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Género dos Adultos

1- Tomada de conhecimento Adultos

Questionámos os adultos acerca do modo como tomaram conhecimento do processo de RVCC e da existência do Centro Novas Oportunidades, procurando conhecer o tipo de divulgação que chegou até eles, no qual obtivemos os resultados contidos no quadro I, seguidamente apresentado.

40 Quadro I - Tomada de conhecimento (Adultos)

Categoria Subcategoria FUR % FUE

N=14 %

Tomada de conhecimento

Através de amigos 3 20 3 21.4

Através de colegas de trabalho 3 20 2 14.4

Através de familiares 2 13.3 2 14.4

Através de uma revista 1 6,7 1 6.7

Através da instituição onde trabalha 2 13.3 2 14.4

Através da escola 2 13.3 2 14.4

Através da comunicação social 2 13.4 2 14.3

Total 15 100

Após a análise do quadro I verificámos que as respostas foram diversificadas, a maioria referiu que foi através de amigos e de colegas de trabalho, mas foi também referido através de familiares, através da instituição em que trabalham, através da escola, através de revistas e através da comunicação social.

Os seguintes excertos do discurso dos adultos ilustram esta asserção.

“ Tomei conhecimento através de uma amiga que se vinha inscrever (…)” (A1). “ (…) Foi através de alguns dos colegas que já estavam no processo, que então me informei sobre o RVCC.”(A2).

2 - Representações sobre o Acolhimento e Inscrição

A primeira fase que ocorre quando um adulto se dirige a um Centro Novas Oportunidades é o Acolhimento e Inscrição.

Procurou-se saber através das entrevistas as representações que os formadores, profissionais e adultos têm desta fase.

41 representações dos profissionais e o quadro IV às representações dos adultos em relação à fase de Acolhimento e Inscrição.

Quadro II - Acolhimento e Inscrição (Formadores)

Categoria Subcategoria FUR % FUE

N=4 % Actividades Nenhuma 3 50 3 75 Preenchimento da ficha 1 16.7 1 25 Fotocopiar documentos 1 16.7 1 25 Esclarecimento de dúvidas 1 16.6 1 25 Total 6 100

Pela observação do quadro II verifica-se que a maioria dos formadores referem que não participam nesta fase, contudo o formador 2 referiu que numa fase inicial aquando da abertura do centro realizou algumas tarefas tais como “ (…) preenchimento da ficha de inscrição.”,“(…)tirei fotocópias dos documentos necessários, B.I, contribuinte, certificado de habilitações, duas fotografias.” e “(…) prestar alguns esclarecimentos quando surgiram dúvidas relativamente ao preenchimento das fichas de inscrição.”

Quadro III - Acolhimento e Inscrição (Profissionais)

Categoria Subcategoria FUR % FUE

N=3 %

Actividades

Recepção do adulto 1 14.3 1 33.3

Preenchimento da ficha 2 28.6 2 66.7

Inserir dados no SIGO 2 28.5 2 66.7

Fotocopiar documentos 1 14.3 1 33.3

Esclarecimento de dúvidas 1 14.3 1 33.3

42 sido evidenciado relativamente aos formadores) referem que esta fase embora não faça parte das suas funções, uma vez que actualmente é a administrativa que faz o acolhimento e inscrição, já a realizaram.

O excerto seguinte ilustra esta asserção.

“ (…) Durante o processo de inscrição é entregue a ficha de inscrição ao adulto, ajudá-lo a preenchê-la”(P2)

O dado novo é que são os profissionais que inserem os dados na plataforma SIGO.

“ (…)depois da ficha de inscrição estar preenchida e do adulto ter todos os documentos necessários nós inserimos os dados da ficha de inscrição na plataforma SIGO, que é a plataforma onde nós inserimos os adultos. “(P1)

Quadro IV - Acolhimento e inscrição (Adultos)

Categoria Subcategoria FUR % FUE

N=14 % Actividades Prestação de informações 5 20 3 21.4 Preenchimento de ficha 8 32 7 50 Entrega de documentos 12 48 11 78.6 Total 25 100

Após a análise do quadro IV verifica-se que as informações que os adultos forneceram estão em concordância com as informações dadas pelos profissionais e pelos formadores de RVCC. Nesta fase foram prestadas informações aos adultos, preencheu-se a ficha de inscrição e entregou-se os documentos.

43 fase.

“(…) fui informado de quais os documentos que eram necessários apresentar e as fichas de inscrição, fotos, tudo isso, todo esse processo não foi nada de complicado.”(A10)

Quadro V - Acolhimento e inscrição (Adultos)

Categoria Subcategoria FUR % FUE

N=14 %

Postura dos Técnicos Bom atendimento 14 87.5 14 100

De incentivo a fazer o processo 2 12.5 2 14.3

Total 16 100

Após a análise do quadro V verifica-se que a totalidade dos adultos referiu que teve um bom atendimento durante esta fase e dois referiram que foram incentivados a fazer o processo.

O fragmento de texto retirado de uma das entrevistas evidencia a opinião francamente positiva que os adultos têm do atendimento nesta fase do processo de RVCC.

“Fui muito bem recebido, as pessoas são muito afectuosas e hospitaleiras, e é muito fácil de entrar e de ser acolhido, porque as pessoas são realmente muito abertas a facilitar a vida das pessoas (…).”(A7)

44

3 - Representações sobre a etapa de diagnóstico e encaminhamento

A fase que se segue é o diagnóstico e encaminhamento que é realizada pela técnica de diagnóstico e encaminhamento. No que se refere a esta fase as respostas dos adultos estão sintetizadas nos quadros VI, VII e VIII.

Quadro VI - Diagnóstico e encaminhamento (Adultos)

Categoria Subcategoria FUR % FUE

N=14 %

Actividades

Sessões individuais para responderem a questões sobre:

-A vida pessoal 15 42.9 11 78.6

-O percurso escolar 5 14.2 5 35.7

-O percurso profissional 9 25.7 9 64.3

-Expectativas em relação ao futuro 1 2.9 1 7.1

Sessões para detectar

conhecimentos/competências 2 5.7 2 14.3

Sessões para dar

informações/orientações sobre o processo de RVC

3 8.6 3 21.4

Total 35 100

Após a análise do quadro VI verifica-se que na fase de Diagnóstico e Encaminhamento os adultos tiveram sessões individuais em que prestaram informações sobre a sua vida pessoal, profissional, o seu percurso escolar e referiram as expectativas que têm em relação ao futuro.

Os adultos tiveram sessões para detectar conhecimentos/competências.

Os seguintes extractos das entrevistas demonstram a existência das referidas sessões.

45 “(…)as expectativas em relação ao futuro e o que esperávamos conseguir com este processo.”(A10)

Os adultos tiveram também sessões onde lhes foram dadas informações e orientações sobre o processo de RVC.

“(…)e depois fez-me outra sessão em que fez a informação sobre o processo de RVCC em si, porque eu até aí não sabia como funcionava.”(A1)

Quadro VII - Diagnóstico e encaminhamento (Adultos)

Categoria Subcategoria FUR % FUF

N=14 % Postura dos Técnicos Excelente 4 28.6 4 28.6 Muito Boa 3 21.4 3 21.4 Boa 6 42.8 6 42.8 Não gostou 1 7.2 1 7.2 Total 14 100

Após a análise do quadro VII verifica-se que a maioria dos adultos gostou da postura da técnica, registando-se apenas uma pessoa que não gostou da postura.

Os seguintes extractos das entrevistas exemplificam a opinião dos adultos relativamente à postura da técnica:

“A postura do técnico, neste caso foi uma técnica, foi extraordinária, sempre bem disposta, sempre na brincadeira, sempre a pôr toda a gente muito à vontade, uma abertura extraordinária.”(A10)

46 Quadro VIII - Diagnóstico e opinião sobre o encaminhamento (Adultos)

Categoria Subcategoria FUR % FUE

N=14 %

Opinião sobre o encaminhamento feito (RVCC) Concordou com o

encaminhamento 14 100 14 100

Total 14 100

Após a análise do quadro VIII verifica-se que a totalidade dos adultos concordou com o encaminhamento feito para o processo de RVC.

Os seguintes extractos das entrevistas exemplificam a opinião dos adultos em relação ao encaminhamento feito.

“Concordei plenamente e para mim acho que foi o mais indicado por variadíssimas razões.” (A10)

4 - Representações sobre o Reconhecimento de Competências.

Os quadros IX X, XI, XII, XIII, XIV, XV e XVI referem-se às representações que os diferentes actores têm sobre a fase de Reconhecimento de Competências.

Quadro IX - Reconhecimento de Competências (Formadores)

Categoria Subcategoria FUR % FUE

N=4 %

Actividades na apresentação do referencial

Explicação do referencial:

-Explicitação dos itens 1 9.1 1 25

- Através de exemplos 9 81.8 4 100

-Através do esclarecimento de

dúvidas 1 9.1 1 25

47 de RVC os formadores referem que fazem uma explicitação dos itens, utilizam exemplos e esclarecem as dúvidas dos adultos.

Os seguintes excertos das entrevistas exemplificam como se faz a descodificação do referencial.

“(…)o referencial é apresentado ao adulto de uma forma simples, dando alguns exemplos para cada um dos domínios de referência e para cada um dos núcleos geradores(…)”(F4)

Quadro X - Reconhecimento de Competências (Formadores)

Categoria Subcategoria FUR % FUE

N=4 % Postura do técnico no processo de auto- reconhecimento e auto-avaliação. Acolhedora 3 18.8 2 50

Desmistificação de ideias relativas

aos computadores 5 31.2 1 25

Propiciadora de

autoconfiança/auto-estima 3 18.8 3 75

Propiciadora de reflexão 1 6.25 1 25

De estímulo à participação 2 12.5 2 50

De incentivo a lutarem pelos seus

objectivos 2 12.5 2 50

Total 16 100 11

Após a análise do quadro X verifica-se que a postura que os formadores têm com os adultos é acolhedora, propiciadora de autoconfiança/auto-estima, propiciadora de reflexão, de estímulo à participação e de incentivo a lutarem pelos seus objectivos.

Os seguintes excertos exemplificam a postura dos formadores durante a fase de auto-reconhecimento e auto-avaliação:

48 relacionadas com a informática, tentar unir o grupo e que os adultos estejam à vontade comigo, tento sempre sentá-los o mais próximo possível de mim que é para, eu próprio me sento também, para termos um relacionamento mais aconchegado e tentar que o adulto esteja à vontade logo na primeira sessão.”(F3)

“(…)Tentando transmitir -lhes alguma auto-confiança, e alguma crença de que eu acredito que eles podem fazer isto da melhor maneira possível.”(F1)

Uma vez que é durante o processo que muitos adultos estão pela primeira vez em contacto com o computador, faz-se também uma desmistificação das ideias relativas aos computadores.

“Começo por falar que a informática não é um bicho difícil de domar e tento desmistificar sempre a utilização do computador, por mostrar que é uma ferramenta cada vez mais utilizada, mas cada vez mais fácil porque senão não se vendiam tantos computadores como se vendem.” (F3)

Quadro XI - Reconhecimento de Competências (Profissionais)

Categoria Subcategoria FUR % FUE

N=3 % Actividades na apresentação do referencial Explicação do processo de RVC: -Explicação oral 4 36.3 3 100

-Através do esclarecimento de dúvidas 1 9.1 1 33.3

-Apresentação de um powerpoint 2 18.2 2 66.7

Trabalho burocrático:

Preenchimento de documentos para o dossier técnico-

pedagógico 2 18.2 2 66.7

Não descodifica o referencial 2 18.2 2 66.7

49 fase do processo de RVCC explicam o processo, através de uma explicação oral, através do esclarecimento de dúvidas e algumas vezes com o recurso a um powerpoint.

Os seguintes excertos exemplificam as actividades realizadas pelos profissionais durante a fase de reconhecimento:

“(…)Na sessão de apresentação explico o processo, a duração do processo, o que é que o adulto vai fazer, qual é o objectivo que é elaborar o portfólio fazendo uma reflexão sobre a sua vida escolar, profissional, social, formativa, e tendo sempre em conta as experiências que trouxeram mais aprendizagens porque são essas as competências que nos interessam.”(P3)

Nesta primeira fase realiza-se também todo o trabalho burocrático como o preenchimento de documentos para o dossier técnico-pedagógico. Os profissionais salientaram que não são eles que fazem a descodificação do referencial, essa tarefa está no âmbito das funções dos formadores.

“(...)Na primeira sessão eu, nós dividimos isto normalmente em duas sessões, na primeira sessão é toda a parte burocrática da recolha de documentos, do preenchimento de uma série de documentos para ficarem no dossier técnico - pedagógico.”(P2)

Os profissionais salientam que não fazem a descodificação dos referenciais. “(…) A descodificação do referencial é feita pelos formadores”(P3)

50

Categoria Subcategoria FUR % FUE

N=3 % - Postura do técnico no processo de auto- reconhecimento e auto-avaliação.

-De incentivo a lutarem pelos seus objectivos 1 5.9 1 33.3

-Respeito pela privacidade 4 23.5 3 100

-De estímulo à produção do PRA 1 5.9 1 33.3

-Não directividade 1 5.9 1 33.3

-Ajuda à ultrapassagem de bloqueios 1 5.9 1 33.3

-Pede exemplos de situações de vida 1 5.9 1 33.3

-Estímulo à reflexão para consciencialização de

competências 6 35.2 3 100

-Procurar conhecer o adulto 1 5.9 1 33.3

Valorizar as competências dos adultos 1 5.9 1 33.3

Total 17 100

Após a análise do quadro XII verifica-se que a postura dos profissionais é semelhante à dos formadores, incentivam os adultos a lutarem pelos seus objectivos, respeitam a sua privacidade, estimulam a produção do PRA (portefólio reflexivo de aprendizagem), é uma postura de não directividade, estímulo à reflexão para consciencialização de competências. Pedem exemplos, ajudam a ultrapassar os bloqueios, procuram conhecer o adulto e valorizam as competências dos adultos.

Os seguintes excertos das entrevistas exemplificam a postura dos profissionais: “(…)Nós temos de ter muita sensibilidade primeiro para explicar logo aos adultos que eles só falam daquilo que querem falar e que aquilo que interessa a nós são as experiências deles que lhes trouxeram aprendizagens.”(P3)

“(…) falar com o adulto , porque eles acham muitas vezes que não têm competências, que não sabem assim muita coisa, não se valorizam muito, e não valorizam muito as competências que têm, e acho que a nossa função também é um

51 à maior.”(P2)

Quadro XIII - Reconhecimento de Competências (Adultos)

Categoria Subcategoria FUR % FUF

N=14 %

Actividades

Com os profissionais:

-Explicação do processo de rvcc 12 29.2 12 85.7

-Assinatura do contrato 2 4.9 2 14.3

-Informação para aquisição de

computador 2 4.9 2 14.3

-Encaminhamento para os formadores 2 4.9 2 14.3

Com os formadores

-Explicação do referencial 10 24.4 10 71.4

-Orientação do Pra 9 21.9 8 57.1

-Desocultação de competências 4 9.8 3 21.4

Total 41 100

Após a análise do quadro XIII verifica-se que os adultos confirmaram com as suas respostas aquilo que os formadores e profissionais já referiram, nomeadamente que os profissionais explicaram o processo de RVCC e trataram de toda a parte burocrática e os formadores procederam à orientação do pra e à desocultação de competências.

Os excertos seguintes ilustram esta asserção:

“A primeira sessão foi com o profissional, disse-me o que é que era o processo, o que me iam pedir, o que é que tinha de fazer, que era o portefólio(…)”(A9)

“O processo em si foram dados os tópicos de cada área de competência – chave, para termos uma noção do que devíamos escrever no portefólio, para não andarmos um pouco baralhados com aquilo que deveríamos escrever sobre todos os tópicos que nos pedem e que foi bastante bom e acessível quando os formadores deram realmente

52 complicado.”(A8)

Quadro XIV - Reconhecimento de Competências (Adultos)

Categoria Subcategoria FUR % FUE

N=14 %

Postura dos Técnicos Opinião positiva 14 100 14 100

Total 14 100

Após a análise do quadro XIV verifica-se que todos os adultos referiram que têm uma opinião positiva relativamente à postura dos formadores e dos profissionais.

Os seguintes excertos das entrevistas ilustram a opinião dos adultos sobre a postura dos técnicos:

“A postura dos técnicos, volto a repetir, foi sempre superior, sempre muito bem aceite, muito bem compreendido, até, eu acho que até tive alguma desconfiança, porque as pessoas eram tão simpáticas e tão afáveis, colaboradoras, que a pessoa não está muito habituada a este tratamento.”(A7)

Após a fase de explicação do processo, da apresentação e descodificação do referencial, procede-se à identificação e à desocultação de competências. As respostas dadas estão sintetizadas nos seguintes quadros XV e XVI.

Quadro XV - Reconhecimento de Competências (Formadores)

Categoria Subcategoria FUR % FUE

N=4 %

Identificação de competências

(estratégias)

Utilização de fichas 2 14.3 1 25

Colocação de situações problemáticas 1 7.1 1 25

A história de vida 7 50 2 50

Raciocínio e expressão oral 2 14.3 1 25

Observação directa 2 14.3 1 25

53 Após a análise do quadro XV verifica-se que as estratégias utilizadas pelos formadores na identificação de competências são diversificadas. Utiliza -se como principal ferramenta de trabalho a História de vida (Portefólio Reflexivo de Aprendizagem), recorre-se também a fichas, observação directa, colocação de situações problemáticas, raciocínio e expressão oral.

Os seguintes excertos das entrevistas ilustram as actividades realizadas durante a identificação de competências:

“ (…)Então, tento transmitir ao adulto a ideia de que o mais importante é ele escrever sobre as suas experiências, sobre as suas aprendizagens, que ao longo da vida deles eles adquiriram muitas aprendizagens, as quais podem agora ser certificadas e que ninguém melhor do que eles pode falar das suas experiências e das suas vidas. “(F4)

“ (…)Através do raciocínio e da coerência da sua expressão oral.”(F1)

Quadro XVI - Reconhecimento de Competências (Profissionais)

Categoria Subcategoria FUR % FUE

N=3 %

Identificação de competências (estratégias)

Portefólio reflexivo de aprendizagem (A

história de vida) 4 100 3 100

Total 4 100

Após a análise do quadro XVI verificou-se que os profissionais referiram unanimemente que a identificação das competências tem como base a análise do portefólio reflexivo de aprendizagem (história de vida) o que está em conformidade com a opinião emitida pelos formadores.

54 sempre para que ele faça essa identificação por escrito.” (P1)

5 - Representações sobre a formação Complementar.

Durante o processo de RVCC, há situações em que os adultos têm necessidade de adquirirem algumas competências, neste caso os formadores podem leccionar até 50 horas de formação complementar. Os quadros XVII e XVIII quadros referem-se às actividades realizadas durante a formação complementar.

Quadro XVII - Formação Complementar (Formadores)

Categoria Subcategoria FUR % FUE

N=4 %

Formação complementar

(actividades)

Facultar fichas de trabalho 2 25 2 50

Trabalhar conteúdos matemáticos 1 12.5 1 25

Trabalhar conteúdos gramaticais 1 12.5 1 25

Criar situações de interacção linguística 1 12.5 1 25

Criar situações de interpretação e produção de texto

1 12.5 1 25

Tarefas relacionadas com a utilização do computador

1 12.5 1 25

Preenchimento do plano individual de formação

1 12.5 1 25

Total 8 100

Após a análise do quadro XVII verifica-se que as actividades que os formadores realizam durante a formação complementar são a realização de fichas de acordo com o referencial da área de competência – chave da responsabilidade do formador. Entre as actividades referidas estão trabalhar conteúdos matemáticos, trabalhar conteúdos

55 de produção de texto, tarefas relacionadas com a utilização do computador.

Foi referido que após as sessões de formação complementar o formador tem de preencher para cada adulto o Plano Individual de Formação.

Os seguintes excertos exemplificam as actividades realizadas durante a formação complementar:

“As actividades que eu realizo no âmbito da formação complementar são, no antigo modelo eram praticamente fichas de trabalho onde os adultos iriam evidenciar e tentando desenvolver as suas competências resolvendo alguns exercícios práticos do dia - a – dia de matemática para a vida.”(F1)

“As actividades que realizo passam na medida do possível para além de lhes dar fichas com conteúdos gramaticais por exemplo.” (F2)

“As actividades da formação complementar são direccionadas para as dificuldades que os adultos demonstram de modo a estes as ultrapassarem, são feitas actividades ao nível do funcionamento da língua, ao nível da interpretação e da produção de texto.”(F2)

“Na formação tento sempre neste momento através da ajuda do portefólio acompanhá-los e orientá-los para validar tarefas que são pedidas no referencial, mas caso haja por exemplo dúvidas, ou pré – requisitos que eles tenham de ter eu desvio um bocadinho do referencial eu dou formação na dificuldade que eles apresentam, por exemplo explicar teclas que eles desconhecem para fazer algumas tarefas no teclado, e outras coisas que não estão inseridas no referencial.”(F3)

56

Categoria Subcategoria FUR % FUE

N=14 % Áreas de competências - chave Linguagem e comunicação (LC) 4 14.8 4 28.6 Conteúdos trabalhados a LC: -Acentuação 2 7.4 2 14.2 -Construção de frases 1 3.7 1 7.1

Matemática para a vida (MV) 1 3.7 1 7.1

Apreciação positiva relativa ao formador de MV 1 3.7 1 7.1

Cultura, Língua e Comunicação-Inglês 1 3.7 1 7.1

Cultura, Língua e Comunicação-Francês (CLCF) 1 3.7 1 7.1

Apreciação positiva relativa ao formador de CLCF 1 3.7 1 7.1

Sociedade Tecnologia e Ciência (STC) 2 7.4 2 14.2

Conteúdos trabalhados a STC:

-Saberes Fundamentais 1 3.7 1 7.1

-Programas informáticos 1 3.7 1 7.1

Cidadania e profissionalidade 1 3.7 1 7.1

Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) 2 7.4 2 14.2

Conteúdos trabalhados a TIC:

-Noções básicas 1 3.7 1 7.1

Não fez formação complementar 7 26 7 50

Total 27 100

Após a análise do quadro XVIII verifica-se que dos adultos entrevistados 50% não fizeram formação complementar.

Dos que fizeram formação complementar a maioria referiu que fizeram formação complementar a “Linguagem e Comunicação” onde trabalharam a acentuação e a construção de frases.

Dois adultos referiram que tiveram formação a “Sociedade, Tecnologia e Ciência”onde foram trabalhados os saberes fundamentais e programas informáticos.

57 português. Devido à acentuação, já há muito tempo que não escrevia, nós habituamo - nos ao computador e depois vamos esquecendo do nosso português(…)”(A1)

“Sim! Em STC, nomeadamente em TIC(…)”(A13)

As restantes áreas de competências- chave que os adultos referiram em que tiveram formação complementar são: Matemática para a vida (MV) ,Cultura, Língua e Comunicação-Inglês; Cultura, Língua e Comunicação-Francês (CLCF); Cidadania e profissionalidade; Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) onde foram dadas as noções básicas de informática.

Os seguintes excertos exemplificam as áreas em que foi feita formação complementar:

“Nessas sessões tive, portanto… comecei logo de raiz, porque não sabíamos se era em computador. Portanto, o formador de TIC teve que explicar como é que se abria, inclusive, o computador, como é que eu conseguia inserir para pôr… abrir a pasta… para guardar o trabalho, escrever o trabalho que estava a fazer, o texto, abrir uma nova pasta para fazer uma coisa diferente. Aaa… mudar o sítio, que já não queria ali, apagar, voltar atrás, pronto. Tudo! Tive que aprender tudo do princípio, porque não sabia nada.”(A4)

6 - Representações dos formadores e dos profissionais sobre a validação de

competências.

Após os adultos terem realizado o seu portefólio reflexivo de aprendizagem e após os formadores terem identificado todas as competências que os adultos possuem,

58 competências estão sintetizadas nos seguintes quadros XIX e XX:

Quadro XIX - Validação de competências (Formadores)

Categoria Subcategoria FUR % FUE

N=4 %

Validação de competências

(estratégias)

Elaboração de documentos: 1 5.6 1 25

Preencher grelha de análise do PRA 3 16.6 2 50

Participação na sessão de validação da equipa técnico-pedagógica

5 27.8 3 75

Participação na sessão de validação com o avaliador externo

3 16.6 2 50

Relatório 2 11.1 2 50

Plano de desenvolvimento pessoal 1 5.6 1 25

Plano pessoal de qualificação 1 5.6 1 25

Validar competências 2 11.1 2 50

Total 18 100

Após a análise do quadro XIX verifica-se que os formadores referem que a validação de competências é uma das suas funções. Nesta fase preenche-se uma grelha de análise do PRA, participa-se em duas reuniões, a primeira é a sessão de validação com a equipa técnico- pedagógica e a segunda sessão de validação reúne a equipa técnico-pedagógica com o avaliador externo. Durante estas reuniões preenche-se um

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