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CSF reduz a mortalidade pós-infarto em ratos por atenuação de arritmias na fase aguda da ligadura coronariana

Troponina I como preditora de mortalidade hospitalar no pós-operatório de cirurgia de revascularização do miocárdio

G- CSF reduz a mortalidade pós-infarto em ratos por atenuação de arritmias na fase aguda da ligadura coronariana

MARCELO P BALDO, ANA P C DAVEL, JOSÉ EDGAR NICOLETTI CARVALHO, SILVANA BORDIN, LUCIANA V ROSSONI, JOSÉ GERALDO MILL.

Universidade Federal do Espírito Santo Vitória ES BRASIL e Instituto de Ciências Biomédicas da USP São Paulo SP BRASIL

Introdução: O G-CSF (Fator Estimulante de Colônicas de Granulócitos) e uma citocina que aumenta a mobilização de células tronco da medula óssea e seu uso atenua o remodelamento e melhora a função ventricular após infarto do miocárdio (IM). Objetivos: Determinar o efeito do G-CSF sobre mortalidade, incidência de arritmias e expressão gênica em ratos com IM. Metodologia: Ratos Wistar machos receberam 3 doses (50 ug/kg) de G-CSF ou placebo aos 7, 3 e 1 dia antes da ligadura coronariana. Em sub-grupos de animais foram determinadas: a) arritmias ventriculares nos 30 minutos após ligadura em registro contínuo do ECG; b) a expressão (Western-blot) de Cx-43 e de BCl-2 e BAX de vias anti- e pró-apoptóticas;

c) a função ventricular (curvas pressão-volume no ventrículo esquerdo) 2 semanas após IM e, d) mortalidade pela curva de Kaplan-Meier. Os dados são apresentados como média±erro padrão (n=número de animais). Resultados: A mortalidade foi de 47% no grupo IM-placebo (41/87) e de 26% no IM+G-CSF (19/73), diferença secundária à redução da mortalidade precoce (12 h pós-IM). O escore de arritmias (número de extrassístoles ventriculares, duração de taquicardia ventricular e eventos de fibrilação ventricular) medido 30 min após a ligadura coronarina diminui de 4,1±0.4 U no MI (n=16) para 2,1±0.5 U no MI+G-CSF (n=10; p<0.05). O G-CSF aumentou a expressão de BCl-2 (0,9±0.03 U vs 1,2±0.08; p<0.05) e de Cx-43 (0,82±0.03 vs 1,06±0.08 U), sem alterar BAX. Duas semanas após IM ,verificou-se redução da área de cicatriz (36±1,4 vs 27±2,2%; p<0.05) e normalização da curva pressão-volume no grupo IM+G-CSF. Conclusão: Os resultados sugerem que a redução da mortalidade nos animais pré-tratados com G-CSF decorre principalmente de efeito anti-arrítmico precoce após IM. A ativação das vias anti-apoptóticas e o aumento da expressão de Cx-43 podem melhorar o acoplamento elétrico na região peri-infarto reduzindo as arrtimias e a extensão da lesão. Apoio financeiro: Fapes/CNPq e Capes.

Injeções intravenosas de células mesenquimais de medula óssea atenuam o remodelamento cardíaco em camundongos infartados

ESPORCATTE, B L B, MELLO, D B, ROCHA, N N, OLIVEIRA, D F, PEREIRA-JUNIOR, P P, LACHTERMACHER, S, GOLDENBERG, R C S, CARVALHO, A C C.

Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro RJ BRASIL.

FUNDAMENTO: A terapia com células de medula óssea vem sendo alvo de muitos estudos a fim de ser validada como uma alternativa terapêutica para o infarto do miocárdio (IM). Entretanto, a maioria desses estudos experimentais e clínicos baseia-se na injeção intramiocárdica destas células. OBJETIVO: Avaliar o potencial terapêutico da terapia com células mesenquimais de medula óssea por via intravenosa (IV) em camundongos infartados. MATERIAIS E MÉTODOS:

Camundongos C57BL/6 machos e fêmeas com 8 semanas de idade, pesando entre 20-25g, foram submetidos à ligadura transiente da artéria coronária descendente anterior por 90 minutos. No dia seguinte a cirurgia foi realizado o eletrocardiograma (ECG) para diagnóstico do IM e a ocorrência da reperfusão.

Os animais foram estratificados através do ecocardiograma (ECO) no 8º dia após IM e divididos segundo o protocolo experimental: 3 injeções IV de células mesenquimais de medula óssea (2x105 células em 100µL, n=5) ou o mesmo volume de salina (n=7) administrados 11, 18 e 24 dias após a cirurgia. Foram feitas análises ecocardiográficas seriadas 20, 40 e 60 dias pós IM. A análise estatística adotada foi o teste ANOVA two way, para a comparação dos grupos ao longo do período observado. RESULTADOS: Ao final de 60 dias de estudo, os animais que receberam células mesenquimais de medula óssea apresentaram menor dilatação da cavidade ventricular em sístole (35,81±17,09µL vs 67,16±28,50µL, p<0,05) e diástole (68,34±27,26µL vs 109,29±30,69µL, p<0,05) e mantiveram a fração de ejeção (100,12±17,88% vs 67,23±15,52%, p<0,05) e fração de encurtamento (99,96±21,94% vs 62,98±17,51%, p<0,05) registrada após o oitavo dia de infarto enquanto os animais injetados com salina sofreram perda progressiva em ambos os parâmetros. CONCLUSÃO: A injeção IV seriada de células mesenquimais de medula óssea foi capaz de manter o desempenho e atenuar o remodelamento do coração impedindo assim a progressão da disfunção ventricular esquerda.

Caracterização das células-tronco mesenquimais isoladas de diferentes fontes e avaliação do seu potencial cardiomiogênico após exposição ao óxido nítrico CARMEN LUCIA KUNIYOSHI REBELATTO, PAULO ROBERTO SLUD BROFMAN, LIA SUMIE NAKAO, ALESSANDRA MELO DE AGUIAR, ALEXANDRA CRISTINA SENEGAGLIA, PAULA HANSEN, FABIANE BARCHICK, CRISCIELE KILIGOVSKI, ANDRESSA SILVEIRA CRISTOFIS, PATRÍCIA SHIGUNOV, SAMUEL GOLDENBERG, ALEJANDRO CORREA.

Pontifícia Universidade Católica do Paraná Curitiba PR BRASIL e Instituto de Biologia Molecular do Paraná Curitiba PR BRASIL

As células-tronco mesenquimais (CTMs) têm sido utilizadas na terapia celular para reparo de diversos tecidos. Entretanto a literatura apresenta resultados conflitantes em relação aos marcadores e ao seu potencial de diferenciação. Neste trabalho comparamos as CTMs obtidas da medula óssea (CTMs-MO) e do sangue de cordão umbilical (CTMs-SCU) e as células-tronco derivadas do tecido adiposo (CT derivadas do tecido adiposo) e analisamos a expressão dos marcadores cardíacos após exposição com o óxido nítrico (ON). Embora as CTMs-MO, CTMs-SCU e as CT derivadas do tecido adiposo sejam morfologicamente e imunofenotipicamente semelhantes, há divergências no seu potencial de diferenciação. A diferenciação em osteoblastos e condrócitos foi semelhante, porém a diferenciação adipogênica demonstrou que as CTMs-SCU apresentam poucos vacúolos lipídicos, diferente das outras fontes. A expressão dos genes FAPB4, osteonectina e colágeno tipo II foi analisada por qPCR para confirmar a diferenciação adipogênica, osteogênica e condrogênica, respectivamente. Os resultados confirmam que as três fontes apresentam potencial semelhante para a diferenciação osteogênica e condrogênica.

Após a caracterização, as CTMs-MO e as CT derivadas do tecido adiposo foram ao ON. A expressão de marcadores cardíacos foi analisada por citometria de fluxo, imunofluorescência e RT-PCR. Com exceção da expressão da miosina nas células expostas ao DEA/NO, as CTMs-MO mostraram um aumento de expressão dos marcadores conexina-43, troponina T, cadeia pesada da miosina e α-actina cardíaca, comparativamente ao grupo de células controle. Entretanto nas CT derivadas do tecido adiposo expostas ao ON foi observado um aumento de expressão dos marcadores conexina-43 e troponina T. Nossos resultados mostraram que o ON pode direcionar a diferenciação das CTMs a células semelhantes aos cardiomiócitos.

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Efeito das estatinas e da associação ezetimiba/sinvastatina sobre a artrite induzida por adjuvante

LÍVIA BRACHT, THIAGO FERREIRA DOS SANTOS MAGON, LUIZ EDUARDO BERSANI AMADO, SILVANA MARTINS CAPARROZ ASSEF, CIOMAR APARECIDA BERSANI-AMADO.

Universidade Estadual de Maringá Maringá PR BRASIL.

Estudos experimentais in vivo e in vitro, e ainda investigações clínicas, têm sugerido que as estatinas apresentam uma indicação terapêutica adicional por seus efeitos antiinflamatórios e imunomodulatórios. O uso da terapia combinada de um redutor da absorção intestinal de colesterol com uma estatina (ezetimiba/sinvastatina-Vytorin®) parece promover um maior controle dos lipídeos séricos. Entretanto, o efeito antiinflamatório desta associação não está completamente esclarecido. O objetivo de nosso estudo foi investigar comparativamente os efeitos da sinvastatina, da atorvastatina e da associação ezetimiba/sinvastatina sobre a artrite induzida por adjuvante (AIA) em ratos. A artrite foi induzida em ratos Holtzman, machos, através da injeção intradérmica do adjuvante completo de Freund (ACF) na pata posterior esquerda. Após a indução da AIA, os animais foram tratados com ezetimiba/sinvastatina 10/40mg/Kg- (Vytorin®), atorvastatina10mg/Kg - (Lípitor®) e sinvastatina40mg/Kg - (Zocor®) por gavagem, em dose única diária, por um período de 28 dias. O processo inflamatório foi acompanhado através das medidas pletismográficas do volume de ambas as patas posteriores. O tratamento com sinvastatina e atorvastatina promoveu uma pequena diminuição do volume de ambas as patas posteriores, embora estes resultados não tenham sido estatisticamente significativos. A associação ezetimiba/sinvastatina inibiu de modo significativo (p<0,005) a evolução do edema da pata injetada, promovendo uma redução de 51% no 13º dia, 47% no 21º, e 33% no 28º dia após o tratamento. O edema na pata contra-lateral (não-injetada) foi quase completamente suprimido pela administração da associação ezetimiba/sinvastatina. O efeito antiinflamatório observado parece ser independente da ação hipolipemiante das estatinas, uma vez que não foi observada uma redução dos níveis séricos dos lipídeos dos animais estudados. Os resultados mostraram que a associação de drogas com mecanismos de ação em diferentes vias metabólicas pode resultar em benefícios adicionais em relação aos efeitos antiinflamatórios em animais artríticos.

Estudo de Farmacocinética comparativa entre duas formulações de Maleato de Enalapril em voluntários saudáveis de ambos os sexos

NEY CARTER DO CARMO BORGES, CARLOS EDUARDO SVERDLOFF, BRUNO BORGES, EDUARDO ORPINELLI, CLAUDIA DOMINGUES, RONILSON AGNALDO MORENO.

UNICAMP - Departamento de Clínica Médica Campinas SP BRASIL e SYNCHROPHAR CLINICAL TRIALS Campinas SP BRASIL

O objetivo do estudo foi o de avaliar se as concentrações plasmáticas, após a administração de uma formulação genérica de enalapril de 20 mg (formulação teste), atingiram níveis equivalentes aos da formulação registrada (produto referência), quando administrada a 24 voluntários saudáveis de ambos os sexos. O estudo teve o seguinte design: aberto, monocêntrico, balanceado, randomizado, cross-over com 2 tratamentos, 2 seqüências, 2 períodos. Os voluntários receberam, em cada período, a formulação teste ou a formulação referência. A seqüência de tratamento de cada tratamento seguiu uma lista de randomização gerada por um software específico. As formulações foram administradas em dose individual de 20 mg seguidas de coletas de sangue por pelo menos 3 meias vidas (24 horas). O período de wash out teve um intervalo maior a 7 meias vidas entre as administrações.

Verificações de segurança (pressão arterial, temperatura, perguntas de bem estar geral e freqüência cardíaca) foram tomadas durante o período de internação e descritas estatisticamente. Apresentamos um método rápido, sensível e específico para quantificar enalapril e seu metabólito ativo enalaprilato em plasma humano, usando Enalapril D5 e Enalaprilato D5 (deuterados) como padrões internos. Extratos de plasma (extração fase sólida - SPE) foram analisados por HPLC acoplado com espectrometria de massas. A cromatografia foi realizada isocraticamente em uma coluna Alltech Jones C18 de 4 mm (150 mm x 4.6 mm i.d.) a um fluxo de 1.2 mL/min, de fase móvel composta de acetonitrila/água (60/40 v/v) + 10 mM de ácido fórmico.

Os tempos de retenção foram de 2,0 e 2,6 minutos para o analito e o metabolito respetivamente e a curva de calibração abrangeu a faixa de 0,500 - 200 ng.mL-1. O limite de quantificação foi de 0,500 ng.mL-1. Os limites dos intervalos de confiança de 90% estiveram dentro do intervalo 80-125% propostos pela ANVISA para as médias geométricas da razão entre teste e referência Cmax (111,6%) e AUC0-t (106,8%) e, portanto, as formulações foram consideradas bioequivalentes.

Trabalho retirado da programação científica

pelo autor.

Trabalho retirado da programação científica

pelo autor.

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PACIENTES COM CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA OBSTRUTIVA ASSOCIADA À DOENÇA CORONÁRIA. É POSSIVEL TRATAR PERCUTÂNEAMENTE AMBAS AS PATOLOGIAS?

SILVIA JUDITH FORTUNATO CANO, MANUEL NICOLAS CANO, ADRIANA MOREIRA, JAIRO ALVES PINHEIRO JR., RICARDO PAVANELLO, VERA MÁRCIA LOPES GIMENES, JOSE EDUARDO MORAES REGO SOUSA, AMANDA GUERRA DE MORAES REGO SOUSA, ADIB DOMINGOS JATENE.

Hospital do Coração – Associação do Sanatório Sírio São Paulo SP BRASIL e Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia São Paulo SP BRASIL

OBJETIVOS: Cardiomiopatia Hipertrófica Obstrutiva (CMHO) associada à doença arterial coronária (DAC) grave apresenta elevada morbi-mortalidade cirúrgica, em especial em pacientes >60 anos. Objetivamos analisar a eficácia do tratamento Percutâneo abordando primeiro a DAC grave por meio de angioplastia com implante de stent (ATC c/ stent) e posteriormente a CMHO com Ablação Septal por Álcool (ASA). MATERIAL E MÉTODOS: Desde Out/1998 até Jan/2008 foram tratados por ASA 40p consecutivos portadores de CMHO sintomáticos, destes 8p (20%) apresentavam DAC e 6p com lesões >70%. Todos em classe funcional III/IV pela NYHA e angina grau 3/4 pela Classificação Canadense de Angina sendo 3 homens, com idade média 61±7 anos. Avaliamos a evolução da angina, classe funcional e mortalidade num seguimento de até 110 meses. RESULTADOS: Foram tratados 6p com ATC c/ stent (4 artérias DA, 3 artérias Mg da Cx, 1 artéria CD) sendo realizada primeira a ATC para coronariopatia em 4 pacientes e o tratamento da CMHO com ASA estagiada, com períodos que variaram de 3 meses a mais de um ano. Em 2p foi realizado o tratamento combinada de ATC c/ stent e ASA. Não houve melhora da angina após ATC c/ stent. Isto somente foi conseguido após a realização da ASA, com significativa queda do gradiente hemodinâmico intraventricular de 95±44 para 5±9 mmHg. O grau de angina passou de 3 e 4 para 0 e 1 em todos os pacientes e a classe funcional passou de III/IV para classe funcional I em 5p e II em 1 paciente.

Não houve óbitos cardíacos imediatos ou tardios num seguimento de médio de 2,7 anos. Houve 1 óbito não cardíaco (acidental) 37 meses após ASA. CONCLUSÃO:

Em pacientes com CMHO com gradiente importante associado à coronariopatia obstrutiva grave, o alivio dos sintomas foi obtido quando as 2 patologias foram tratadas estagiadas ou simultaneamente. O tratamento isolado da coronariopatia, em nossa experiência, não melhorou a angina.

Resultados imediatos e evolução intra-hospitalar na intervenção coronária percutânea em homens e mulheres. Fatores de risco para óbito

EDISON CARVALHO SANDOVAL PEIXOTO, RODRIGO T S PEIXOTO, RICARDO T S PEIXOTO, PAULO S OLIVEIRA, MARIO SALLES NETTO, RONALDO A VILLELA, PIERRE LABRUNIE, MARTA MORAES LABRUNIE, ROSEMARIA G D ANDRADE.

Cinecor Evangélico Rio de Janeiro RJ BRASIL e Universidade Federal Fluminense Niterói RJ BRASIL

Fundamento: O sexo feminino (SF) apresenta maior mortalidade que o masculino (SM) na intervenção coronária percutânea (ICP). Objetivo: Avaliar as diferenças entre os sexos no procedimento (proc) e na evolução intra-hospitalar (EIH) e determinar fatores de risco (FR) para óbito (OB) no grupo total (GT). Delineamento:

Análise retrospectiva do banco de dados de ICP, elaborado prospectivamente.

Pacientes: Foram realizados 5902 proc e estudados 5809 proc de ICP com EIH, realizados de 1995 a 2007, 3912 (67,3%) do SM e 1897 (32,7%) do SF. Métodos:

Utilizou-se os testes: Qui quadrado e t de Student para a comparação dos grupos e regressão logística múltipla para determinar FR. Resultados: O SM e SF apresentavam: idade de 59,6±10,9 e 63,3±10,9 anos (p<0,0001), quadro clínico:

angina estável em 1456 (37,2%) e 704 (37,1%), angina instável em 1646 (42,1%) e 920 (48,5%), infarto agudo do miocárdio (IAM) em 330 (8,4%) e 155 (8,2%) e estavam assintomáticos 480 (12,3%) e 118 (6,2%), (p<0,0001), doença uniarterial em 1982 (50,7%) e 1065 (56,1%), biarterial em 1288 (33,9%) e 602 (31,7%), triarterial 623 (15,9) e 225 (11,9%) e tronco de coronária esquerda em 19 (0,5%) e 5 (0,3%), (p=0,0001), com predomínio de função ventricular esquerda normal no SF (p=0,0127). No GT e comparativamente no SM e SF obteve-se sucesso de: 91,5%, 90,9% e 92,7% (p=0,0232), oclusão aguda (OclAg) no proc ou EIH: 2,4%, 2,2% e 2,6% (p=0,4321) e óbito (OB): 1,2%, 1,0% e 1,6% (p=0,0368). Foram FR para OB:

idade ≥80 anos (p=0,0302; HR=3,5112), OclAg (p<0,0001; HR=96,1538), quadro clínico de IAM pré-proc (p<0,0001; HR=8,3963) e SF (p=0,0243; HR=2,2527).

Conclusões: O SF era mais velho, sintomático e uniarterial e com maior sucesso no proc e maior mortalidade e os FR para OB foram: idade ≥80 anos, OclAg, quadro clínico de IAM pré-proc e SF.

Tratamento associativo entre a revascularização cirúrgica e percutânea.

Resultados imediatos e a longo-prazo

LUIZ FERNANDO MUNIZ PINHEIRO, WILSON ALBINO PIMENTEL FILHO, MILTON DE MACEDO SOARES NETO, EDSON ADEMIR BOCCHI, WELLINGTON BORGES CUSTODIO, THIAGO M. LOPES, THIAGO NOBREGA DE OLIVEIRA, FLÁVIO A.

CANEDO, STOESSEL FIGUEIREDO DE ASSIS, JORGE ROBERTO BUCHLER, EGAS ARMELIN.

Ana Costa Santos SP BRASIL e Beneficência Portuguesa São Paulo SP BRASIL

Fundamento: Há um crescimento da população de pacientes (P) que se submeteram a cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) em que houve a falha dos enxertos venosos, progressão da doença coronária ou CRM incompleta. Objetivo: Avaliar os resultados da intervenção percutânea (IP) nos pacientes (P) com cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) prévia. Material e métodos: No período de janeiro de 1998 a novembro de 2007, realizamos a IP em 664 P com CRM prévia, grupo (G)-1. Nesse mesmo período comparamos 3.124 P submetidos a IP sem CRM prévia, G-2. Não houve diferenças demográficas clínicas significativas entre os grupos com exceção da maior incidência de diabete melito no G-1 (33,1% x 19,1%, p<0,05). No entanto, no G-1, houve maior percentual de triarteriais (45,1%

x 32,0%, p<0,05), lesão de tronco (4,3% x 1,0, p<0,05) e fração de ejeção inferior a 40% (33,1% x 16,0%, p<0,05). No G-1 os principais motivos que indicaram a IP foram: falência do enxerto venoso (54,8%), progressão da doença (35,2%) e revascularização incompleta (10,0%). Resultados: Obteve-se sucesso imediato na IP em ambos os grupos de forma significativa (97,8% x 99,2%, NS), sendo que no G-1 trataram-se mais vasos (incluindo ponte de veia safena) e tronco protegido da coronária esquerda do que o G-2, p<0,05. Em 36 meses de evolução clínica, livres de ECAM, o G-1=89% e o G-2=91%, NS. Conclusão: A possibilidade da realização da IP em pacientes submetidos previamente a CRM pelos motivos relatados nesse estudo, torna o tratamento percutâneo relevante como associativo de revascularização complementar.

Resultados clínicos tardios de um estudo comparativo e não randomizado entre stents farmacológicos e não farmacológicos no tratamento de lesões coronárias em bifurcação

ANDRÉ LIMA BRITO, RICARDO A COSTA, ALAOR MENDES CUNHA J, JOSE RIBAMAR COSTA A, ADRIANA MOREIRA, AMANDA G M R SOUSA, GALO MALDONADO, MANUEL N CANO, LUIZ A P E MATTOS, ALEXANDRE A C ABIZAID, FAUSTO FERES, J EDUARDO MORAES REGO SOUSA.

INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA SÃO PAULO SP BRASIL e HOSPITAL DO CORAÇÃO - ASSOCIAÇÃO DO SANATÓRIO SÍRIO SÃO PAULO SP BRASIL

Introdução: Os benefícios dos stents farmacológicos (SF) são confirmados em muitos subgrupos de alto-risco, sua eficácia e segurança no tratamento de lesões coronárias em bifurcação ainda são controversas. Métodos: Entre 2002-2006, 79 pacientes com lesões coronárias em bifurcação foram tratados com SF em um único centro privado, que dispunha deste dispositivo como estratégia preferencial. Os resultados foram comparados com um grupo de 106 pacientes portadores de lesões em bifurcação tratados apenas com stents não-farmacológicos (não-SF) em um hospital público. Sucesso angiográfico foi definido como estenose residual <50%, fluxo TIMI 3. Resultados: As características clínicas eram semelhantes, e 85% das lesões envolviam tanto o vaso principal (VP) como o óstio do ramo lateral (RL). Conclusões:

Neste estudo comparativo e não-randomizado, a maioria das intervenções em lesões coronárias localizadas em bifurcação foram realizadas utilizando-se a técnica de stent provisional incluindo implante de apenas 1 stent. Elevadas taxas de resultado angiográfico subótimo foram encontradas no RL (>20%), independentemente do dispositivo utilizado. Os benefícios associados ao emprego dos SF tornaram-se evidentes pela diminuição significativa nas taxas de RLA quando comparado aos não-SF (p<0.001), sem riscos adicionais que comprometessem sua segurança.

Variável SF (n=79) NÃO-SF (n=106) P

Técnica provisional 78% 80% NS

Insuflação final com 2 balões 51% 46% NS

Sucesso angiográfico (VP/RL) 100/76% 99/78% NS

Seguimento clínico de 1 ano

Óbito/Infarto do miocárdio 6% 8% NS

RLA 0% 18% 0,001

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Preditores de eventos maiores após intervenção coronária percutãnea em enxertos de pontes de safena

RAPHAEL LANZA E PASSOS, JULIANO RASQUIN SLHESSARENKO, JOSE RIBAMAR COSTA J, FAUSTO FERES, ALEXANDRE A C ABIZAID, RODOLFO STAICO, GALO MALDONADO, RICARDO A. COSTA, LUIZ ALBERTO PIVA E MATTOS, AMANDA G M R SOUSA, J EDUARDO MORAES REGO SOUSA.

Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia São Paulo SP BRASIL.

Fundamento: O número de pacientes (P) submetidos à intervenção coronária percutânea (ICP) em enxertos de ponte safena (PS) é cada vez mais freqüente.

Porém, pouco se sabe sobre os fatores preditores de eventos cardíacos maiores (ECAM) neste complexo subgrupo de P. Métodos: Estudo retrospectivo, incluindo P com lesões em PS tratados no período 01/2002-01/2007. Sempre que possível, os P eram pré-tratados com AAS, tienopiridínicos e heparina por 3-5 dias. Terapia antiplaquetária dupla foi mantida por 1 mês. Objetivou-se primariamente determinar a incidência e os preditores de ECAM. Os P foram acompanhados por 1 ano por meio de revisão de prontuários e contato telefônico para avaliação de eventos.

Resultados: 195 P foram incluídos, com idade média de 67 anos e predomínio do sexo masculino (74%). Fatores clássicos de risco para ICP como diabetes mellitus (DM- 40%), infarto agudo do miocárdio (IAM- 20%), pontes degeneradas (35%), estiveram freqüentemente presentes entre os indivíduos tratados. O uso de filtros de proteção distal ocorreu em 20% dos casos. Ao final de 1 ano de evolução, ocorreram 6 óbitos (3%), 31 IAM (16%) e 36 novas revascularizações do vaso-alvo (21%).

Alteração no blush miocárdico (p=0,031) e número de stents utilizados (p=0,017) foram preditores de ECAM no seguimento de 30 dias. No seguimento tardio, DM foi o único preditor de óbito (p=0,046), ao passo que o tratamento de PS para artéria descendente anterior (DAp=0,005) e o número de stents utilizados (p=0,03) foram preditores de nova revascularização. Conclusão: A despeito do surgimento de novos dispositivos de proteção e aprimoramento da farmacoterapia adjunta, o tratamento de PS ainda constitui subgrupo de alto risco para ICP. Quando necessário abordar tais lesões, especial atenção deve ser dispensada aos portadores de DM e aqueles com lesões em DA. Sempre que possível, deve-se evitar utilizar múltiplos stents na mesma PS.

Influência dos índices antropométricos de obesidade sobre a prevalência de lesões coronarianas complexas entre pacientes submetidos à intervenção coronária percutânea

JOSE C E TARASTCHUK, RONALDO R L BUENO, PAULO M P ANDRADE, PAULO R F ROSSI, MARCOS A A PEREIRA, GILMAR J SANTOS.

Serviço de Hemodinâmica do Hospital Universitário Evangélico Curitiba Pr BRASIL.

Fundamentação teórica: Obesidade central é causa de distúrbios metabólicos que podem potencializar a aterosclerose. Apesar dos fortes indícios da maior relevância do acúmulo abdominal de gordura, o índice de massa corpórea (IMC) é ainda o mais estudado em nosso meio. Não há consenso na literatura acerca da relação entre índices antropométricos de obesidade (IAO) e presença de lesões complexas coronarianas (LCC). Objetivos: Comparar entre IAO o que melhor discrimina presença de LCC. Material e Métodos: 476 pacientes (p.) portadores de LCC, submetidos à angioplastia coronariana (idade 62,5±11,06 anos, 63,2% do sexo masculino) foram divididos quanto ao sexo e valores de IAO. Os pontos de corte foram, para o sexo feminino/ masculino: circunferência abdominal (CA) >80/94cm, relação cintura quadril (RCQ) >0,80/0,94cm, índice de conicidade (IC) >1,18/1,25 e IMC maior/igual a 30. Resultados: P. com IAO normais não apresentaram tendência a possuir LCC. Nas mulheres com LCC, verifica-se como medida mais prevalente a RCQ alterada (p<0,01), seguida por IC e CA alteradas (p=0,03), todas significativamente mais prevalentes do que IMC elevado (p<0,01). Entre os homens, observa-se a mesma ordem, sendo a RCQ alterada mais prevalente (p<0,01) do que as outras medidas. Neste sexo, IC e CA alteradas não diferem significativamente (p=0,06), sendo todas mais prevalentes que o IMC elevado (p<0,01). Conclusão:

IAO alterados estiveram relacionados com LCC, sendo RCQ alterado o IAO mais prevalente, e o IMC elevado o menos adequado para discriminar LCC.

Segurança e eficácia da enoxaparina x heparina não fracionada em pacientes submetidos ao implante eletivo de stents não farmacológicos: resultados imediatos e seguimento clínico de 3 anos

FELIPE SOUZA MAIA DA SILVA, MARINELLA P CENTEMERO, FAUSTO FERES, ANSELMO L. R. MOTA, ANDRE FELDMAN, RODOLFO STAICO, GALO MALDONADO, AMANDA G M R SOUSA, JOSE EDUARDO MORAES REGO SOUSA.

Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia Sao Paulo SP BRASIL.

FUNDAMENTOS: A heparina não fracionada (HNF) é a terapia anticoagulante clássica na realização de intervenção coronária percutânea (ICP) prevenindo complicações trombóticas agudas. Entretanto, estudos recentes sugerem que as heparinas de baixo peso molecular,dentre elas a enoxaparina (ENO), podem ser uma alternativa segura e eficaz. OBJETIVOS: Avaliar a segurança e a eficácia da ENO comparada à HNF em pacientes (P) tratados por ICP na fase hospitalar (FH) e seu possível impacto na evolução clínica de 3 anos. METODOLOGIA:

Neste estudo prospectivo,aberto e unicêntrico avaliamos 200 P consecutivos submetidos ao implante de stents não farmacológicos de agosto a novembro de 2004, selecionados para receberem ENO 0.75mg/kg EV ou HNF 100 UI/kg EV imediatamente antes da ICP. Todos os P foram pré-tratados com AAS e ticlopidina.

Foram analisados eventos cardiovasculares maiores (ECM) como morte, IAM, AVC e revascularização de urgência e complicações hemorrágicas e vasculares na FH assim como ECM, incluindo nova revascularização (NR) aos 3 anos. RESULTADOS:

Dos 200 P, 143 receberam HNF-G1 (71%) e 57 (29%) ENO-G2: as características clínicas/angiográficas não diferiram nos 2 grupos (G). O sucesso da ICP foi obtido em 100% dos P na FH. Não ocorreram hemorragias maiores nos 2 G, observando- se aumento não significativo de sangramento menor no G2 (8.8% x 3.5%, p=0.15). Aos 3 anos os ECM não diferiram nos 2 G: morte- G1:6P (4,2%) x G2: 4P(7%), p=0,47;

IAM– G1:9P (6,3%) x G2:1P (1,8%), p=0.28; NR– G1:17P(12%) x G2:12P(21%), p=0,11; ECM– G1:25P (17,5%) x G2:16P (28%),p=0,12. CONCLUSÕES: Em P submetidos à ICP eletiva, a ENO foi tão segura e eficaz quanto a HNF na FH. No seguimento de 3 anos também não houve diferença significativa na ocorrência de ECM nos 2 G.

AVALIAÇÃO DO DUCTO ARTERIOSO EM FETOS HUMANOS VISANDO A TANIA MARIA DE ANDRADE RODRIGUES, MARCEL FIGUEIREDO FONTES, WAGNER LIMA DE LUCENA, FLÁVIO L. D. CABRAL.

Universidade Federal de Sergipe São Cristóvão SE BRASIL.

A persistência do canal arterial é uma das cardiopatias congênitas mais freqüentes e corresponde aproximadamente a 10% do total da má-formações cardíacas (Haddad et al., 2005). A ligadura e/ ou secção cirúrgica do ducto é um procedimento eficaz e de baixa mortalidade. Porém, o desenvolvimento de diversos dispositivos tem permitido que praticamente todos os ductos sejam ocluídos por cateterismo. A morfologia do ducto é extremamente variável, quase individual descrita tanto pela angiografia em perfil esquerdo como pela ecocardiografia. A importância desse estudo foi coletar um banco de dados morfométricos para subsidiar, em especial os grupos que trabalham na hemodinâmica fazendo o fechamento da persistência do canal arterial em pré-maturos e neonatos à termo. Foram coletados 50 fetos junto a Maternidade Hildete Falcão Baptista e o Departamento de Morfologia da Universidade Federal de Sergipe e foi submetido ao Comitê de Etica do Hospital Universitário/UFS. Os fetos foram degelados em água corrente, dissecados, retirados em bloco coração e pulmões, formolizados a 4% e conservados a -20º C.

As peças foram redissecadas para a visualização e procedimento das medidas do ducto arterioso, utilizando paquímetro eletrônico e registro fotográfico. Os blocos Os resultados mostraram que numa série de 50 fetos humanos com idade gestacional de nove a 25 semanas, média de 15,7 semanas, peso variou de 30g a 950g, com média de 317,8g, perímetro cefálico médio de 164,5mm, perímetro torácico médio de 134,7mm, medida média do vértice-nádega de 241,1mm, medida média do vértice-calcâneo 228,3mm apresentavam a morfologia cônica como a mais freqüente (70%) com base larga na aorta e desembocadura no tronco pulmonar de menor diâmetro, sendo relatadas as seguintes medidas média para a base pulmonar de 1,36mm e para a desembocadura na aorta de 1,46mm. Concluiu-se que este trabalho corrobora com os dados da literatura quando a forma mais comum de achado do ducto arterioso o que poderá ser usado como fonte de informação para os grupos que realizam procedimento de fechamento do canal arterial nos serviços de cardiologia intervencionista.

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Associação entre hiperuricemia e fatores associados nos hipertensos atendidos na liga de hipertensão da Universidade Federal do Maranhão MARCELO BARBOSA, NATALINO SALGADO FILHO, FERNANDA DE SOUSA BARROQUEIRO, PAULA IARA DE SOUSA VELOSO, GABRIELA LUSTOSA SAID, NATIANE SOUSA DA SILVA, FABIANE BARBOSA CASTRO.

Liga de Hiperetensão Arterial Sistêmica São Luís MA BRASIL e Hospital Universitário Presidente Dutra São Luís MA BRASIL

Fundamento: A associação entre ácido úrico e doenças cardiovasculares foi observada em diversos estudos epidemiológicos que encontraram hiperuricemia em 25% dos hipertensos sem tratamento. Contudo, durante o tratamento a prevalência aumenta de 40-50%, a até 75% em hipertensão maligna ou associada à função renal reduzida. Objetivo: Analisar a presença de hiperuricemia e fatores associados nos hipertensos atendidos na Liga de Hipertensão Arterial Sistêmica do Hospital Universitário Presidente Dutra. Delineamento: Estudo observacional, transversal.

Pacientes: Amostra aleatória de 407 pacientes atendidos pela da liga de Hipertensão do Hospital Universitário Presidente Dutra. Métodos: Dados da ficha-protocolo de atendimento ambulatorial e análise estatística feita pelo programa Epi.Info 3.4.

Resultados: Dos 407 pacientes, 65% eram do sexo feminino e com relação à idade, 91% tinham entre 40 e 79 anos. Hiperuricemia foi encontrada em 17,7% dos pacientes, sendo que destes 64,3% eram do sexo masculino. Entre aqueles com hiperuricemia, 26,7% estavam com a pressão arterial normal; 25% estavam no estágio 1 de hipertensão, 25%, no estágio 2 e 8,9%, no estágio 3. Com relação aos fatores de risco de DCV observa-se que 58,2% tinham a circunferência abdominal aumentada, 57,1% tinham dislipidemia, 41,1% tinham idade superior a 60 anos, e 50% tinham síndrome metabólica. Associação entre hiperuricemia e lesão de órgão alvo foi encontrada em 47,1% dos hipertensos. O EAS estava alterado em 31% dos que tinham hiperuricemia. Daqueles com ácido úrico elevado, a maioria fazia de 2 drogas antihipertensivas (46,3%), seguido dos que usavam 3 drogas (42,6%). Conclusão: Observa-se uma alta taxa de pacientes hipertensos com hiperuricemia, sendo encontrado superiormente em homens. Entre os pacientes com hiperuricemia os fatores de risco para DCV estão mais presentes, tendo uma alta taxa de lesão de órgão alvo.

Diabetes mellitus em ambulatório de hipertensão arterial: prevalência e fatores de risco associados

MARCELO BARBOSA, NATALINO SALGADO FILHO, LARA CARNEIRO DE LUCENA, FERNANDA DE SOUSA BARROQUEIRO, RENATO PALÁCIO DE AZEVEDO, FABRÍCIO DE FLORES BARBOSA, KALINE SILVA SANTOS, MAURÍCIO MIRANDA MATIAS.

Liga de Hiperetensão Arterial Sistêmica São Luís MA BRASIL e Hospital Universitário Presidente Dutra São Luís MA BRASIL

Fundamento: Diabetes mellitus (DM) é mais prevalente em indivíduos com hipertensão arterial sistêmica (HAS) do que na população geral e é fator de risco cardiovascular (CV) dos mais importantes. Além disso, pacientes diabéticos compartilham outros fatores de risco CV como dislipidemia e síndrome metabólica (SM). Objetivos: Detectar a prevalência de DM em pacientes da Liga de Hipertensão e avaliar outros fatores de risco CV. Delineamento: Estudo transversal.

Pacientes: Amostra aleatória de 360 pacientes atendidos no ambulatório da Liga de Hipertensão. Métodos: SM foi classificada pelos critérios do NCEP ATP III e a taxa de filtração glomerular (TFG) foi calculada pela fórmula de Cockcroft-Gault. Os dados armazenados foram analisados pelo programa Epi-Info 3.4. Resultados: De 360 pacientes, 63,6% eram do sexo feminino e 41,2% tinham mais de 60 anos. A prevalência de DM foi 16%, com 50,8% de mulheres; entre os sexos, 13,1% mulheres e 49,2% homens. Pacientes com mais de 60 anos, 21,6% tinham DM, sendo a prevalência nos com menos de 60 anos de 12,8% . 81,4% dos diabéticos tinham SM e dos pacientes que não tinham SM apenas 5,5% eram diabéticos. A pressão arterial sistólica (PAS) média foi de 148,64mmHg nos DM e 140,34mmHg nos sem DM. Os níveis médios de HDL foram de 44,33mg/dl para os DM e 49,49mg/dl para os sem DM. Os níveis médios de triglicerídeos foram de 176,21mg/dl nos diabéticos e 152,5mg/dl nos sem DM. A pressão arterial diastólica média dos com DM foi de 81,89mmHg e a dos sem DM foi de 84,05mmHg. A TFG média do grupo com DM foi de 62,07ml/min e a dos sem DM foi de 64,31ml/min. Conclusões: A prevalência de DM foi alta na população estudada. Pacientes com DM tinham PAS mais elevada, HDL mais baixo, maior prevalência de SM e eram mais velhos o que lhes confere risco CV mais elevado comparando com a população sem DM do estudo.

Prevalência de fatores de risco em pacientes hipertensos atendidos pela liga de hipertensão arterial da Universidade Federal do Maranhão

MARCELO BARBOSA, NATALINO SALGADO FILHO, FABRÍCIO DE FLORES BARBOSA, ERIBERTO LEAL DE BARROS FILHO, GRASIELLA DE LOURDES SILVA CALDAS, GABRIELA LUSTOSA SAID.

Hospital Universitário Presidente Dutra São Luís MA BRASIL e Liga Acadêmica de Hipertensão Arterial Sistêmica São Luís MA BRASIL

Fundamento: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um importante fator de risco para doença cardiovascular (DCV). Segundo a V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, o Brasil possuía, em 2003, uma taxa de 27,4 % do total de óbitos, causadas por DCV, sendo a principal causa de morte a doença vascular cerebral (DVC). Conhecer as características dessa enfermidade é de extrema importância para sua prevenção e manejo. Objetivo: Estimar a prevalência de fatores de riscos e traçar um perfil epidemiológico dos pacientes atendidos na Liga de Hipertensão do Hospital Universitário Presidente Dutra. Delineamento:

Estudo transversal. Pacientes: Amostra aleatória de pacientes atendidos na Liga de Hipertensão arterial. Métodos: Os dados foram colhidos e registrados em ficha-protocolo de atendimentos durante suas consultas, e posteriormente analisados com o auxílio do programa de bioestatística Epi Info 2000®. Resultados: De 407 pacientes, 65,1% eram do sexo masculino; 32,7 % do eram pardos e 28,9%, negros Em relação à idade, 91,1% tinham entre 40 e 79 anos e 42,5% tinham mais que 60 anos. 45,4 % tinham história pessoal (HP) de DCV e 53% com história familiar (HF). O diabetes mellitus foi prevalente em 16,3%, mas a glicemia alterada (> 99 mg%) estava presente em 27,7%. A prevalência de dislipidemia foi de 51,9% e HF de hipertensão foi de 79,9%. A circunferência abdominal (CA) elevada foi de 58,8%.

Conclusões: A prevalência de fatores de risco mostrou-se elevada nessa amostra, em especial a CA elevada, presente em 58,8%. Outros fatores, como a HF de hipertensão, dislipidemia, HP e HF de DCV foram bastante relevantes. Esses dados reforçam a necessidade de combater a hipertensão arterial, com uma importante participação de mudanças dos hábitos de vida, a fim de diminuir a morbimortalidade desse mal à saúde pública.

Seguimento Clínico Tardio das Intervenções Carotídeas Percutâneas CLARISSA CAMPO DALL ORTO, ANDRÉS SÁNCHEZ, ANTONIO M KAMBARA, ALOAR MENDES, SAMUEL M. MARTINS, MANOEL CANO, ANDREA C L S ABIZAID, RODOLFO STAICO, LUIZ ALBERTO PIVA E MATTOS, FAUSTO FERES, AMANDA G M R SOUSA, JOSE E M R SOUSA.

Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia São Paulo SP BRASIL.

Fundamentos: O acidente cérebro-vascular (ACV) é a principal causa de incapacidade (física e/ou mental) e a terceira de mortalidade, sendo esta causada em até 40% dos casos por doença carotídea aterosclerótica. Múltiplos estudos têm demonstrado resultados similares entre a angioplastia versus cirurgia em artérias carótidas. O objetivo desta análise foi avaliar os resultados da angioplastia carotídea, hospitalares e ao ano de seguimento. Métodos: Entre janeiro de 2002 e janeiro de 2005, realizamos consecutiva mente 262 intervenções carotídeas percutâneas. O seguimento clínico hospitalar e aos 2 anos avaliou a incidência de acidente isquêmico transitório (AIT), ACV (maior e menor), reintervenções, infarto de miocárdio e óbito. Resultados: A idade média foi 68,4±9,7 anos, 35,2% eram diabéticos, 6,9%

endarterectomia homolateral prévia e 26,5% eram assintomáticos. Foi utilizado em 84,3% dos casos stent Precise e em 12,2% Wallstent (1 stent/paciente). Em 99,6% dos casos foi utilizado sistema de proteção cerebral (69,7% Angioguard, 28,7% FilterWire e 1,6% Moma), não sendo usado em 1 caso (0,4%) por excessiva tortuosidade distal. Em 84,7% dos casos foi realizada pós-dilatação com balão.

Houve sucesso do procedimento em 100% dos casos. Conclusão: A angioplastia carotídea com implante de stent e sistemas de proteção distal, mostrou-se como uma técnica segura e eficaz no tratamento da doença aterosclerótica carotídea, com baixa taxa de complicações hospitalares e no seguimento de 1 ano.

Eventos (freqüência acumulada) Hospitalar 2 anos

AVC maior 5(2,2%) 5(2,2%)

AVC menor 2(0,9%) 2(0,9%)

IAM Q 2(0,9%) 3(1,3%)

Reintervenção Homolateral 0 1(0,4%)

Morte 1(0,4%) 6(2,7%)