II. ENQUADRAMENTO LEGAL NACIONAL E DA UNIÃO EUROPEIA
2.7. Utilização Agrícola de Lamas de Depuração
2.7.1. E A u a 86/278/C agrícola As lama
condiçõ receptores das
lam (Q lamas (
pesados que podem ser introduzidos nos solos cultivados com base numa média de 10 anos (Quadro 2.6).
residuais.
A exposição de trabalhadores a atmosferas viciadas, durante uma hora, exige teores em volume de ar que não ultra
exige teores em volume de ar que não ultrapassem 0,01% de CO, 0,002% de gás sulfídrico e 0,00005% de cloro.
No art.º 291.º do RGSPPDADAR são identificados como locais de elevado risco dre agem de águas residuais as câmaras de visita ou de
iraç o de águas residuais ou de lamas, as obras de entrada das estações de tratamento, quando lmente desprovidas de ventilação eficaz, os acessos para manutenção e operação das bacias
mento e tanques de lamas, as instalações e áreas de serviços onde se
eró ia de lamas e à recuperação e armazenamento de biogás e as instalações de manipulação e zenamento de cloro gasoso e de outros reagentes químicos, corrosivos ou tóxicos, usados no nto de águas residuais ou de lamas.
nquadramento legal da União Europeia
tiliz ção agrícola de lamas de ETAR encontra-se regulamentada pela Directiva do Conselho n.º E, de 12 de Junho, relativa à protecção do ambiente e em especial dos solos, na utilização de lamas de depuração.
s provenientes de ETAR podem ser utilizadas na agricultura desde que sejam respeitadas as es relativas aos valores-limite de concentração de metais pesados nos solos
as uadro 2.4), as condições relativas aos valores-limite de concentração de metais pesados nas Quadro 2.5) e as condições relativas aos valores-limite para as quantidades anuais de metais
As l a ilização. Dev o
deverão É pr i
•
pelos Estados-membros tendo em r a três semanas; • Em culturas hortícolas e frutícolas durante o
árvo • E
directo com o solo e que sejam normalmente consumidas em cru, durante um período de dez meses antes da colheita e durante a colheita.
Deverão exi
entregues à agricultura, à composição e às características das lamas em relação aos parâmetros referidos no Anexo II A, ao tipo de tratamento efectuado (por via biológica, química ou térmica, por
arm n equado, de modo a reduzir,
significa
nomes e endereços dos destinatários das lamas e os locais de utilização das lamas.
(Anexo IA da Directiva do Conselho n.º 86/278/CE, de 12 de Junho) (m g
se encontra definido no Anexo II C)
Parâmetros Valores-limite am s serão objecto de tratamento prévio à sua aplicação, tendo por objectivo a sua estab
erã ser analisadas com uma periodicidade semestral, nos termos do Anexo IIA e IIC e os solos ser previamente analisados, nos termos do Anexo IIB.
oib da a utilização ou a entrega das lamas destinadas a serem utilizadas:
Em prados ou culturas forrageiras, se nessas terras se proceder a pastagem ou à colheita de culturas forrageiras, antes de expirar um certo prazo, fixado
conta, nomeadamente, a sua situação geográfica e climatérica, nunca inferio
período vegetativo, com excepção das culturas de res de fruto;
m solos destinados a culturas hortícolas ou frutícolas que estejam normalmente em contacto
stir registos actualizados com informação relativa às quantidades de lamas produzidas e
aze agem a longo prazo ou por qualquer outro método ad
tivamente, o seu poder de fermentação e os inconvenientes sanitários da sua utilização) e os
Quadro 2.4.
Valores-limite de concentração de metais pesados nos solos
g/k de matéria seca de uma amostra representativa dos solos com pH compreendido entre 6 e 7, tal como
Cádmio 1 a 3 Cobre 50 a 140 Níquel 30 a 75 Chumbo 50 a 300 Zinco 150 a 300 Mercúrio 1 a 1,5
Quadro 2.5.
Valores-limite de concentração de metais pesados nas lamas destinadas a utilização agrícola (Anexo IB da Directiva do Conselho n.º 86/278/CE, de 12 de Junho)
(mg/kg de matéria seca) Parâmetros Valores-limite Cádmio 20 a 40 Cobre 1.000 a 1.750 Níquel 300 a 400 Chumbo 750 a 1.200 Zinco 2.500 a 4.000 Mercúrio 16 a 25 Quadro 2.6
Valores-limite para as quantidades anuais de metais pesados que podem ser introduzidos nos solos cultivados com base numa média de 10 anos
(Anexo IC da Directiva do Conselho n.º 86/278/CE, de 12 de Junho) (kg/ha/ano) Parâmetros Valores-limite Cádmio 0,15 Cobre 12 Níquel 3 Chumbo 15 Zinco 30 Mercúrio 0,1
2.7.2. Enquadramento legal nacional
O regime de de lamas provenientes de ETAR na ag mentado
através do Decreto-Lei n.º 446/91, de 22 de Novembro, que estabelecia o regime de utilização na agricultura de certas lamas provenientes de estações de tratamento de águas residuais, bem como através da Portaria n.º 176/96 (2.ª Série), de 3 de Outubro, que fixava os valores permitidos para a
concentração o na
agricultura como fertiliz tubro, que estabelecia
regras relativas à análise das lamas e dos solos nos quais estas são aplicadas. O Despacho Conjunto
n.º 309-G/2005, de 19 de Abril as alte ime estipulado no Decreto-Lei
n.º 446/91, de 22 de Novembro, e cendo, em particular, ocedimento a que devia obedecer o processo de licenciamento das operações de valorização agrícola de lamas, adequando este regime ao regime previsto no Decreto-Lei n.º239/97, de 9 de Setembro
Recentemente foi publicado o De ei n.º 11 2006, de Junho, que veio aprovar o novo regime jurídico a que fica sujeita a utilização agrícola das lamas de depuração, transpondo para a ordem jurídica nacional a Directiva n.º 86/278/CE, do Conselho, de 12 de Junho, relativa à protecção
utilização ricultura encontrava-se regula
de metais pesados nos solos receptores de lamas e nas lamas para utilizaçã antes, e da Portaria n.º 177/96 (2.ª Série), de 3 de Ou
, veio introduzir algum rações ao reg
stabele um pr
.
do ambiente e em especial dos solos, na utilização agrícola de lamas de depuração, revogando todos os diplomas anteriormente referidos.
No entanto, o presente estudo foi realizado no âmbito da vigência dos diplomas anteriores pelo que o seu conteúdo é aqui tido em consideração, pois foi com base nele que as entidades gestoras se orientaram.
O Decreto-Lei n.º 446/91, de 22 de Novembr para a ordem jurídica nacional a Directiva n.° 86/278/CEE, do Co
Para tal, estabeleceu um
• só podem ser utilizadas ura lam tratad
• os valores permitidos par ementos que entram na posição dos solos receptores de lamas e das lamas destinadas à aplicação agrícola, bem como os respectivos métodos de aplicação, são fixados na Portaria n.º 176/96 (2.ª Série), de 3 de Outubro;
• a quantidade de lamas a r anualmente por ha poderá ser de 6 t, sendo passível que valores de concentração de metais pesados nas lamas menores permitirão aplicação de
oteger adequadamente a
lamas deve ter em atenção uma distância mínima de 50 m a poços e furos exclusivamente utilizados para rega, sendo a distância mínima a captações de água para consumo de 100 m;
• as lamas devem ser incorporadas no solo no máximo dois dias após a sua aplicação;
• é proibida a utilização de lamas quando a concentração de um ou vários metais pesados nos solos ultrapasse os valores limites fixados na Portaria n.º 176/96 (2.ª Série), de 3 de Outubro;
o, transpôs
nselho, de 12 de Junho, relativa à utilização das lamas de depuração na agricultura. conjunto de princípios, os quais importa ter presentes:
em agricult as as;
a os el com
aplica
maiores quantidades de lamas, assim como maiores valores de concentração implicarão menores taxas de aplicação, com vista ao cumprimento do disposto na Portaria n.º 176/96 (2.ª Série), de 3 de Outubro;
• a aplicação de lamas deve fazer-se sobre solos bem desenvolvidos e profundos, tendo em conta as necessidades nutricionais das plantas, de forma a pr
qualidade do solo e das águas superficiais e subterrâneas;
• a aplicação superficial de lamas deve ser acompanhada de uma zona de separação adequada das povoações, escolas ou zonas de interesse público, de modo a evitar possíveis efeitos sobre a população, devendo a referida zona de separação compreender 100 m a casas individuais ou 200 m a povoações ou outros locais, podendo estas distâncias ser reduzidas se existir permissão escrita dos indivíduos afectados ou dos seus representantes;
• é proibida a utilização de lamas quando as quantidades de metais pesados introduzidos no solo, por unidade de superfície, numa média de 10 anos, ultrapassarem os valores limites fixados na Portaria n.º 176/96 (2.ª Série), de 3 de Outubro;
• é proibida a utilização ou a entrega de lamas destinadas a serem utilizadas:
• em prados ou culturas forrageiras, dentro das três semanas imediatamente anteriores à apascentação do gado ou à colheita de culturas forrageiras;
nte
• em solos destinados a culturas hortícolas ou frutícolas, que estejam normalmente em contacto directo com o solo e que sejam norma cru, durante um
per rante a colheit
• é proibid de rios ou lagos
• é proibid ricas adversas, designadamente em situações
de alta pluviosidade
O art.º 7.º estabelece o dever de informação, de acordo res de lamas de
epuração são obrigados a guintes informações:
relativas aos valores-limite para as quantidades anuais de metais pesados que podem ser introduzidos • em culturas hortícolas e frutícolas, com excepção das culturas de árvores de fruto, dura
o período vegetativo;
lmente consumidas em íodo de 10 meses antes da colheita e du a;
a a aplicação de lamas em margens ; o espalhar lamas sob condições climaté
com o qual os produto
d fornecer semestralmente à CCDR as se
• A quantidade total de lamas produzidas e a quantidade de lamas entregues para fins agrícolas e outros;
• A composição e as características das lamas; • O tipo de tratamento efectuado às lamas;
• Os nomes e endereços dos destinatários das lamas e os locais, por estes indicados, de utilização das mesmas.
Estabelece ainda que poderá ser decidida, por razões de saúde pública ou preservação do ambiente, a realização de análises mais frequentes ou de outros parâmetros, pelos organismos competentes nessas áreas, designadamente microrganismos patogénicos.
De acordo com a Portaria n.º 176/96 (2.ª Série), de 3 de Outubro, as lamas provenientes de ETAR podem ser utilizadas na agricultura desde que sejam respeitadas as condições relativas aos valores- limite de concentração de metais pesados nos solos receptores das lamas (Quadro 2.7), as condições relativas aos valores-limite de concentração de metais pesados nas lamas (Quadro 2.8) e as condições
nos solos cultivados com base numa média de 10 anos (Quadro 2.9). Relativamente às concentrações de metais pesados nos solos receptores das lamas optou-se por fazer depender estas do pH do solo e
res-limite em solos com
relativamente às condições relativas aos valores-limite de concentração de metais pesados nas lamas optou-se por assumir os valores mínimos dos intervalos estipulados pela Directiva. Foram ainda estipulados valores para o crómio, os quais não constavam da Directiva. A Portaria n.º 177/96 (2.ª Série), de 3 de Outubro, estabeleceu as regras relativas à análise das lamas e dos solos nos quais estas são aplicadas.
Quadro 2.7.
Valores-limite de concentração de metais pesados nos solos (Anexo I da Portaria n.º 176/96 (2.ª Série), de 3 de Outubro)
(mg/kg de matéria seca) Valo Parâmetros pH ≤ 5,5 5,5 < pH ≤ 7,0 pH > 7,0 Cádmio 1 3 4 Cobre 50 100 200 Níquel 30 75 110 Chumbo 50 300 450 Zinco 150 300 450 Mercúrio 1 1,5 2,0 Crómio 50 200 300 Quadro 2.8.
Valores-limite de concentração de metais pesados nas lamas destinadas a utilização agrícola (Anexo II da Portaria n.º 176/96 (2.ª Série), de 3 de Outubro)
(mg/kg de matéria seca) Parâmetros Valores-limite Cádmio 20 Cobre 1.000 Níquel 300 Chumbo 750 Zinco 2.500 Mercúrio 16 Crómio 1.000
Quadro 2.9.
Valores-limite para as quantidades anuais de metais pesados que podem ser introduzidos nos solos cultivados com base numa média de 10 anos
(Anexo III da Portaria n.º 176/96 (2.ª Série), de 3 de Outubro) (kg/ha/ano) Parâmetros Valores-limite Cádmio 0,15 Cobre 12 Níquel 3 Chumbo 15 Zinco 30 Mercúrio 0,1 Crómio 4,5
O Decreto-Lei n.º 118/2006, de 21 de Junho, aplica-se à utilização de lamas de depuração em solos agrícolas provenientes de estações de tratamento de águas residuais domésticas, urbanas, de actividades agro-pecuárias, de fossas sépticas ou outras de composição similar, sendo estas últimas provenientes de diversos sectores agro-alimentares identificados no art.º 3.º e lamas do tratamento de efluentes da produção e transformação da pasta para papel, papel e cartão.
Estabelece no art.º 4.º que apenas podem ser utilizadas em solos agrícolas as lamas tratadas que cumpram os valores-limite constantes dos parâmetros fixados no Anexo I do diploma, aí se estabelecendo os valores-limite já anteriormente fixados pela Portaria n.º 176/96 (2.ª Série), de 3 de Outubro, consistindo agora nos Quadros n.os 1, 2 e 3 do Anexo I, respectivamente, mas acrescentando- lhe um Quadro n.º 4 com valores-limite de concentração de compostos orgânicos e dioxinas nas lamas destinadas à agricultura, produzidas em estações de tratamento de águas residuais urbanas que recebam águas residuais de outras origens para além da doméstica, o qual aqui se reproduz em seguida (Quadro 2.10).
Quadro 2.10.
Valores-limite de concentração de compostos orgânicos e dioxinas nas lamas destinadas à agricultura, produzidas em estações de tratamento de águas residuais urbanas que recebam águas residuais de outras
origens para além da doméstica
(Anexo I, Quadro n.º 4, do Decreto-Lei n.º 118/2006, de 21 de Junho) Compostos orgânicos Valores-limite
(mg/kg de matéria seca) AOX (compostos organohalogenados
adsorvíveis ou haletos orgânicos adsorvíveis) 500 LAS (alquilo benzenossulfonatos lineares) 2.600
DEHP (di(2-etilhexil) ftalato) 100
NPE (nonilfenois e nonilfenois etoxilados) 50 PAH (hidrocarbonetos policíclicos aromáticos) 6 PCB (compostos bifenilos policlorados) 0,8
Dioxinas Valores-limite
(ng TE/kg de matéria seca) PCDD/F (policlorodibenzodioxinas/furanos) 100
O art.º interven
destinad estações de tratamento de águas residuais urbanas que recebam águas residuais de outras origens para além da doméstica ser igualmente sujeitas a análise de c
uma no consecu
ser ana z por ano. Sempre que surgirem variações significativas na qualidade da águ r realizad parâme azoto to zinco, m urbanas utilizaçã 2.10).
As lama tratamento, e antes da entrega ao utilizador, devendo ser repr
de lama
8.º estabelece a obrigatoriedade de análise das lamas utilizadas e dos solos objecto de ção, devendo as análises ser realizadas nos termos constantes do Anexo II e as lamas
as a utilização agrícola oriundas de
ompostos orgânicos e dioxinas. As lamas devem ser analisadas pelo menos duas vezes por ano, período Outono-Inverno e outra no período Primavera-Verão. Caso, no período de dois anos tivos, os resultados das análises não difiram de forma significativa entre si, as lamas poderão lisadas apenas uma ve
a b uta ou alterações no funcionamento da estação de tratamento de águas residuais, deve ser a uma análise após a primeira produção de lamas. Deverão ser analisados os seguintes tros em todas as lamas destinadas a utilização agrícola: matéria seca, matéria orgânica, pH, tal, azoto nítrico e amoniacal, fósforo total e metais pesados (cádmio, cobre, níquel, chumbo, ercúrio e crómio). Nas lamas provenientes de estações de tratamento de águas residuais que recebam águas residuais de outras origens para além da doméstica, destinadas a o agrícola, deverão ser analisados também os compostos orgânicos e as dioxinas (Quadro
s são objecto de amostragem após
esentativas das lamas produzidas. As amostras devem ser recolhidas na época de maior produção s ou após variações significativas da qualidade dos efluentes, devendo ser colhidas em vários
locais, procede
se a sujeição a procedimento de cenciamento pela direcção regional da agricultura territorialmente competente (art.os 11.º a 13.º e Anexo III), bem como o conteúdo da licença (art.º 14.º).
gal da União Europeia A D c
determin
Directiva para eliminar a poluição das águas
por b anexo, famílias
Qualque susceptível de conter uma substância da Lista I será submetida a uma autorização prév c
dessas
emissão áxima da substância admissível nas
descargas e a quantidade máxima períodos determinados.
De aco substâncias perigosas incluídas nas
famílias e grupos de s
devem ultrapassar, bem como os objectivos persistência e acumulação dessas substância A fim d
específi
Lista II fica sujeita a uma autorização prévia, concedida pela autoridade competente, que fixe as normas de emissão. Serão fixadas normas em função dos objectivos de qualidade.
a diferentes profundidades e horas, sendo posteriormente homogeneizadas, antes de se r à sua análise.
Mantém-se o dever de informação (art.º 9.º), e especificam-se as utilizações proibidas, mantendo-se as anteriores e alargando-se a proibição à entrega ou aplicação de lamas destinadas a utilização em solos destinados ao modo de produção biológico (art.º 10.º). Estabelece-
li