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Bezzon et al. (1992) salientaram a necessidade de um programa de manutenção continuada para pacientes submetidos a PPR para o sucesso do prognóstico. O programa de manutenção deve incluir orientações sobre higiene oral para se evitar lesões periodontais, que podem ocorrer em função do acúmulo de placa bacteriana, e que comprometem o tratamento por mais criterioso que tenha sido o planejamento.

Giampaolo et al. (1993) afirmaram que diversos fatores levam a perdas dentais. Estes fatores vão desde questões econômicas, culturais a até mesmo iatrogênicas. As perdas dentais ocasionam, além de deficiências funcionais e estéticas, o desequilíbrio dos componentes do sistema estomatognático.

De acordo com Cucci et al. (1997), para que ocorra o sucesso de uma reabilitação oral, por meio de uma prótese parcial removível (PPR), é necessário um correto diagnóstico e um excelente plano de tratamento. Desse modo, a PPR irá restabelecer função e estética de forma adequada, deixando paciente e profissional satisfeitos.

Bonachela e Telles (1998) salientaram que com o objeitvo de simplificar a descrição das possíveis combinações de áreas edentulas, assim como, para facilitar o ensino e a comunicação entre odontólogos e profissionais da área protética, Kennedy criou uma classificação dividindo as arcadas parcialmente edentadas em quatro diferentes classes. A classe I representa as arcadas que apresentam espaços edentados posteriores bilaterais, a classe II se adequa ao espaço edentado posterior, a classe III define espaço ou espaços edentados intercalados, a classe IV representa espaço edentado anterior que cruza a linha média. Estas classes criadas por Kennedy (Anexo 1) receberam modificações que as adequam quanto ao números de espaços edentados existentes, além daqueles que determinam a classe e regras propostas por Applegate, que estão relacionados ao uso das classificações.

Segundo Wolf (1998), a perda dos dentes pode implicar em alterações com conseqüências para a vida emocional do paciente. Estas mudanças podem ser de cunho psíquico e cultural, principalmente no que diz respeito à aceitação social.

Com o objetivo de investigar como as pessoas vivenciam a situação de extração dos dentes para colocação de próteses ou de implantes, foram realizadas entrevistas com 10 pessoas (4 portadores de prótese, 2 de implante e 4 em tratamento para colocação da prótese). Também, foram entrevistados 18 clientes, em tratamento, em clínicas particulares na cidade de São Paulo, e 5 dentistas sobre as reações com seus clientes. Dentre os pesquisados, 90% afirmaram que a perda dos dentes teve influência na vida afetiva e sexual; isso demonstra que a ausência dos dentes leva a sentimentos de insegurança, impotência, não completitude e vazio. Os dentes são uma forma de apresentar-se de acordo com os padrões desejados pela sociedade, portanto, a falta dos dentes é uma ameaça à identidade individual, social e familiar, fazendo com que a pessoa se retraia. Um dos dados que mais se repetiu nas respostas emitidas pelos sujeitos da pesquisa foi a associação da perda dos dentes com falta de cuidado, trazendo vergonha.

Logo, a perda dos dentes traz uma sensação de angústia e a utilização de prótese ou implante visa um retorno à aparência anterior. Foi identificado que a preocupação com a estética é maior do que com a função dos dentes. Então, o profissional deve ser mais sensível ao fato de que a perda dos dentes é uma vivência mais ampla e abrangente, o que deve ser cuidadosamente considerado, sob pena de provocar conseqüências graves ao paciente.

Pupin et al. (1999) avaliaram o grau de satisfação de 20 pacientes submetidos à reabilitação oral através de implantes osseointegrados em suas fases cirúrgica e protética. Os pacientes foram avaliados quanto a sua satisfação nos requisitos: estético, funcional e psicológico, através de um questionário com respostas abertas. No grupo investigado, houve a prevalência do sexo feminino (91,6%) quanto à procura por reabilitação e a idade média foi de 46 anos. A grande maioria dos pacientes relatou que a perda dos dentes exerceu influência na sua vida social, afetiva, profissional e auto-estima. As principais razões para a

procura do tratamento reabilitador oral foram: a função, função⁄estética combinados, estética e dor. Em pacientes que já haviam instalado as próteses, a satisfação foi muito alta, considerando que o tratamento ficou melhor que o esperado. Os aspectos negativos citados foram: o alto custo, dor trans e pós-operatória, medo de infecção, perda de implantes, falta de conhecimento quanto ao custo total do tratamento, tempo de espera e necessidade de faltar no trabalho.

Todos os pacientes relataram que realizariam o tratamento novamente e indicariam a familiares e amigos.

Braga et al. (2002) caracterizaram as condições dos idosos usuários do Centro de Reabilitação Regional do SUS, de Araraquara (São Paulo), portadores de próteses totais quanto às condições das próteses e satisfação com o seu uso. A coleta de dados foi através de entrevista e aplicação de questionário com questões abertas e exame clÍnico. As próteses foram avaliadas de acordo com estabilidade, retenção, oclusão e dimensão vertical. Os resultados do estudo demonstram que a maioria dos pacientes não procurava auxílio odontológico a mais de 20 anos. A pesquisa também demonstrou que próteses superiores apresentavam-se melhores que as inferiores quanto ao grau de estabilidade. Com relação à oclusão, 56% das próteses apresentavam-se desfavoráveis e quanto à dimensão vertical, havia perdas em 46% das próteses. Sessenta e quatro por cento das próteses não apresentavam condições de uso. Quanto ao grau de satisfação dos pacientes, 54% estavam insatisfeitos e os motivos mais citados foram: próteses soltas, sem corte, gastas, traumatizando tecidos, fraturadas e estética. Estes resultados demonstram que a população idosa possui sérios problemas no que se refere aos cuidados com a saúde bucal.

De acordo com Brunetti et al. (2002), o edentulismo deve ser considerado como resultado de traumas e doenças bucais, combinados a deficiências na higiene oral, alimentação inadequada e doenças sistêmicas. Suas causas mais comuns são a cárie dental e a doença periodontal, as quais podem ser perfeitamente prevenidas, graças à tecnologia e estudos atuais.

Segundo Mori e Cardozo (2002), os pacientes não se preocupam somente com a função mastigatória, mas também com a estética e a aparência facial. Isto se

deve ao fato de que pessoas bonitas são consideradas mais inteligentes e competentes, tendo assim maior facilidade para se inserir socialmente. Uma pessoa com aparência comprometida possui baixa auto-estima; isto demonstra a importância dos tratamentos restauradores estéticos, pois, qualquer mudança corporal pode modificar o indivíduo. Assim o resultado final imaginado pelo paciente nem sempre é clinicamente viável, o que pode gerar problemas ao término do tratamento. Esta pesquisa identificou como os pacientes e os profissionais entendem a estética facial. Foram elaborados dois questionários, um para os pacientes e outro para os profissionais, com 24 perguntas iguais e outras específicas para cada grupo. A população foi composta por 38 pacientes e 38 profissionais dos cursos do centro de aperfeiçoamento profissional e especialização do Sindicato dos Odontologistas do estado de São Paulo. Os pacientes elegeram como o aspecto mais negativo considerado no sorriso de outras pessoas a má higiene bucal (69%), seguida por restaurações manchadas em dentes anteriores (15%) e mau alinhamento dos dentes (12%). Já, os profissionais afirmaram que as reclamações mais freqüentes, por parte de seus pacientes, são quanto à cor das restaurações estéticas (54%), alinhamento dentário (33%) e insatisfação com as próteses (13%). As próteses removíveis tiveram uma baixa aceitação (47,3%), fato relacionado à presença dos grampos retentores, cor dos dentes e cor da gengiva artificial. Uma das grandes causas de insatisfação do paciente está relacionada aos esclarecimentos sobre as limitações dos tratamentos estéticos, no entanto, a maioria dos profissionais relatou fornecer tais informações. Fica clara a relação existente entre estética dentária e auto-estima e autoconfiança. Portanto, os profissionais devem escutar as necessidades e vontades do paciente, ter um bom relacionamento com ele e saber explicar as limitações do tratamento não criando falsas esperanças.

Para Pucca Júnior (2002), o edentulismo leva a conseqüências físicas e fisiológicas importantes, tais como: redução do tônus da musculatura, produzindo deformação da face, dificuldades com a fala, deglutição e mastigação, o que, por sua vez, compromete o início do processo digestivo.

Segundo Alves e Gonçalves (2003), a prótese é definida como uma peça que substitui os dentes perdidos, devolvendo ao paciente a função mastigatória, restaurando a estética, normalizando sua fonética e oferecendo comodidade. Uma pessoa sem essas funções é considerada uma pessoa inativa. Foi realizado um estudo para avaliar pacientes submetidos à reabilitação oral total na Clínica Odontológica da Universidade de Marília (UNIMAR), verificando a etiologia da perda dentária, as dificuldades encontradas após sua ocorrência e as expectativas em relação à nova prótese total. Foi aplicado um questionário a 58 pacientes. Os resultados mostraram uma predominância de pacientes pertencentes ao gênero feminino (56,9%), com idades entre 38 e 86 anos, com uma média de 32,37 anos.

O principal fator citado pelos pacientes entrevistados como motivo da perda dentária foi a cárie (38%). Em relação às dificuldades encontradas após as perdas dentárias, foram: mastigação, estética e fonação. Quanto à expectativa, alguns pacientes relataram mais de uma expectativa em relação à prótese, sendo mastigação e estética (24,1%) as mais citadas; somente mastigação foram 14% e somente estética foram 10,3%. Deste modo, programas de saúde bucal devem ser realizados com o objetivo de promoção de saúde, para que se possa diminuir o número de pessoas incapacitadas de realizar funções básicas no seu dia-a-dia.

Pereira e Bonachela (2003) afirmaram que, no Brasil, o número de desdentados que não possuem condições para tratamentos mais complexos, como implantes osteointegrados ainda é muito grande, e com isso o uso de próteses totais ainda ocorre na maioria dos casos. Um dos grandes problemas que os pacientes portadores de próteses totais, ou aqueles que necessitam destes aparelhos, enfrentam é a falta de instruções quanto à utilização, cuidados e hora certa de sua substituição. Esta falta de orientação leva os pacientes a não manter cuidados adequados com suas próteses e o seu uso prolongado. Este trabalho utilizou fichas clínicas com perguntas relacionadas sobre as próteses totais, como:

freqüência de troca e motivo para a troca, entre eles báscula, estética, ou extrações recentes, por exemplo. Um maior número de mulheres procurou atendimento, na proporção de 3 mulheres para cada homem. Os principais motivos para a troca da prótese foram, para ambos os sexos: próteses antigas ou

fraturadas, próteses com báscula ou sem retenção/mastigação e em terceiro lugar estética. O uso de próteses totais por longos períodos variou de 5 anos a 20 anos ou mais. Apenas um dos 221 pacientes participantes da pesquisa relatou que estava efetuando a troca da prótese para melhorar sua saúde.

Matos et al. (2004), com um estudo baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, evidenciou que, na população brasileira de 60 ou mais anos, 55% das mulheres realizaram consulta odontológica, no intervalo de um ano, enquanto que 53,2% dos homens nunca em suas vidas haviam realizado consulta odontológica.

Conforme Unfer (2004), 84% dos idosos possuem algum tipo de prótese dentária. Os motivos principais para as perdas dentais são: falta de condições de acesso ao serviço de saúde, como falta de locomoção ou necessidade de ajuda de terceiros, além de condições econômicas, culturais e sociais. A falta de dentes traz problemas funcionais e psicológicos aos pacientes, mas que parecem ser compensados pela resolução do problema estético. O edentulismo em idosos demonstra a grande falha no modelo de atenção à saúde bucal vivido por estes sujeitos, pois, à época, predominavam tratamentos reabilitadores em detrimento de programas de educação e prevenção. Portanto, as ações educativas devem ser intensificadas, proporcionando orientações específicas, enfatizando a adoção de comportamentos compatíveis com uma boa saúde e estimulando o auto-exame bucal. O modelo de saúde bucal empregado há décadas, também, influenciou para as condições atuais de saúde bucal em idosos. No passado, as intervenções em dentes fraturados, ou com mobilidade, implicavam em exodontia e colocação de prótese parcial, evoluindo para a colocação de uma prótese total.

Principalmente em serviços públicos, as extrações em massa se constituíram em única forma de atendimento oferecido. Quanto à influência, na saúde geral, a perda significa condições desfavoráveis de mastigação, deglutição, fonação, auto-estima, implicando em mudança de hábitos alimentares que acarreta diminuição de nutrientes e até desnutrição. A preocupação com a reposição dos dentes perdidos é maior quando a estética está envolvida, e menor quando o restabelecimento da função dentária é necessário. Esta auto-imagem relaciona-se

a um padrão ideal imposto pelas exigências sociais. A maioria dos pacientes idosos não apresenta conhecimento quanto às causas das suas doenças bucais e formas de prevenir ou controlar suas manifestações, além de não possuírem orientações quanto ao correto uso e manutenção de suas próteses e necessidade de avaliações periódicas.

Quadros e Machado (2004) investigaram junto a um grupo de pacientes das clínicas do curso de Odontologia da UNIVALI, no ano de 2004, as expectativas destes pacientes quanto à reabilitação através de prótese total. A principal causa do edentulismo, relatada pelos pacientes, foi o descuido com a sua dentição e ou falta de instrução adequada. As principais mudanças em decorrência do edentulismo, na vida destes pacientes, foram: dificuldade na mastigação, problemas de relacionamento pessoal e comprometimento estético. O gênero feminino relatou maior incômodo em relação à estética, enquanto o masculino se concentrou nos problemas mastigatórios. As expectativas quanto ao tratamento reabilitador ligado à decisão de procura pelo tratamento se manteve pela estética, para os sujeitos do gênero feminino, e pela função mastigatória para o masculino.

Vargas e Paixão (2005) estudaram os problemas causados pela perda dentária e a falta de acesso a próteses para uma população adulta, usuária de uma unidade de saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte. Este estudo utilizou a metodologia qualitativa por meio de entrevistas com questões abertas, semi-estruturadas, envolvendo 20 pacientes adultos com idade entre 25 e 65 anos. A entrevista continha um roteiro de perguntas abordando o centro de saúde, a perda dentária e a saúde bucal. Dos 20 pacientes entrevistados, 12 eram do sexo feminino e 8 do masculino, 15 possuíam o 1º grau incompleto, 2 possuíam o 1º grau completo, 1 tinha o 2º grau incompleto e 2 possuíam o 2º grau completo. A maioria dos entrevistados possuía casa própria e o rendimento médio dos entrevistados era de 3 salários mínimos. As principais causas de perdas dentárias relatadas foram pela falta de informações e de condições financeiras para o tratamento e o tratamento inadequado recebido. Nenhuma correlação foi feita entre as doenças bucais e suas condições de vida, apenas questionaram os cirurgiões-dentistas por extraírem dentes por qualquer motivo. Os problemas

decorrentes da perda dentária, na vida diária, foram de ordem funcional e social.

Os problemas de ordem funcional mais citados foram: comer, mastigar ou falar e os de natureza social foram mudanças de comportamento, como esconder a boca ao falar ou sorrir, insatisfação com a aparência, prejuízos na aceitação social e dificuldade de acesso ao mercado de trabalho.Os entrevistados freqüentemente relataram dificuldades de comer alimentos duros e fibrosos e a falta de prazer com a mastigação. Pacientes que já utilizam próteses relataram ter dificuldades de adaptação e desconforto, mas continuavam a usar em função da aparência. Em relação às próteses muitos entrevistados revelaram não usar ou improvisar alternativas por não possuírem condições financeiras para a sua confecção em CD. O trabalho demonstrou que a política pública para o tratamento dentário de pacientes adultos, nesse centro municipal de saúde pública, é insuficiente e ineficaz para pacientes que necessitem de tratamentos reabilitadores mais complexos, ocorrendo, desta forma, extrações desnecessárias. Os sentimentos relacionados com a perda dental foram bastante negativos.

Ferreira e Alves (2006) afirmaram que as pessoas possuem diferentes sentidos para a boca, devido a experiências, vivências e devido à importância que ela representa em seu cotidiano. Esta é uma constatação importante para a odontologia. Este estudo foi realizado no bairro de Cidade da Esperança, Natal-RN, e trata-se de um estudo descritivo fundamentado no conceito de representações sociais. Para participar do estudo, era necessário que o indivíduo tivesse mais do que 18 anos, residisse no bairro e fosse usuário dos serviços da Unidade Integrada de Saúde. A amostra foi constituída por 30 pessoas todas voluntárias, sendo 70% mulheres. Em relação à idade, o maior percentual foi na faixa de 30 a 39 anos. A coleta de dados se deu em dois momentos; uma entrevista que partia de uma questão: “Como é a sua boca?”. Em um segundo momento, foi utilizado um questionário socioeconômico para fazer a caracterização dos pacientes; além disso, foi realizado um exame clínico da boca, seguido de orientações e técnicas de higiene. As categorias se organizaram em torno de três sentidos para a boca: saúde da boca, as dores de dente e o resgate.

A categoria mais identificada foi saúde da boca com 42,5%; isto se deve ao fato

dela estar relacionada com questões afetivas, já que a falta dos dentes representa uma imperfeição em seus corpos. Com 33,5%, a categoria dores de dente mostrou-se um fato corriqueiro na vida das pessoas. Já, na categoria resgate da identidade da boca, a prótese aparece como um instrumento de resgate da auto-estima e funcionalidade do indivíduo. A ausência dos dentes é lamentada, tanto pelos efeitos biológicos, como pelo desprestígio que essa ausência representa no meio social. Os pesquisadores concluíram que a extração dentária e o acesso ilimitado a próteses trazem conseqüências desastrosas aos indivíduos. A saúde bucal tem o seu sentido constituído por aspectos biológicos, mas também pelas relações sociais, afetivas e profissionais.

Raitz e Seibert (2006) realizaram um levantamento do índice de edentulismo, em indivíduos de terceira idade, que participavam de sete grupos de vivência, na cidade de Brusque (SC) e avaliaram a autopercepção destes sujeitos com relação a sua saúde bucal. Integraram a pesquisa 306 idosos com 60 anos ou mais. Para o levantamento do índice de edentulismo, foi utilizado o índice CPO-D, levando-se em conta os critérios da OMS. Para a autopercepção, foi aplicado um questionário, com base no Índice Geriatric Oral Health Assessment Index (GOHAI). Os resultados indicaram que 69,60% dos sujeitos eram edêntulos totais, 28,44% edêntulos superior, 0,33%, edêntulos inferior e 1,63% não apresentavam edentulismo apesar de utilizarem prótese parcial removível ou prótese fixa. No que diz respeito ao índice GOHAI, 40,19% dos sujeitos classificaram sua saúde bucal como boa, 20,26% relataram ter saúde bucal regular e 39,54% saúde bucal precária. As questões que mais influenciaram no resultado do índice GOHAI foram as relacionadas à função mastigatória o que revelou que o conforto e a qualidade da adaptação e estabilidade das próteses totais têm influência significativa na autopercepção de saúde bucal dos idosos. As pesquisadoras concluíram afirmando que é necessária uma mudança de comportamento no que tange aos cirurgiões-dentistas, que precisam adotar conhecimentos, recursos e estratégias em busca da promoção e educação em saúde para o controle e tratamento das doenças bucais.

Piuvezan et al. (2006) explicaram que, na dimensão psicossocial, a boca ocupa um lugar de importância para as pessoas, que expressa, através do sorriso, os sentimentos de alegria, sedução, e, também, está vinculada a uma idéia de sobrevivência e bem-estar pessoal. A boca desdentada, então, adquire significados que são interdependentes de fatores históricos, sociais, culturais, psicológicos e fisiológicos. Os pesquisadores realizaram um estudo com 120 idosos, de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 60 anos, desdentados em no mínimo um dos arcos dentários, pertencentes aos grupos de idosos Conviver para viver melhor e Unati. A coleta de dados ocorreu a partir de um questionário, contendo, dados sócioeconômicos, questões sobre saúde bucal e teste de associação livre de palavras. Os resultados relativos às condições de saúde demonstraram que estes sujeitos pertencem a uma geração que sofreu as conseqüências de uma odontologia extracionista e elitista. Quanto ao teste de

Piuvezan et al. (2006) explicaram que, na dimensão psicossocial, a boca ocupa um lugar de importância para as pessoas, que expressa, através do sorriso, os sentimentos de alegria, sedução, e, também, está vinculada a uma idéia de sobrevivência e bem-estar pessoal. A boca desdentada, então, adquire significados que são interdependentes de fatores históricos, sociais, culturais, psicológicos e fisiológicos. Os pesquisadores realizaram um estudo com 120 idosos, de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 60 anos, desdentados em no mínimo um dos arcos dentários, pertencentes aos grupos de idosos Conviver para viver melhor e Unati. A coleta de dados ocorreu a partir de um questionário, contendo, dados sócioeconômicos, questões sobre saúde bucal e teste de associação livre de palavras. Os resultados relativos às condições de saúde demonstraram que estes sujeitos pertencem a uma geração que sofreu as conseqüências de uma odontologia extracionista e elitista. Quanto ao teste de

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