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Relação dos resultados obtidos nos dois ciclos do ensino básico

Capítulo II: Contextualização prática

3.4. Relação dos resultados obtidos nos dois ciclos do ensino básico

Mediante os resultados descritos em ambos os ciclos do ensino básico, verificou-se que a calculadora é um recurso educativo que auxilia o ensino e aprendizagem da matemática. No geral, o produto final foi satisfatório, pois a maior parte dos alunos conseguiu realizar a ficha de trabalho, expressou um feedback positivo na avaliação da mesma e descreveu aspetos relevantes nos questionários propostos. Todavia, os contextos em estudo eram distintos, exibindo resultados desiguais, tendo-se procurado analisar os resultados obtidos para averiguar possíveis relações.

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Antes de mais, é importante referir que as amostras em estudo admitiram um número diferente de participantes, porém com níveis de taxonomia semelhantes, manifestando-se alguns resultados análogos. No que concerne à ficha de trabalho, na primeira questão, o 1.º ciclo do ensino básico atingiu uma taxa de sucesso de 100%, enquanto o que o 2.º ciclo do ensino básico ficou pelos 82%, apresentando uma discrepância nos resultados. No entanto, nas questões seguintes, o 2.º ciclo do ensino básico recuperou e apresentou melhores resultados, face ao 1.º ciclo do ensino básico. No geral, a diferença dos resultados não foi significativa, revelando ambos os ciclos do ensino básico diversas qualidades e competências. Relativamente ao feedback dos alunos, perante a ficha de trabalho realizada, foi equivalente em ambos os contextos, divergindo apenas dois alunos do 1.º ciclo do ensino básico que selecionaram a opção desmotivado no momento de execução da proposta de trabalho. Dos restantes alunos, a maior parte, limitou-se a transmitir o feedback exposto na figura 39.

Em relação aos questionários, a qualidade das respostas oscilou, visto que o 1.º ciclo do ensino básico, apresentou um maior e variado número de respostas na enumeração de exemplos práticos do uso da calculadora. Na questão referente ao gosto pela disciplina, apenas três alunos do 2.º ciclo do ensino básico responderam negativamente. Como esperado, todos os alunos afirmaram já ter manipulado uma calculadora, as situações apresentadas é que foram mais produtivas no 1.º ciclo do ensino básico, como foi demonstrado anteriormente na tabela 1. Quanto à finalidade da calculadora considerada com maior nível de importância, por ambos os ciclos do ensino básico, foi a verificação dos cálculos.

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Do mesmo modo, admitiram já ter utilizado a calculadora nas aulas de matemática, porém as situações descritas foram mais abundantes no 1.º ciclo do ensino básico, averiguando que os professores que foram responsáveis por estes alunos, implementaram a calculadora nas suas aulas de matemática em diversos conteúdos e atividades educativas. De seguida, foi apontado o ano de escolaridade onde começaram a manipulação desta ferramenta, sendo o mais comum no primeiro contexto, o 4.º ano de escolaridade e no segundo contexto, o 5.º ano de escolaridade. Curiosamente, quando se interrogou se tinham interesse em utilizar a calculadora nas aulas de matemática, com mais regularidade, nos dois contextos em estudo, três alunos selecionaram o não. No âmbito familiar, o recurso à calculadora mantem-se, apresentando apenas uma taxa de percentagem de 36% no 1.º ciclo do ensino básico e de 24% no 2.º ciclo do ensino básico, da sua não utilização neste ambiente. Em função do registo das circunstâncias de utilização neste contexto, tanto os alunos do 1.º ciclo do ensino básico, como os alunos do 2.º ciclo do ensino básico, manifestaram ideias semelhantes.

Para rematar o estudo focado nos alunos, todos os desenhos das calculadoras construídos, exibiram diferentes caraterísticas e qualidades, sobressaindo algumas peculiaridades, tais como a habilidade de desenhar e a memória visual, uma vez que quando realizaram este exercício não tinham na sua posse a calculadora. Para complementar esta investigação, propôs-se um questionário aos professores dos dois níveis de ensino, sendo que após a interpretação das respostas, se verificou que a calculadora é implementada nas suas aulas de matemática. Contudo, a quantidade de participantes foi distinta, conseguindo apenas um professor, no âmbito do 2.º ciclo do ensino básico. Deste modo, as situações descritas pelos professores do 1.º ciclo do ensino básico sobressaíram. Todavia, o programa de matemática de um professor do 1.º ciclo do ensino é mais extenso, visto que abrange quatro níveis de ensino, usufruindo de um maior leque de conteúdos e atividades educativas, para a exploração desta ferramenta. Relativamente ao interesse em utilizar a calculadora nesta disciplina, com mais regularidade, salientam-se algumas discórdias, uma vez que uns expressaram esse desejo, enquanto que outros referem que já a utilizam com a frequência necessária. Não obstante, averigua-se que a calculadora é procurada pelos professores para os auxiliar no ensino e aprendizagem desta ciência.

Com efeito, o aproveitamento escolar e referentes aprendizagens significativas reclamam um trabalho complexo por parte do professor, levando-os à exploração da forma e dos meios a utilizar, na conquista proveitosa deste processo. Como é notável, a tecnologia

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controla a maioria da sociedade, infiltrando-se no quotidiano do Homem em qualquer setor, até mesmo no educativo. À vista disso, compete às entidades educativas, especificamente os professores, administrar este conhecimento. Assim, neste cariz, destaca-se a calculadora que favorece a educação, como foi referido pelos alunos e professores na investigação realizada. De forma mais detalhada, preserva tempo de aprendizagem, facilita a assimilação de conteúdos, incita o gosto pela aprendizagem da disciplina e conduz para problemas recorrentes do quotidiano. Relativamente aos ciclos em investigação, apresentaram algumas relações, uma vez que os alunos apresentavam semelhante rendimento escolar e, visto serem duas turmas subsequentes, encontrando-se em níveis de ensino muito próximos.