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No cálculo dos retornos ao longo do tempo, algumas considerações precisam ser feitas. Para os preços do período de 1979 a 1992, levantados por Leal (1993), não foi realizado o ajuste a dividendos, pois havia a dificuldade de realizar os cálculos de reinvestimentos. Para o período a partir de 1993 esta limitação foi superada e os retornos estão ajustados por dividendos e outros proventos. Vale ressaltar que não seria possível utilizar o banco de dados Economática para recalcular os retornos antigos, pois as séries de dados começam em 1986, período subseqüente ao inicio da série de preços estudada por Leal (1993).

Os retornos calculados para o período apresentam um comportamento de valores negativos maiores com o passar do tempo. Os dados de retorno foram calculados primeiramente utilizando como base o primeiro dia de negociação, a seguir foi desconsiderado o retorno inicial. Algumas ações não tiveram negociações em diversas datas, desta forma optou-se por trabalhar com uma janela de três dias. Neste caso, considerou-se que o preço era igual ao último dia de negociação, desde que não ultrapassasse o limite de três dias sem negócios. As séries de preços em que houve lacunas maiores do que três dias foram excluídas dos cálculos de retorno. A tabela 16 mostra o cálculo considerando o regime composto, uma vez que o regime linear apresentou retornos negativos inferiores a -100%, que não possuem significado financeiro.

Tabela 16 - Retornos das ações variando o horizonte de tempo e realizando o ajuste composto

5 30 90 180 1 ano 2 anos 3 anos

2000-2008 Média 4,8% 4,1% 0,3% -3,9% -15,0% -18,2% -9,8% Mediana 3,2% 2,4% -3,4% -9,0% -24,4% -34,0% -29,8% Máximo 43,9% 41,9% 91,3% 136,0% 149,9% 189,4% 99,6% Minimo -21,5% -32,6% -46,5% -67,0% -97,3% -93,3% -95,2% Desvio Padrão 11,4% 14,4% 22,9% 32,5% 47,1% 61,5% 53,2% 1990-1999 Média -3,2% -9,6% -19,5% -22,6% -30,4% -47,7% -50,8% Mediana 3,7% -11,4% -14,7% -7,6% -33,4% -55,8% -59,6% Máximo 28,6% 37,5% 20,4% 22,8% 33,7% -2,0% 41,1% Minimo -64,7% -71,5% -73,2% -80,4% -82,1% -82,7% -98,2% Desvio Padrão 25,3% 29,7% 27,0% 35,3% 37,0% 28,1% 53,4% 1980-1989 Média 87,6% 87,4% 91,7% 69,8% 50,0% 16,3% -37,8% Mediana 36,3% 38,8% 38,8% 16,3% -15,3% -44,6% -64,5% Máximo 455,0% 566,4% 615,0% 708,5% 511,9% 911,0% 331,1% Minimo -19,3% -40,8% -69,2% -79,6% -84,4% -91,2% -98,4% Desvio Padrão 110,1% 127,6% 158,0% 148,8% 151,6% 165,8% 77,3% 1980-2008 Média 31,4% 30,8% 29,3% 18,4% 5,9% -4,6% -31,1% Mediana 6,5% 6,0% 0,5% -6,1% -22,5% -41,5% -51,4% Máximo 455,0% 566,4% 615,0% 708,5% 511,9% 911,0% 331,1% Minimo -64,7% -71,5% -73,2% -80,4% -97,3% -93,3% -98,4% Desvio Padrão 74,6% 84,1% 102,1% 94,6% 100,1% 120,4% 70,8%

Tabela 16 – Retornos das ações variando o horizonte de tempo e realizando o ajuste composto

A tabela 16 mostra que as ofertas realizadas na década de 80 apresentaram um desempenho melhor que as realizadas nos anos 2000 ao longo do tempo. Em compensação, o desvio padrão da década de 80 foi muito maior que o período mais recente. Observando a mediana, percebemos que, para todos os períodos analisados, após um ano da emissão, mais da metade das empresas tiveram desempenho negativo se comparado com o mercado. Independentemente do período, três anos após a oferta o desempenho foi em média negativo.

A tabela 17 mostra o comportamento por ano da emissão. Os valores que estão identificados como “n.d.” não estão disponíveis porque não houve negociação no período de tempo analisado.

Observando os resultados da tabela 17, percebe-se uma diferença entre os resultados apresentados por Ribeiro (2007) que, para ofertas realizadas entre 2002 e 2006, apresentou retornos positivos após um ano da emissão. Quando

observamos o comportamento das ofertas realizadas em 2007, percebe-se retornos negativos médios de -36%. A tabela 16, analisando o período consolidado de 2000 a 2008, mostra retornos negativos de -15%, decorrência da performance ruim das ofertas realizadas em 2007.

Com exceção ao ano de 1999, com somente uma emissão, todos os outros anos apresentaram retornos médios negativos observado um horizonte de tempo de três anos. Este resultado confirma aqueles obtidos internacionalmente e o estudo de Leal(1993). É interessante observar que, ampliando a amostra estudada por Ribeiro (2007), as empresas que abriram capital passaram a ter desempenho negativo, mostrando que o desempenho daquela amostra era um aspecto particular do horizonte de tempo analisado.

Tabela 17 - Retorno médio por ano com ajuste composto após t dias corridos da emissão

Ano Observações 5 30 90 180 1 ano 2 anos 3 anos 2008 4 -0,1% -9,9% -17,9% -6,0% 7,6% n.d. n.d. 2007 64 4,4% 4,7% -3,0% -15,0% -36,1% -50,2% n.d. 2006 26 7,2% 6,4% 4,7% 9,4% 11,5% -21,0% -29,6% 2005 9 3,0% 1,7% 13,5% 27,9% 32,0% 16,7% -13,7% 2004 7 4,5% 2,3% 10,4% 15,4% 14,5% 45,4% 12,4% 2003 0 2002 1 0,4% -10,6% -1,5% -34,3% -51,6% -18,9% 70,3% 2001 0 2000 1 14,3% 4,2% -27,9% -67,0% -92,7% -92,8% -95,2% 1999 1 -12,2% -28,3% -38,8% -51,2% -40,2% -24,2% 41,1% 1998 0 1997 3 -12,6% -4,4% n.d. -68,0% n.d. -69,7% n.d. 1996 4 10,1% 10,4% 4,8% 4,8% -8,3% -44,5% -32,8% 1995 4 10,4% n.d. -13,5% -7,7% -10,1% -24,5% -95,7% 1994 2 2,5% -1,1% -10,6% -36,7% -69,1% n.d. -98,2% 1993 2 -37,7% -41,4% -58,4% -35,6% -69,5% -66,6% -36,4% 1992 1 6,8% -12,9% 20,4% n.d. -19,2% n.d. n.d. 1991 0 1990 1 28,6% 37,5% n.d. -7,6% 0,6% -82,7% -82,9% 1989 3 30,7% -4,6% 53,7% 55,8% -9,5% -41,8% -61,5% 1988 4 127,3% 119,1% 49,9% 38,0% 24,9% 12,7% -91,7% 1987 0 1986 26 90,7% 99,1% 111,8% 82,8% 74,9% -13,1% -30,9% 1985 15 132,6% 114,5% 155,8% 113,8% 75,1% 109,4% -26,3% 1984 8 48,9% 39,5% 8,2% -4,8% 15,7% -0,6% -40,2% 1983 0 1982 0 1981 1 -4,5% 0,0% -27,7% 0,0% -72,6% -84,1% -74,4% 1980 7 50,3% 60,2% 33,4% 52,0% 14,2% -38,7% -57,3% 1979 0 TOTAL 194 31,4% 30,8% 29,3% 18,4% 5,9% -4,6% -31,1%

Tabela 17 – Retorno médio por ano com ajuste composto após t dias corridos da emissão

Calculando-se o retorno descontando o retorno inicial, observa-se um retorno médio negativo em praticamente todos os horizontes de tempo analisados, com exceção do horizonte de cinco dias corridos. Os resultados na tabela 18 mostram que os retornos das emissões se concentram principalmente no primeiro dia de negócios. O investidor que comprar a ação no final do primeiro dia de negociação obterá retornos negativos no longo prazo. Estes resultados estão de acordo com os resultados obtidos por Leal (1993) e com os resultados obtidos internacionalmente.

Os anos 2000 apresentaram retornos médios negativos para todos os horizontes estudados, assim como a década de 90. A única exceção foi para a década de 80 que, para até três meses após o início de negociação, apresentou retornos positivos.

O desvio padrão dos anos 2000 foi menor que o observado na década de 80. Comparando os resultados da tabela 18 com os obtidos na tabela 16, percebe-se que o desvio padrão considerando o retorno inicial é maior que o obtido quando desconsidera-se o retorno inicial. Este resultado mostra que a variância elevada apresentada na tabela 16 é decorrência do elevado desvio padrão do primeiro dia de negociação em bolsa.

Tabela 18 - Retornos das ações variando o horizonte de tempo e realizando o ajuste composto, desconsiderando o retorno inicial

5 30 90 180 1 ano 2 anos 3 anos

2000-2008 Média -0,3% -1,2% -4,9% -8,9% -19,3% -23,0% -16,0% Mediana -0,3% -0,8% -6,5% -12,6% -30,9% -39,0% -27,4% Máximo 20,7% 22,8% 65,3% 103,9% 151,9% 185,8% 97,1% Minimo -19,1% -26,5% -50,7% -74,2% -96,9% -94,4% -96,3% Desvio Padrão 6,0% 9,9% 19,2% 29,1% 44,6% 59,4% 51,2% 1990-1999 Média -1,1% -8,1% -18,1% -23,1% -30,2% -47,3% -44,6% Mediana -1,7% -13,4% -20,0% -30,4% -26,7% -58,2% -63,0% Máximo 14,1% 10,9% 5,5% 19,7% 30,4% -1,5% 83,4% Minimo -16,4% -23,7% -45,7% -65,7% -74,8% -87,0% -98,6% Desvio Padrão 10,0% 12,0% 14,4% 27,5% 30,5% 31,8% 69,2% 1980-1989 Média 2,2% 1,8% 5,9% -0,2% -10,9% -19,6% -59,4% Mediana -2,0% -1,6% -7,7% -21,0% -44,0% -59,5% -72,3% Máximo 66,7% 82,3% 261,7% 237,3% 256,2% 906,7% 100,2% Minimo -50,4% -54,5% -68,1% -81,1% -90,7% -93,6% -99,6% Desvio Padrão 20,8% 33,1% 65,7% 75,6% 85,7% 143,8% 44,7% 1980-2008 Média 0,4% -0,6% -2,1% -7,0% -17,1% -23,0% -46,6% Mediana -0,4% -1,0% -8,2% -15,8% -32,7% -50,0% -65,9% Máximo 66,7% 82,3% 261,7% 237,3% 256,2% 906,7% 100,2% Minimo -50,4% -54,5% -68,1% -81,1% -96,9% -94,4% -99,6% Desvio Padrão 13,0% 20,7% 41,0% 49,0% 60,9% 104,9% 51,4%

Tabela 18 – Retornos das ações variando o horizonte de tempo e realizando o ajuste composto, desconsiderando o retorno inicial

A tabela 19 mostra o comportamento considerando o ano de emissão. Os resultados mostram que as emissões que ocorreram nos períodos considerados de “hot issues” apresentaram retornos negativos tanto no período mais recente quanto

no ano de 1986. No entanto, observa-se um retorno médio melhor quando observados horizontes de tempo de até um ano.

Tabela 19 - Retorno médio por ano com ajuste composto após t dias corridos da emissão, descontando o retorno inicial

Ano Observações 5 30 90 180 1 ano 2 anos 3 anos 2008 4 3,8% -5,1% -12,7% 2,3% 16,9% n.d. n.d. 2007 64 0,4% 0,4% -7,0% -18,8% -39,0% -53,9% n.d. 2006 26 0,3% -0,8% -2,4% 2,4% 4,7% -25,5% -35,6% 2005 9 -3,8% -5,0% 6,0% 20,3% 25,9% 13,7% -18,8% 2004 7 -5,0% -7,0% 0,2% 4,6% 3,8% 32,6% 2,8% 2003 0 2002 1 1,2% -9,9% -0,7% -33,8% -51,2% -18,3% 71,6% 2001 0 2000 1 -10,8% -18,7% -43,8% -74,2% -94,3% -94,4% -96,3% 1999 1 14,1% -6,8% -20,5% -36,6% -22,3% -1,5% 83,4% 1998 0 1997 3 -6,2% -1,2% n.d. -65,7% n.d. -70,1% n.d. 1996 4 2,6% 4,9% -0,4% -2,2% -11,7% -48,6% -30,5% 1995 4 9,7% n.d. -18,3% -10,7% -11,9% -27,2% -95,9% 1994 2 -16,4% -19,3% -27,1% -48,4% -74,8% n.d. -98,6% 1993 2 -4,0% -14,5% -32,7% -18,1% -52,4% -67,9% -38,9% 1992 1 -6,4% -23,7% 5,5% n.d. -29,2% n.d. n.d. 1991 0 1990 1 -3,2% 3,5% n.d. -30,4% -24,3% -87,0% -87,1% 1989 3 -2,9% -9,3% 60,6% 61,7% -11,6% -55,5% -61,9% 1988 4 0,3% 11,8% -48,0% -18,0% -42,4% -29,7% -93,8% 1987 0 1986 26 0,2% 4,5% 8,9% -2,4% -8,1% -50,4% -58,9% 1985 15 9,9% 3,4% 27,1% 20,4% 13,0% 58,5% -49,9% 1984 8 0,4% -10,6% -30,7% -40,5% -27,3% -29,3% -57,3% 1983 0 1982 0 1981 1 -6,6% 0,0% -29,3% 0,0% -73,2% -84,4% -75,0% 1980 7 0,1% 0,4% -7,3% -4,3% -29,4% -59,4% -75,0% 1979 0 TOTAL 128 0,4% -0,6% -2,1% -7,0% -17,1% -23,0% -46,6%

4.10 ÍNDICES FINANCEIROS

A tabela 20 apresenta os resultados consolidados em relação aos indicadores financeiros calculados para as empresas que realizaram ofertas iniciais de ações a cada ano. Algumas empresas foram excluídas do cálculo pois poderiam distorcê-los. As empresas que foram excluídas no período entre 1993 e 1996 foi decorrência do fato de não ter sido possível obter os prospectos.

Analisando os dados, percebe-se que, em média, as empresas apresentaram margens líquidas positivas ao longo dos anos. As empresas que realizaram ofertas iniciais nos anos de 2007 e 2006 tiveram desempenhos históricos superiores à média dos anos anteriores.

Observando o último balanço divulgado pelas empresas, o retorno sobre o patrimônio líquido foi em média positivo em todos os anos analisados. O ano de 2005 apresentou um retorno médio negativo influenciado pelo desempenho ruim da Submarino, que acabou influenciando o índice médio. Se desconsiderarmos este caso, teríamos também um índice positivo para este ano. Os retornos médios considerando os três últimos anos e o último foram próximos, ficando perto dos 21,7% e 21,6%, respectivamente.

Tabela 20 – Indices financeiros médios para as empresas que realizaram ofertas iniciais de ações considerando os 3 últimos demonstrativos financeiros e o último disponível Excluídas Disponíveis 3 anos último 3 anos último 3 anos último 3 anos último 3 anos último 3 anos último

2008 1 3 1,5% 9,6% 47,9% 30,1% 6,9% 10,1% 158,2% 175,6% 76,3% 63,1% 99,7% 156,3% 2007 3 61 16,1% 18,1% 51,2% 27,9% 9,1% 9,3% 249,4% 238,0% 67,4% 70,0% 216,0% 625,2% 2006 5 21 9,3% -61,2% 29,2% 38,3% 10,9% 13,7% 153,1% 151,1% 62,6% 65,0% 25,4% 167,9% 2005 0 9 -3,9% 5,3% -9,2% 41,0% -3,1% 4,4% 103,0% 113,6% 87,8% 86,7% 238,7% 147,3% 2004 0 7 1,3% 4,8% 7,3% 20,8% 3,5% 7,9% 235,2% 364,3% 68,3% 64,6% 172,6% 152,8% 2003 0 0 - - - - - - - - - - - -2002 0 1 -18,6% -12,1% -724,0% 117,4% -4,1% -2,8% 15,9% 18,6% 97,9% 102,3% 4812,7% -3613,8% 2001 0 0 - - - - - - - - - - - -2000 1 0 - - - - - - - - - - - -1999 0 1 4,1% 4,3% 8,6% 9,4% 2,9% 3,2% 199,5% 194,4% 65,9% 66,0% 139,9% 136,5% 1998 0 0 - - - - - - - - - - - -1997 1 2 17,1% 14,0% 20,5% 27,3% 5,9% 5,7% 162,6% 114,0% 68,3% 73,8% 142,8% 204,9% 1996 2 2 2,6% 3,5% 15,4% 20,0% 5,8% 6,7% 125,4%123,8% 59,3% 65,7% 16,9% 24,1% 1995 2 2 -1,6% 0,1% 2,6% 3,7% 0,8% 1,4% 113,0% 98,7% 47,3% 54,5% 22,9% 19,5% 1994 2 0 - - - - - - - - - - - -1993 2 0 - - - - - - - - - - - -1992 0 2 -79,1% -79,1% -11,4% -11,4% -3,6% -3,6% 76,7% 56,0% 57,5% 58,7% 125,9% 128,0% 1991 0 0 - - - - - - - - - - - -1990 0 1 0,3% 1,4% 0,2% 2,0% 0,3% 1,4% 148,9%240,4% 39,2% 31,4% 10,5% 24,6% 1989 0 3 71,6% 152,3% 17,7% 15,6% 8,5% 9,5% 95,7% 105,5% 43,1% 38,9% 23,2% 17,3% 1988 0 4 16,6% 14,8% 23,0% 22,4% 13,3% 14,5% 185,0% 193,1% 38,6% 32,1% 160,1% 10,1% 1987 0 0 - - - - - - - - - - - -1986 0 25 99,5% 4,6% 12,3% 3,5% 5,5% 4,0% 151,4% 128,8% 52,4% 50,9% 31,6% 28,5% 1985 0 15 -11,3% 16,4% 0,8% 5,3% 1,4% 3,8% 158,3% 190,1% 54,3% 52,2% 43,1% 44,4% 1984 0 8 0,4% -0,1% 5,2% 3,8% 2,3% 2,1% 127,4% 126,7% 49,6% 48,8% 23,9% 23,6% 1983 0 0 - - - - - - - - - - - -1982 0 0 - - - - - - - - - - - -1981 0 1 9,4% 9,4% 22,9% 22,9% 10,8% 10,8% 104,3% 104,3% 52,8% 52,8% 16,5% 16,5% 1980 0 7 3,3% 4,8% 12,3% 14,8% 3,6% 4,8% 105,4% 117,7% 49,9% 56,4% 48,3% 50,5% TOTAL 19 175 20,9% 4,1% 21,7% 21,6% 6,3% 7,5% 182,0% 183,6% 61,7% 62,3% 146,5% 250,6% Ano

Tabela 20 - Indices financeiros médios para as empresas que realizaram ofertas iniciais de ações considerando os 3 últimos demonstrativos financeiros e o último disponível.

ELP/PL Observações Margem Líquida RSPL RSA L. Corrente Endiv. Total

Observa-se que o índice de liquidez corrente das empresas analisadas indica que, em média, o ativo circulante é maior do que o passivo circulante. A exceção foi o ano de 2002, em que o IPO da CCR apresenta um baixo índice de liquidez. As empresas, em média, não apresentam problemas de liquidez no curto prazo.

Analisando o retorno sobre os ativos, percebe-se que as empresas que realizaram IPO tiveram, ao longo dos anos, retornos médios positivos, à exceção do ano de 1997. Além disso, os retornos médios do último ano antes da oferta foram maiores do que a média dos últimos três anos.

O nível de endividamento para o período analisado ficou em torno dos 60%, não apresentando grandes variações se observarmos os três demonstrativos ou somente o último. Algumas empresas apresentaram passivo a descoberto, como a CCR, que abriu capital em 2002, com índice de endividamento maior do que 100%,

Todos os dados financeiros disponíveis referentes às empresas que abriram capital se encontram no apêndice.

5 CONCLUSÃO

Este trabalho fez um retrato dos principais fatos estilizados que ocorreram no período entre 1979 e 2008 nas ofertas iniciais de ações realizadas no Brasil.

Obter informações sobre as ofertas mais antigas foi a principal dificuldade do trabalho. Apesar do esforço para se obter os prospectos na CVM, alguns dos dados ficaram faltando, no entanto eles representam uma pequena parcela da amostra, desta forma não prejudicam a análise. Algumas divergências em relação aos

estudos anteriores sobre ofertas iniciais realizadas no Brasil podem ocorrer, mas ao longo do estudo buscou-se identificar a amostra da melhor forma.

Para o período após a criação do Novo Mercado, o número de informações disponíveis é muito maior do que nos períodos mais antigos. A totalidade das empresas que realizaram ofertas nos anos 2000 disponibiliza os prospectos definitivos em seus websites, o mesmo não ocorrendo para períodos anteriores. A CVM disponibiliza dados das ofertas registradas a partir de 1999, para dados anteriores a única forma de obter dados foi o arquivo físico da CVM. Percebe-se que muito das informações armazenadas na CVM não estão organizadas de forma que facilite a consulta. Além disso, muitos dados não estão mais disponíveis, dificultando a análise. O mercado brasileiro ainda pode evoluir muito no que tange ao acesso a informações. Estudos como o de Ritter (2008) só são possíveis porque o número de informações disponíveis é muito maior nos Estados Unidos.

A caracterização de quais seriam as ofertas iniciais do Brasil para o período estudado apresentou muitas inconsistências entre as diversas bases de dados. A base de dados da Bloomberg apresenta diversos erros, classificando ofertas subseqüentes como sendo IPOs, logo não deve ser considerada como referência no estudo sobre ofertas iniciais de ações de ação no Brasil. A CVM, para períodos a partir de 1999, não apresenta grandes problemas e pode ser utilizada nos estudos. No entanto, analisando períodos mais antigos, observam-se problemas em relação aos dados. Neste caso, uma análise mais detalhada com o cruzamento de informações com a base de dados da Economática é necessária para que se obtenha uma amostra mais consistente.

Em relação aos resultados apresentados neste estudo, as conclusões estão de acordo com os estudos anteriores realizados no Brasil. A grande diferença em relação aos estudos mais recentes é que este trabalho analisou todo o período de atuação da CVM. Após o estudo de Leal (1993), os trabalhos subseqüentes analisaram somente determinado período de tempo, não englobando todo o período.

Para o período analisado podemos notar dois períodos que podem ser considerados “hot issues” que é o ano de 1986, e para o período mais recente que são os anos de 2006 e 2007. O volume ofertado para o período de existência do Novo Mercado é significativamente maior do que nos anos anteriores. Analisando as instituições que lideraram as ofertas, observa-se que para os anos 2000 os bancos UBS Pactual e Credit Suisse, realizaram a maior parte dos IPOs, enquanto na década de 80 houve um predomínio do banco Bradesco.

Para o período de existência do Novo Mercado foi possível realizar uma análise mais detalhada, visto que o número de informações disponíveis é maior que nos anos anteriores. As empresas que abriram capital neste período foram listadas na grande maioria no segmento do Novo Mercado e realizaram ofertas mistas de ações. As comissões representaram 4,3%, em média, do valor total da oferta. Observando as despesas da oferta, o custo com advogados representou 37% dos custos totais.

Analisando o número de negócios no primeiro dia de negociação, os anos 2000 tiveram, em média, mais de 4 mil negócios, enquanto nos anos anteriores este valor é, em média, 100 negócios. Este comportamento se reflete no turn over, que para os anos 2000 fica em torno de 20%.

Os resultados encontrados mostram que os retornos iniciais da década de 80 são maiores que o período mais recente, no entanto o desvios padrão também são maiores. O retorno inicial médio para o período de 1979 a 2008 foi de 27,3%. Para os retornos de longo prazo, calculados descontando o retorno inicial, observam-se retornos médios negativos a partir do primeiro mês de negociação. Após três anos as ações performaram pior que o mercado, em média, -46,6%.

As informações disponíveis neste estudo podem servir de base para a realização de testes que expliquem o comportamento das ofertas iniciais. Acredita-se que este trabalho possa Acredita-ser válido para futuros estudos, Acredita-sendo uma importante base de dados sobre as ofertas iniciais públicas de ações ocorridas no Brasil.

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APENDICE 1 – LISTA DE EMPRESAS DA AMOSTRA

Ano Ticker Empresa Natureza Fundação Segmento de listagem Volume (R$) Volume (U$)

2008 OGXP3 OGX Petroleo Primária 2007 Novo Mercado 5.872.686.963 3.587.907.480 2008 LLIS3 Le Lis Blanc Primária 1982 Novo Mercado

150.187.500

88.045.199 2008 HYPE3 Hypermarcas Primária 2001 Novo Mercado

608.618.360

364.594.956 2008 NUTR3M Nutriplant Primária 1980 BOVESPA Mais

20.701.000

11.856.922 2007 TEMP3 Tempo Part Mista 2000 Novo Mercado

393.750.000

218.519.341 2007 MPXE3 MPX Energia Primária 2001 Novo Mercado 1.916.364.816 1.067.077.686 2007 BMEF3 BMF Secundária 1985 Novo Mercado 5.203.214.720 2.917.090.722 2007 BPNM4 Panamericano Primária 1969 Nível 1

679.896.000

386.458.250 2007 MILK11 Laep Primária 2007 BDR

507.611.108

291.061.415 2007 HBOR3 Helbor Primária 1977 Novo Mercado

232.458.919

132.116.464 2007 AMIL3 Amil Mista 1978 Novo Mercado 1.218.000.000

692.242.114 2007 BBRK3 BR Brokers Mista 2007 Novo Mercado

608.000.000

345.552.714 2007 BOVH3 Bovespa Hld Secundária 1890 Novo Mercado 5.761.322.509 3.245.449.814 2007 AGEN11 Agrenco Primária 1992 BDR

666.187.454

372.254.948 2007 MARI3 Marisa Primária 1948 Novo Mercado

440.000.000

241.678.568 2007 SEBB11 SEB Mista 1963 Nível 2

412.500.000

228.266.283 2007 TEND3 Tenda Primária 1970 Novo Mercado

603.000.000

333.554.597 2007 TRIS3 Trisul Primária 2007 Novo Mercado

318.835.000

176.366.302 2007 BICB3 BicBanco Mista 1938 Nível 1

714.370.547

406.007.699 2007 SULA11 Sul America Primária 1895 Nível 2

673.913.092

372.492.313 2007 SATI3 Satipel Mista 1971 Novo Mercado

397.888.816

213.711.900 2007 CZLT11 Cosan Ltd** Primária 1936 BDR 2.105.000.000 1.033.078.131 2007 ESTC11 Estacio Part Mista 1970 Nível 2

446.940.000

237.620.288 2007 GSHP3 Generalshopp Primária 1989 Novo Mercado

273.000.000

145.143.282 2007 MULT3 Multiplan Mista 1971 Nível 2

923.485.875

484.286.473 2007 PRVI3 Providencia Primária 1964 Novo Mercado

468.750.000

245.817.819 2007 SGPS3 Springs Mista 2006 Novo Mercado

570.000.000

298.914.469 2007 ABCB11 ABC Brasil Mista 1983 Nível 2

608.850.000

326.583.704 2007 TPIS3 Triunfo Part Mista 1999 Novo Mercado

513.000.000

278.078.925 2007 ACGU3 Guarani Primária 1976 Novo Mercado

665.758.062

360.883.598 2007 KROT11 Kroton Mista 1972 Nível 2

416.325.000

225.674.870 2007 MRVE3 MRV Mista 1980 Novo Mercado 1.060.800.000

575.021.683 2007 BPAT11 Patagonia** Mista 1976 BDR

483.800.000

260.023.648 2007 BEEF3 Minerva Mista 1957 Novo Mercado

444.000.000

238.632.699 2007 IVTT3 Invest Tur Primária 1980 Novo Mercado

840.000.000

450.474.607 2007 RDCD3 Redecard Mista 1970 Novo Mercado 4.072.343.229 2.179.588.540 2007 IDVL4 Indusval Mista 1991 Nivel 1

227.500.018

119.397.511

Ano Ticker Em presa Natureza Fundação Segm ento de listagem Volum e (R$) Volum e (U$) 2007 TGM A3 Tegm a M ista 1998 Novo Mercado 525.200.000 274.657.463 2007 M RFG3 M arfrig M ista 2000 Novo Mercado 887.400.000 460.699.823 2007 DAYC4 Daycoval M ista 1952 Nível 1 949.977.221 493.187.219 2007 CZRS4 Cruzeiro Sul M ista 1998 Nível 1 560.172.000 287.444.581 2007 EZTC3 EZTec Prim ária 2006 Novo Mercado 471.431.147 243.835.289 2007 LOGN3 Log-In M ista 2002 Novo Mercado 744.801.957 387.978.308 2007 SLCE3 SLC Agricola M ista 1977 Novo Mercado 426.125.000 223.137.142 2007 PRBC4 Parana Prim ária 1979 Nível 1 529.200.000 276.749.294 2007 INPR3 Inpar S/A Prim ária 1991 Novo Mercado 661.500.000 337.207.524 2007 TARP11 Tarpon Prim ária 2006 BDR 401.500.000 208.149.723 2007 SFSA4 Sofisa M ista 1961 Nivel 1 438.733.920 216.466.311 2007 WSON11 Wilson Sons M ista 1837 BDR 627.528.000 308.534.343 2007 CREM3 Crem er M ista 1935 Novo Mercado 507.856.090 249.695.703 2007 AGIN3 Agra Incorp M ista 1996 Novo Mercado 698.700.000 345.002.963 2007 CRDE3 CR2 Prim ária 1999 Novo Mercado 307.575.000 151.589.453 2007 BEM A3 Bem atech M ista 1987 Novo Mercado 353.591.340 174.080.022 2007 FRIO3 Metalfrio M ista 1960 Novo Mercado 393.870.000 194.686.372 2007 JHSF3 JHSF Part Prim ária 1980 Novo Mercado 376.000.000 184.576.113 2007 FHER3 Fer Heringer M ista 1968 Novo Mercado 176.800.000 86.790.045 2007 BRML3 BR Malls Par Prim ária 2006 Novo Mercado 600.000.000 295.086.805 2007 EVEN3 Even Prim ária 1974 Novo Mercado 400.000.004 195.331.577 2007 PINE4 Pine M ista 1997 Nivel 1 517.188.265 252.557.996 2007 JBSS3 JBS M ista 1953 Novo Mercado 1.600.000.000 778.778.292 2007 AEDU11 Anhanguera M ista 2004 Nível 2 445.500.000 213.137.499 2007 GVTT3 GVT Holding Prim ária 2000 Novo Mercado 936.000.000 447.568.498 2007 SMTO3 Sao M artinho M ista 1914 Novo Mercado 368.417.400 174.275.024 2007 IGTA3 Iguatemi Prim ária 1946 Novo Mercado 477.110.820 228.808.181 2007 TCSA3 Tecnisa M ista 1977 Novo Mercado 791.303.084 375.149.616 2007 CCIM 3 CC Des Imob M ista 1939 Novo Mercado 521.999.986 245.681.736 2007 RDNI3 Rodobensim ob Prim ária 1949 Novo Mercado 390.000.000 183.555.325 2007 PDGR3 PDG Realt M ista 2007 Novo Mercado 630.000.000 294.943.820 2006 DUFB11 Dufrybras Secundária 1865 BDR 738.917.359 342.726.048 2006 LPSB3 Lopes Brasil Secundária 1935 Novo Mercado 412.800.000 192.268.281 2006 POSI3 Positivo Inf M ista 1989 Novo Mercado 567.407.500 265.342.078 2006 ODPV3 Odontoprev M ista 1987 Novo Mercado 453.940.172 209.459.289 2006 ECOD3 Ecodiesel Prim ária 2003 Novo Mercado 378.932.220 175.244.980 2006 TRNA11 Terna Part M ista 2006 Nível 2 557.040.456 260.567.151 2006 PFRM3 Profarm a M ista 1962 Novo Mercado 348.750.000 163.249.544 2006 BISA3 Brascan Res M ista 1974 Novo Mercado 1.056.000.000 493.665.560 2006 MDIA3 M .Diasbranco Secundária 1936 Novo Mercado 361.620.000 169.464.361 2006 STBR11 Santos Bras M ista 1998 Nível 2 843.410.000 393.767.216 2006 KSSA3 Klabinsegall M ista 1890 Novo Mercado 484.500.000 224.430.239 2006 M EDI3 M edial Saude M ista 1961 Novo Mercado 655.212.328 295.446.782 2006 ABYA3 Abyara Prim ária 1995 Novo Mercado 163.750.000 74.775.104 2006 MMXM3 MMX Miner Prim ária 2005 Novo Mercado 1.029.010.850 469.524.936 2006 DSUL3 Datasul M ista 1978 Novo Mercado 317.012.508 140.302.062

Ano Ticker Em presa Natureza Fundação Segm ento de listagem Volum e (R$) Volum e (U$) 2006 GPIV11 GP Invest** Prim ária 1993 BDR 644.628.535 283.814.791 2006 LUPA3 Lupatech M ista 1980 Novo Mercado 429.365.530 197.191.848 2006 AGRO3 BrasilAgro Prim ária 2005 Novo Mercado 518.400.000 250.217.202 2006 CARD3 CSU CardSyst M ista 1992 Novo Mercado 340.972.578 164.577.941 2006 ABNB3 ABnote Secundária 1957 Novo Mercado 480.434.790 227.306.392 2006 EQTL11 Equatorial M ista 1999 Nível 2 469.800.000 218.085.600 2006 TOTS3 Totvs M ista 1969 Novo Mercado 400.000.000 185.056.674 2006 CPNY3 Com pany M ista 1982 Novo Mercado 244.869.568 115.865.226 2006 GFSA3 Gafisa M ista 1954 Novo Mercado 815.750.100 385.042.056 2006 CSMG3 Copasa Prim ária 1974 Novo Mercado 723.076.929 329.329.991 2006 VVAX11 Vivax M ista 2004 Nível 2 470.400.000 214.246.675 2005 UOLL3 UOL M ista 1996 Nível 2 555.271.632 237.742.607 2005 CSAN3 Cosan Prim ária 1936 Novo Mercado 770.232.480 347.154.856 2005 BNCA3 Nossa Caixa Secundária 2001 Novo Mercado 829.526.954 363.971.284 2005 OHLB3 OHL Brasil M ista 1998 Novo Mercado 431.304.336 184.105.663 2005 ENBR3 Energias BR M ista 1996 Novo Mercado 1.119.468.024 476.734.530 2005 TAMM4 TAM S/A M ista 1961 Nível 2 543.420.000 222.941.538 2005 RENT3 Localiza Secundária 1973 Novo Mercado 246.991.250 101.646.673 2005 BTOW3 Subm arino M ista 1999 Novo Mercado 472.937.500 176.416.555 2005 RNAR3 Renar Prim ária 1975 Novo Mercado 16.000.000 6.165.703 2004 PSSA3 Porto Seguro M ista 1945 Novo Mercado 328.117.125 118.547.989 2004 DASA3 DASA M ista 1961 Novo Mercado 380.333.980 137.617.679 2004 GRND3 Grendene Secundária 1971 Novo Mercado 536.434.788 187.794.430 2004 CPFE3 CPFL Energia M ista 1912 Novo Mercado 817.875.592 285.950.490 2004 ALLL4 ALL Amer Lat M ista 1997 Nível 2 534.750.000 171.967.456 2004 GOLL4 Gol M ista 2001 Nível 2 878.138.500 282.996.616 2004 NATU3 Natura Secundária 1969 Novo Mercado 678.274.244 214.847.717 2002 CCRO3

Com panhia de Concessoes

Rodoviarias Prim ária 1998 Antigo 305.344.818 126.379.212 2000 IDNT3 Ideasnet Prim ária 2000 Antigo 33.000.000 18.386.449 1999 UGPA4 Ultrapar Mista 1938 Antigo 454.463.273 232.022.917 1997 IENG3 Inepar Energia S/A Prim ária 1997 Antigo 60.000.000 52.011.097 1997 RSID3 Rossi Residencial S/A Mista 1980 Antigo 94.375.000 87.246.929 1997 LATS3

Rexan Beverage Can South

Am erica S/A - latasa Prim ária 1990 Antigo 89.217.403 83.380.746 1996 BPCO4

Bom preco S/A Superm ercados do

Nordeste Mista 1935 Antigo 76.230.000 74.096.033 1996 CYRE4

Cyrela Brazil Realty SA Em prs e

Parts Prim ária 1994 Antigo 82.552.750 79.507.606 1996 GLOB4 Globex Utilidades SA Prim ária 1946 Antigo 58.500.001 58.859.041 1996 CETE3

Ceterp - Centrais Tele de Ribeirao

Preto Prim ária 1995 Antigo 51.200.000 51.016.341 1995 LOAR4 Lojas Arapuã S/A Prim ária 1950 Antigo 12.136.500 12.661.971 1995 PCAR4

Com panhia Brasileira de

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