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Técnicas de prevenção de outros acidentes em contexto institucional e domiciliário

3.3.Técnicas de prevenção de outros acidentes em contexto institucional e domiciliário

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A prevenção das quedas reveste-se de uma importância extrema, pela sua capacidade de diminuir a morbilidade e a mortalidade bem como os custos em cuidados de saúde diferenciados e internamento em lares.

Vários estudos têm demonstrado que a prevenção dos fatores de risco podem reduzir consideravelmente o número de quedas. Programas de prevenção de quedas eficazes e de menor custo envolvem avaliação de risco sistemático e intervenções dirigidas aos riscos.

Sendo um problema real que acarreta graves consequências e sérias limitações à população idosa torna-se urgente a sua prevenção, com base numa promoção de saúde adequada, com vista à autonomia, independência e consequente qualidade de vida.

Boas práticas baseadas na evidência provam a possibilidade de reduzir em 38% as lesões nos idosos através de métodos com custos eficazes. A diminuição da incidência de lesões pode melhorar a qualidade de vida e reduzir os custos dos serviços de saúde.

A OMS identifica, no seu relatório global sobre prevenção de quedas na velhice, fatores de proteção de quedas nos idosos como estando às mudanças comportamentais e modificações ambientais, uma vez que defende serem estes os fatores passíveis de modificação.

Identifica a mudança comportamental para estilos de vida saudáveis como ponto basilar para evitar quedas e promover um envelhecimento saudável e manutenção da independência, como sendo o consumo de álcool moderado, ausência de hábitos tabágicos, manutenção de peso adequado e manutenção de níveis adequados de atividade física.

Segundo a mesma fonte, é necessário tomar medidas de prevenção com o intuito de se manter a segurança e facilitar a autonomia e a manutenção das atividades de vida diária.

A magnitude dos acidentes e o seu impacto na saúde das pessoas idosas torna-as num grupo particularmente vulnerável, exigindo, por isso, ações intersectoriais continuadas e sustentadas.

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É neste sentido que surge O Programa Nacional de Prevenção de Acidentes, ao estabelecer uma plataforma conceptual e operacional de intervenção.

Para que possa responder a todos os desafios, o Programa Nacional de Prevenção de Acidentes desenvolve-se em dez eixos estratégicos:

1. Reforçar a ação comunitária na promoção da segurança e na prevenção dos acidentes, através da aplicação de uma abordagem de saúde pública à problemática das lesões não intencionais.

2. Capacitar os profissionais para a promoção da segurança, a prevenção dos acidentes e o desenvolvimento de aptidões para gerir o risco.

3. Defender a criação de condições ambientais favoráveis à segurança.

4. Reorientar os serviços de saúde para a prestação de cuidados de qualidade à vítima e o apoio às necessidades dos indivíduos e das comunidades.

5. Ação intersectorial para a promoção da segurança e da saúde, abrindo o diálogo com os sectores sociais, económicos, políticos e outros.

6. Legislar, regulamentar e normalizar.

7. Investigação epidemiológica sobre os acidentes

8. Avaliar o impacto das ações no nível de saúde das populações.

9. Monitorizar os progressos e a implementação do Programa Nacional de Prevenção de Acidentes.

10. Cooperar com organizações internacionais, nomeadamente a OMS e a Comissão Europeia, na implementação das Resoluções aplicáveis.

No que concerne especificamente à prevenção de acidentes na população idosa

 Articulação intersectorial com atividades específicas dos planos de prevenção de

acidentes e de promoção da saúde, nomeadamente:

o Programa Nacional para a Saúde das Pessoas Idosas na prevenção dos

acidentes domésticos e de lazer e na utilização segura dos transportes;

o Plano Nacional de Promoção da Acessibilidade para a aplicação da legislação

sobre acessibilidade das pessoas com mobilidade condicionada a Hospitais e Centros de Saúde e outros edifícios públicos;

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o Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária para a inclusão de ações

específicas sobre prevenção dos acidentes de viação com pessoas idosas, especialmente, enquanto peões;

 Colaborar na sensibilização da população em geral sobre a prevenção dos acidentes

com pessoas idosas ou em situação de dependência, através de:

o Ações sobre promoção da segurança e prevenção das quedas, das

intoxicações acidentais, dos afogamentos, das queimaduras e dos acidentes de viação com pessoas idosas.

 Colaborar na capacitação da comunidade (Autarquias, Lares, Centros de Dia,

Associações de Idosos, etc.) sobre a prevenção dos acidentes, através de:

o Divulgação de boas práticas sobre promoção da segurança, acessibilidade a

serviços, equipamentos e produtos seguros;

o Workshops a nível local.

 Colaborar na sensibilização dos profissionais de saúde, segurança social e outros

sobre prevenção dos acidentes com pessoas idosas ou em situação de dependência, quer vivam na sua casa ou em lares residenciais, através de:

o Produção de Recomendações sobre estratégias de intervenção eficazes;

Elaboração de Protocolos de avaliação funcional do equilíbrio e do risco de queda das pessoas idosas e com deficiência;

o Produção de recomendações sobre avaliação do risco de queda, formas de

prevenção efetivas e sinalização de pessoas idosas e pessoas com deficiência com qualquer grau de risco;

o Produção de Recomendações sobre prevenção dos acidentes domésticos e

promoção da atividade física, melhoria do equilíbrio e da flexibilidade, alimentação e nutrição dirigidas às pessoas idosas e adaptadas às suas necessidades específicas.

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3.1.Modificação do meio ambiente

A adaptação ambiental está relacionada com mudanças no meio ambiente ou no espaço físico que facilitem a acessibilidade e mobilidade de pessoas que tenham algum tipo de dificuldade física, comportamental ou sensorial (visão, audição):

 É fundamental conhecer a capacidade de mobilidade da pessoa idosa, para que

possam ser realizadas adaptações que resolvam os seus problemas específicos.

 Um dos primeiros passos a dar, quando temos a missão de reorganizar o dia-a-dia

para facilitar o convívio, diz respeito à organização da casa.

 As casas normalmente são construídas e mobiliadas de uma maneira que as tornam

verdadeiras armadilhas que favorecem os riscos de acidentes, especialmente para crianças e idosos.

 Não se costuma pensar na prevenção de acidentes quando se constrói ou se decora

uma residência.

 É importante lembrar que o ambiente domiciliar é construído ao longo de toda a vida

levando-se em conta as expectativas pessoais. Portanto, é necessário paciência e compreensão ao modificar um ambiente, mesmo que para maior segurança do próprio idoso

 Utilizar tabela com controlo dos medicamentos para evitar repetir a medicação ou

ficar sem tomar.

A adaptação do espaço domiciliário é um serviço que visa promover a melhoria das acessibilidades, bem-estar e qualidade de vida do cliente.

Os colaboradores do SAD devem, sempre que necessário, orientar e apoiar o cliente e/ou pessoa próxima para algumas modificações no espaço habitacional, mobiliário, ajudas técnicas, entre outras, com vista a permitir maior segurança, conforto ao cliente e funcionalidade das ações e tarefas a desempenhar.

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• Ajudas técnicas – compra/aluguer de cama articulada e/ou cadeira de rodas;

andarilho; cadeira de banho giratória; caixas de comprimido partidor; caixa de comprimidos semanal; alteador de sanita com braços; bengala extensível; spray antiderrapante para banheira e duche; camisa de dormir aberta nas costas; detetor de fumos fotoelétrico; talheres com cabo ergonómico e flexível; entre outras; resguardos descartáveis;

• Afastar obstáculos, p.e. mobiliário, ou outros que dificulte ou coloque em perigo a mobilidade e integridade física. Por exemplo, retirar tapetes por serem uma das maiores causas de queda; não deixar fios de telefone, eletricidade e outros no caminho;

• Ter espaços bem iluminados;

• Existência de aparelhos de comunicação que facilitam a vida do cliente dando-lhe

maior autonomia, p.e telefone SOS, serviço telealarme, computadores e internet específicos para pessoas com doença neuro-motora;

Usar uma lâmpada especial, luz de presença no quarto do cliente (em caso de doença).

Todas as ações e tarefas executadas devem ser registadas no impresso IMP01.PC08no impresso IMP01.PC08 –

Apoio nas atividades Instrumentais d

Apoio nas atividades Instrumentais da Vida Quotidianaa Vida Quotidiana, com indicação da data, hora e responsável pelas ações (v. exemplo a seguir).

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3.2.Ensino do indivíduo, seus familiares e cuidadores

3.2.Ensino do indivíduo, seus familiares e cuidadores

A educação sobre fatores de risco e de proteção é uma estratégia essencial, para capacitar os idosos sobre os riscos de acidente, os prestadores de serviços de saúde ou de assistência social a pessoas de risco, mas que, só por si não é efetiva. A educação individual funciona melhor para idosos que tem problemas de audição, visão ou necessidades especiais. As sessões em grupo permitem uma maior interação social, discussão informal, troca de

experiências, facilitando a motivação para a adoção de comportamentos mais seguros e reduzindo a ansiedade.

Esta educação deve ser feita por profissionais treinados e incluir propostas concretas para a resolução dos problemas apresentados pelos idosos.

As apresentações deverão ser adaptados às dificuldades visuais do grupo, tendo em atenção o tamanho da letra e o fundo de contraste e, os materiais utilizados serem adequados à cultura e ao nível de literacia das pessoas.

A educação e a sensibilização para os fatores de risco de acidente doméstico e de lazer deverá incluir os responsáveis pelo design e pela construção de habitações e de espaços públicos frequentados pelos idosos.

As medidas preventivas a tomar relativamente às quedas nos idosos envolvem orientações aos idosos e seus familiares sobre:

 Os riscos das quedas bem como das suas consequências;  A segurança do ambiente em que vive e circula;

 O estilo de vida no que se refere a dieta e exercício físico;

 A avaliação da situação global e periódica incluindo a função cognitiva, distúrbios de

humor capacidade de realização de atividades de vida diária e condições sociais;

 A racionalização de prescrição e correção da medicação;  A avaliação oftalmológica anual;

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 A indicação de fisioterapia e exercícios físicos;  A correção de fatores de risco ambiental

 As medidas de promoção da saúde com orientação para a prevenção e tratamento

de osteoporose.

Estudos recentes mostram que a prática do exercício físico na adolescência e na idade adulta leva à diminuição da ocorrência de quedas, da osteoporose e outras doenças crónicas.

Existe uma série de cuidados que podemos adotar na vida cotidiana para reduzir as possibilidades de sofrer uma queda em casa.

Procedimentos seguros Procedimentos seguros

Subir e descer escadas Subir e descer escadas

Sempre que existirem corrimãos e suportes, apoie-se neles. O risco de queda é menor se subir ou descer em diagonal. Ao subir o degrau, incline o tronco para a frente; ao descer o degrau, evite inclinar a cabeça e o tronco para trás pois essa posição facilita a queda.

O peso do corpo recai sempre sobre a perna que se encontra mais à frente; o mais seguro é adiantar primeiro a perna mais ágil para subir e a menos ágil ao descer.

Sentar-se e levantar-se Sentar-se e levantar-se

Para sentar numa cadeira ou poltrona, deverá colocar-se de costas para o assento sentindo- o nas pernas e ajudando com os braços para realizar o movimento.

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Para levantar, coloque-se na beira do assento empurrando com os ombros e os braços para facilitar o movimento para a frente.

Utilização da casa de banho Utilização da casa de banho

Se houver barras de apoio, sempre as utilize. As mesmas devem estar fixas ao tijolo e não ao azulejo. É importante não caminhar descalço e utilizar sempre calçado antiderrapante

Deitar e levantar da cama Deitar e levantar da cama

Para deitar na cama, coloque-se de costas para a mesma, perto do travesseiro, e sente-se. Incline lateralmente o tronco até apoiar a cabeça no travesseiro, levantando primeiro a perna mais próxima da cama.

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Para levantar da cama, deverá colocar-se primeiro de barriga para cima. Dê início ao movimento incorporando o pescoço e a cabeça, aproximando o queixo do peito e logo a seguir os ombros, enquanto apoia os cotovelos e as palmas das mãos sobre a cama.

Em seguida, deverá tirar a perna mais próxima da beirada da cama enquanto faz um movimento de rotação sobre as nádegas e acaba de elevar o tronco até ficar sentado.

Vestir-se e despir-se Vestir-se e despir-se

Se estiver de pé, é conveniente ter um ponto de apoio em frente e uma cadeira ou poltrona atrás. Se perder o equilíbrio com facilidade, o melhor é vestir-se sentado. É conveniente ter a roupa previamente preparada, para evitar inclinações e movimentações desnecessárias.

As peças de vestuário devem ser largas, confortáveis e fáceis de vestir, devendo estar arrumadas nos armários a uma altura adequada, para evitar esforços como, por exemplo, ter de ficar nas pontas dos pés.

Para se calçar também se deve sentar. Além disso, deve escolher um tipo de calçado adequado. Os sapatos com ponta de bico fino, com saltos muito altos, que são muito largos, que não se adaptam ao pé, ou que têm cordões, são especialmente perigosos.

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Para realizar as tarefas da casa, deve utilizar escovas, esfregões e aspiradores de cabos longos para evitar ter que se inclinar. Todas as atividades que podem ser feitas sentado, como passar a ferro, descascar batatas, entre outras, evitam a perda de equilíbrio e tenha tonturas.

A tábua de passar deve ser leve e aconselha-se que a máquina de lavar seja de carregamento por cima, mesmo que não seja possível introduzir a roupa sentados e com o cesto perto de si.

É totalmente desaconselhável subir escadas para limpar ou colocar cortinas. Deve esperar que alguém o ajude.

Fazer as compras Fazer as compras

Se utilizar bengala, muletas ou andador, deve levar estes apoios sempre consigo e fazer pequenas pausas. Escolha lojas perto de sua casa e compre pessoalmente apenas os artigos fáceis de transportar.

Peça para entregar em casa os itens mais pesados.

Os carrinhos são muito úteis para transportar as compras, porque asseguram também o equilíbrio durante a caminhada.

Cuidados que devem ser tomados pelas pessoas idosas, nas ruas e locais

Cuidados que devem ser tomados pelas pessoas idosas, nas ruas e locais públicospúblicos não adaptados

não adaptados:

 Usar sapatos bem adaptados aos pés e com antiderrapantes;

 Evitar usar sandálias ou chinelos, que são mais difíceis de se adaptar aos pés;  Ter sempre no bolso ou carteira, uma relação de contatos em caso de emergência:

nome, telefone, endereço;

 Também ter sempre em mãos: o seu tipo sanguíneo e comunicado se, é alérgico a

alguma coisa, se é diabético e outras informações importantes;

 Evitar calçadas irregulares;

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 Ao fazer sinal para o autocarro ou táxi, segurar um suporte, se tiver (ex. bengala)

para evitar o desequilíbrio;

 Ao subir e descer do autocarro pedir ajuda, sempre que necessário, e esperar que o

veículo esteja totalmente parado para se levantar e sair;

 No calor usar roupas leves e tentar ter sempre em mãos uma garrafinha de água para

hidratar.

Alguns cuidados específicos com pessoas idosas com demência:

 Todas as soluções, medicação e produtos tóxicos devem ser removidos e guardados

em local seguro e trancado;

 Tesouras, lâminas de barbear, lixas metálicas e outros objetos potencialmente

perigosos devem ser removidos sem concessões;

 Pílulas e objetos pequenos brilhantes e coloridos são uma verdadeira tentação para

que sejam colocados na boca;

 Todos os aparelhos elétricos, secadores, rádios, aquecedores etc. devem ser

removidos assim como fios e extensões;

Os objetos de uso pessoal e de higiene devem somente atender às necessidades básicas e elementares: uma toalha, sabão líquido, escova e pasta dental e papel higiênico. Todos os outros objetos devem estar em local seguro.

Cuidados adicionais Cuidados adicionais

 Quando as pessoas idosas se levantam subitamente da cama para a posição em pé,

podem ter uma queda brusca da pressão arterial e sofrer risco de acidentes.

 Todas as pessoas idosas devem passar de uma posição para a outra

Gradualmente. Deve primeiro sentar-se, respirar calmamente de 5 a 10 vezes e aí sim, ficar em pé.

 Toda pessoa idosa que cai deve ser examinada por um médico, uma vez que a causa

do acidente pode dever-se a uma série de condições, como arritmias (irregularidade nos batimentos do coração), acidente vascular cerebral (derrame), etc.

 O uso de acessórios para marcha, como bengalas, deve ser prescrito e orientado por

fisioterapeutas para a maneira correta no uso desses recursos. Juntamente com a adoção de um programa de atividade física, com vistas a fortalecer a musculatura e

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 O principal objetivo para prevenir quedas acidentais é manter as pessoas

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3.3.Técnicas de prevenção de outros acidentes em contexto institucional e domiciliário

Intoxicações

As intoxicações acidentais são a terceira causa de lesão não intencional nas pessoas com m ais de 65 anos. Os medicamentos, os alimentos retardados e o monóxido de carbono são a s principais causas de intoxicação.

Intoxicações medicamentosas Intoxicações medicamentosas

Fatores de risco:

 Sobredosagem.

 Hipersensibilidade do organismo, srcinando reações alérgicas aos medicamentos.  Reação derivada das peculiaridades genéticas do paciente.

 Interações entre medicamentos.  Efeitos secundários dos medicamentos.

 Efeitos teratogénicos dos medicamentos (provocam alterações na estrutura e funções

do organismo).

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Embora todos os medicamentos possuam uma ação benéfica mais ou menos específica, a maioria deles, mesmo administrados nas doses corretas, podem igualmente srcinar vários efeitos secundários adversos, de maior ou menor envergadura.

No entanto, o principal perigo da maioria dos medicamentos é a sua administração incorreta, em doses demasiado elevadas, pois podem srcinar uma verdadeira intoxicação. De facto, a intoxicação por medicamentos constitui, atualmente, um fenómeno bastante frequente, sobretudo nas pessoas idosas e nas crianças mais pequenas.

Embora praticamente qualquer medicamento, administrado em doses elevadas, possa provocar uma intoxicação, os que mais frequentemente provocam este perigo são os analgésicos, por serem os mais utilizados, e os sedativos e hipnóticos, de utilização mais comum nos idosos.

Caso se esteja perante uma pessoa que evidencie sinais e sintomas graves de uma intoxicação aguda, deve-se chamar o corpo médico o mais rápido possível.

De qualquer forma, enquanto a assistência médica não chega, deve-se tentar obter o máximo de informação sobre as possíveis causas de intoxicação: de que substância se trata, quando e qual a quantidade ingerida ou inalada e quais os sinais e sintomas que o intoxicado apresenta, informações fundamentais para que os médicos possam identificar com exatidão o tóxico e proceder rapidamente ao tratamento correspondente.

Para além disso, enquanto se aguarda pelo corpo médico, deve-se igualmente efetuar algumas medidas de primeiros socorros, de modo a reduzir ou travar a entrada ou disseminação do tóxico ao longo do organismo.

Em caso de intoxicação por via digestiva, deve-se provocar o vómito da vítima, por exemplo, desencadeando o seu estímulo através da introdução de um par de dedos na garganta e mediante a ingestão de goles de água morna com sal ou com produtos específicos, como o xarope de ipecacuanha.

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Todavia, deve-se referir que a provocação do vómito encontra-se contraindicada quando o problema é provocado pela ingestão de substâncias corrosivas, porque a nova passagem das mesmas pelas vias digestivas em direção ao exterior pode agravar as lesões internas e,

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