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No absorvedor ativo proposto por Olgac e Holm-Hansen (1995), a força de controlex +w, exercida pelo atuador é proporcional ao deslocamento da massa reativa, defasado de um intervalo de tempo, ou seja:

x +w, @ J{2+w  , (3.1)

A teoria do ressonador defasado é baseada no fato, evidenciado na Seção 2.1, que haverá anulação da resposta harmônica da massa primária quando a freqüência natural do ADV com sua base fixa coincidir com a freqüência de excitação. Assim, dada a freqüência de excitação ( ) e um conjunto de valores dos parâmetros passivos (p2,f2,n2) o projeto do ressonador defasado consiste em determinar os parâmetrosJ e  de modo que uma de suas freqüências naturais coincida com .

Para o ADV ativo considerado isoladamente, tem-se a seguinte equação do movimento:

p2‚{2. f2b{2. n2{2. J{2+w  , @ 3 (3.2)

^P` i‚{ +w,j . ^F` i b{ +w,j . ^N` ^{ +w,` @ ii +w,j . ix +w,j (3.3) com: ^P` @  p 3 3 p2  ^F` @  f. f2 f2 f2 f2  ^N` @  n. n2 n2 n2 n2  i{ +w,j @  {+w, {2+w,  ii +w,j @  I +w, 3  ix +w,j @  J{2+w  , J{2+w  , 

Passando a equação (3.2) para o domínio de Laplace, chega-se à equação característica do ADV ativo:

p2v2. f2v . n2. Jh3 r@ 3 (3.4)

Esta equação apresenta infinitas raízes paraJ e  A 3. A Figura 3.2 apresenta o gráfico do lugar das raízes da equação (3.4) no plano complexo, comJ variando em ^4> .4` e  constante.

Figura 3.2- Lugar das raízes da equação (3.4). (Extraída de Olgac e Holm-Hansen, 1995) Parav @ d . el, tem-se que o valor do ganho J é:

ComoJ deve ser um número real positivo:

J @p2v2. f2v . n2h @ (3.6)

observado o fato quehK  @ 4. Além disso, o argumento de J na equação (3.5) deve ser um

múltiplo de5, ou seja:

1  4 . 1p2v2. f2v . n2. 1h @. 1hK @ 5N N @ 3> 4> 5> === (3.7)

Desenvolvendo a expressão acima, escreve-se:

  . 1p2v2. f2v . n2. 3 . e @ 5N (3.8)

o que finalmente implica:

1p2v2. f2v . n2@ +5N . 4,   e (3.9)

Passando agora a equação (3.3) para o domínio de Laplace, obtém-se a função de transferência para a amplitude de vibração do sistema primário:

I +v, @

p2v2. f2v . n2. Jh3 r

+p2v2. f2v . n2. Jh3 r, S +v, . p2v2+f2v . n2, (3.10)

ondeS +v, @ pv2. fv . né o polinômio característico do sistema primário isolado. Nota-se

que para os valores dev que satisfazem a equação (3.4), o numerador da equação (3.10) se anula, isto é, ocorre uma anti-ressonância do sistema.

Sintonizar o ADV ativo para a freqüência significa fazer com que a equação característica (3.4) seja satisfeita para o valor dev @ l. Assim:

J @ 2p 2. l f2. n2 @ t +n2 2p2,2. + f2,2 (3.11) e 1 2p 2. l f2. n2@ +5N . 4,    (3.12)

 @ 4  wj3 f2 2p2 n2  . 5   @ 3> 4> 5> === (3.13)

As equações (3.11) e (3.13) dão os valores deJ e  que sintonizam o ADV ativo para a freqüência de excitação . Nota-se que o efeito do amortecimento do ADV é eliminado uma vez que se impõe a sintonização para o valor dev @ l, localizado sobre o eixo imaginário do plano complexo.

Como nenhuma restrição foi imposta à freqüência , é sempre possível achar valores de J e  que sintonizam o ADV para esta freqüência. No entanto, é fundamentalmente importante analisar o aspecto da estabilidade. Pode ocorrer o caso em que seja posível a sintonização para uma dada freqüência, mas que o sistema acoplado resulte instável. A estabilidade do sistema acoplado é assegurada se todos os seus polos (raízes da equação característica) estiverem localizados no semiplano complexo esquerdo. A análise de estabilidade pode ser feita empregando o critério de estabilidade de Nyquist (Ogata, 1993), conforme o procedimento descrito a seguir.

O critério de estabilidade de Nyquist é baseado no mapeamento da equação característica no plano compexo, conforme ilustrado na Figura 3.3. Traçando-se o contorno de Bromwich, que compreende o semiplano complexo direito (Figura 3.3(a)), faz-se o mapeamento da equação característica (3.4), conforme mostrado na Figura 3.3(b).

O número de raízes da equação característica localizados no semiplano direito (polos instáveis do sistema) é dado por:

] @ S . Q (3.14)

ondeS é o número de polos da equação característica localizados no semiplano direito, e Q é o número de envolvimentos da origem no sentido horário, verificados no mapeamento da equação característica.

Para a equação característica dada por (3.4) o número de polos é zero. Devido à natureza transcedental da equação característica, seu mapeamento é bastante complicado. Para facilitar, um outro método é usado, baseado na separação da equação característica (3.4) em duas componentes:

O mapeamento de E1 é imediato e o de E2 é um círculo de raioJ. Ambos são mostrados na Figura 3.3(b).

Figura 3.3- Mapeamento da equação característica no plano complexo segundo o contorno de Bromwich.

Tomando-se então os pontos correspondentes nestes dois mapeamentos, D4 e D5, e monitorando-se o argumento  de D4  D5, calcula-se o número Q de incrementos de 5 do ângulo no sentido horário.

Observando a Figura 3.3(b) notam-se quatro interseções entre os mapeamentos das duas componentes da equação característica. Duas delas correspondem às raízes impostas da equação característica, isto é, v @ l, e são chamadas verdadeiras. As outras duas são interseções puramente geométricas, pois H4 e H5 assumem o mesmo valor, mas para diferentes valoresv. Este último tipo de interseção não causa problemas no cálculo de , já queD4  D5 não é nulo. As interseções verdadeiras, no entanto, causam problemas para o cálculo de.

O procedimento neste caso é modificar o contorno de Bromwich, gerando um pequeno desvio em torno das raízes da equação característica, na formav @ l.%h, com! variando

de @5 a @5, % 5 ?, %  4. O contorno resultante é mostrado na Figura 3.4(a). No mapeamento das componentes da equação característica aparecerão desvios idênticos em torno das interseções verdadeiras, como se verifica na Figura 3.4(b).

Figura 3.4- Mapeamento da equação característica no plano complexo segundo o contorno de Bromwich modificado.

Obtido o número de envolvimentos Q, calcula-se a quantidade de zeros da equação característica localizados no semiplano direito. Se ] @ 3, então o sistema é estável para aquela combinação deJ e . Pode-se assim determinar os limites de estabilidade do sistema, calculando o valor mínimo de para o qual o sistema é estável.

A análise feita vale para o ADV isolado do sistema primário. Para analisar a estabilidade do sistema combinado, toma-se o denominador da equação (3.10), que é o polinômio característico do sistema combinado, que será designado porF +v,, e pode-se então escrever:

F +v, @ D +v, . Jh3 rS +v, (3.16)

ondeD +v, @p2v2. f

2v . n2S +v,.p2v2+f2v . n2, corresponde ao polinômio característico

do sistema combinado sem o elemento ativo. Dividindo a equação (3.16) porS +v,, tem-se:  F +v, @ F +v, S +v, @ D +v, S +v,  Jh3 r (3.17)

A função D +v, @S +v, pode ser facilmente mapeada no plano complexo, segundo o contorno de Bromwich. Como já foi visto, Jh3 r gera uma circunferência de raio J.

Da mesma forma como foi feito para o ADV sozinho, tomam-se dois pontos D4 e D5 correspondentes nos gráficos de D +v, @S +v, e Jh3 r, e calcula-se o argumento  do

número complexo D4  D5 para cada valor de v do contorno de Bromwich. O número Q de envolvimentos da origem pelo polinômio característico no sentido horário é igual ao número de incrementos de5 no valor de .

O número de polosS do polinômio característico no semiplano direito é também dado pelo número de zeros deS +v,, que é facilmente obtido. Assim, calculando ] pela equação (3.14), verifica-se a estabilidade do sistema combinado.

Olgac e Holm-Hansen (1995) propõe uma outra forma de analisar a estabilidade do sistema que torna mais simples a determinação dos limites de estabilidade do sistema. Sabe-se que a estabilidade do sistema acoplado deve ser assegurada enquanto o Ressonador Defasado isolado, sintonizado para a freqüência de excitação, é marginalmente estável (seus polos estão localizados sobre o eixo imaginário). A situação de estabilidade marginal do sistema acoplado é determinada a partir do cálculo de J e  para os quais seus polos (raízes da equação característica do sistema acoplado (3.16)) estão localizados sobre o eixo imaginário. Desde queJ 5 ?n, escreve-se para o sistema acoplado:

JE7@ mD +v,mmS +v,m (3.18)

e:

E7 @ 4 ^1D +v, . 1S +v, . +5 . 4, `  @ 3> 4> 5> === (3.19)

Observando a Figura 3.2 nota-se que quanto maior o valor do ganho J (J 5 ?n), mais

à direita se localizam as raízes da equação característica (3.4), e maior é a tendência do sistema ser instável. Deseja-se alocar os polos do Ressonador Defasado isolado sobre o eixo imaginário, garantindo que os polos do sistema acoplado se localizem no semiplano esquerdo. Assim, para que o sistema seja estável:

J ? JE7 (3.20)

Traçando para cada valor de , a curva de J versus  que sintonizam o Ressonador Defasado isolado, e a curva que dá os valores de ganho e atraso para a situação de estabilidade marginal do sistema acoplado (JE7,E7), mostradas na Figura 3.5, determina- se o valor crítico do atraso So e o respectivo valor crítico de freqüência So, para os quais

J @ JE7. Para valores de  ? So ( ? So), a equação (3.20) é satisfeita e o sistema

Figura 3.5- Curvas de J versus  para o Ressonador Defasado isolado e para o sistema acoplado.

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