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Uma mulher fantástica

No documento Guia Do Professor11 (Word) (páginas 41-57)

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Ela perguntou como ele reagiria se um dia uma tia hipotética dela viesse hospedar-se com eles. Ele respondeu:

– E desde quando a sua tia solteira de Surupinga se chama Hipotética? Eu sei que ela se chama Amanda. Você vive falando nela.

– Está bem. A tia não é hipotética. É a tia Amanda. – A visita dela é hipotética.

– Também não. – Eu sou hipotético.

– Não. Você é um homem compreensivo, que receberá a tia Amanda como se ela fosse a sua tia também. Porque você sabe como eu gosto dela.

– Você não gosta da sua tia Amanda. Você adora a sua tia Amanda. A tia Amanda é seu ídolo. – Eu sempre a achei um exemplo de mulher moderna, ativa, independente...

– Que nunca saiu de Surupinga.

– Como não? A tia Amanda mora em Surupinga mas conhece o mundo todo! Já fez até curso de respiração cósmica na Índia.

– Respiração cósmica?

– Você aprende a respirar no ritmo do Universo, muito mais lento e profundo do que o ritmo da Terra.

[…] Ela volta sempre para Surupinga porque cuida dos negócios da família. A tia Amanda também é uma executiva de sucesso. É uma mulher fantástica.

– E quando seria essa visita hipotética da tia Amanda? Ouvem a campainha da porta.

– Deve ser ela agora!

– Espera. E onde a tia Amanda vai dormir? – Aqui, no sofá.

– No sofá? Não vai ser desconfortável, para uma senhora?

– E quem disse que ela é uma senhora? Tia Amanda não é uma senhora. É uma moça. Linda. Elegante. Fantástica.

– Titia!

– Celinha! Querida! – Entre!

– Preciso de um homem para carregar esta mala. – Por sorte, eu tenho um em casa.

Tia Amanda examina-o dos pés à cabeça.

– Mmm. Então esse é o famoso... como é mesmo o nome? – Reinaldo.

Quem diz o nome é a Celinha, porque Reinaldo está paralisado. Fascinado. Embasbacado. Final- mente, consegue falar.

– E essa é a famanda tia Amosa. Ahn, a famosa tia Amanda. – E você, titia? Arrasando corações, como sempre?

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– Você sabe o que eu penso dos homens, Celinha. Homem só serve para abrir pote e segurar porta.

Ela dá conta da presença de Reinaldo e acrescenta: – Desculpe, Roberto. E para carregar mala. […] Mais tarde, Reinaldo e Celinha no quarto: […]

– Você disse que ela era fantástica mas esqueceu um detalhe. – Qual?

– Ela, além de fantástica, é... fantástica!

– Vocês conversaram bastante enquanto eu fazia o jantar...

– Conversamos. Combinamos que ela vai dar-me aulas de respiração cósmica. Celinha ficou pensativa, antes de dizer:

– Não sei se vai ter tempo... – Por quê?

– Ela vai embora amanhã de manhã. – Já? Por quê?

– Os negócios em Surupinga. Estão exigindo a presença dela. – Ela disse-lhe?

– Não. Ela ainda não sabe.

Celinha chegara à conclusão de que as pessoas às vezes podem ser fantásticas demais.

Luís Fernando Veríssimo, Mais comédias para ler na escola, in www.portaldocriador.org (consultado em novembro de 20 15).

1. Transcreva do texto dois exemplos para cada um dos deíticos abaixo indicados.

a. Tempo. _____________________________________________________________________________________________________ b. Pessoa. _____________________________________________________________________________________________________ c. Espaço. _____________________________________________________________________________________________________

2. Identifique os referentes dos deíticos:

a. “agora”(l. 23). _______________________________________________________________________________________________

b. “Aqui”(l. 25). ________________________________________________________________________________________________

3. Indique o valor espacial do determinante demonstrativo “esta” (l. 32).

_________________________________________________________________________________________________________________

4. Selecione o valor temporal do advérbio “amanhã” (l. 54).

 (A) Anterioridade.  (B) Simultaneidade.  (C) Posterioridade.

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1. Associe cada um dos elementos da coluna A ao segmento que na

1. Associe cada um dos elementos da coluna A ao segmento que na coluna B completa adequa-coluna B completa adequa- damente

damente o seu sentido, convocando conhecimentos sobre o o seu sentido, convocando conhecimentos sobre o “Sermão de Santo António”.“Sermão de Santo António”.

[5 itens x 16 pontos = 80 pontos]

[5 itens x 16 pontos = 80 pontos]

Coluna

Coluna A A Coluna Coluna BB

[A]

[A]As repreensõesAs repreensões [1][1]pretendeu louvar e repreender.pretendeu louvar e repreender.

[2]

[2]tem uma dimensão alegórica.tem uma dimensão alegórica.

[B]

[B]A ação do orador portuguêsA ação do orador português [3][3]ganham um relevo maior do ganham um relevo maior do que os louvores.que os louvores.

[4]

[4]equivalem à Introdução e à equivalem à Introdução e à Peroração.Peroração.

[C]

[C]Com o “Serm~o de Santo António”,Com o “Serm~o de Santo António”, o padre António Vieira

o padre António Vieira

[5]

[5]apresentou o seu único apresentou o seu único texto argumentativo.texto argumentativo.

[6]

[6]foi determinante na defesa da foi determinante na defesa da liberdade dos índios.liberdade dos índios.

[D]

[D]O “Serm~o de Santo António”O “Serm~o de Santo António”

[7]

[7]integram a Peroração.integram a Peroração.

[8]

[8]privilegia o ornato estilístico, servindo-se em particularprivilegia o ornato estilístico, servindo-se em particular da metáfora como processo retórico.

da metáfora como processo retórico.

[E]

[E]A Exposição e a A Exposição e a ConfirmaçãoConfirmação

[9]

[9]correspondem ao desenvolvimento do textocorrespondem ao desenvolvimento do texto argumentativo.

argumentativo.

[10]

[10]limitou-se à crítica dos limitou-se à crítica dos jesuítas maus pregadores.jesuítas maus pregadores.

[A]

[A] − ___;− ___; [B][B] − ___;− ___; [C][C] − ___;− ___; [D][D] − ___;− ___; [E][E] − ___− ___..

B

B

2.

2. Classifique cada uma das afirmações acerca do “Sermão de Classifique cada uma das afirmações acerca do “Sermão de Santo António” como verdadeiraSanto António” como verdadeira (V) ou falsa (F).

(V) ou falsa (F).

[12 itens x 10

[12 itens x 10 pontos = 120 pontos]pontos = 120 pontos]

 a.a. O “Serm~o de Santo António” foi proferido em O “Serm~o de Santo António” foi proferido em S~o Luís do Maranh~o.S~o Luís do Maranh~o. 

 b.b. Este sermão está dividido em cinco capítulos. Este sermão está dividido em cinco capítulos. 

 c.c. O “Serm~o de Santo O “Serm~o de Santo António” enaltece os peixes por serem superiores aos homens na inteliAntónio” enaltece os peixes por serem superiores aos homens na inteli-- gência e na

gência e na compreensão das suas palavras.compreensão das suas palavras. 

 d.d. O orador serve-se de um conceito predicável para construir o seu sermão. O orador serve-se de um conceito predicável para construir o seu sermão. 

 e.e. O Exórdio termina com a  O Exórdio termina com a invocação a Santo António.invocação a Santo António. 

 f.f. Na Exposição e na  Na Exposição e na Confirmação surgem os louvoConfirmação surgem os louvores e as res e as repreensões aos índios brasileiros.repreensões aos índios brasileiros. 

 g.g. Os louvores são endereçados ao peixe de Tobias, à Rémora, ao  Os louvores são endereçados ao peixe de Tobias, à Rémora, ao Torpedo e ao Quatro-olhos.Torpedo e ao Quatro-olhos. 

 h.h. As repreensões salientam vícios ou defeitos como a ignorância, a cegueira, a vaidade e a As repreensões salientam vícios ou defeitos como a ignorância, a cegueira, a vaidade e a hipocrisia.

hipocrisia. 

 i.i. Os peixes repreendidos são o Tubarão, a Baleia, o  Os peixes repreendidos são o Tubarão, a Baleia, o Espadarte e o Polvo.Espadarte e o Polvo. 

 j.j.  Na Peroração, a comparação deixa de ser feita com os homens e passa a ser feita com  Na Peroração, a comparação deixa de ser feita com os homens e passa a ser feita com o próprio orador.

o próprio orador. 

 k.k. O  O orador português é considerado o primeiro defensor dos direitos humanos.orador português é considerado o primeiro defensor dos direitos humanos. 

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1. Associe cada um dos tópicos de conteúdo relativos a Frei Luís de Sousa, listados na coluna A, às situações que o exemplificam, na coluna B.

[6 itens x 10 pontos = 60 pontos]

Coluna A Coluna B

[A]Dimensão patriótica e sua expressão simbólica.

[1]O velho aio hesita entre a fidelidade ao passado e o apego ao presente.

[2]O texto apresenta divisão em atos e cenas.

[B]Dimensão trágica.

[3]O gesto corajoso do marido de D. Madalena de Vilhena ao incendiar a sua casa.

[4]D. Sebastião é o rei admirado por Maria.

[C]Sebastianismo: história e ficção. [5]Celebração da força e da resistência dos portugueses.

[6]O assunto é nacional e está impregnado de messianismo.

[D]Recorte das personagens principais.

[7]O afunilamento do espaço e a concentração temporal indiciam a tragicidade da ação.

[8]A crença no regresso de D. Sebastião é alimentada por Maria e Telmo Pais.

[E]Estrutura do texto dramático. [9]A perda do retrato anuncia a destruição familiar.

[10]Figura fantasmática e trágica que precipita a catástrofe familiar.

[F]Características do drama romântico.

[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___; [F] − ___.

B

2. Selecione a opção que completa corretamente cada um dos itens relativos a Frei Luís de Sousa.

[7 itens x 20 pontos = 140 pontos]

2.1. As duas primeiras cenas do ato I

 (A) constituem o momento de apresentação dos protagonistas.

 (B) dão conta das circunstâncias do desaparecimento de D. Sebastião.  (C) mostram a evolução do conflito vivido no seio da família.

 (D) fazem a apresentação do conflito e dos seus antecedentes. 2.2. As personagens principais são as que

 (A) vivem diretamente o conflito e sofrem com ele.  (B) constituem o núcleo que afronta a família.

 (C) causam os desacatos que levam à tragédia familiar.  (D) têm o mesmo tipo de comportamento ao longo da ação.

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2.3. As figuras femininas em Frei Luís de Sousa  (A) estão reduzidas a uma geração.  (B) são irrelevantes neste drama.  (C) ganham especial relevo nesta obra.  (D) pertencem a dois estratos sociais. 2.4. D. Madalena e Maria de Noronha têm a uni-las

 (A) os laços de sangue e o instinto fatal.

 (B) a crença sebastianista na vinda de D. João de Portugal.  (C) o mesmo conflito: nenhuma delas acredita na sua felicidade.  (D) a doença que as impede de viver a felicidade do presente. 2.5. Pode considerar-se que Frei Jorge

 (A) cumpre a função do coro da tragédia clássica.  (B) vai acompanhando o evoluir da crise familiar.

 (C) agudiza a situação da família, lembrando o pecado em que vive.  (D) assume exclusivamente o papel de confessor da família.

2.6. Telmo Pais é o fiel servidor que

 (A) condena Manuel de Sousa por este ter casado com D. Madalena.

 (B) acredita que o seu primeiro amo teria morrido na batalha de Alcácer Quibir.  (C) vive um enorme conflito interior ao sentir-se dividido entre dois amos.  (D) cumpre todas as ordens que D. Madalena lhe dá relativamente a Maria. 2.7. A catástrofe ocorre

 (A) aquando da decisão dos pais de Maria ingressarem na vida conventual.  (B) com a morte física de Maria e a tomada de hábito dos seus progenitores.  (C) quando Frei Jorge propõe aos pais de Maria o ingresso num convento.  (D) com a chegada do Romeiro trazendo notícias de D. João de Portugal.

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1. Classifique cada uma das afirmações acerca da obra e do autor como verdadeira (V) ou falsa (F).

[15 itens x 4 pontos = 60 pontos]

 a. O autor de Amor de perdição, à semelhança do protagonista da sua obra-prima, teve uma vida conturbada.

 b. Na base da prisão de Camilo Castelo Branco está a apropriação indevida de um romance de Ana Plácido.

 c.  O êxito de  Amor de perdição deveu-se à grandeza trágica da história e ao sentimentalismo exacerbado.

 d. A sugestão biográfica prende-se com o facto de o romance camiliano se ter baseado na história de amor de um tio do autor.

 e. As razões que levaram à prisão de Camilo são muito diferentes das que conduziram o seu tio Simão Botelho ao cárcere.

 f. A ação do romance camiliano é reveladora da tolerância da sociedade da época face ao poder do amor.

 g. Ao escrever o seu romance, Camilo tinha a intenção de suscitar a compaixão para a sua situação amorosa.

 h. A transformação que se verificou no protagonista do romance deveu-se à sua maturidade.  i. O amor de Simão e Teresa vai agravar a oposição dos progenitores de ambos.

 j. A submissão dos protagonistas de  Amor de perdição está na base do enredo deste romance camiliano.

 k.  Amor de perdição representa a denúncia de uma sociedade repressiva.

 l. As denúncias sociais veiculadas no romance são os casamentos por conveniência e o auto- ritarismo paterno.

 m. O convento representa, no romance, a forma de apaziguar a paixão.

 n. A classe social de Mariana não a impede de exprimir o seu amor por Simão.  o. A filha do ferrador autorreprime-se e isso leva-a ao suicídio.

1.1. Corrija as afirmações que classificou como falsas. [35 pontos]

___________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________

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2. Associe cada um dos tópicos de conteúdo relativos a  Amor de perdição, listados na coluna A, aos segmentos textuais da obra que o exemplificam, na coluna B.

[5 itens x 11 pontos = 55 pontos]

Coluna A Coluna B

[A]O amor-paixão.

[1]“Folheando os livros de antigos assentamentos, no cartório das cadeias da Relação do Porto, li, no das entradas dos presos desde 1803 a 1805, a folha 232 […]”

[2]“[…] filho de Domingos José Correia Botelho e de D. Rita Preciosa Caldeir~o Castelo Branco […]”

[B]A obra como crónica da mudança social.

[3]“O leitor decerto se compungia; e a leitora, se lhe dissessem em menos de uma linha a história daqueles dezoito anos, choraria!”

[4]“Amou, perdeu-se, e morreu amando.”

[C]Relação entre personagens.

[5]“Assim eu lhe soubesse dizer o doloroso sobressalto que me causaram aquelas linhas, de propósito procuradas, e lidas com amargura e respeito e, ao mesmo tempo, ódio.”

[6]“Parecia bonançoso o céu de Teresa. Seu pai n~o falava em claustro nem em casamento. Baltasar Coutinho voltara ao seu solar de Castro Daire.”

[D]Sugestão biográfica.

[7]“– H|s de casar! Quero que cases! Quero!… Quando n~o, amaldiçoada ser|s para sempre, Teresa! Morrer|s num convento!”

[8]“Considero-te perdida, Teresa. O sol de amanhã pode ser que eu o n~o veja. Tudo, em volta de mim, tem uma cor de morte.”

[E]Linguagem e estilo.

[9]“– Vossa senhoria! – disse o meirinho, espantado; e, aproximando-se, acrescentou a meia voz: – Venha, que eu deixo-o fugir.”

[10]“É j| o meu espírito que te fala, Sim~o. A tua amiga morreu. A tua pobre Teresa, à hora em que leres esta carta, se me Deus não engana, est| em descanso.”

[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___.

3. Selecione a opção que completa corretamente cada um dos itens relativos a  Amor de perdição.

[10 itens x 5 pontos = 50 pontos]

3.1. Pode encontrar-se em Amor de perdição uma sugestão biográfica, dado que Camilo  (A) viveu situações semelhantes às do protagonista.

 (B) se serviu da biografia do irmão, Simão Botelho.  (C) relata a biografia do protagonista do romance.  (D) tem um percurso de vida idêntico ao do seu primo. 3.2. Entre Simão e Teresa existe

 (A) uma relação fria e interesseira.  (B) um amor incondicional, sem limites.  (C) um amor marcado por desavenças.  (D) um relacionamento calculista.

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3.3. Tadeu de Albuquerque e Baltasar Coutinho representam

 (A) as personagens adjuvantes ao relacionamento de Simão e Teresa.  (B) indivíduos cujo estatuto social lhes permite certas liberdades.  (C) a igualdade social, a razão e a justiça reinantes na época.  (D) as personagens oponentes à relação entre Simão e Teresa. 3.4. As decisões de Simão eram

 (A) refutadas pela sua família.  (B) semelhantes às de João da Cruz.  (C) incentivadas por Mariana.  (D) criticadas por Teresa.

3.5. O protagonista do romance pode considerar-se uma personagem

 (A) linear, mantendo a mesma conduta do princípio ao fim da ação.  (B) digna do respeito de toda a família, exemplificativa dos seus valores.  (C) modelada, dado passar por diferentes fases ao longo da ação.

 (D) controversa e contrária aos ideais defendidos pelo autor. 3.6. O narrador de Amor de perdição

 (A) adota sempre a focalização omnisciente.

 (B) assume uma visão interna dos acontecimentos.  (C) não tece qualquer tipo de comentários.

 (D) flutua entre diferentes tipos de focalização. 3.7. O amor-paixão é o sentimento

 (A) que une Simão a Mariana.

 (B) que Tadeu de Albuquerque nutre pela filha.  (C) espelhado na relação de Simão e Teresa.  (D) visível na atitude de Baltasar Coutinho.

3.8. Um dos aspetos característicos do herói romântico presencia-se  (A) no recurso ao suicídio.

 (B) na defesa da honra.

 (C) na adoção do absolutismo.  (D) na obediência às regras sociais. 3.9. A obra de Camilo

 (A) veicula um elogio aos valores da época retratada.  (B) critica qualquer tipo de imposição.

 (C) funciona como crónica social.

 (D) constitui uma autobiografia do autor. 3.10. A linguagem utilizada na obra

 (A) é uniforme e reveladora da erudição do autor.  (B) é reveladora do estatuto social das personagens.  (C) está em consonância com o estatuto social do autor.  (D) revela unicamente a preocupação com a literariedade.

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1. Selecione a opção que completa corretamente cada um dos itens relativos a Os Maias.

[10 itens x 10 pontos = 100 pontos]

1.1. Santa Olávia é o espaço físico onde

 (A) vive a família de Ega.  (C) Pedro se refugia após a fuga de Maria.  (B) mora a família Silveira.  (D) Carlos passa a sua infância e juventude. 1.2. A casa de Benfica, que pertencera à família Maia, corresponde

 (A) a um espaço trágico, onde ocorreu o suicídio de Pedro.  (B) ao lugar que Pedro da Maia habitou com Maria Monforte.  (C) ao local onde Afonso morou na infância e na juventude.  (D) ao espaço que vai ser reabilitado por Carlos da Maia. 1.3. O Ramalhete era um palacete da família Maia que

 (A) foi vendido quando Afonso da Maia morreu no seu jardim.  (B) esteve longo tempo desabitado mas foi, depois, reconstruído.  (C) surge apenas referido no início da obra por estar desabitado.  (D) foi abandonado por Afonso porque Pedro aí se suicidara. 1.4. Afonso da Maia teve uma juventude conturbada em virtude

 (A) dos conflitos com a mãe e com o pai.

 (B) de ter ideais monárquicos, opostos aos do pai.  (C) dos ideais liberais e revolucionários que defendia.

 (D) do seu diletantismo e da sua desobediência para com o pai. 1.5. Os diferentes episódios relatados em Os Maias cumprem o objetivo de

 (A) salientar a importância de Carlos na sociedade lisboeta.  (B) divulgar as atividades culturais típicas do século XIX.  (C) proporcionar ao leitor momentos cheios de humor.  (D) denunciar mentalidades, costumes e ideais tacanhos. 1.6. Carlos da Maia e Ega envolveram-se ambos em

 (A) relações adúlteras.  (C) disputas literárias.

 (B) conflitos com os Cohen.  (D) cenas de pancadaria.

1.7. A casa que Carlos comprou ao Craft para viver com Maria Eduarda, a Toca, tinha  (A) um jardim com uma estátua de S. João Batista.

 (B) um quarto com uma decoração estridente e sensual.

 (C) quadros soturnos e horripilantes espalhados por todo o lado.  (D) uma decoração que agradara imenso a Maria Eduarda.

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1.8. A crítica à imprensa é exemplificada

 (A) nos jornais Corneta do diabo e A tarde.  (B) na carta que Dâmaso escrevera e publicara.  (C) no bilhete que Maria Monforte deixara a Pedro.  (D) no artigo que Ega redige para o jornal O século.

1.9. A verdadeira identidade de Maria Eduarda é desvendada quando

 (A) Castro Gomes procura Carlos e relata o seu passado com Maria Eduarda.  (B) Vilaça, depois das diligências em Paris, a revela a Afonso.

 (C) o senhor Guimarães procura Ega com um cofrezinho.  (D) Carlos conversa com Alencar, que fora amigo da sua mãe. 1.10. Dez anos após o desenlace trágico, Carlos

 (A) casa em Paris e regressa a Lisboa para se encontrar com Ega.  (B) regressa a Portugal e encontra-se com o Eusebiozinho.

 (C) reencontra Maria Eduarda e esta diz-lhe que casara.

 (D) passeia com Ega por Lisboa e constatam que nada mudara.

2. Associe cada um dos elementos da coluna A ao segmento que na coluna B completa adequada- mente o seu sentido, convocando conhecimentos sobre Os Maias. [10 itens x 10 pontos = 100 pontos]

Coluna A Coluna B

[A]A geração de 70 [1]impera uma crítica de costumes mordaz.

[B]As Conferências do Casino [2]associa-se ao período de acalmia e de amor à vida que Afonso

e Carlos viveram.

[C] Otítulo Os Maias [3]visava a alteração da mentalidade e da cultura nacional.

[D]O subtítulo do romance

queirosiano [4]adquirem um forte valor simbólico.

[E]Nos episódios da vida romântica relatados

[5]levaram sempre uma vida recatada.

[6]correspondem a um projeto levado a cabo pelos jovens da geração de 70.

[F]A representação do sentimento amoroso

[7]envolveram-se em relações adúlteras.

[8]sugere a existência de várias gerações de uma família.

[G]Os espaços em Os Maias [9]é palco da ação central e local onde ocorre o convívio social.

[10]assistiu ao desmoronar da família Maia.

[H]A quinta de Santa Olávia  [11]remete para a representação de espaços sociais.

[I]Lisboa, a capital cosmopolita,  [12]decorreram na cidade de Coimbra.

[J]Maria Monforte, Ega, Carlos,

entre outros, [13]é visível nas relações amorosas de Pedro, Carlos da Maia e Ega.

[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___; [F] − ___; [G] − ___; [H] − ___; [I] − ___; [J] − ___.

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1. Classifique cada uma das afirmações como verdadeira (V) ou falsa (F), considerando a

produção poética de Antero de Quental. [10 itens x 6 pontos = 60 pontos]

 a. Antero de Quental foi um grande defensor dos hábitos mentais do povo português, preconi- zando uma viragem na lírica portuguesa.

 b. Na obra Sonetos, constata-se que Antero de Quental procura um sentido para a vida.

 c. O pessimismo, a angústia existencial e a desilusão são temáticas ausentes da poesia ante- riana.

 d. A morte é encarada por Antero como o único caminho para a libertação do sofrimento.  e. Na poesia de Antero, as ideias surgem sob a forma de interrogação angustiada e não respondida.  f. O poema “O pal|cio da ventura” assenta a sua construç~o em duas comparações similares.  g.  Em Antero surge a dimensão religiosa e metafísica, formulada num plano de profunda

inquietação.

 h. A poesia de Antero apresenta duas faces: uma sombria e desesperada e outra mais aberta à esperança.

 i. Antero acaba por concluir que a luta pelos ideais valera a sua entrega e dedicação.

 j. O suicídio de Antero pode ser interpretado como desistência da busca da Luz que procurou sem nunca alcançar.

1.1. Corrija as afirmações que classificou como falsas. [40 pontos]

_________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________

2. Selecione a opção que completa corretamente cada um dos itens relativos à poética de

Cesário Verde. [5 itens x 10 pontos = 50 pontos]

2.1. Um dos traços da poesia de Cesário Verde é

 (A) a subjetividade devido ao caráter biográfico.  (B) a rutura com a lírica tradicional.

 (C) o privilégio dado ao mundo rural.

 (D) a expressão de sentimentos e emoções. 2.2. A poesia de Cesário Verde assume

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