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IMPACTO EMOCIONAL E EXPERIÊNCIA DE LUTO ANTECIPATÓRIO NOS FAMILIARES DO DOENTE ONCOLÓGICO

Neide Areia Tatiana Abreu1, Sofia Major2, & Ana Paula Relvas1

1Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra; 2Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa

O aparecimento de um cancro é um acontecimento crítico que interfere no sistema familiar. Porém, o conhecimento do impacto do cancro na família. Reconhecendo a importância de compreender o impacto do cancro-nas suas diferentes fases de evolução-nos familiares do doente, o presente estudo tem como objetivo comparar a experiência emocional e luto antecipatório entre os familiares dos doentes nas fases de tratamento curativo e paliativo. A amostra é constituída por 77familiares de doentes, dos quais 37familiares de doentes em tratamento curativo e 40familiares de doentes em tratamento paliativo. O protocolo de investigação contempla instrumentos de avaliação da perceção da alteração emocional(ET),sintomas psicopatológicos(BSI) e luto antecipatório(MMCGI-SF). Foram levados a cabo estudos de comparação de médias e regressão linear múltipla. Não se verificaram diferenças significativas entre os dois grupos ao nível da perceção da alteração emocional e presença de sintomatologia

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psicopatológica. Observaram-se diferenças estatisticamente significativas no luto antecipatório. Relativamente à influência das variáveis sociodemográficas e médicas nas dimensões do MMCGI-SF, o papel na prestação de cuidados e a fase da doença demonstram um maior poder de preditivo. Este estudo representa um contributo para compreensão do impacto do cancro nos familiares do doente, com vista ao desenvolvimento de estratégias de intervenção dirigidas às famílias do doente oncológico.

Palavras-chave: Doença Oncológica, família, impacto emocional, luto antecipatório

Neide Luisa Portela Areia

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade de Coimbra Rua do Colégio Novo

3000-115 COIMBRA

neideareia@hotmail.com

PREDITORES DA QUALIDADE DE VIDA NAS DOENTES COM CANCRO DE COLO DO ÚTERO

M. Rosário Bacalhau1,2 & M Graça Pereira2

1 Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil; 1 Escola de Psicologia, Universidade do Minho

O Cancro de Colo do Útero (CCU) é o segundo mais frequente na mulher portuguesa, com um impacto negativo na qualidade de vida (QV) percebido pelas doentes. Este estudo pretendeu avaliar os preditores da QV em mulheres com CCU. A amostra foi constituída por 122 doentes com CCU, seguidas na consulta de Ginecologia do IPO de Lisboa, que preencheram instrumentos de QV: EORTC QLQ C30 (Cancro) e EORTC QLQ CX24 (especifico CCU), morbilidade psicológica (HADS), suporte social (ESSS) e espiritualidade (SpREUK). Ao nível da QV, a preocupação com a dor nas relações sexuais apresentou uma relação negativa com o funcionamento físico e desempenho de papéis. O tipo de tratamento e o suporte social foram preditores positivos da QV geral e explicaram 21,6% da variância. O suporte social foi o único preditor do funcionamento emocional e social explicando 19.8% e 26% da variância respetivamente. É clara a importância do suporte social tendo sido um preditor de todas as escalas da QV. A preocupação com a dor nas relações sexuais deverá ser um aspeto a ter em atenção nos programas de promoção da qualidade de vida, dado o seu impacto nas mulheres com CCU.

Palavras-chave: cancro de colo do útero; qualidade de vida; dor

Maria do Rosário Ramos Nunes Bacalhau

Rua Galileu Saúde Correia, nº 9- 1Dtº 2800-691 Almada

rosariobacalhau@gmail.com

PREDITORES DA SATISFAÇÃO CONJUGAL NO CANCRO DA MAMA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Tânia Brandão1,2, Juliana Pedro, Nuno Nunes1,2, Mariava Veloso Martins1,2, Maria Emília Costa1,2, & Paula Mena

Matos1,2

1Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade do Porto; 2Centro de Psicologia da Universidade do Porto

O diagnóstico de cancro da mama, bem como os tratamentos a ele associados, podem ter um profundo impacto não só na vida das mulheres que o vivenciam mas também na vida dos seus companheiros, levando, muitas vezes, a dificuldades ao nível da relação conjugal e, consequentemente, à diminuição da satisfação conjugal. O principal objetivo desta revisão sistemática foi identificar potenciais preditores da satisfação conjugal no contexto do cancro da mama, para ambos os membros do casal. Esta revisão foi realizada de acordo com as diretrizes PRISMA. Foram incluídos os artigos que exploraram variáveis sócio-demográficas, clínicas, e/ou psicossociais como potenciais preditores da satisfação conjugal no contexto do cancro da mama. Quinze estudos foram incluídos nesta revisão. Para as pacientes, de entre as variáveis sócio-demográficas e clínicas, apenas a idade surgiu como preditor significativo. Para os seus companheiros, apenas o nível sócio-económico e a realização de quimioterapia surgiram como preditores

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significativos. Em relação às variáveis psicossociais, os padrões de comunicação, as dinâmicas de apoio social, e as estratégias de coping diádicas surgiram, consistentemente, como preditores significativos para ambos os membros do casal. Os resultados sugerem que estas dimensões devem ser incluídas na intervenção psicológica oferecida a casais que confrontam o cancro da mama.

Palavras-chave: cancro da mama; satisfação conjugal; revisão sistemática

Tânia Raquel Pais Brandão

Rua Alfredo Allen, 4200-135 Porto

taniabrandao@fpce.up.pt

A CURA DO CUIDADOR – INDAGAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM ONCOLOGIA PEDIÁTRICA

Deolinda Leão1 & José Caldas2

1

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, 2Universidade de Fortaleza, College of the Americas Inter-American Organization of Higher Education, Universidade de São Paulo, São Paulo Research Foundation, Iberoamerican Observatory of Health and Citizenship, Center for Research in Health Technologies and

Information Systems

A doença oncológica de um filho gera mudanças na estrutura familiar e, consequentemente, no cuidador, responsável pela assistência e prestação de cuidados, as preocupações com o seu bem-estar e estabilidade emocional são colocadas em segundo plano. O estudo teve por objetivo indagar sobre as estratégias de resiliência que os cuidadores informais diretos de crianças e jovens com doença oncológica procuram de modo a manter a sua qualidade de vida quando confrontados com o ambiente hospitalar.

Nesse sentido, foram aplicados um Questionário sócio-demográfico, a Escala de Resiliência de Wagnid e Young (1993), adaptada à população portuguesa por Cristina Felgueiras (2010), e o WHOQOF-Bref a uma amostra de vinte cuidadores cujos filhos se encontravam em tratamento há mais de seis meses. Os resultados obtidos permitiram verificar que quanto maior a resiliência relatada, melhor a qualidade de vida dos cuidadores informais. Mostraram ainda que a correlação entre resiliência e qualidade de vida não se verificou para todos os indicadores de ambas as variáveis.

Assim, identificaram-se aspectos importantes, ao nível da resiliência, a considerar em termos de promoção da qualidade de vida. Através de entrevistas semi-estruturadas, pretende-se complementar estes resultados, identificando necessidades e dificuldades, nomeadamente as estratégias mais procuradas para ultrapassar a doença de forma positiva e construtiva.

Palavras-Chave: Materiais perfurocortantes; Escuta psicanalítica; Análise do discurso.

Deolinda Leão

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

deoleon@hotmail.com

EFEITO DA INTERVENÇÃO DOS PALHAÇOS DE HOSPITAL JUNTO DE PACIENTES PEDIÁTRICOS SUBMETIDOS A QUIMIOTERAPIA

Ana Sofia Melo1,2, Patrícia Arriaga2, & Susana Caires1

1Instituto de Educação - Universidade do Minho; 2ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, CIS-IUL

Este estudo tem como objetivo geral avaliar os efeitos dos Palhaços de Hospital (PH) em pacientes pediátricos a receber quimioterapia ambulatorial, no estado físico e emocional percebido. Participaram 82 crianças/adolescentes (8-15 anos) e seus acompanhantes, de três hospitais (IPO Lisboa e Porto, C.H.S.João). Os participantes foram distribuídos aleatoriamente por dois grupos: experimental (n=41) (com intervenção dos PH durante a quimioterapia) e controlo (n=41) (sem intervenção). Foram avaliados os estados físicos (dor, náusea e fadiga) e emocionais (tristeza, medo, raiva, preocupação, afeto positivo/negativo e ativação emocional), antes e após a quimioterapia, mediante a aplicação da Wong- Baker Faces Scale, BARF Scale, Fatigue Scale, Peds-QL e Self-Assessment Manequim. Registam-se efeitos estatisticamente significativos dos PH nos estados emocionais mas não em variáveis que remetem para o estado físico percebido. Os resultados sugerem que os PH contribuem para que as

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crianças/adolescentes sintam mais emoções positivas e menos emoções negativas após a conclusão da quimioterapia. Este trabalho contribui para uma maior sensibilização acerca da importância da recreação e do lúdico no hospital, especificamente a intervenção dos PH, na promoção do bem-estar como facilitador do processo de doença/tratamento de pacientes pediátricos com doença oncológica.

Palavras-chave: Palhaços de Hospital, oncologia pediátrica, quimioterapia

Ana Sofia Melo

R. Manuel Pereira, n.º 9, 3D 4710-188 Braga

anasofiamelo@hotmail.com

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