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o falar de Astrologia as pessoas dizem: eu sou... e mencionam o signo zodiacal que corresponde ao seu mês de nascimento. Assim todos os nascidos naquele mês, em todos os anos, seriam iguais, porém apresentam diferenças. Se quero responder à primeira pergunta da esfinge - quem és? - eu devo, em primeiro lugar, me conscientizar que eu tenho todos os signos do Zodíaco em mim, como prova a existência de todas as partes do Zodíaco no meu corpo, que é o círculo Ilimitado, que é Deus em mim. Não preciso ser acanhado ao dizer a resposta à pergunta da esfinge: eu sou Deus! Mesmo se me amputam uma perna ou uma mão, elas continuam em mim por minha sensibilidade. Mas há uma limitação por partes do meu ser e que se manifestam de maneiras mais fortes, fazendo de mim uma partícula desta grande engrenagem da vida, da natureza e da humanidade.

Deus está em mim na vida e a natureza me dá uma forma que é a minha individualidade. Essa individualidade é a minha primeira respiração, que chamamos de Ascendente, a linha que divide o universo em parte visível e outra invisível. Assim como em uma perna amputada eu continuo sentindo a existência de minha perna, o Invisível está presente em mim. Pela dor da perna aparentemente não existente,

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eu me conscientizo de sua real existência e que “nada me falta, nem

faltará.” Pela aparente dualidade e a divisão da individualidade, a Bipolaridade me leva ao despertar de todo poder que está em mim para chegar à Consciência.

Quando a criança nasce, o cartão de visitas que ela apresenta na chegada à vida terrestre é sua hora de nascimento, sua primeira respiração, seu primeiro grito. Esta hora de nascimento é a semente genética hereditária, segundo a concepção, a base do novo destino, o biótipo físico. A criança, com seu cartão de visitas, nos mostrará se ela chega para ser continuadora da mãe, do pai ou dos avós ou se tem por missão complementá-los, por nascer de signos opostos. Se entre irmãos, por serem opostos, se deixarão guiar uns pelos outros e se educarão mutuamente pelos atritos que surgem. Ou, ainda, se essa criança nasce para o fermento, completamente diferente, trazendo novos ares nesse ambiente de família para não estagnar e para haver progresso. O mais fascinante para o astrólogo que observa a história dos povos, famílias e obras, é essa constatação do entrelaçamento dos destinos que e enxerga pelos Ascendentes.

O médico me diz: eu posso tirar a criança na hora que eu quiser. Tem razão, mas o médico é o sacerdote, o intuitivo que sente e sabe o momento que vida tem que nascer. Ele poderá também interferir em horas em que a vibração genética da criança não está de acordo com a da primeira respiração. Então pode haver disritmia. A criança poderá ser como uma planta, digamos, aquática, que será plantada em cima de uma montanha, tendo que lutar para se adaptar a outras condições de vida. Se houver complicações no nascimento que o atrasem ou adiantem, nesse erro não há culpas dos que assistiram ao nascer, mas somente aulas da vida que nos ensinam.

Quem sou eu?

Milhares de estudos me autorizam a essa afirmativa: o Ascendente é o brotar do que foi gerado na concepção, dependendo da força genética da passagem da Lua ou de Júpiter em fortes aspectos paternos e maternos.

O Ascendente é o veículo, o automóvel com o qual percorremos esta vida. É o nosso físico, nossa maneira de agir. O biótipo e o percurso da vida devem nos dar a constatação da certeza do minuto de nascimento. Quatro minutos de diferença refletirão em acontecimentos com um ano de diferença na vida da pessoa. Que maravilhoso é o relógio do universo! Eis a importância da hora do nascimento. Anotem o minuto do primeiro grito de seu filho.

Eu tenho observado vidas que somente começaram quando a criança saiu da estufa. Os acontecimentos da vida pelo Horóscopo da hora e do dia de ter sido retirada do ventre da mãe não correspondiam com o do dia da saída estufa, de acordo com as direções e progressões.

Um médico, quando lhe expliquei o significado do Ascendente, exclamou: “a senhora me libertou! Jovem recém formado, meu primeiro parto foi de gêmeos. O primeiro nasceu morto. Eu fiz tudo para animar esse corpo inerte à vida e o dei para a parteira, considerando-o morto. Dediquei-me ao nascimento do segundo gêmeo e aí gritou o primeiro, que eu havia envolvido num pano como morto. Eu me culpei toda vida de ter abandonado como morto o que tinha vida inerte”. Não havia culpa, mas a aula da vida, necessária para sua carreira para incitá-lo a procurar a vida onde havia inércia. Eu suponho que o que nasceu primeiro foi o segundo concebido e somente manifestou-se vida nele depois de ter nascido o primeiro concebido.

Por todas minhas incontáveis observações vejo que tomam muitos cuidados ao nascer dos filhos, que também ganham o Livro do Bebê,

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mas geralmente só preenchem a primeira página. Peço que tomem nota

desde o seu primeiro grito e, em forma de calendário, dos primeiros acontecimentos, não somente nos doze meses, como também dia a dia por mais ou menos três meses. Se, mais tarde, seu filho desejar ser orientado pela Astrologia, evitarão muitas dúvidas e longas pesquisas para descobrir o minuto do seu nascimento. Quando não se sabe o momento exato da primeira respiração, o percurso da vida programada pelo destino poderá orientar o seu futuro. Estudando os acontecimentos passados poderá encontrar o começo da vida, a primeira respiração.

Há três ou quatro pontos importantes para conhecer a essência da vida presente, seja no ser humano, seja em qualquer assunto que estudamos. Não somente no ser humano que nasce, mas também uma associação, um casamento, uma nação, um governo, uma árvore que plantamos, uma semente que lançamos. Tudo depende, no seu crescer e desenvolver, da posição da Terra perante o universo. Consequentemente a necessidade básica para o Horóscopo – a hora, o signo Ascendente – está em primeiro lugar.

O estudo conforme o mês, ou seja, o Sol que iluminou esse exato momento, é o nosso pensar. Sua posição acima ou abaixo do horizonte, subindo ou se recolhendo é para qual campo humano o horário traz a luz, varia completamente em seu efeito mesmo que seja no mesmo mês. Se compararmos o Ascendente com o veículo, o corpo que age como um automóvel, a posição do Sol causa o seu pensar, é o motorista que dirige esse automóvel.

Em terceiro lugar, é preciso considerar a Lua, que é o seu sentir e os relacionamentos. A Lua significa nosso emocional, o que está constantemente ao nosso redor, a família, colegas, coletividade, atividade pública. Se continuarmos com a comparação, Ascendente/automóvel e Sol/motorista, a Lua representa a carga do automóvel, tudo que o automóvel e o motorista carregam consigo.

No documento O QUE O CÉU E OS HOMENS ME ENSINARAM (páginas 50-53)

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