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A UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO: CONTEXTO HISTÓRICO, ESPECIFICIDADE E ABRANGÊNCIA DE ATUAÇÃO

E Universidade Federal de Santa Catarina Apresentação

1. A UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO: CONTEXTO HISTÓRICO, ESPECIFICIDADE E ABRANGÊNCIA DE ATUAÇÃO

Os estudos sobre as universidades mostram que elas apresentam diferentes papéis sociais e políticos ao longo da história. Sua atuação, enquanto instituição de ensino, apresenta total relação com os contextos de desenvolvimento dos países nos quais se encontram. Uma universidade da América Latina, por mais que possa ter seguido modelos universitários de outras regiões, sempre estará sujeita à ser moldada pelas relações político, ideológicas e estruturais do seu próprio entorno. Resta no que tange a natureza e o caráter da universidade pública, relatar, no âmbito do PPI da UNIFESP, suas especificidades e abrangências. Para atender tal disposição, a universidade será situada em termos de suas vocações atuais e futuras, tomando partido sobre como se pretende manter e expandir as suas atuais competências, mantendo-se o caráter público e a excelência acadêmica da instituição.

1.1. SOBRE A EXPANSÃO UNIVERSITÁRIA

Em resposta à demanda política do governo federal de expansão das vagas públicas no ensino superior e de interiorização das atividades das universidades federais, a UNIFESP elaborou o projeto do campus na Baixada Santista, tornando-se, com isto, uma instituição multicampi. O projeto de implantação foi apresentado ao MEC pela reitoria com quadro docente e técnico-administrativo, recursos de investimento e de custeio, tendo seu convênio sido assinado para implantação de cursos de Graduação em março 2006. Este campus inclui um projeto de implementação de um Centro de Ciências do Mar e Meio Ambiente, que deverá ter cursos de Engenharia Portuária; Engenharia de Pesca e Engenharia Ambiental, com a implantação concomitante de Centro de Pesquisa, visando a promoção do desenvolvimento sustentável da Área Quarentenária de Cananéia.

Partiu-se do pressuposto de que, como em outras áreas de conhecimento, a graduação em saúde enfrenta desafios importantes: fragmentação do ensino, dicotomias no projeto pedagógico (básico-clínico, ensino-serviço, clínico-epidemiológico, saúde-doença), biologicismo e hospitalocentrismo na formação, deslocamento do aluno para a posição do sujeito que recebe passivamente a informação, centralidade do processo pedagógico no professor como transmissor de informações, fragilidade no processo de profissionalização docente, desvinculação dos currículos em relação às necessidades da comunidade, despreparo do egresso para o trabalho em equipe e para a integralidade no cuidado, dentre outras. Outro importante desafio deste ensino é a ruptura com os modelos disciplinares rígidos e a busca por um projeto de formação em saúde que signifique integração de diferentes conhecimentos e áreas disciplinares e profissionais. Integrar implica pensar em novas interações no trabalho em equipe interprofissional, configurando trocas

de experiências e saberes numa postura de respeito à diversidade, cooperação para efetivar práticas transformadoras, parcerias na construção de projetos e exercício permanente do diálogo.

Configura-se, assim, um estilo de educação que prioriza o trabalho em equipe, a interdisciplinaridade e o compromisso com a integralidade das ações que deve ser alcançado com um amplo reconhecimento e respeito às especificidades de cada profissão. Esta proposta acaba propondo a inversão da lógica tradicional da formação em saúde – cada prática profissional pensada e discutida em si – abrindo espaços para a discussão do interprofissionalismo. Com esta abrangência, a educação Interprofissional assume diferentes enfoques como modificar atitudes e percepções na equipe, melhorar a comunicação entre os profissionais, reforçar a competência colaborativa, contribuir para a satisfação no trabalho, construir relações mais abertas e dialógicas, assim, como integrar o especialista na perspectiva da integralidade do cuidado.

Desta forma, a concretização de propostas de educação Interprofissional significa assumir uma nova organização curricular que priorize as discussões e as vivências conjuntas das diferentes profissões envolvidas no cuidado em saúde. Isto implica no desenvolvimento de uma cultura de ensino-aprendizagem caracterizada pelas trocas e saberes partilhados, estabelecendo espaços formativos mais significativos e comprometidos com a prática do trabalho em equipe. Assumir a Educação Interprofissional como direcionador deste projeto, implica num desenvolvimento de uma proposta formativa interdisciplinar e Interprofissional, rompendo com estrutura tradicional centrada nas disciplinas e na formação específica de determinado perfil profissional. Assim, todos os cursos têm um desenho curricular direcionado por quatro eixos de formação que perpassam os anos de graduação. Em cada um dos eixos, módulos aglutinando áreas temáticas afins constituem a proposta curricular.

Prevê-se uma articulação entre os quatro eixos propostos, orientados pela formação de profissionais de saúde comprometidos com atuações consistentes, críticas e potencialmente transformadoras da realidade social – ênfase na educação interprofissional, interdisciplinaridade, enfoque problematizador e produção do conhecimento. As disciplinas são aglutinadas em módulos integrados nos quatro eixos: “O Ser Humano em sua Dimensão Biológica”; “O Ser Humano e sua Inserção Social”;

“Aproximação ao Trabalho em Saúde” e “Aproximação a uma Prática Específica em Saúde”. No Campus de Diadema, ainda em áreas de interface com a saúde, a UNIFESP amplia seu espectro de formação para as áreas de Química, Engenharia Química,

Ciências Biológicas e Farmácia/Bioquímica. No campus de Guarulhos, mantendo o objetivo de desenvolver uma proposta de ensino integradora e interdisciplinar, a UNIFESP inicia seu compromisso com outras áreas de conhecimento, incorporando as Ciências Humanas, mais especificamente com os cursos de Ciências Sociais, Pedagogia, História e Filosofia.

1.2. CONCEPÇÃO CURRICULAR E PEDAGÓGICA DA EXPANSÃO UNIVERSITÁRIA

Além de inaugurar o ensino superior gratuito na região, o campus de Santos – e, em breve, nos outros novos

campi – é o primeiro de uma universidade brasileira cujo currículo é construído nos moldes da educação

interprofissional, abordagem largamente aplicada no exterior, mas ainda embrionária no Brasil. Esta inovação atende à demanda atual do mercado, que busca profissionais aptos ao trabalho em equipe. As idéias centrais desta iniciativa são:

O conceito de “currículo espiral”, no qual os tópicos de aprendizagem são “visitados” e “revisitados” ao longo de certo período – com ênfases diferentes, dependendo da disciplina na qual os conceitos centrais do currículo são abordados – é uma importante estratégia de elaboração de currículos integrados. Em ciências da saúde é essencial para desenhar cursos que permitem formar profissionais “pluripotenciais”, capazes de olhar para tanto para a manutenção da saúde quanto para os problemas causados pelas doenças. Também subsidiam, conceitualmente, as fases de formação de especialistas e de profissionais generalistas, já que, tendo idéia do conjunto de problemas que envolvem a prática profissional, nos seus aspectos científicos, sociais, econômicos e ambientais, os alunos de Graduação podem optar sobre seu futuro com maior teor de racionalidade e visão de contexto mais ampla.

Um diagnóstico dos principais problemas existentes em cursos superiores na área de saúde, realizado pela UNIFESP, mostrou que um dos aspectos que mais limitam formação do futuro profissional é a divisão do curso em várias disciplinas, cuja compartimentalização fragmenta o conhecimento. A falta de articulação entre teoria e prática é prejudicial porque, nos primeiros anos do ensino tradicional, o graduando aprende teoricamente um conteúdo que ainda não percebe como será aplicado. A prática do exercício profissional acaba acontecendo de modo desvinculado, quase no momento em que o aluno está concluindo sua Graduação.

2. A MISSÃO INSTITUCIONAL DA UNIFESP

A missão que a UNIFESP se propõe a cumprir é a que tem por objetivo desenvolver em nível de excelência, atividades inter-relacionadas de ensino, pesquisa e extensão.

3. OS PRINCÍPIOS DIRECIONADORES DO PROJETO PEDAGÓGICO

O Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o

Século XXI (DELORS, 1996:77) aponta que, “para poder dar resposta ao conjunto de suas missões, a educação deve organizar-se à volta de quatro aprendizagens fundamentais que, ao longo de toda a vida, serão de algum modo, para cada indivíduo, os pilares do conhecimento: aprender a conhecer, isto é, adquirir os instrumentos da compreensão;

aprender a fazer, para poder agir sobre o meio envolvente; aprender a viver juntos, a fim de participar e cooperar com os outros em todas as atividades humanas; finalmente, aprender a ser, via essencial que integra os três precedentes.”

Partindo destas recomendações, o Projeto Pedagógico Institucional da

Universidade Federal de São Paulo assume os seguintes princípios direcionadores:

 A indissociabilidade Ensino, Pesquisa e Extensão;

 Pesquisa como elemento impulsionador do ensino e da extensão na instituição;  A prática profissional como eixo norteador do projeto pedagógico

 A problematização do ensino a partir da prática e da pesquisa;  A interdisciplinaridade;

 A postura ativa do estudante na construção do conhecimento;

 A postura facilitadora e mediadora do docente no processo ensino e aprendizagem;  A integração com a comunidade;

 A integração entre os diferentes níveis de ensino e pesquisa;  A avaliação formativa como retro-alimentação do processo;  Desenvolvimento docente;

 A dinamicidade do plano pedagógico: construção e reconstrução permanente.

4. A PROPOSTA PEDAGÓGICA DA INSTITUIÇÃO

4.1. Graduação Histórico e Objetivos

A partir de 2006 a UNIFESP dá início a um processo sistemático de expansão com a abertura de cinco novos cursos de Graduação – Fisioterapia, Psicologia, Terapia Ocupacional, Educação Física e Nutrição – na instalação do

campus da Baixada Santista. Para 2007 estão previstas as inaugurações dos campi nos municípios de Diadema e

Guarulhos, com a oferta de cursos nas áreas das ciências humanas e exatas. Por razões históricas, todos esses cursos mantêm fortes vínculos com a área da saúde.

A excelência dos cursos de Graduação da UNIFESP é nacionalmente atestada pela qualidade dos profissionais formados, não apenas do ponto de vista de seu conhecimento e habilidades profissionais, como também pelo embasamento científico que demonstram, em grande parte adquirido através de programas de iniciação científica (PIBIC) e de monitoria.

Perfil do profissional a ser formado

A missão da UNIFESP para a Graduação é formar indivíduos que, além da aquisição de conhecimento, adquiram a capacidade de auto-aprendizagem e desenvolvam atitudes e habilidades que possibilitem um desempenho profissional competente, crítico e ético, com perspectiva humanista. A educação profissional iniciada no curso de Graduação deve ser continuada e os graduados devem estar preparados para seguir qualquer uma das possibilidades que se abrem aPós a conclusão do curso: exercício profissional, especialização, Pós-Graduação stricto sensu e carreira acadêmica. Os profissionais formados devem ter conhecimento da organização do sistema de saúde vigente no país, das características do mercado de trabalho e estar preparados para trabalhar em equipe.

Avaliação

Passou-se, a incentivar a diversificação dos instrumentos de avaliação, considerando-os como parte de um processo contínuo que inclua a participação do estudante, a execução de atividades e apresentação de seminários, fichas semi-estruturadas para acompanhamento durante o módulo ou estágio, avaliação das habilidades e atitudes.

A “Prova do Progresso”, implantada em 1996, inicialmente no curso de Medicina, é o ferramental de avaliação de processo de aprendizagem central da Graduação. Não consolida um instrumento de avaliação pessoal, mas do curso, à medida que acompanha a aquisição de conhecimento no seu decorrer. Permite identificar a contribuição das unidades curriculares de cada série para formação do que se considera o mínimo necessário ao final do curso. Recentemente avaliou-se que a Prova do Progresso pode ser também um instrumento de avaliação individual e, a partir de 2006, as provas deixarão de ser anônimas, para que os estudantes com baixo desempenho possam receber atenção especial. Em 2004 todos os cursos de Graduação realizaram a “Prova do Progresso”. Outros instrumentos de avaliação do curso envolvem: • Avaliação de unidades curriculares pelos estudantes. A avaliação de disciplinas pelos estudantes foi implantada no internato em 1992. A partir dessa experiência, o instrumento (atualmente on-line e sem identificação do estudante) foi aprimorado e estendido para as demais séries e cursos da instituição a partir de 2000. O resultado é encaminhado para as comissões de curso, para os chefes das disciplinas e coordenadores de unidades curriculares, organizando novos ciclos de elaboração pedagógica. • Avaliação de unidades curriculares propostas pelos próprios coordenadores. A maioria das unidades curriculares desenvolve algum tipo de avaliação (escrita e aberta, questionário, discussão em grupo) com os estudantes que acabam de concluí-las. Esta avaliação traz bastante retorno aos

4.2. Requisitos básicos de um programa de Pós-Graduação

A proposta de um programa de Pós-Graduação deve evidenciar de forma clara que o grupo proponente já vem trabalhando de forma articulada, junto à UNIFESP, em grupos de pesquisa, previamente à apresentação da proposta. Deve apresentar claramente os objetivos e justificativas para a sua implantação e explicitar a pertinência das áreas de concentração e/ou linhas de pesquisa, além do perfil do profissional a ser formado. O programa de Pós-Graduação deverá dispor de laboratórios adequados para a realização e consecução das investigações propostas. Estes deverão apresentar todos os equipamentos e infra-estrutura necessários para o desenvolvimento das linhas de pesquisa relacionadas na proposta. Deve possuir ainda salas para docentes próprias para a orientação individual e salas de estudo para os Pósgraduandos.

O regimento do programa de Pós-Graduação deve explicitar os critérios de credenciamento dos docentes; processo e periodicidade de seleção de alunos, número de vagas, critérios de avaliação. Deve ser evidenciado que o corpo docente já vem trabalhando conjuntamente na UNIFESP há pelo menos um ano, com linhas de pesquisa consolidadas, demonstradas pela presença de produtos, frutos dessas pesquisas. O corpo docente deve ser constituído exclusivamente de docentes portadores de título de doutor; ter produção intelectual pertinente com a área(s) de concentração e/ou linhas de pesquisa e adequada em termos de quantidade e qualidade. O docente poderá participar como permanente no máximo de dois programas de Pós-Graduação e não poderá participar como permanente em duas instituições diferentes ao mesmo tempo. A participação de docentes de outras Instituições não deve caracterizar dependência externa nem ser utilizada para o atendimento das exigências mínimas de produção científica. O curso deverá apresentar o número mínimo de dez docentes permanentes, sendo que pelo menos 60% tenham vínculo com a instituição em tempo integral.

O Plano Pedagógico é fundamental para que os programas estejam centrados no binômio orientador-orientando. As linhas e projetos de pesquisa devem estar vinculados à proposta do programa. Este deve refletir a demanda de conhecimentos da própria área e a competência de seu corpo docente. Isto sem esquecer que a agenda de pesquisa é o resultado de interesses científicos e das demandas advindas da comunidade. Projetos isolados poderão existir desde que apresentem contribuição efetiva para o programa ou que apresentem potencial para a criação de novas linhas de pesquisa. A produção intelectual apresentada deve guardar estreita relação com as linhas e projetos de pesquisa já existentes.

De uma forma geral, além do conhecimento profissional, ou seja, médico,cirúrgico, fonoaudiológico, de enfermagem, entre outros, o orientador deve ter o domínio de ferramentas de investigação. Na área da saúde, acreditamos poder agrupar estas ferramentas em duas grandes vertentes, o domínio epidemiológico e o de técnicas de laboratório. O uso crítico destes instrumentos, na maioria das vezes usados de forma simultânea, permitirá que a observação da realidade de sua especialidade pelo profissional transforme-se em perguntas científicas, adequadamente formuladas e investigadas.

4.3. Ocupação de espaços para pesquisa

Dois aspectos, além da formação científica adequada são importantes na atividade de pesquisa e geração de conhecimento: a capacidade de buscar financiamento e a disponibilidade de espaço para o desenvolvimento das atividades de pesquisa. Assim, a Universidade deve trabalhar na otimização da captação de recursos pelo pesquisador, mormente na definição de projetos prioritários, institucionais ou envolvendo conjunto de seus pesquisadores, assim como definir claramente a política de distribuição de áreas de seu campus para os pesquisadores. A distribuição de áreas por mérito, através de critérios discutidos e aceitos por sua comunidade científica, é parte fundamental de um processo de adequação entre a atividade de pesquisa e a demanda de novos espaços físicos. Em 1997, com a inauguração do Edifício de Pesquisas Clínicas e Cirúrgicos Prof.

Oswaldo Luiz Ramos (EPCC-UNIFESP), iniciou-se um novo modelo de distribuição de espaço, baseado na apresentação de projetos e contrapartidas de equipes de pesquisadores, considerando ainda a necessidade de apoiar os grupos emergentes. A princípio considerada ousada, esta abordagem resultou no fortalecimento de um conceito, qual seja, a distribuição de áreas por competência,e revelou-se um sucesso também na prática, conforme as diversas avaliações internas e ad hoc realizadas. Este modelo vem servindo de exemplo a diversas outras instituições de pesquisa.

A necessidade premente de criação de novos espaços para pesquisa motivou esforços para a construção de um novo edifício, destinado agora a toda a comunidade científica da UNIFESP e baseado no mesmo modelo de gerenciamento, o Edifício de Pesquisas II. Gradativamente, a ocupação de espaços de laboratório na UNIFESP deverá seguir os critérios de competitividade e avaliação periódica. Os critérios vigentes de distribuição de áreas do Edifício de Pesquisa I e II encontram-se em documento anexo.

Avaliação

Um dos principais fatores de sucesso de toda e qualquer atividade profissional é um adequado sistema de avaliação dos resultados frente aos objetivos propostos. No campo de pesquisa e Pós-Graduação esta é uma atividade fundamental e pode ser dividida em avaliação interna e externa de seus resultados. No processo de avaliação interna, destaca-se a contínua seleção de novos orientadores, o re-credenciamento periódico do corpo de orientadores, avaliação dos programas de Pós-Graduação e distribuição e avaliação de áreas de pesquisa na Instituição.

O credenciamento e o re-credenciamento de orientadores buscam refletir as premissas que caracterizam as atividades de orientação acima mencionadas. A avaliação dos programas é feita regularmente e baseia-se no relatório dos programas encaminhados a CAPES. A atividade de distribuição e avaliação de áreas de pesquisa na Instituição é de suma importância, dada a crescente demanda por espaço, resultado de desejável desenvolvimento da área de atuação do conjunto de seus pesquisadores. Esta atividade foi empreendida com sucesso no Edifício de Pesquisas Clínicas e Cirúrgicas, ou Edifício de Pesquisas I e será implementada em novo espaço, ora em construção, o Edifício de

Pesquisas II.

Já a avaliação externa é fundamentalmente realizada pela CAPES e representa, de certo modo, a avaliação do Estado através do Ministério da Educação e, portanto, da sociedade, do desempenho dos programas de Pós-Graduação no país. Significa ainda, uma avaliação externa de desempenho. Tomando como fato que a CAPES tem com o meio acadêmico estreita ligação e incorpora sugestões de princípios e de avaliação de desempenho da comunidade científica, os conceitos emitidos por esta agência revestem-se de enorme valor. Ao considerar a proposta do curso, a composição de seu corpo docente, a capacidade de formação de pessoas e a geração de conhecimento, a CAPES emite conceitos de 1 a 5, sendo que cursos com conceitos menores ou iguais a 2 devem ser descredenciados e os cursos com conceito 5 são considerados de excelência nacional. Conceitos 6 e 7 são atribuídos àqueles cursos com inserção internacional. A UNIFESP trabalha com a meta de ter majoritariamente cursos com conceito 5.

5.4 Extensão

Princípios direcionadores

Suas ações fortaleçam a indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão em todos os seus projetos, colaborando para a contínua renovação da UNIFESP, como instituição formadora de atores sociais capazes de pensar autonomamente e de agir com intenção de criar condições materiais, políticas e sociais promotoras do desenvolvimento humano.

Procura adotar, na construção dos currículos extensionistas, métodos de formação, de capacitação e de informação que estejam embasados em conhecimento científico, na prática profissional como princípio norteador de ações pedagógicas e na problematização do ensino a partir da prática e da pesquisa.

Considera-se na Extensão, que essa estratégia educacional seja capaz de traduzir valor, legitimado não apenas por experiências de laboratório, mas também pela observação sistemática de relações interpessoais e interorganizacionais que fundamentam o viver em sociedade, no mundo real.

Dessa forma cria-se, no eixo Extensão, condições para que a pesquisa seja efetivamente incorporada como elemento impulsionador da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão na UNIFESP, promovendo a interdisciplinaridade como elemento de inovação do pensar, como meio para a construção de aprendizagem significativa, e para o incentivo da postura ativa do aluno na construção de conhecimento.

A idéia da dinamicidade do plano pedagógico que sustenta a construção e reconstrução permanente do saber