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Este trabalho de investigação “obrigou-me” a centrar num tema e aprofundá-lo de acordo com as pesquisas que fui fazendo através de livros, documentos e até mesmo utilizando a internet, que é considerado um meio de pesquisa muito vasto com o qual devemos ter atenção uma vez que muita informação que nos está disponibilizada não tem autoria ou a informação que nos fornece não é válida. Ao início da pesquisa, olhei e li com atenção o meu tema “Educação e Desenvolvimento na Infância”, e pensei: Por onde hei-de começar?

Uma vez que o grande enfoque é a sustentabilidade na educação, então comecei por pesquisar sobre o conceito de “sustentabilidade”. Depois, quando já tinha uma ideia definida sobre este conceito, estendi a minha pesquisa para o conceito de “desenvolvimento sustentável” e posteriormente “educação sustentável”. Claro que já conhecia um pouco do tema devido à investigação sobre o tema que estava a fazer e foi decorrendo ao longo da PES, mas estas pesquisas fizeram-me consolidar algumas ideias e assim ganhar bases que me serviram de suporte para dar início ao relatório.

Quando cheguei a uma certa altura do trabalho comecei a questionar-me sobre de que forma a educação pré-escolar poderia contribuir para a sustentabilidade. Após algumas procuras e pesquisas, autores como Gadotti e aqueles que elaboram o Documento final da Década das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, conseguiram fornecer-me informações que me deixaram esclarecida quanto a esta questão.

Estas pesquisas ajudaram-me também a perceber melhor as práticas da instituição onde desenvolvi a minha PES. Como esta é considerada uma eco escola, e deste modo é reconhecida pelo trabalho desenvolvido no âmbito da Educação Ambiental/EDS, todo o trabalho tem como base e é realizado através de ações que alertam as crianças para a importância de cuidar do mundo e de garantir um “futuro sustentável” e mais saudável.

100 De acordo com o Projeto de Investigação Internacional onde estive envolvida, utilizei a subescala da ECERS relativa à sustentabilidade pessoal e social, económica e ambiental para avaliar o ambiente educativo da sala. O seu preenchimento foi também feito pela minha educadora cooperante e após os resultados obtidos e posterior troca de ideias, chegamos a uma conclusão sobre de que maneira poderíamos agir de forma a melhorar a avaliação da subescala da sustentabilidade pessoal e social, visto ter sido esta a apresentar valores menos positivos. Sendo assim, a ação incidiu na abordagem do tema etnias e culturas o qual estava um pouco esquecido.

Todo este processo de investigação-ação ajudou-me a perceber o quanto é importante um educador estar atento ao grupo bem como à sua ação pedagógica. Muitos são os instrumentos que existem e que nos permitem avaliar uma série de componentes na e da sala e na minha opinião são uma mais valia que ajuda no melhoramento do ambiente educativo bem como nas relações criança-criança e criança-adulto e vice versa.

Os processos de investigação-ação exigem que o educador-investigador tenha uma postura de observador, critica, de pesquisador e posteriormente de ação. Uma reflexão após a ação é bastante importante pois permite-nos perceber o que correu bem , o que correu mal e o que poderia ter sido feito para os resultados obtidos serem mais gratificantes, se assim for possível.

Fazendo o balanço geral de todo este trabalho de investigação que teve início logo desde o meu estágio, tenho de admitir que inicialmente tive alguma dificuldade em encontrar informação útil e desta forma senti-me um pouco angustiada e deprimida. Após algum tempo de pesquisa, muita informação foi acumulada e desta vez senti-me um pouco atrapalhada com a organização e a seleção da informação mais importante e produtiva para a elaboração do relatório.

Depois de muitas leituras, fui conseguindo selecionar a informação mais importante e fui organizando ideias que posteriormente foram transmitidas no trabalho.

No entanto, penso que o resultado final é positivo e que consegui dar resposta a todas questões importantes a abordar num tema como este que atualmente preocupa tanto a sociedade.

101 Ao longo da PES tive a oportunidade única de poder vivenciar novas experiências e aprendizagens que irão sem dúvida acompanhar-me sempre ao longo do meu percurso enquanto futura profissional de educação, para a realização de projetos com as crianças, e para o meu crescimento pessoal.

As dificuldades com que me deparei fizeram com que me tornasse uma pessoa mais persistente e mais determinada em atingir os meus objetivos, o que me torna um ser humano mais “forte” e consciente da profissionalidade de um educador/professor.

No decorrer do meu estágio, tanto em creche como em jardim-de-infância, tive a oportunidade de estar a par do que se passava nas outras salas, uma vez que são próximas umas das outras e as portas normalmente encontram-se abertas permitindo desta forma o contacto com a equipa educativa, bem como com pais ou outros adultos que por ali passam.

Considero que todo o estágio permitiu aumentar os meus horizontes para a minha vida profissional futura e todos os momentos pelos quais passei durante este tempo, ajudaram-me a promover um olhar crítico sobre as áreas de conteúdo, sempre com a finalidade de articular as mesmas com vários projetos futuros.

Com o apoio e proximidade das professoras que me ajudaram a saber como lidar com situações que foram decorrendo ao longo do estágio e que me guiaram numa etapa tao importante e decisiva como esta, consegui aumentar os meus conhecimentos tendo sempre em vista o desenvolvimento e crescimento pessoal e profissional. No meu entender, um educador/professor deve querer, ter vontade e esforçar-se por aprender cada vez mais, de modo a que o seu conhecimento seja superior ao que tinha anteriormente.

O meu sonho sempre foi ser profissional de educação pré-escolar e sinto que esse momento está a chegar.

A Universidade de Évora acompanhou-me em todo o meu percurso académico e sinto que esta, devido a toda a formação que me deu, tornou-me uma pessoa mais confiante, segura e que acredita que os sonhos se podem tornar realidade.

102 A principal razão da escolha deste curso foi, além de ser um sonho desde sempre, como já mencionei anteriormente, a ideia de poder fazer a diferença, nem que seja num pequeno grupo de crianças, procurando desenvolver não só as competências cognitivas como incutir atitudes e valores.

Não entendo esta profissão como sendo uma mera exposição de conceitos, principalmente em idades tão pequenas. Entendo sim que antes do mais se deve conhecer a turma com que se trabalha para perceber quais as expetativas e dificuldades e assim adaptar estratégias diferentes a cada situação.

A escola deve ser vista como uma instituição de ensino assim como uma instituição que influência na formação de indivíduos, e cabe aos educadores/professores o desempenho dessa função.

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