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Subcomponente 1: Cadastro, regularização e cobrança dos serviços de abastecimento de

8.3 PROGRAMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

8.3.2 Otimização e melhorias do sistema de abastecimento de água

8.3.2.1 Subcomponente 1: Cadastro, regularização e cobrança dos serviços de abastecimento de

Ação AO1.1 Implantação e atualização de cadastro técnico do sistema de

abastecimento na área rural

Responsáveis: COPASA/Prefeitura Municipal ou prestador de serviços

nas localidades rurais/Secretaria de Saúde

Prazo: 2015 (Prazo Emergencial)

Custo: R$ 107.400,00

Fonte de Recursos: COPASA/Prefeitura Municipal

O cadastro técnico constitui na disponibilização, em plantas, das informações obtidas através de levantamentos de campo acerca de todas as estruturas e dispositivos que compõem o sistema de abastecimento de água (captações, reservatórios, adutoras, estações de tratamento de água, elevatórias, redes de distribuição, ligações, economias e dispositivos acessórios). Este cadastro promove maior agilidade e eficiência nos processos de produção, nos serviços corretivos ou preventivos de manutenção dos sistemas e na realização de novas ligações. Além disso, a existência de um cadastro constantemente atualizado permite a redução do tempo gasto para o atendimento aos clientes internos e externos da prestadora, bem como uma maior segurança no armazenamento das informações cadastrais.

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Já o cadastro comercial dos consumidores é o conjunto de registros permanentes, atualizados e necessários à comercialização, faturamento, cobrança de serviços e apoio ao planejamento e controle operacional.

A base cartográfica do município deve ser atualizada periodicamente, contendo mapas com a localização e os croquis das quadras, ruas, lotes, curvas de nível, hidrografia, topografia e outros elementos específicos da cidade. Todas essas informações devem estar georreferenciadas. Outras informações, tais como: código cartográfico, numeração predial, código do consumidor etc., também devem ser inseridas nessa base cartográfica para possibilitar o desenvolvimento do geoprocessamento. O documento deve estar disponível digitalmente (se possível, deve-se utilizar um software – há softwares livres que podem ser facilmente baixados) para facilitar a consulta, a atualização e a operacionalização por todos os setores dos prestadores de serviços de saneamento para outros fins, quando houver necessidade.

O levantamento de informações cadastrais em campo poderá ser efetuado concomitantemente com a execução dos serviços/obras de implantação ou de remanejamento das redes e ligações. Deve ser elaborado um formulário padrão para levantamento dessas informações (contendo localização, profundidade, diâmetro, tipo de material, afastamento do meio fio, tipo de pavimento, distâncias de pontos notáveis, como poço de visita ou demais aparelhos urbanos, como postes etc.). No cadastro técnico devem ser representadas, também, as interferências, que são redes ou órgãos acessórios que interceptam ou estejam em paralelo às redes a serem cadastradas, como TV a cabo, gás, energia, telefone, redes de água e galeria de água pluvial (GAP).

Também deverá ser elaborado um formulário padrão próprio para coleta de dados para cadastro comercial, devendo conter, minimamente: identificação do cliente e da unidade consumidora, classificação da ligação, data de início dos serviços de abastecimento de água, histórico de leituras e faturamentos, identificação do medidor e lacres instalados e suas respectivas atualizações.

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Com a base cartográfica toda elaborada e digitalizada, podem-se cruzar os dados técnicos e comerciais, compondo uma única e integrada base de dados.

O trabalho de cadastramento técnico e comercial de serviços de saneamento implica em rotinas permanentes de inclusão e manutenção dos dados, de forma a manter o cadastro sempre atualizado.

A estimativa de custos do cadastramento comercial da população rural foi desenvolvida de maneira simplificada e baseou-se no valor estabelecido pelo IBGE (2010), que identificou que 3% da população total de Sabará se encontram em área rural.

Ação AO1.2 Solicitação de outorga para as captações subterrâneas em localidades rurais

Responsável: Prefeitura Municipal ou prestador de serviços nas localidades rurais

Prazo: 2016 (Curto Prazo)

Custo: Estimado na ação AA2.1

Fonte de Recursos: Não se Aplica

Salvo um dos poços artesianos implantados na área rural do município, as captações subterrâneas que abastecem as comunidades rurais operadas pela Prefeitura não possuem outorga. A outorga é um importante instrumento da Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei Federal nº 9433 de 1997) e tem como objetivo assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso aos recursos hídricos (ANA, 2013). Assim, para as captações existentes não outorgadas e para as captações futuras, adota-se, como diretriz, a solicitação das respectivas outorgas.

Na UPGRH SF5, correspondente à Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas, onde localiza-se Sabará, são consideradas como usos insignificantes as captações e derivações de águas superficiais menores ou iguais a 1,0 L/s e as acumulações

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superficiais de volume máximo igual a 5.000 m³. No caso de captações subterrâneas, tais como poços manuais, surgências e cisternas, são consideradas como insignificantes aquelas com volume menor ou igual a 10 m3/dia. Contudo, para poço tubular é exigida a outorga, segundo a DN CERH MG 09/2004. O Art. 26 da Portaria IGAM nº. 49, de 01 de julho de 2010, estabelece que é obrigatório o cadastramento, para os casos de usos de recursos hídricos considerados insignificantes e deverá ser fornecido pelo IGAM ou pela SUPRAM a Certidão de Registro de Uso. Sendo assim, durante as atividades de educação ambiental propostas na Ação IE1.3 do Programa de Desenvolvimento Institucional, é preciso conscientizar a população sobre a importância do cadastramento e estimular os usuários de sistemas individuais a preencher o Formulário de Caracterização de Empreendimento (FCE) e protocolá-lo na SUPRAM Central Metropolitana, localizada em Belo Horizonte. Para efetuar o cadastro como uso insignificante, cada usuário deverá pagar uma taxa única de R$27,72. Maiores informações podem ser obtidas no “Manual técnico e administrativo de outorga de direito de uso de recursos hídricos no estado de Minas Gerais” (IGAM, 2010) ou diretamente no site do IGAM (www.meioambiente.mg.gov.br/outorga).

Ação AO1.3 Implementação de cobrança pelo uso da água em

localidades rurais

Responsável: Prefeitura Municipal ou prestador de serviços nas localidades rurais

Prazo: 2016 (Curto Prazo)

Custo: Não Estimado

Fonte de Recursos: Não se Aplica

Em todas as áreas atendidas pela COPASA é realizada a cobrança pelo uso da água, ao passo que as localidades rurais atendidas pela Prefeitura Municipal ainda não possuem um sistema de cobrança instituído.

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Objetivando a diminuição de problemas relacionados à falta de água em localidades rurais e a sustentabilidade financeira do serviço, é importante que seja instituída a cobrança pelo uso da água nas localidades Nova Canaã, Várzea dos Crioulos, Muniz, Jambreiro e Palmital, abastecidos por sistemas coletivos. A cobrança, bem como a macromedição e a redução das perdas físicas e aparentes de água, contribui para a redução das perdas de faturamento e, por conseguinte, as carências relacionadas com a escassez de recursos para operação e monitoramento dos sistemas, minimizando os problemas de falta de água.

Também é importante realçar a necessidade de implantação do sistema de cobrança em conjunto com a “Ação AG1.3 – Hidrometração das ligações e economias de água” para possibilitar a medição do consumo de água nas localidades e instituir a cobrança.

Ação AO1.4 Implantação e atualização de cadastro técnico do sistema de abastecimento na área urbana

Responsáveis: Concessionária /Prefeitura Municipal; Secretaria de Obras

Prazo: 2015 (Prazo Emergencial) - Contínuo

Custo: R$ 5.425.000,00

Fonte de Recursos: Concessionária/Prefeitura Municipal

Uma das grandes dificuldades para avaliação dos sistemas existentes nas etapas de Diagnóstico e Prognóstico deste PMSB foi a inexistência de cadastros técnicos digitais ou de cadastros atualizados. Para a eficiente gestão dos serviços de saneamento é de grande importância manter uma base cartográfica atualizada, com todas as informações do sistema, e disponibilizá-la com agilidade para os setores da Prefeitura e Concessionária, propiciando o desenvolvimento de novos estudos de ampliação, manutenção e atualização com maior rapidez, informatizando o cadastro técnico.

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O sistema informatizado criado para o armazenamento das informações cadastrais dos sistemas de água, bem como procedimentos adotados para atualização da base cartográfica do município, possibilita disponibilizar todas as informações via rede de computadores, propiciando redução do tempo de execução de serviços, elaboração de projetos em tempo reduzido, serviços de manutenção com maior segurança, agilidade na liberação de ligações prediais, disponibilização das informações cadastrais a terceiros para execução de obras de outras concessionárias e empreendedores em curto espaço de tempo, armazenamento das informações coletadas nos imóveis em meio digital e controle dos sistemas de abastecimento. Também irá viabilizar a implantação do sistema de informações georreferenciadas.

8.3.2.2 Subcomponente 2: Avaliação do desempenho dos sistemas de