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Quais são os meios de ajudar às pessoas que estão morrendo, se compreendemos essa expressão de acordo com os ensinamentos iniciáticos?

No documento OS ARCANOS MAIORES DO TARÔ - G. O. MEBES (páginas 188-200)

TARO ou ROTA INR

ESQUEMA DA ÉPOCA "CONSTITUTIO" Figura

3. Quais são os meios de ajudar às pessoas que estão morrendo, se compreendemos essa expressão de acordo com os ensinamentos iniciáticos?

Começaremos por responder à primeira pergunta.

Antes de tudo dispomos do testemunho de pessoas sensitivas por natureza, ou cuja sensibilidade foi artificialmente estimulada pela sugestão ou auto-sugestão, para que pudessem observar pelo 6.° sentido o processo da morte. Temos também a Lei da Analogia, a nós permitir, pelo estudo de um processo menos sutil e, portanto, mais acessível aos órgãos dos sentidos físicos, isto é, o nascimento (ou seja, a passagem do feto da vida intra-uterina para a vida de criança no mundo) estabelecer as analogias existentes nos dois processos. O estudo dessas analogias facilita a formulação das perguntas que faz um operador aos sensitivos ou, o próprio sensitivo — a si mesmo. É importante, não apenas observar o processo da morte, mas também, saber no que concentrar a nossa atenção, o que guardar na memória e que diferenciações estabelecer.

Além desses recursos, temos os métodos cabalísticos de estudo a priori, com a ajuda do alfabeto iniciático, o que, por sua vez, nos conduz a formular determinadas perguntas e diferenciar fases diversas no observado processo da morte.

Os sensitivos dão testemunhos de que o processo da morte, do ponto de vista oculto, começa justamente no momento em que os médicos constatam a morte. O parar das batidas do coração e o início do resfriamento do corpo correspondem à primeira fase da exteriorização definitiva do astrosoma. Os sensitivos vêm, primeiramente, a separação do astral nas extremidades (especialmente inferiores). Em seguida, vem a separação dos elementos astrais do tronco e, finalmente, a exteriorização na parte craniana. O sensitivo observa a formação da figura astral e seu afastamento do corpo, com o qual ela permanece ligada por um fio que lembra o cordão umbilical e cujo ponto de saída se acha no lugar chamado "abertura de Brahma", na parte superior da cabeça. Segue-se, lentamente, a este "cordão umbilical", o que poderíamos chamar de "placenta" astral. Tudo isso nos dá o direito de estabelecer a acima mencionada analogia entre os dois processos, o do nascimento e o da morte.

O processo da morte, ou seja do "nascimento para o astral" leva, para um homem adulto, cerca de 48 horas. Todavia, durante este tempo e também ao longo dos 10 até 40 dias que se seguem, o "morto" deve passar por muitas experiências e adaptar-se a inúmeras condições novas.

De início, isto é, no período que se segue imediatamente à agonia, o defunto experimenta as dificuldades da separação do seu astral. Estas dificuldades são tanto maiores quanto menos ele aprendeu, durante a sua encarnação, a separar, através da meditação, o seu ser interno do invólucro físico que o continha. O sofrimento neste estágio tem o caráter de uma penosa separação daquilo que a pessoa se acostumou a considerar como o mais real em sua existência. Durante o mencionado período, desmorona-se o complicado edifício das ilusões que lhe eram caras. Quando se houver familiarizado com tal desmoronamento e aceito a inevitabilidade da passagem ao mundo de novas experiências, o "defunto" começa a sentir o desconforto dessa mudança. Antes de tudo, tem que enfrentar as formas astrais dos elementais. Aí vem a divisão da atividade do astrosoma em atividade do "Ruach" (a alma) e a atividade do "Nephesh" (o fantasma). Este tem por tarefa a devolução dos componentes do antigo corpo físico aos elementos da Natureza ou, em outras palavras, a tarefa de decomposição progressiva desse corpo. O

"Ruach" deve analisar os clichês criados, tanto por impressões vitais recebidas (elemento "—"), como por impulsos ativos (elemento "+") de sua personalidade, durante a encarnação recém acabada. Quando essa análise é concluída, a alma (Ruach) passa a estudar os clichês das correntes planetárias que poderiam, em encarnações futuras, corrigir os erros de suas encarnações passadas e contribuir para a formação de um ser mais aperfeiçoado.

Como podemos ver, as tarefas do fantasma (Nephesh) e da alma (Ruach) formam um binário que deve ser neutralizado, através da meditação, no campo biplânico do mundo astral. Nos primeiros tempos, essa meditação é muito dificultada pelo próprio ambiente astral.

Quando o elementar (o defunto) se liberta do Nephesh e ultrapassa a camada das formas elementais que agora lhe parecem muito feias e só evocam nele a composição do seu antigo corpo e sua escravidão aos elementos, entra na esfera onde os elementares inferiores (animais, plantas, minerais) unidos em correntes egregóricas, trabalham no aperfeiçoamento dos seus futuros órgãos físicos. Para eles, apressados em poder de novo encarnar, esse trabalho é muito importante.

O elementar humano deve se preparar para passar rapidamente por essa região, pois nela pode aprender apenas como aperfeiçoar os órgãos dos sentidos físicos da futura encarnação. Isso, para ele, não é o principal. O principal é seu aperfeiçoamento hermético. À primeira vista isto não parece ser uma tarefa difícil, porque o Ruash, separando-se de Nephesh, purificou sua capacidade de auto-crítica objetiva. Porém, o Ruash tem que passar agora pelo vórtice das tentações, o vórtice das trevas; tem que enfrentar o fluxo involutivo do Astral Terrestre. É uma corrente que serve as finalidades involutivas do Planeta e que possui, como ponto de apoio, o próprio corpo da Terra. O Ruash que apenas acabou de perder seu ponto de apoio pentagramático — o corpo físico — precisa enfrentar agora a corrente involutiva da própria Terra.

Pode-se objetar que o Ruash, sendo de essência mais elevada, deveria prevalecer às forças do próprio planeta e que o encontro com o fluxo involutivo terrestre não o poderia prejudicar. Isto é verdade quanto a um pentagrama muito evoluído, mas se for um ser que não purificou, no devido tempo, o campo de seus desejos e de sua receptividade, no caso de seu nível astral não haver ultrapassado o do planeta, aquele fluxo vingar-se-á cruelmente da participação do "defunto" nas atividades evolutivas terrestres. É como se o planeta lhe dissesse: "Como elo da grande corrente evolutiva dos homens da Terra, lutaste comigo, mas como indivíduo nem sempre foste puro e fiel aos ideais professados e, por vezes, te aproveitaste da solidariedade da corrente para promover teus fins egoístas. Agora, portanto, que estás no campo da minha influência, e sem apoio no plano físico, estarás sujeito à Lei da atração dos semelhantes. Pelos desejos inferiores que ainda existem em ti, serás atraído ao vórtice onde eles se acham condensados, serás contaminado, para que te tornes meu aliado temporário no trabalho involutivo. Talvez esses desejos levar-te-ão a criar para ti mesmo um novo fantasma, pior que o precedente; talvez abandonarás as tuas aspirações às esferas superiores; talvez cederás à tentação, e ingressarás na minha escola onde aprenderás novos meios para realizar gozos egoístas. Espero que concluirás um pacto comigo e encarnarás para promover as minhas finalidades involutivas".

Infeliz aquele que não souber vencer a tentação da Grande Serpente do Planeta. Ele se encarnará mais rapidamente, mas para servir a involução.

Se, pelo contrário, o elementar humano vence a prova do fluxo involutivo, então, apurando no astral suas capacidades, poderá tornar-se um estudante digno daquela Universidade Mundial na qual se elaboram os planos do trabalho redentor e da ascensão à Verdade Absoluta.

Logo poderá surgir a pergunta se todos estes dados foram captados exclusivamente através do sexto sentido.

Não. Este meio não seria suficiente para afirmar o acima descrito. Nessa pesquisa ajudou muito a Cabala, que nos permite penetrar nos mistérios do além quando sabemos aplicar seus métodos.

Neste nosso curso não podemos nos aprofundar no estudo da assim chamada "Pneumática", que trata desses assuntos. Podemos dizer, todavia, que uma sábia cabalização do livro Sepher Yetzira e o estudo profundo dos amplos comentários originais de Zohar nos dão muitos esclarecimentos sobre o assunto da morte.

Além dos meios de conhecimento acima referidos, existe um outro, do qual falaremos nos capítulos ulteriores, e que são as nossas próprias e freqüentes exteriorizações no plano astral médio. O modo de realizá-las e as vivências durante tais exteriorizações divergem apenas em pormenores do processo comum da morte.

Passemos à nossa segunda indagação: como um adepto do esoterismo pode preparar-se para a morte. Primeiramente, ele não deve esquecer que ela é inevitável; não deve fechar os olhos ao contínuo espetáculo da impermanência da vida.

Na Maçonaria, um mestre-maçom recebe a recomendação de lembrar-se da morte. Se olharmos para toda a encarnação humana como uma preparação para a morte, compreenderemos a importância deste treinamento iniciático que, embora não possuindo uma utilização prática no mundo tridimensional, é uma preparação importante para a existência no mundo de dois planos. Chegar, pela meditação, a diferenciar o que constitui o verdadeiro ser humano daquilo que é apenas seu invólucro no plano físico, é o ABC da preparação para a morte e a existência no astral, pois permite saber que a vida humana, real, transcorre no astral e não no plano daquilo que é seu invólucro físico. Pela palavra "saber" não temos na mente apenas uma simples admissão intelectual da vida no astral, nem uma convicção lógica da independência do nosso "eu" interno do seu invólucro físico; temos em mente algo mais: a consciência constante da diferença entre o corpo e o ser interno. Este último pode manifestar-se fortemente mesmo num corpo fraco e sofredor. A própria fraqueza e o sofrimento podem até aumentar a consciência da diversidade entre os dois. A fraqueza física constitui um impedimento apenas no campo de

realizações, mas nunca no campo da ética ou de auto-conhecimento. A verdadeira pátria do ser humano

são aquelas correntes planetárias às quais ele aspira, e nunca o ambiente em que se encontra o corpo físico. A alma não se sente "em casa" dentro do corpo. Por sua natureza, ela é estranha aos coagulatos que tão imperfeitamente correspondem às formas mais perfeitas do astrosoma. Estas, embora sutis, são bem mais duráveis e intensas em suas manifestações.

Na vida, é preciso acostumar-se a dar sempre preferência aos estados mais sutis, por exemplo: ao estado líquido em relação ao denso; ao gasoso, em vez do líquido, ao irradiante ao invés do gasoso. É preciso aprender a sentir que a forma intrínseca — a estrutura interna — nos é mais afim do que a matéria densa que circunda e preenche essa forma.

Tendo-nos acostumado a meditar sobre estes assuntos e ajudados pela leitura das obras clássicas relativas à Cabala e à Magia, e pelo intercâmbio mental com pessoas que trabalham no mesmo sentido, poderemos iniciar uma preparação sistemática ao processo de exteriorização do nosso astrosoma.

Antes de tudo, precisaremos ocupar-nos com a parte puramente física do nosso treinamento. Expressaremos uma tese geral de que todos os exercícios que levam a superar as reações normais de

corpo e a natureza externa, preparam a exteriorização ulterior.

Por exemplo, fazem parte de tal treinamento, os exercícios de retenção da respiração, de alteração voluntária dos batimentos cardíacos, da insensibilização de alguma parte do corpo, de abstenção do sono ou, pelo contrário, de adormecer conforme a vontade, chegar a ouvir sem ver nem sentir impressões táteis, de receber somente percepções visuais sendo insensível às acústicas, de perceber pelos órgãos dos sentidos apenas determinadas cores ou determinados sons, de ouvir exclusivamente a voz de uma certa pessoa, de ver unicamente os objetos de uma determinada forma ou cor, etc.

O papel de tais exercícios será talvez mais compreensível se acrescentarmos que a exteriorização — voluntária ou involuntária — em geral, se produz somente nos estados de caráter letárgico ou cateléptico.

Naturalmente, provocar em si ou em outra pessoa um estado de catelepsia pelo esforço de vontade ou por narcóticos é insuficiente para chegar à exteriorização do astrosoma. Para a exteriorização, o principal não são as influências externas mas a vontade e a capacidade da própria pessoa em sair do seu corpo, isto é, de já conhecer seu "eu" interno e ter aprendido a separá-lo de todos os elementos pertencentes ao plano físico. No momento da exteriorização, um simples pensamento acerca de um objeto de uso cotidiano, uma reminiscência de um sabor ou de um perfume, a conscientização do bem estar físico, etc. podem facilmente comprometer seu êxito.

De qualquer modo indicaremos um esquema de exercícios que podem levar a uma saída astral, considerando-o como o melhor método para se familiarizar com a morte e conhecer a primeira fase de seu processo, e às vezes, também, suas fases mais avançadas.

Estes exercícios podem ser divididos em vários grupos. Nunca preconizamos um sistema rígido e idêntico para todos. Cada estudante sério e preparado saberá modificar e completar o sistema geral, conforme as realizações que já tenha alcançado, as dificuldades que encontrou e, também, conforme o estado físico do seu corpo e as características individuais da interrelação entre o seu corpo e o astrosomo.

Primeiro grupo de exercícios:

1. Chegar ao supercansaço dos órgãos físicos, sem ceder às suas reações. 2. Saber contrariar seus gostos físicos e mesmo as necessidades normais.

3. Saber ficar voluntariamente decepcionado com gozos físicos no momento exato em que se os experimenta.

4. Saber evocar a sensação de tais gozos sem que, na realidade, os órgãos físicos os experimentem. 5. Saber, em decorrência de volição, dissociar os atributos dos objetos físicos; p. ex. num cubo de madeira, ver somente sua forma geométrica, separando-a da cor, do tipo de madeira, etc.

Os exercícios deste grupo ajudam a delimitar no homem o pentagrama consciente que, no futuro, vai ser separado.

Segundo grupo de exercícios:

1. Imaginar acontecimentos que, conforme a nossa lógica estão se desenrolando longe de nós no tempo ou no espaço.

2. Imaginar com pormenores os acontecimentos dos quais temos conhecimento por uma percepção sensorial incompleta. Vemos p. ex. que, ao longe, estão abatendo árvores; imaginamos os movimentos dos braços, o levantar do machado, etc. o que de longe não podemos ver claramente.

3. Imaginar com pormenores p. ex., viagens imaginárias, vivenciando-as especialmente no que se refere ao uso do nosso corpo (movimentos dos braços, das pernas, percepção visual clara dos objetos ao redor, etc).

4. Evocar um outro tipo de existência, perdida por nós, e em que não estávamos limitados pelo tempo ou pelo espaço. O meio mais fácil para essa meditação é o seguinte: sentado ao lado de uma janela, ou melhor ainda, deitado de costas num fim de tarde de um belo dia de verão, num campo ou jardim, olhando para o céu, pensar acerca do tempo e espaço, tomando uma atitude de desligamento tanto em relação a estes como a seu próprio corpo. Um tal estado de relaxamento impede reações que poderiam afastar-nos dessa meditação.

Os exercícios do segundo grupo têm como finalidade a elaboração, no ser humano, de um "estar além" em relação ao plano tridimensional. Nos dois primeiros exercícios do segundo grupo, procuramos superar as experiências sensoriais; no terceiro, ultrapassar a noção do espaço; no quarto, a do tempo. Terceiro grupo de exercícios:

1. Exercitar-se em telepatia, isto é, procurar transmitir a uma pessoa distante formas geométricas, estados anímicos e mesmo idéias. Dos exercícios telepáticos falaremos detalhadamente no Arcano XV. Aqui, limitar-nos-emos a afirmar que a telepatia é um contato astral, e portanto, já é um caso particular de exteriorização de certos gânglios astrais.

2. Praticar uma concentração monoidéica no tocante ao desejo de ver em sonho algo bem determinado. O "monoideismo" é um estado de voltar constantemente a um assunto escolhido, e claramente definido, durante a meditação do dia, da tarde ou da noite, dando temporariamente a esse assunto uma importância predominante com relação a todos os outros interesses. Neste nosso exercício, a pessoa, várias vezes ao dia, deve concentrar-se, p. ex. num assunto para o qual, no sonho, deseja receber uma resposta; em algum processo que procura compreender r ou numa entidade que deseja encontrar.

3. Praticar a auto-sugestão — por um dos métodos dados por nós no Arcano V — da capacidade de se exteriorizar.

4. Fazer algum trabalho teúrgico elementar, p. ex. uma simples oração sincera e ardente, para tornar-se capaz de se exteriorizar.

5. Invocar a ajuda de uma Egrégora poderosa.

6. Tentar entrar em estado cataléptico. Se a pessoa se preparou adequadamente pela prática da meditação, poderá, começando pelos pés, provocar em si um estado cataléptico progressivo. Chegando à região do coração, sua exteriorização tornar-se-á possível. Muitas pessoas entram em estado cataléptico pelo simples método de se convencerem que gradualmente se está exteriorizando o astral das pernas, em seguida o astral da região abdominal. Ao ultrapassar o plexo solar, o fenômeno pode, de fato, realizar-se. 7. Utilizar algum narcótico para provocar um estado semi-letárgico. O menos prejudicial é a inspiração de vapores de éter sulfúrico ou a ingestão de uma diluição aquosa ou alcoólica de gotas de éter. Naturalmente, estes meios, como outros semelhantes, são contra-indicados a certos organismos e, em geral, não aconselháveis. Não fazem parte dos meios indicados pelo Grande Arcano da Magia.

8. Recriar, pela meditação, um quadro que, no passado, já provocara uma exteriorização involuntária. Em outras palavras, favorecer o costume de se exteriorizar em determinadas condições astrais.

9. Recriar no plano físico o ambiente e as circunstâncias que, no passado, já tenham provocado uma exteriorização inconsciente ou ajudado uma exteriorização consciente, isto é, procurar habituar o corpo físico em liberar o astral sob determinadas condições físicas. Se alguém, p. ex., exausto por uma longa caminhada, exteriorizou-se durante o sono, poderá procurar cansar-se de novo, de modo semelhante e concentrar-se, antes de adormecer, acerca do seu desejo de exteriorizar-se.

10. Pedir a alguém que, pela hipnose ou pelo magnetismo, lhe sugira a exteriorização.

11. Tomar parte numa reunião de pessoas que formam uma corrente mágica. Este método é adequado aos indivíduos mediúnicos que já se tenham exteriorizado sob a influência da mesma corrente.

O êxito dos exercícios do 3o grupo, como podemos deduzir, depende do treinamento prévio, isto é, da prática dos do 1o e do 2o grupos.

Não falaremos separadamente da exteriorização tradicional provocada por determinados setrans e mantrans, pois o uso de setrans faz parte dos meios de exteriorização mencionados nos itens 4 e 8, e o uso dos mantrans — dos itens 4 e 5 da última enumeração.

A pessoa que praticar corretamente os exercícios por nós apresentados acabará por realizar uma exteriorização voluntária, no momento por ela escolhido, ou uma involuntária, talvez no momento em que menos a espera. Durante sua exteriorização, se a pessoa desenvolveu em si uma atenção ativa em relação ao que lhe está acontecendo, dar-se-á claramente conta do processo de separação do astrosoma do corpo. Verá, ou pelo menos, discernirá pelo sexto sentido a presença do seu corpo físico, como algo externo que não faz parte do seu "eu". Em seguida, perceberá ou sentirá o "cordão umbilical" astral que une a entidade energética exteriorizada com o elemento, também energético, mas ligado às funções vitais do corpo. Este último elemento energético já foi chamado por nós de "placenta astral".

As pessoas que aprenderam a se exteriorizar, e que, depois de ter voltado ao seu corpo, traduzirem para a linguagem de percepções visuais as impressões recebidas durante a exteriorização, afirmam ter visto o "cordão umbilical", unindo-as ao corpo, entrando nesse corpo, não pela "abertura de Brahma" como no caso da morte, mas na proximidade do plexo solar. Muitas pessoas avaliam pormenorizadamente a "espessura" desse cordão. Deduzimos que a "espessura" torna-se tanto mais delgada quanto mais elevado for o sub-plano astral alcançado na exteriorização. Uma pessoa treinada e atenta, depois de ter notado a posição do seu corpo e do "cordão umbilical" durante a exteriorização, perceberá a presença dos astrosomas de objetos que rodeiam seu corpo, e logo dos elementais, cujas formas achará feias e esquisitas. Esta é a opinião do elemento "Ruach", ao observar o grosseiro e imperfeito elemento "Nephesh". Em seguida estabelece-se o contato com o sub-plano dos elementares dos animais que

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