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O segundo elemento — a transformação gnóstica da vida —, subdivide-se nos seguintes fatores:

No documento OS ARCANOS MAIORES DO TARÔ - G. O. MEBES (páginas 181-188)

TARO ou ROTA INR

ESQUEMA DA ÉPOCA "CONSTITUTIO" Figura

2. O segundo elemento — a transformação gnóstica da vida —, subdivide-se nos seguintes fatores:

encarnação humana, agrupando os títulos já enumerados, desta vez em quaternário.

1. O primeiro elemento do quaternário será constituído pelas condições: a) "Vita" — vida (Iod);

b) "Lucrum" — as condições materiais (He); c) "Fratres" — irmãos (Vau);

Note-se que o primeiro fator já existe dentro de nós mesmos; o segundo, pode por nós ser criado ou "fecundado"; o terceiro nos é dado pelo destino, mas podemos influenciá-lo e, por sua vez, sofrer sua influência também.

2. O segundo elemento — a transformação gnóstica da vida —, subdivide-se nos seguintes fatores:

a) "Genitor" — o pai — que, de novo, devido às leis da hereditariedade, vive parcialmente em nós mesmos;

b) "Nati" — os filhos — cuja existência depende parcialmente de nosso desejo de tê-los;

c) "Valetudo" — a saúde (e, no sentido figurativo, os servidores e ajudantes) — nos é dado parcialmente pelo destino.

3. O terceiro elemento — "Fratres" — natural e inevitavelmente nos influência e por nós é influenciado. Nele encontramos os seguintes fatores:

a) "Uxor" — a esposa — que conosco se confunde;

b) "Mors" — a morte — que depende parcialmente do nosso modo de despender as forças vitais;

c) "Pietas" — devoção — que é, até certo ponto, a expressão de gratidão da natureza humana pela existência.

4. O quarto elemento nos permite avaliar a amplitude da& realizações durante a encarnação. Aqui há também 3 fatores:

a) "Regnum" — reino — que potencialmente se oculta em nós mesmos; b) "Benefacta", ou seja, tudo que é adquirido;

c) "Carcer" — o cárcere — os impedimentos e limitações, impostos pelo destino. É certo que podemos combatê-los, mas eles nos restringem.

Seria bom memorizar estes títulos, úteis no estudo da astrologia. Podem ser facilmente lembrados na forma de hexâmetros tradicionais das escolas medievais:

Vita, lucrum, fratres, genitor, nati, valetudo, Uxor; mors, pietas, regnum, benefactaque carcer.

12 = 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2. Essa decomposição nos dá. o esquema de 6 pares do tipo Iod-He, numa ordem cíclica, geral. Para sermos conseqüentes, aplicaremos este esquema ao exemplo por nós analisado.

O primeiro par será constituído pelos elementos "Vita" e "Lucrum". A reserva das forças vitais do indivíduo vivifica e "fecunda" seu ambiente material. Um ser humano, para desenvolver sua atividade, necessita de meios materiais, do mesmo modo como um marido necessita da esposa. Conforme as necessidades do indivíduo, sua reserva de forças vitais cria um ambiente material adequado, do mesmo modo que um "Iod" forma um "He" que lhe corresponde. No entanto, é preciso não esquecer que o ambiente material sem o "dono" que o rege, seria completamente estéril.

O segundo par é constituído por "fratres" e "genitor". O termo "fratres", pelo seu sentido, obriga-nos a recuar ao termo "genitor", como sendo o "Iod" condicional que cria o "He" correspondente. Muitas vezes, os "fratres" que encontramos, despertam em nós o interesse pelo "genitor" da família.

O terceiro par — "Nati" e "Valetudo" — tem, como elemento "Iod", o processo da continuação da família, e como elemento "He" — o ambiente que ajuda a realização dessa, continuação e assegura a preservação das entidades geradas. São, portanto, os servidores que ajudam na criação e proteção dos filhos.

O quarto par "Uxor" e "Mors" — coloca a esposa (ou esposo) como sendo o polo positivo do binário, cujo campo é limitado pelo elemento da morte. Em outras palavras, o casamento garante um trabalho comum e uma solidariedade durante toda a encarnação, sendo, todavia, limitado pelo Arcano da mudança do plano: a morte.

O par seguinte ("Pietas" e "Regnum") é muito edificante. A religiosidade serve de medida para a capacidade de receber influxos superiores, e a atividade prática humana ("Regnum") — de medida para a transmissão desses influxos para baixo. O quadro geral da realização humana ("Vau") é esboçado pelo entrelaçamento desses dois processos.

O último par — "Benefacta" e "Carcer" — nos fornece o quadro das limitações do êxito na vida, por aquilo que chamamos impedimentos kármicos.

Com isso não se esgota a interpretação do esquema de bi-polarização do duodenário. Podemos repartir seus elementos de um modo diferente e obter, de novo, 6 "casamentos" ou, se nestes a união não foi realizada, então seus binários.

Juntando o primeiro elemento com o sétimo, isto é, "Vita" com "Uxor", teremos, por um lado, a vida de uma individualidade separada; por outro, a união com uma outra individualidade. Se estas duas unidades conservam sua independência, teremos o binário Adão (+) e Eva (—), ou seja, o antagonismo dos sexos; se os cônjuges se fundirem, formando uma só unidade, o binário mencionado torna-se realizado e então, em vez da oposição dos pólos, teremos uma poderosa unidade, indivisível e andrógina: JODHEVA. Agregando o segundo elemento "Lucrum" ao oitavo — "Mors" — obteremos o misterioso e deprimente binário da riqueza terrestre (+) e da inevitável lei da morte (—) que escarnece do rico e confirma que o poder da riqueza terrestre é apenas uma ilusão. Este binário pode ser neutralizado se a riqueza terrestre é utilizada, não para fins egoístas mas criando, no plano material — com a aspiração e esforço consciente — pontos de apoio para o trabalho das futuras gerações em prol da humanidade. Esta é uma condição indispensável.

Confrontemos os elementos "Fratres" e "Pietas". Por um lado teremos o ambiente e o estado evolutivo da nossa própria geração; de outro, a tradição, a transmissão hierárquica dos Influxos Superiores. Mais uma vez, a neutralização destes elementos dependerá de nós mesmos.

O binário seguinte, "Genitor" — "Regnum" nos faz compreender que somos, sob certo aspecto, uma manifestação do Arcano III (temos um pai — "Genitor"), mas que, também, somos o "Iod" no campo da nossa própria atividade ("Regnum").

Em seguida vem o binário "Nati" — "Benefacta", isto é, por um lado a transmissão da vida, no sentido de transmitir algo de si mesmo, uma parte de suas próprias forças vitais, e por outro, a recepção de fluidos, a condensação de forças, a obtenção de êxitos na vida.

O duodenário acaba com o binário que é, talvez, o mais difícil de neutralizar: o binário "Valetudo" — "Carcer", ou seja, ajuda — obstrução.

Figura 49

Todas essas decomposições, em nossa análise, foram aplicadas a uma encarnação humana. Para que o estudante possa metafisicamente generalizar o esquema do duodenário, tomaremos o exemplo da configuração clássica dos signos zodiacais. A figura 49, em sua parte central indica a polaridade (positiva ou negativa) do signo. Os símbolos astrológicos dos signos são colocados nas cúspides, isto é, nos pontos iniciais dos arcos da eclíptica que lhes correspondem. Nos setores dos próprios signos, está indicado o elemento hermético ao qual o signo pertence (Fogo, Terra, Água ou Ar). Em letras latinas estão escritos os nomes hebraicos dos 12 meses do calendário solar, mágico. O começo do ano mágico, como já foi dito, corresponde ao equinócio vernal, isto é, da primavera, no hemisfério norte. Assim, por exemplo, o mês de Nisan começa aproximadamente no dia 21 de março e acaba ao redor de 21 de abril, etc. A figura, além das indicações sobre a composição do duodenário, apresenta também o esquema das

regências planetárias. No momento, interessa-nos apenas a parte externa da figura, isto é, a distribuição

dos planetas nos signos que regem.

O Sol e a Lua estão colocados, respectivamente, nos signos de Leão e de Câncer. O Sol ocupa a direita, e a Lua à esquerda da figura. Dos dois lados, ou seja, tanto do lado do Sol como do da Lua, os planetas estão distribuídos do seguinte modo: os signos adjacentes ao do Sol ou ao da Lua, pertencem a Mercúrio, o planeta mais próximo do sol, no nosso sistema solar. Os dois signos seguintes pertencem a Vênus, o segundo planeta na ordem de sua distância do sol. Em seguida, temos dois signos pertencendo a Marte, depois a Júpiter e, finalmente, dois signos contíguos — a Saturno, obedecendo assim a ordem da distância dos planetas relativamente ao Sol. As partes sombreadas da figura são chamadas domicílios noturnos dos planetas, e as partes em branco — domicílios diurnos. O Sol possui um só signo — diurno, e a Lua também um só signo — noturno. Todos os planetas possuem dois domicílios: um diurno e um noturno. A seqüência dos signos sombreados e dos em branco, divide o círculo em seis pares ou binários do duodenário, dos quais três binários são relativamente positivos, (domicílios diurnos dos planetas) e três relativamente negativos (domicílios noturnos).

Como exercício prático, aconselhamos aos estudantes, no duodenário da vida humana por nós analisado, procurar interpretar os binários "Vita" — "Lucrum", "Nati" — "Vale-tudo" e "Pietas" — "Regnum"

como positivos, em relação aos três restantes: "Fratres" — "Genitor", "Uxor" — "Mors" e "Benefacta" — "Carcer". Fazendo-o, poderão perceber claramente a força predominante dos setores de luz (domicílios diurnos).

A meditação sobre o esquema do duodenário é tão importante para o processo de auto-iniciação da individualidade que encarnou, que este esquema deu início a um dos mais conhecidos pantáculos: a "Cruz Mística" (Fig. 50).

Figura 50

O instrutor coloca a imagem dessa cruz sobre a fronte do discípulo que inicia ou já iniciou, como símbolo da benção para o caminho espinhoso das 12 etapas da encarnação terrestre. As saliências que terminam os braços da cruz simbolizam estas etapas. O caminho começa na saliência central do braço superior. Olhemos a figura atentamente: as saliências centrais de ambos os braços verticais da cruz estão marcadas com o signo positivo, ativo (+), ou seja "Iod" e "Vau". Contudo, o Iod é totalmente positivo, enquanto que o Vau, embora possua inerentemente o elemento ativo, é andrógino. As saliências centrais dos braços horizontais estão marcadas com o signo negativo (-), pois correspondem ao signo passivo "He"; todavia, o braço direito, que corresponde ao segundo He, é mais ativo do que o esquerdo, pois o segundo He se transforma no Iod do ciclo seguinte; possui, portanto, em si o germe da futura atividade, enquanto que o primeiro He, na sua qualidade de mãe, pode dar apenas um fruto andrógino "Vau". Podemos deduzir de tudo isso que a Cruz Mística é uma cruz cabalística, na qual o superior e o direito predominam sobre o inferior e o esquerdo, e o vertical sobre o horizontal. Esta cruz confirma a superioridade hierárquica do ativo sobre o passivo, do sutil sobre o denso, e o confirma através dos elementos do ciclo Iod-He-Vau-He.

No entanto, essa é apenas a explicação do esquema astral da Cruz Mística. Resta-nos explicar cabalisticamente o simbolismo das 12 saliências. Para fazê-lo, colocamos a letra Shin no centro da cruz. Assim, ela se tranfsorma em Clichê Redentor "Iod-He-Shin-Vau-He". É o esquema da força hermética (Shin) atuando no mundo (Yod-He-Vau-He) com o intuíto de realizar nele aquilo que é simbolizado pelo Shin, isto é, aquilo que está inevitavelmente ligado à Lei do Sacrifício. O sacrifício pode ser feito no plano do "Testamento", no campo da misericórdia humana ou, ainda, no plano físico, como p. ex., o sacrifício da vitalidade do Sol em benefício da Terra.

No centro da Cruz poderia ser colocado o signo Aleph, em lugar de Shin. Neste caso, a Cruz assumiria um significado diferente: ela se transformaria num esquema sintético dos três planos do Universo; diríamos mais: em um esquema da plena compreensão destes planos, conforme a lei de Hermes Trismegisto. O Aleph, no centro, representa uma mentalidade equilibrada; os quatro braços — a grande lei (Iod-He-Vau-He) das criações astrais, e as saliências que terminam os braços — os doze arcos do zodíaco no plano físico. Em outras palavras é um esquema da complicação e da multiplicação que regem

cada passagem ao denso. A soma dos valores numéricos do Tetragrama e do signo Aleph é 9 (10 + 5 + 6 + 5 + 1 = 27 ∫ 9), correspondendo ao Arcano da Iniciação.

A meditação sobre a Cruz Mística, em qualquer de suas interpretações cabalísticas, faz sempre surgir idéias fecundas no subplano respectivo.

Repetimos que, para poder penetrar no significado do Arcano XII, devemos convencer-nos intimamente ou da necessidade de sacrifício no plano físico, ou da limitação deste plano no qual, na descida progressiva às camadas mais densas, chega-se inevitavelmente a um muro, que é o limite da "coagulação" do ilusório. Este muro serve como ponto de apoio ao impulso em direção contrária, a da subida, para atravessar todos os subplanos no sentido inverso.

A primeira dessas possibilidades é mais compreensível aos que sentem profundamente o Evangelho; a segunda, aos que estão mais próximos do Budismo.

No âmbito do Arcano XII, o complexo chamado "individualidade humana" é como um visitante estranho no plano terrestre, alguém que está fora de seu lar. O visitante, naturalmente, deve ser cortês, deve estar pronto para ceder seu lugar a qualquer outro convidado; não deve criticar nem o alimento que lhe está sendo servido, nem quaisquer das acomodações da casa. Contudo, nunca deve esquecer que possui seu próprio lar, nem descuidar dos interesses desse lar. Deve lembrar que qualquer gabolice ou má conduta em casa alheia, acarretará conseqüências negativas ao seu próprio lar e que cada mau uso de seus talentos, no campo social, pagará com as privações em seu próprio lar. As festas e recepções podem ter um certo valor como ponto de apoio de trabalho construtivo, mas em si mesmas não passam de pura ilusão e nada têm de valor real. Podemos, revestidos do nosso perecível invólucro físico, distrair-nos em fúteis passatempos sociais, coagulando o Malkuth, mas, se formos suficientemente desenvolvidos, não devemos esquecer a inevitável e benéfica hora de voltar à casa, a hora da morte, tão bem simbolizada pelos atributos da Loja dos Mestres na Iniciação Maçônica.

Quanto a essa hora, em que o ser humano retoma seus direitos a uma vida puramente astral e quanto aos diversos estados transitórios entre os dois modos de existência e a etapa posterior à encarnação, falaremos no Arcano seguinte (XIII).

LÂMINA XIII

Fundo: uma planície. Um céu de outono, cinzento. Na planície, avançando da direita para a esquerda, caminha um esqueleto: a Morte. Ele empunha uma foice e vai ceifando tudo que está no seu caminho. Seu pé esquerdo calca o rosto de uma cabeça feminina, ceifada.

Um pouco mais à esquerda, uma cabeça masculina, coroada.

Por toda parte as cabeças, também cortadas pela foice da Morte, entremeiam-se pela grama e flores cortadas. No entanto, atrás da Morte, no campo já ceifado, do solo surgem mãos e pés infantis. O total é de 13 "brotos".

A impressão geral é triste e pesada. As cores monótonas e deprimentes, quase apagadas. Na figura da Morte, nenhuma expressão.

O signo do Arcano XIII é Mem; seu valor numérico, 40. Ele não possui nenhuma correspondência astrológica.

O hieróglifo do Arcano é uma figura feminina, em sua qualidade de mediadora na mudança do plano da vida. A mulher é o ambiente em que se realiza a passagem do seu fruto — o filho — da vida intra- uterina para a vida na atmosfera terrestre.

A lâmina do Arcano apresenta a Morte, em sua forma tradicional, a de um esqueleto com uma foice na mão, e sublinha o papel da Morte como instrumento da VIDA UNA, no campo da multiplicidade das formas. Coroadas ou não, as cabeças caem sob sua foice. No entanto, após sua passagem, novas mãos e pés despontam da terra. O desaparecimento causado pela morte é ilusório. A morte muda apenas a aparência. Sua atividade não pode ser assemelhada ao queimar de cédulas velhas para substituí-las por novas, mas sim ao fundir de moedas velhas, para utilizar o mesmo material em moedas novas. Na lâmina, a apresentação da morte é parcial; todavia, seu sentido está analiticamente completo.

Dois pormenores do quadro merecem atenção: a morte é apresentada como esqueleto ativo. O que é um esqueleto, sob o ponto de vista simbólico? É a parte mais coagulada e que menos muda em nosso corpo; a parte na qual se concentra a máxima dureza, a estrutura à qual se acrescentam outros elementos do corpo. Como conseqüência, podemos deduzir que o princípio da morte está inseparavelmente ligado ao processo da coagulação densa e, logicamente, dela decorre. Morremos, porque num tempo passado quisemos coagular-nos. Essa lei é imutável, matemática. É regida por Saturno, como o são todos os processos lógicos e inexoráveis, decorrentes duma causa. É esta a razão pela qual nos talismãs de Saturno figura um esqueleto com uma foice. Também o crânio e os ossos cruzados representam, com freqüência, o lema "memento mori". Paradoxalmente, a parte do corpo que se decompõe mais lentamente, serve para nos fazer lembrar a futura decomposição desse corpo.

Uma representação completa da transformação causada pela morte seria o quadro de uma nova vida. Uma representação incompleta sublinha somente uma única fase: a mudança que costumamos chamar "morte". O quaternário lúgubre de ossos cruzados é o símbolo da última mensagem dos gnomos — o princípio coagulante — às salamandras — princípio sutilizante; é o último estágio de encarceramento do astrosoma dentro do corpo físico, cabendo ao fantasma a tarefa de destruir o mesmo no seu devido tempo. Os ossos recordam ao astrosoma em vias de libertação, que graças a eles, possuiu um ponto de apoio no mundo físico onde pôde atuar e que ainda permanece relativamente ligado ao referido ponto de apoio enquanto não forem devolvidos à Natureza os elementos coagulados; recorda que há um período transitório entre a vida nos três planos e a vida nos dois planos, e que a passagem não é instantânea. Este é o simbolismo da lâmina. É útil meditar sobre isso.

Voltaremos ainda a esses assuntos, mas, por enquanto, começaremos o estudo do Arcano pela descrição do processo da morte humana, tal como, em geral, se desenrola. Tomemos como exemplo um corpo humano que se tornou incapaz de manter as funções vitais do plano físico, seja devido à sua própria vontade (suicídio), seja pela vontade de um outro pentagrama (morte infligida) ou por outras causas (lei natural) , talvez a própria imprudência, ou até o gasto das forças vitais a serviço de um ideal, etc. O astrosoma luta contra as falhas das funções físicas, a tudo se agarra para prolongar a vida no plano físico (a agonia), mas finalmente é forçado a deixar o corpo que se tornou um mecanismo inadequado para a vida, e começar uma existência bi-plânica, ou seja, um novo período chamado de intervalo entre as

encarnações. A passagem ao outro plano, contém diversas fases. Neste curso elementar não vamos nos

aprofundar no significado teórico e prático que cada uma dessas fases possui para um iniciado que deseja, naturalmente, tanto preparar a si próprio para a morte, como facilitar essa passagem aos seus semelhantes, por uma atuação mágica, específica. Estes assuntos pertencem a um curso especial de magia e, em grande parte, não podem aqui ser revelados.

No nosso curso presente, gostaríamos apenas de responder a três eventuais perguntas: 1. De que meios dispomos para estudar o processo da morte?

2. Qual deveria ser, de um modo geral, uma boa preparação de si mesmo para a passagem ao outro plano?

3. Quais são os meios de ajudar às pessoas que estão morrendo, se compreendemos essa expressão de

No documento OS ARCANOS MAIORES DO TARÔ - G. O. MEBES (páginas 181-188)