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Ao início de junho de 2018, ao concluirmos as três etapas do processo seletivo de capítulos para a coletânea, Mônica realizou uma análise sobre os conteúdos dos capítulos que foram aprovados para a publicação, contemplando 33 capítulos que passaram pelas etapas de seleção e um capítulo convidado de autoria de membro do Conselho Editorial Internacional. A proposta de composição das partes da cole- tânea foi apresentada em reunião com a Profa Patricia e ambas chega- mos a uma sequência, em cada parte, caminhando por subtópicos e buscando uma visão do mais conceitual para o mais aplicado, quando possível. São três partes e segue-se a apresentação dos capítulos pre- parada por Mônica.

Primeira parte - conceitos, reflexões e recomendações para ensino-aprendizagem

A Coletânea se inicia com a seção “Conceitos, reflexões e reco- mendações para ensino-aprendizagem”, apresentando um total de 11 capítulos. Todos contendo um tópico com propostas e recomendações aos docentes, para que os mesmos possam utilizar o conteúdo para fins de ensino-aprendizagem na Graduação. Portanto, neste tópico espe- cífico cada capítulo aborda diferentes práticas, podendo ser: questões para estudantes refletirem e pesquisarem respostas; casos que possam ilustrar os conteúdos do capítulo; dinâmicas ou jogos para a aprendiza- gem em sala ou fora de sala; cinedebates com recomendações de filmes que possam ser adotados para reflexão sobre os conteúdos; e por fim outras práticas recomendadas para o ensino-aprendizagem.

Abrimos a seção com discussões sobre a contribuição da filoso- fia de Emmanuel Levinas para as questões referentes à ética ambien- tal, no capítulo “Aportes da filosofia de Emmanuel Levinas para a ética ambiental”. Logo após, o capítulo “Sustentabilidade Social: análise crí- tica e proposta de agenda” traz a discussão sobre a harmonia entre o ser humano, suas relações políticas e sociais, e a natureza na dimensão da Sustentabilidade Social. Em “A sustentabilidade de produtos à luz da avaliação do ciclo de vida: discussões e conceituações” os autores te convidam a uma discussão sobre a relação entre o consumo e as trans- formações tecnológicas, e a pensar sobre novas estratégias de sustenta- bilidade para Avaliação do Ciclo de Vida. O trabalho intitulado “Projeto de Desenvolvimento Sustentável – PDS por eleição ou por imposição” apresenta a análise de um Projeto de Desenvolvimento Sustentável e problematiza os contrastes entre interesses políticos e os interesses cole- tivos, através das vozes afetadas.

103 e econômica com a comunidade, apresentando uma comparação entre dois museus com diferentes posturas sobre sustentabilidade.

Já no artigo “LeNSin: Rede internacional de universidades para intercâmbio de material didático sobre design para a sustentabilidade” é apresentada ao leitor a rede internacional LeNSin, que tem o objetivo de compartilhar material didático sobre Design para a Sustentabilidade, e relata os resultados já alcançados pelo projeto no Brasil.

A pesquisa “Consumo Consciente entre os universitários dos cur- sos de Administração e Ciências Contábeis da Universidade Federal Fluminense, campus Volta Redonda/RJ” mostra o perfil e o compor- tamento dos discentes de dois cursos de graduação da Universidade Federal Fluminense, em Volta Redonda, em relação ao consumo, e analisa se a disciplina de Responsabilidade Social e Corporativa exerce alguma influência nos resultados. Além disso, temos o capítulo “Desenvolvimento sustentável e a formação profissional no curso de Medicina Veterinária Da Universidade Federal Fluminense (UFF), apro- ximando os conceitos de Educação para o Desenvolvimento Sustentável no ensino de graduação e as ações de sustentabilidade da ProPET no curso de Medicina Veterinária.

Finalizamos a seção com o trabalho “Da extensão universitária ao ensino médio: experiências, aprendizados do curso de Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável em 2017” que traz a experiência do Curso de Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, da UFF, em Volta Redonda, realizado como uma atividade de extensão, ressaltando a importância do intercâmbio de experiências e compartilhamento de conhecimentos entre estudantes de diferentes níveis de ensino para a absorção dos conceitos da Educação Ambiental.

Segunda parte - reflexões para formação docente, projetos pedagógicos e currículos de curso

A segunda seção da Coletânea, intitulada “Reflexões para forma- ção docente, projetos pedagógicos e currículos de curso”, apresenta um total de 9 capítulos. Todos contendo um tópico abordando Reflexões para fins de Gestão Acadêmica, Projetos Pedagógicos, Currículos de Cursos ou Conteúdos Específicos no Ensino de Graduação, podendo ser apresentado na forma de lições aprendidas e/ou na forma de questões

ainda sem uma resposta clara e que venham a ser objeto de estudos futuros e/ou na forma de recomendações específicas para contribuição ao ensino de Graduação.

Esta segunda parte se inicia com o capítulo “Educação e meio ambiente: uma experiência na formação de professores na UFF” que apresenta reflexões sobre o balanço das atividades realizadas na Faculdade de Educação da UFF, durante os 17 anos de atuação, trazendo discussões no que diz respeito a formação de docentes na universidade, além de conceitos e práticas em Educação Ambiental. Ainda no sobre o tema Educação Ambiental e formação docente, o artigo “Educação Ambiental: reflexões sobre a formação dos licenciados em pedagogia”, reflete sobre a abordagem da EA no currículo de formação do licenciado em Pedagogia, na atuação em Ensino Infantil e Fundamental.

Logo após, no capítulo “O debate da Educação Ambiental no Serviço Social: relato dos desafios e possibilidades de ensino-aprendiza- gem no curso de graduação” é apresentado um relato de ensino-apren- dizagem sobre a disciplina de “Tópicos: Serviço Social e Ambiental”, onde traz o debate sobre sustentabilidade, questões socioambientais, educação ambiental e outras questões interligadas aos discentes do curso de Serviço Social.

Em “Autonomia e formação de professores-educadores patrimo- niais ambientais”, os autores fazem uma reflexão crítica sobre a for- mação de educadores patrimoniais em um contexto socioambiental de ações pedagógicas na graduação.

O trabalho “Engenharia Sustentável? Mitos que sabotam o ensino na graduação” relata a dificuldade da integração de conceitos de susten- tabilidade nos cursos de engenharia, descontruindo alguns mitos sobre sustentabilidade que dificultam o ensino na graduação.

105 efetiva da tríade ensino-pesquisa-extensão a partir de referenciais de sustentabilidade. Em seguida o trabalho “” compartilha reflexões e discussões sobre pesquisa-intervenção na formação em Educação Ambiental no curso de Geografia.

Por fim, é apresentado os desdobramentos e reflexos da disciplina “Gestão de Alimentação para Coletividade” no curso de Bacharelado em Nutrição no capítulo “Sustentabilidade na produção de refeições: Educação Ambiental com os discentes”.

Terceira parte - métodos, projetos e práticas de ensino-aprendizagem

Por fim, fechando a coletânea, temos a terceira seção voltada para relatos de experiências, métodos e projetos focados para ensino-apren- dizagem. Está é a seção com maior número de capítulos, apresentando um total de 14 trabalhos. Nota-se que os trabalhos desta terceira parte não possuem nenhum tópico especial ou adicional, já que englobam diretamente experiências e práticas de ensino-aprendizagem, abra- çando exatamente a proposta da Coletânea da Rede de Educação e Sustentabilidade.

Iniciando a seção temos o capítulo “Metodologias ativas ou expositivas: avaliação em aulas sobre resíduos”, trazendo a experiên- cia da adoção de metodologias ativas, e uma comparação com o uso de metodologias expositivas, em disciplinas sobre tratamento de resí- duos e reuso. Logo depois, falando sobre os impactos ambientais na produção de refeições para coletividade, e relatando os resultados do uso de uma metodologia ativa na aula de gestão em alimentos para coletividade, temos o artigo “Sustentabilidade na produção de refei- ções para coletividade: emprego do método ativo como ferramenta de aprendizagem”.

Em seguida, o capítulo intitulado “A bactéria da desconfiança: perplexidades numa comunidade afetada” expõe os resultados de um workshop participativo, com a proposta de deliberar e refletir com um grupo de cidadãos sobre as condicionantes e consequências de um surto de Legionella.

Os autores do capítulo “Júri simulado: o homem causa o aque- cimento global?” relatam a experiência da disciplina de Ecologia e Evolução, através do uso de um júri simulado. Já o próximo trabalho,

descreve as estratégias de ensino-aprendizagem na formação de profis- sionais com conhecimento de sustentabilidade baseada na aprendiza- gem baseada em problemas.

Em “Aprendizagem baseada em equipes” foi apresentada aos leitores a metodologia do Team Based Learning, além de mostrar como esta metodologia pode contribuir no ensino da educação ambiental e sustentabilidade. O trabalho “Desafios na educação frente às novas tecnologias e seu impacto ambiental” apresenta estratégias, reflexões e procedimentos didáticos, que foram aplicados com os alunos de Ciências Naturais e em Computação da UFF, para que os mesmos se tornem cidadãos críticos, conscientes, ativos em relação às questões ambientais e coletivas.

Logo após, descrevendo o desenvolvimento e os resultados de uma prática comunicativa que posiciona o educando como protago- nista no processo de ensino aprendizagem, abordando conteúdos de saúde ambiental para alunos do curso de Enfermagem, temos o capítulo “Ecosaúde: tecnologia educacional em saúde ambiental com graduan- dos de Enfermagem”.

Em “Sustentabilidade e versatilidade na Biomedicina: novas formas de educação ambiental” as autoras apresentam as experiên- cias e resultados obtidos durante disciplina “Educação Ambiental para Biomedicina”. O próximo capítulo “Ensino, pesquisa e extensão unindo diferentes agendas da gestão ambiental” aponta contribuições para fomentar o ensino da graduação, unindo a tríade ensino-pesquisa-ex- tensão com as agendas da Gestão Ambiental.

O trabalho seguinte, intitulado “Projeto de envolvimento da comunidade local para recuperação e manejo da vegetação de restinga no setor sul do distrito de Tamoios, Cabo Frio”, divulga os resultados

107 o papel do docente e a compreensão de Educação, focando em Ecologia, Saberes e Educação Sustentável, além de ponderar sobre a ecopoesia na formação docente em Ciências Exatas.

Por fim, fechando a seção temos o capítulo “Leituras do meio ambiente: interpretando Gaia” trazendo a discussão sobre a linguagem científica e o alcance da mesma ao público, focando no tema de degradação ambiental. A autora investiga estratégias discursivas que visam traduzir a linguagem científica para uma linguagem que alcance o leitor comum.

Agradecimentos

Em primeiro lugar, agradecemos a todos os que participam como autores na coletânea, pois somos agora a possibilidade de reconheci- mento mútuo e, daí, compartilharmos da formação de novos coletivos. Não sabíamos quantos viriam participar. Não sabíamos que seríamos tantos. A primeira etapa do processo seletivo de propostas de capítulos já nos deu uma noção que o potencial seria enorme. A chamada para capítulos foi escutada e compreendida. Também nos deu uma noção que a equipe de trabalho teria que ser maior do que imaginávamos no princípio. E, mais ainda: buscarmos uma forma de imparcialidade, por meio de revisão cega/blind review, iria requerer um Conselho Editorial Internacional mais amplo. E conseguimos!

Então, queremos agradecer a honrosa dedicação do esforço de trabalho cuidadoso dos 48 membros do Conselho Editorial Internacional em processo sigiloso da revisão cega dos capítulos nas segunda e ter- ceira etapas do processo seletivo.

Agora, agradecimentos à equipe unida e que se juntou em um projeto editorial que não sabíamos o tamanho, a delicadeza de traba- lharmos a combinação de transparência de procedimentos e de sigilo e guarda dos documentos e descobrimos que só poderíamos ter esse pro- jeto realizado e materializado com Allan de Souza Gama Teixeira, Maria Beatriz Paiva Viana, Marcela Nunes Aguiar, além da equipe da Pró- Reitoria de Graduação que confiou que nós poderíamos ter a respon- sabilidade e a liberdade de gestão do plano de trabalho para o sucesso nos resultados a partir dos princípios e métodos da transparência, da prestação de contas e da criatividade para compormos a coletânea da

Rede de Educação e Sustentabilidade. Então, ao Prof José Rodrigues de Farias Filho e à Cìnthia Paes Virgínio: sem vocês, ficaríamos apenas sonhando, apenas juntando fios, não chegaríamos a ter o tear e nem os tecidos. E agradecimentos à Editora da UFF pela possibilidade de ter- mos o projeto editorial no formato de tecnologia epub e com o cuidado da produção editorial zelando pela qualidade da obra.

Queridos e queridas, nossas mentes, nossos corações e nossas mãos como tecelãs e tecelões, nossa eterna gratidão pela oportunidade de estarmos aqui, juntos. Que surjam daqui novos tecidos, novos tece- lões e tecelãs e que desses tecidos venham as criações futuras.

Boa Leitura!

PARTE I

CONCEITOS, REFLEXÕES E