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II. ENQUADRAMENTO LEGAL NACIONAL E DA UNIÃO EUROPEIA

2.11. Regulação do Sector do Saneamento de Águas Residuais

A Lei n.º 46/77, de 08 de Julho, vulgarmente designada por “lei de delimitação de sectores”, vedou a empresas privadas e outras entidades da mesma natureza a actividade económica em determinados sectores, entre os quais se encontrava o saneamento básico (art.º 4.º). Esta interdição manteve-se no Decreto-Lei n.° 406/83, de 19 de Novembro e no Decreto-Lei n.º 449/88, de 10 de Dezembro, diplomas que introduziram alterações à Lei n.º 46/77, de 08 de Julho.

O Decreto-Lei n.º 372/93, de 29 de Outubro, continua a vedar as actividades de recolha, tratamento e rejeição de efluentes a empresas privadas, mas permite que essas actividades possam ser exercidas, em regime de concessão, a outorgar pelo Estado, por empresas que resultem da associação de entidades do sector público, designadamente autarquias locais, em posição obrigatoriamente maioritária no capital social da nova sociedade, com outras entidades privadas. Define ainda sistemas multimunicipais como os que sirvam pelo menos dois municípios e exijam um investimento predominante a efectuar pelo Estado em função de razões de interesse nacional, e sistemas municipais todos os demais, bem como os sistemas geridos através de associações de municípios. Desde então, o quadro legal do sector de saneamento de águas residuais sofreu alterações muito significativas. O Decreto-Lei n.º 379/93, de 5 de Novembro, que estabelece o regime de exploração e gestão dos sistemas municipais e multimunicipais de captação, tratamento e distribuição de água para consumo público, de recolha, tratamento e rejeição de efluentes e de recolha e tratamento de RSU, permitindo o acesso de capitais privados a essas actividades económicas, continua a ser o diploma mais importante que regula a actividade. Aí se estipulam como princípios fundamentais do regime de exploração e gestão dos sistemas multimunicipais e municipais os princípios da prossecução do interesse público, do carácter integrado dos sistemas, da eficiência e da prevalência da gestão empresarial, bem como a

obrigatoriedade de ligação aos sistemas para os utilizadores, que poderão ser os municípios, no caso e sistemas multimunicipais, e qualquer pessoa singular ou colectiva, pública ou privada, no caso de sistemas municipais ou da distribuição directa integrada em sistemas multimunicipais. É ainda definida

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Decreto-Lei n.º 14/2002, de 26 de Janeiro, alterou o artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 379/93, de 5 de

istrações e definir as modalidades de verificação o cumprimento das directrizes emitidas. Este diploma consagra ainda a afirmação da necessidade de incípios gerais do direito comunitário na entidades privadas, em posição obrigatoriamente minoritária, no apital social das entidades gestoras de sistemas multimunicipais.

finais sejam os consumidores individuais), devem seguir

Na sequência da alteração introduzida por este diploma, foi aprovado o Decreto-Lei n.º 223/2003, de 20 de Setem o Decreto-Lei n.º 162/96, de 4 de Setembro, através do qual tinha sido estabelecido o regime jurídico e aprovadas as bases dos contratos das concessões dos sistemas mul u ento e rejeição de efluentes. O Decreto-Lei n.º 162/96, de 4 de Setembro, estabelece ainda que a exploração e a gestão dos sistemas abrangem a concepção, sua exploração, reparação, renovação e manutenção, e consubstancia um serviço público a exercer em regime de exclusivo. São seus objectivos contribuir para o desenvolvimento económico nacional e para o bem-estar das populações, assegurando, o tratamento e rejeição, nos termos do contrato de concessão, dos efluentes d

a propriedade dos bens afectos à concessão e disposições relativas à formação e conteúdo do contrato oncessão.

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Novembro e transferiu para as autarquias, livres de qualquer ónus ou encargos, os bens afectos à concessão, no seu termo.

O Decreto-Lei n.º 103/2003, de 23 de Maio, veio esclarecer o sentido do Decreto-Lei n.º 379/93, de 5 de Novembro. Assim, explicita-se o objectivo da criação dos sistemas multimunicipais e as missões de interesse público de que as respectivas entidades gestoras ficam incumbidas, bem como a atribuição a estas de direitos especiais ou exclusivos, a articulação com as infra-estruturas detidas pelas entidades gestoras municipais e, finalmente, os poderes que o Estado pode exercer sobre as entidades gestoras dos sistemas multimunicipais, incluindo os poderes de aprovar e suspender os seus actos, assim como de emitir directrizes vinculantes às respectivas admin

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adopção de procedimentos compatíveis com os pr eventualidade da participação de

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Determina ainda que, sempre que os municípios utilizadores de um sistema multimunicipal decidam concessionar os serviços “em baixa” de distribuição de água para consumo público, de recolha de efluentes e de recolha de resíduos sólidos (consagrando pela primeira vez num diploma legal como serviços “em baixa” aqueles cujos utilizadores

um procedimento de contratação pública.

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prov ie dos mei

No que -Lei n.º 147/95, de 21 de Junho,

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de o icipais, intermunicipais e regionais, que

permitiu que surgissem as primeiras empresas municipais de capitais maioritariamente público em

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obtidos pelas entidades gestoras.

en ntes dos municípios utilizadores e o controlo dos custos através da racionalidade e eficácia os utilizados nas suas diversas fases.

concerne aos sistemas municipais, importa referir o Decreto

de ine o regime jurídico da concessão dos sistemas municipais, bem como a Lei n.º 58/98, de Ag sto, que estabelece o regime das empresas mun

m a autarquias delegaram o serviço de tratamento e rejeição de águas residuais u

c ntexto de procura de maior eficiência e de desenvolvimento de modelos a gestão de bas empresarial, será do maior interesse a aplicação de indicadores de desempenho que traduzam de forma objectiva os resultados

III. PLANOS ESTRATÉGICOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E SANEAMENTO