, para os efeitos psíquicos das práticas discursivas sobre os corpos.

A articulação entre feminismo, violência contra mulheres e psicologia se dá na medida em que as restrições culturais da masculinidade e da feminilidade normativas produzem as subjetividades e, conseqüentemente, o adoecimento psíquico. A proposta da psicologia feminista contribui para o rompimento dessas restrições de subjetivação, criando a idéia de liberdade e de espaços alternativos de re-significação das experiências.

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