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SIMPÓSIO: A PARENTALIDADE NA ALIMENTAÇÃO, NO SONO E NA ANSIEDADE INFANTIL

Coordenador - Susana Isabel Miranda Algarvio de Castro, ISPA-IU susana.algarvio@ispa.pt

Moderador - Alexandra Borges Coimbra, Sociedade Portuguesa de Psicanálise alexandra.borges.coimbra@gmail.com

Este simpósio pretende discutir factores de parentalidade e a sua influência na alimentação, no sono e na ansiedade infantil. É fundamental, os pais, enquanto primeiros cuidadores, estarem atentos às necessidades das crianças, constituindo-se como primeiros organizadores dos seus ritmos e tempos, num processo de desenvolvimento que passará da dependência para a progressiva autonomia. Abordaremos factores protectores para um desenvolvimento saudável e factores que se constituirão como entraves a esse mesmo desenvolvimento, a partir dos desafios que a Parentalidade na actualidade coloca à Psicologia da Saúde. Começaremos por introduzir a actualidade do tema com uma apresentação do estado da arte, a partir de uma revisão sistemática da literatura, com arbitragem

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científica, realizada nos últimos 5 anos. Seguiremos com uma apresentação que abordará a importância e o modo como as Equipas de Pediatria devem trabalhar a unidade familiar nos sintomas evolutivos na criança. Seguidamente, abordaremos a influência de factores associados à parentalidade na ansiedade das crianças. Terminaremos com a apresentação de um caso clínico de uma criança com perturbações graves do sono e da alimentação, num contexto de uma gravidez materna de risco devido a cancro no útero.

Endereço para correspondência (Coordenador) Susana Isabel Miranda Algarvio de Castro Rua Luis de Camões, 11

2780-339 Oeiras 965055656

REVISÃO SISTEMÁTICA DE LITERATURA: PARENTALIDADE, ALIMENTAÇÃO E SONO NA INFÂNCIA

Susana Algarvio

ISPA-IU

A regulação dos ritmos de alimentação e de sono constitui-se como um processo em desenvolvimento desde o nascimento e terá influência sobre o desenvolvimento global da criança. A forma como os pais ou a figura primária de referência se adaptam e organizam as necessidades da criança será fundamental para um desenvolvimento saudável da criança. Realizou-se uma revisão sistemática de literatura sobre a parentalidade na infância, nas dimensões de alimentação e sono das crianças. Foram realizadas duas pesquisas bibliográficas, a primeira com os descritores Parentalidade, Infância e Alimentação, e a segunda com os descritores Parentalidade, Infância e Sono. Os 32 resultados encontrados para Parentalidade, Alimentação e Infância foram encontrados em simultâneo para as dimensões Parentalidade, Sono e Infância, tendo sido definidas as seguintes categorias de estudos: Factores Parentais, Grupos de Risco, Promoção da Saúde Materno-Infantil, Amamentação e Factores socioculturais e da Saúde e Interacção Mãe/Bebé. Dos 48 resultados para Parentalidade, Sono e Infância, para além das categorias descritas anteriormente, em conjunto com a Alimentação, foram ainda definidas as seguintes: Factores Parentais, Co-sleeping e Espaço para Dormir, Perturbações do Sono na Criança, Impacto do Sono da Criança nos seus Cuidadores e Síndrome da Morte Súbita.

Palavras-Chave – Revisão sistemática; parentalidade; infância; alimentação; sono

Susana Algarvio

ISPA-IU

susana.algarvio@ispa.pt

SINTOMAS EVOLUTIVOS NA CRIANÇA

Maria José Vidigal

Psicanalista, Pedopsiquiatra, Ex-Chefe de Serviço do Hospital D. Estefânia

As alterações precoces do sono e da alimentação devem ser objecto da atenção das equipas de Pediatria porque constituem sinais de perturbações relacionais. Assim, é o grupo familiar que deve ser a unidade de trabalho para a resolução dos problemas visto que uma criança sozinha não existe. Também estão implicados factores culturais e sociais que serão depois explicitados.

Se bem que sejam sinais/sintomas comuns na infância, sendo fácil a sua resolução, podem, no entanto, provocar, pela sua permanência, estados de tensão de consequências imprevisíveis.

Palavras-Chave: Pediatria; alimentação; sono; perturbações relacionais

Maria José Vidigal

Psicanalista, Pedopsiquiatra, Ex-Chefe de Serviço do Hospital D. Estefânia

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INFLUÊNCIA PARENTAL NO DESENVOLVIMENTO DA ANSIEDADE INFANTIL: CONSIDERAÇÕES PSICOSSOCIAIS E CULTURAIS

Filomena Dias, Isabel Leal & João Marôco

ISPA-IU

Diversa literatura aponta a relação entre a ansiedade das crianças e a ansiedade dos seus pais. No entanto, os estudos que abordam a análise da influência da ansiedade e dos medos dos pais na ansiedade das crianças são escassos. A investigação dos mecanismos pelos quais os pais contribuem para a ansiedade dos filhos é crucial. Inserido num trabalho alargado, no qual participaram 247 crianças, com 10 e 11 anos de idade, e respetivos pais, analisaram-se as contribuições da ansiedade e dos medos dos pais para a ansiedade dos filhos. Os resultados demonstraram que: a ansiedade da mãe, contrariamente à ansiedade do pai, contribui para a ansiedade da criança; os medos do pai contribuem para a ansiedade infantil, no entanto os medos da mãe apresentaram-se como fatores protetores ao desenvolvimento da ansiedade da criança. Estes resultados permitiram elaborar algumas hipóteses explicativas dos mecanismos parentais subjacentes ao desenvolvimento da ansiedade das crianças. As hipóteses foram discutidas com recurso a considerações psicossociais e culturais relativas ao género e às emoções (medo e ansiedade) dos pais, e aos diferentes papéis da mãe e do pai na dinâmica familiar.

Palavras-Chave: Crianças; ansiedade; medos; pais; influência parental

Filomena Dias

ISPA-IU

fdias@ispa.pt

PERTURBAÇÕES DA ALIMENTAÇÃO NA PRIMEIRA INFÂNCIA: ESTUDO DE CASO

Helena Leonardo

Sociedade Portuguesa de Psicanálise

As perturbações da alimentação e sono na primeira infância estão ligadas, em inúmeros estudos, a questões de organização familiar e do ambiente que envolve a criança, sendo frequentemente relacionadas com ansiedade e depressão maternas. Neste caso, temos um menino de 4 anos com relativas dificuldades de sono e anorexia grave, recusando activamente a alimentação. Encontra-se abaixo do peso para a sua faixa etária e altura, causando grandes preocupações aos pais. Este problema surgiu após e durante vários problemas de saúde da mãe, nomeadamente cancro do útero e posterior gravidez de risco. A intervenção terapêutica, além do trabalho com a criança, incluiu um intenso apoio aos pais. Este trabalho pretende ser uma reflexão crítica, sobretudo, sobre a intervenção psicoterapêutica.

Palavras-Chave: Perturbações da alimentação; perturbações do sono; infância; cancro materno;

intervenção psicoterapêutica.

Helena Leonardo

Sociedade Portuguesa de Psicanálise

helena.saleonardo@gmail.com

SIMPÓSIO: SONO E PROBLEMAS DE SONO NA CRIANÇA NUM MUNDO

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