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168 1UA Universidade de Aveiro, 2Centro de Investigação Didática e Tecnologia na Formação de Formadores –

CIDTF, 3Center for Health Technology and Services Research - CINTESIS; Institute for Biomedical Imaging

and Life Sciences – IBILI, 4IPO de Coimbra

De acordo com os dados do GLOBOCAN 2008, os cancros da mama e ginecológicos são os mais prevalentes na maioria dos países. Com o aumento dos casos de sobrevivência, aumenta também a preocupação com as sequelas deixadas pela doença e pelo tratamento. O presente trabalho propõe-se a avaliar a relação entre o Funcionamento Sexual e a QdV e ajustamento psicológico, em sobreviventes de cancro ginecológico e da mama.

A amostra é constituída por 75 mulheres seguidas no IPO de Coimbra. Como instrumentos, foram utilizados: Female Sexual Function Index (Rosen et al., 2000), Hospital Anxiety and Depression Scale (Zigmond & Snaith, 2003) e EORTC QLQ-C30 (Aaronson et al.,1993).

Foram encontradas correlações que demonstram a associação entre a qualidade de vida e o desejo (rs= .358; p = .020); entre o funcionamento físico e o desejo (rs =.312; p = .045), excitação (rs = .310; p = .046), e satisfação (rs = .333; p =.031); entre a imagem corporal e o desejo (rs = .524; p = .003); entre o desejo e os efeitos secundários do tratamento (rs = -.488; p = .006), sintomas a nível da mama (rs = -.424; p = .020), e sintomas a nível do braço (rs = -.489; p = .006); e entre a depressão e o desejo (r=-.358; p=.020), a excitação subjetiva (r=-.326; p=.035), e a satisfação (r=-.421; p=.005).

Os resultados salientam a necessidade de se considerar o impacto da QdV e dos fatores emocionais no funcionamento sexual, sendo importante contemplar estes indicadores na reabilitação desta população. Palavras-chave: funcionamento sexual feminino, qualidade de vida, ajustamento

psicológico, cancro ginecológico, cancro da mama

Ana Filipa Catarino Aires Universidade de Aveiro Praça Simão da Veiga Jr Torre 1, 11º Esq, Corpo B

2660-347 Sto Antonio dos Cavaleiros

filipaires@gmail.com

RESPOSTAS DO PSICÓLOGO AOS DESAFIOS DA CLÍNICA DA INTERRUPÇÃO MÉDICA DA GRAVIDEZ

Rui Cintra1, Alexandra Leonardo1,2, & Ana Berta Sousa1 1Serviço de Genética, CHLN-HSM;

2Associação Portuguesa de Psicoterapia Psicanalítica de Casal e Família

Os autores propõem-se apresentar o percurso que têm desenvolvido na assistência às mulheres (e parceiros) que viveram uma Interrupção Médica da Gravidez (IMG), por patologia fetal. O acompanhamento psicológico disponibilizado no Serviço de Genética tem sido reinventado, em respostas que os autores pensam ser mais concordantes com o mundo atual, um mundo em que o psicólogo da saúde é desafiado (por via da instituição que serve e por via das expectativas do utente) a exercer com maior eficiência. Identificamos três períodos. O apoio psicológico começou por ser dirigido às mulheres, durante e após o internamento. Esta resposta partia da literatura, que reconhece a IMG como uma experiência traumática para a mulher. Mas a reflexão de cada caso foi deixando evidente uma diferença entre o luto da mulher e o luto do parceiro (luto incongruente), que se revela um risco para a relação da díade. Assim, transformou-se o apoio, em sessões de casal. A terceira etapa: uma experiência de terapia de grupo com casais. A identificação e a partilha entre casais resultaram num mais fácil restabelecimento das relações sociais nas mulheres e numa franca melhoria na comunicação para o casal. Entendemos que o psicólogo de saúde deve ser um observador crítico do seu trabalho clínico; que se deixa desafiar pelas necessidades dos utentes; que reinventa a capacidade de os assistir, usando ferramentas que vai maturando (o apoio individual, a terapia de casal, a terapia de grupo).

Palavras-chave: Genética; Interrupção Médica da Gravidez (IMG); Processo de Luto; Relação de Casal; Terapia de Grupo com Casais.

Rui Cintra

Associação Portuguesa de Psicoterapia Psicanalítica de Casal e Família

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PREPARAÇÃO DE CRIANÇAS PARA A HOSPITALIZAÇÃO E CIRURGIA - IMPORTÂNCIA DOS MATERIAIS PRÉ-OPERATÓRIOS EDUCATIVOS

Sara Fernandes1,2, Patricia Arriaga1,2, & Francisco Esteves2,3 1ISCTE-IUL, 2CIS-IUL, 3Mid Sweden University

Ao longo dos anos, enumeras evidências têm sido acumuladas acerca dos potenciais efeitos negativos da hospitalização e cirurgia infantis, bem como da relevância da implementação de programas de preparação pré-operatórios. O presente projeto procurou através da realização de dois estudos, contribuir para uma melhor compreensão dos fatores relacionados com a experiencia cirúrgica pediátrica e da importância dos instrumentos pré-operatórios. O Estudo 1 (n = 125) procurou estudar o impacto do uso de livros, jogos de tabuleiro e vídeos, quer educativos acerca da hospitalização e cirurgia, quer meramente distratores, nas respostas cognitivas e de perceção de dor das crianças. No Estudo 2 (n = 90) foi desenvolvida uma ferramenta multimédia interativa, e foi testada a sua eficácia nas respostas cognitivas, emocionais e fisiológicas infantis. Em suma, os materiais pré- operatórios educativos especialmente desenvolvidos e testados revelaram-se eficazes ferramentas para minimizar as preocupações operatórias das crianças, bem como a ansiedade parental, reforçando a necessidade da sua implementação e disponibilização nos hospitais pediátricos portugueses. Palavras-chave: Cirurgia pediátrica; Preparação pré-operatória; Crianças; Pais

Sara Costa Fernandes ISCTE-IUL; CIS-IUL

Avenida das Forças Armadas, Edifício I, 2w17 1649-026 LISBOA Portugal

sara_costa_fernandes@iscte.pt

QUESTÕES DESENVOLVIMENTAIS E FATORES INFLUENTES NO AJUSTAMENTO SOCIOEMOCIONAL NA INTERRUPÇÃO VOLUNTÁRIA DA GRAVIDEZ

Joana Pereira1 , Raquel Pires2, & Maria Cristina Canavarro1

1Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra; Unidade de Intervenção Psicológica da Maternidade Daniel de Matos - Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P., 2Escola de

Psicologia e Ciências da Vida da Universidade Lusófona, Lisboa

Explorar as diferenças entre adolescentes (< 20 anos) e mulheres adultas, e o contributo de fatores de

diversos níveis de influência no ajustamento socioemocional após

uma interrupção voluntária da gravidez (IVG). A amostra foi constituída por 177 adolescentes e 95 mulheres adultas que realizaram uma IVG, e recolhida em 18 instituições de saúde a nível nacional. Dados relativos às características individuais, sociais, relacionais e do processo de tomada de decisão, sintomas depressivos (Edinburgh Post-natal Depression Scale) e QdV (EUROHIS-QOL-8) foram obtidos através de questionários de auto-resposta. Adolescentes e mulheres adultas não diferiram significativamente no ajustamento socioemocional. Contudo, verificaram-se diferenças ao nível dos preditores do ajustamento. No grupo das adolescentes, sentir-se pressionada para interromper a gravidez, a menor satisfação com a decisão, e o menor suporte social por parte da mãe associaram-se a maior sintomatologia depressiva e menor QdV. Para as mulheres adultas, a menor satisfação com a decisão de interromper a gravidez associou-se com maior sintomatologia depressiva. Apesar de não haver diferenças no ajustamento socioemocional entre os grupos, os nossos resultados apontam para a necessidade de ter em conta fatores de diferentes contextos da vidada mulher, e fatores específicos, de acordo com o grupo etário, que podem influenciar o ajustamento socioemocional a esta experiência reprodutiva.

Palavras-chave: Ajustamento socioemocional; depressão; interrupção voluntária da gravidez; Qualidade de Vida

Joana Isabel Figueiredo Pereira

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra; Unidade de Intervenção Psicológica da Maternidade Daniel de Matos - Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E

Avenida Elísio de Moura, 317, 6ºB, 3030-183, Coimbra

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