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Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

mipsi10072@fpce.up.pt

BURNOUT, STRESS, ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM TRABALHADORES DO SECTOR FERROVIÁRIO

Sérgio Fonseca1, Sara Lomba de Sá2, Vitor Martins1 & Cristina Queirós2

1Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante, 2Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

A gestão e prevenção do stress laboral tem preocupado a European Agency for Safety and Health at Work (2013, 2014) dado o impacto que tem na produtividade e na saúde do trabalhador. Existem poucos estudos sobre o sector ferroviário considerado o stress e até trauma a que estes profissionais estão expostos (Borges, 2012; Doroga & Baban, 2013; Lemos 2013; Mehnert et al., 2012). Pretendem- se conhecer os níveis de stress, ansiedade e depressão em trabalhadores do sector ferroviário e verificar se predizem o burnout. Inquiriram-se 206 trabalhadores do sector ferroviário, todos homens, 67% com 12º ano, 82% casados, média de 44 anos e de 18 anos de serviço. Usou-se o MBI (Maslach et al., 1996; Marques Pinto & Picado, 2011) e a EADS (Lovibond & Lovibond, 1995; Pais-Ribeiro et al., 2004). Encontraram-se valores baixos de ansiedade, stress e depressão (entre 0,51 e 0,80 escala de 0 a 3) mas valores moderados de exaustão e realização (3,0 e 3,8 escala de 0 a 6) e baixos de despersonalização (1,9). Existem correlações positivas significativas entre burnout, stress, ansiedade e depressão. A ansiedade aumenta com a experiência de serviço e a despersonalização diminui com a idade. A depressão prediz 38% da exaustão e o stress 33% da despersonalização. Os resultados alertam para a necessidade de cuidar destes profissionais e prevenir o stress crónico, dada a responsabilidade das suas tarefas diárias no transporte de passageiros.

Palavras-Chave: Burnout, stress, ansiedade e depressão, sector ferroviário, sexo masculino

Manuel Sérgio Arada da Fonseca

Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante

valangelsbull@gmail.com

O PROJETO INT-SO: PRESENTISMO E BURNOUT EM ENFERMEIROS

Elisabete Borges1, Margarida Abreu1, Cristina Queirós2, Pilar Mosteiro3, Patrícia Baptista4 & Vanda Felli4

1Escola Superior de Enfermagem do Porto, 2Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, 3Facultad de Medicina y Ciencias de la Salud (Enfermería), Universidad de Oviedo, Espanha, 4Escola Enfermagem da

Universidade de São Paulo, Brasil

Burnout, Presentismo e Absentismo têm preocupado os investigadores e gestores pelo prejuízo que provocam nas instituições e na saúde dos trabalhadores (Bogaert et al.,2014; Ferreira et al.,2010; Khamisa et al,2015; Letvak et al,2012). O presentismo é a presença do trabalhador no local de trabalho mesmo estando doente (Paschoalin et al., 2013) e está associado ao burnout (Ferreira & Martinez, 2012). Descreve-se o projeto INT-SO e os resultados preliminares do Presentismo e burnout em enfermeiros. Usou-se o SPS6 (Koopman et al., 2002, Ferreira et al., 2010) e o MBI (Maslach & Jackson, 1997; Marques-Pinto & Picado, 2011) aplicados a 318 enfermeiros do Porto, 72% mulheres, 52% casados, 74% de hospitais, 76% com licenciatura, 73% com vínculo definitivo, 66% a trabalhar por turnos, média de 35 anos e de 12 anos de serviço. Encontraram-se valores moderados de exaustão emocional (M=2,71, escala de 0-6), baixos de despersonalização (M=1,04) e elevados de realização profissional (M=4,52), elevado trabalho completado e presentismo (M=3,9 e 3,5 escala 1-5) e menor distração evitada (M=2,89). Existem diferenças em funçõa de variáveis sociodemográficas e profissionais e correlação significativa entre burnout e presentismo e este explica 18% do Presentismo (15% na exaustão). A saúde ocupacional dos enfermeiros deve ser valorizada, pois o fato de estes poderem estar a trabalhar doentes afeta a qualidade dos serviços prestados e agrava o stress laboral.

Palavras-Chave: Burnout, Presentismo, Enfermeiros, Saúde no Trabalho

Elisabete Maria das Neves Borges

Escola Superior de Enfermagem do Porto

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CORTISOL SALIVAR E FATORES DE STRESS: ESTUDO EXPLORATÓRIO EM CONTEXTOS DE SAÚDE

Ana Mónica Pereira1, Pedro Monteiro2 & Cristina Queirós1

1Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, 2Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto, Instituto Politécnico do Porto

O cortisol salivar tem sido utilizado como indicador biológico do stress na investigação em psicologia (Hellhammer et al., 2009). Apesar da estabilidade intra-sujeitos, o nível de cortisol salivar parece ser maior em dias de trabalho e correlaciona-se positivamente com stressores diários (Kim et al., 2010; Stawski et al, 2013). Pretende-se conhecer os níveis dos fatores de stress no trabalho nas Unidades de Saúde Familiar (USF) e analisar a sua relação com o cortisol salivar. Participaram 60 profissionais de USF, idade média de 40,8 anos, 82% mulheres, 70% casados/união de facto, 75% com filhos e 82% com horário semanal de 40 horas. Recolheram-se duas amostras de saliva, ao acordar e outra 30 minutos após, em dois dias de trabalho (Segunda/Sexta) e foi preenchido o COPSOQ-II (Kristensen, et al., 2000; Silva et al., 2011) diariamente nessa semana. Encontraram-se níveis moderados de ritmo de trabalho e de exigências quantitativas, cognitivas e emocionais no trabalho em todos os dias da semana (entre 2.76 e 3.65, numa escala de 0 a 5 pontos). Verificou-se uma correlação positiva e significativa entre as exigências emocionais do trabalho na Quarta e Quinta-feira com o nível de cortisol salivar na Sexta (r=.35 e p>.01). O estudo alerta para a necessidade de estudos longitudinais e contribui para o uso do cortisol salivar como indicador biológico, alertando para a influência dos fatores de stress nas USF na saúde dos profissionais.

Palavras-Chave: Cortisol salivar, exigências, stress laboral, unidades de saúde familiar, estudos diários

Ana Mónica de Sousa Pereira

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

ana.monica.pereira@gmail.com

SENSEMYMOOD: UMA APLICAÇÃO MÓVEL PARA IDENTIFICAÇÃO DOS ESTADOS EMOCIONAIS NA CIDADE

João Rodrigues1, Vitor Ribeiro1, Ana Aguiar1 & Cristina Queirós2

1Instituto de Telecomunicações, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, 2Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

A Psicologia Ambiental provou que o local tem impacto emocional (Canter et al., 1988; Clayton, 2012), seja em vinculação ou sentimento de insegurança (Brantingham & Brantingham, 1981).A tecnologia invadiu o dia-a-dia (Rosen et al.,2015), existindo aplicações para telemóveis capazes de medir o comportamento.Descreve-se a aplicação resultados preliminares do SenseMyMood, que mede estados emocionais através de curtos questionários esporádicos. Aplicação desenvolvida para Android (Rodrigues et al.,2014) e testada por 19 voluntários (estudantes e profissionais variados, 58% mulheres, idade 16-51 anos M=21,9). As 6 emoções primárias de Ekman (1969, 2003) e o grau de felicidade mediram-se de 1-6 (nada-muito) e inquiriu-se motivo de presença no local (lazer, trabalho/estudo, espera de transporte, de passagem, outro) e recolheu-se localização geográfica. Nas 685 respostas, alegria e grau de felicidade mais intensos durante atividades de lazer, e medo em situações “de passagem”.Mulheres sentiram mais tristeza, medo, cólera e grau de felicidade. Idade com correlaciona positivo com alegria, tristeza, cólera e grau de felicidade, e emoções negativas corelacionam-se entre si. Aplicação considerada fácil e intuitiva, tendo capacidade discriminativa na medição das emoções e permitindo criar mapas de emoções na cidade, sendo útil para o autoconhecimento das emoções, estudos longitudinais de monitorização e estudos do impacto emocional do local.

Palavras-Chave: Emoções, stress, tecnologia, aplicação, medição

Cristina Maria Leite Queirós

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

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VOCE: IDENTIFICAÇÃO DO STRESS E ANSIEDADE NA VOZ

Ana Aguiar1, Iolanda Braga Pereira2, Jorge Silva3, Paula Fortuna4, Cristina Queirós2 & Pedro Almeida3

1

Instituto de Telecomunicações, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, 2Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, 3Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, 4Faculdade de Engenharia da

Universidade do Porto

A comunicação oral é vital na vida em sociedade e em situações de stress a voz pode revelar estados emocionais que o emissor não consegue controlar ou estão associados a certas patologias (Dietrich et al., 2012; Muthusamy et al., 2015). Descreve-se o projeto VOCE – “Treino de voz para reduzir o stress” (Aguiar 2013, 2014; Julião, 2015) e apresentam-se dados preliminares. Durante 90-120 segundos, 43 estudantes aceitaram voluntariamente ler um texto neutro (baseline) e 24h depois repetiram a leitura 30m antes de uma apresentação académica (experiência), registando o ritmo cardíaco através do ZephirHxM (Pereira et al., 2015), precedido do STAI estado (20 itens avaliados de 1 a 4). Foi comparado intra-sujeito o nível de ansiedade e a resposta cardíaca na baseline e experiência, existindo apenas diferenças na ansiedade, maior na situação de experiência (M=21,1 vs M=38,9 p=,000). As correlações apenas são significativas na experiência, entre ansiedade e desvio do ritmo cardíaco (R=,555 p=,014). Os resultados são ainda pouco expressivos mas o VOCE já testou a metodologia em condutores de autocarro (Redrigues et al, 2015) e efetua agora o reconhecimento emocional de segmentos de voz em apresentações reais. Os resultados obtidos serão uteis para desenvolver métodos e algoritmos que permitem a classificação de stress na voz em tempo real, tentando dar um feedback contínuo ao orador e melhorar as suas capacidades de comunicação.

Palavras-Chave: Ansiedade, Stress, Voz, Resposta cardíaca, Medição

Iolanda Vanessa Braga Pereira

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

iolandapereira@live.com

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