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1. INTRODUÇÃO

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Academic year: 2023

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No século XVI, George Bauer apresentou um estudo sobre doenças e acidentes ocupacionais entre mineiros. Seguindo a mesma linha de pensamento do mesmo autor, as condições clínicas que descrevem o esqueleto axial e periférico de trabalhadores que desempenham diferentes tarefas laborais foram descritas na Europa no século seguinte. O respeito à ergonomia no processo de trabalho da enfermagem é de grande importância, pois o trabalhador enfermeiro desta profissão deve ter cuidado no que diz respeito à ergonomia.

Quando tais conhecimentos não são levados em consideração e aplicados nas suas práticas diárias, os resultados serão sentidos através do surgimento de doenças específicas dos trabalhadores da saúde, como dores lombares, lesões por esforços repetitivos (LER), doenças músculo-esqueléticas associadas. Trabalho (D.O.R.T.), Doenças do Ombro, Sinovite e Tenossinovite e doenças não transmissíveis como Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e problemas de coluna, entre outras. QUÍMICOS: agentes e substâncias químicas, na forma líquida, gasosa ou particulada, e poeiras minerais e vegetais, comuns nos processos de trabalho. As lesões por esforços repetitivos (L.E.R) e os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (D.O.R.T.) são, por definição, distúrbios relacionados ao trabalho (KUORINKA; FORCIER, 1995) apud Ministério da Saúde (2012).

Etiologia da L.E.R / D.O.R.T

De acordo com a Instrução Normativa INSS nº 98/2003, o início dos sintomas é insidioso, principalmente no final da jornada de trabalho ou nos principais momentos de produção, e é aliviado com o repouso noturno e nos finais de semana.

Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)

É uma doença relativamente grave devido ao seu caráter crônico e à sua evolução insidiosa, levando a danos em órgãos-alvo e ao desenvolvimento de diversas outras doenças como aneurismas, doença vascular periférica, insuficiência cardíaca e doença renal crônica, entre outras. um terço de todas as mortes. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a hipertensão arterial afeta mais de 20% da população mundial e está em ascensão na maioria dos países, sendo responsável por 7,1 milhões de mortes, o equivalente a 13% do total em 2002 (DANT, 2006). ). Atenção especial deve ser dada ao chamado estresse ocupacional, que pode causar doenças cardiovasculares, como a hipertensão arterial sistêmica (HAS).

Considerando que o local de trabalho onde o trabalhador está empregado é muitas vezes o fator gerador de estresse, as chances de desenvolver doenças aumentam dependendo do tipo de atividade que o trabalhador exerce, bem como dos diversos fatores que tornam o ambiente muito insalubre para o trabalho. ambiente. No Brasil, a prevalência da hipertensão atinge 35% da população com 40 anos ou mais, ou seja, cerca de 17 milhões de pessoas (BRASIL, 2006). As mudanças na economia e na organização da pirâmide social com o predomínio da vida urbana, a conveniência da tecnologia, a industrialização alimentar e a globalização resultaram em padrões comportamentais e condições de vida bastante prejudiciais à saúde da população, especialmente em termos de em relação à hipertensão arterial.

A prevenção da hipertensão arterial sistêmica (HAS) envolve principalmente a educação em saúde sobre suas inter-relações e complicações, e na maioria dos casos envolve a necessidade de implementação de mudanças nos hábitos de vida (BRASIL, 2001). Deve haver motivação para superar os desafios associados às ações preventivas, tanto institucionais como privadas, para os trabalhadores de saúde com estas doenças.

Lombalgia

Lesões do ombro

Sinovites e Tenossinovites

Devemos saber que a inflamação é um fenômeno biológico que consiste em uma resposta fisiológica à agressão. A inflamação também é um fenômeno imunológico e as células envolvidas nesse processo podem diferir dependendo de onde ocorre a lesão. No caso dos tendões são descritos como tendinites; no caso da cápsula articular, como capsulite; no caso de bolsas sinoviais, como bursite; no caso de articulações, como artrite; no caso da membrana óssea que recobre os ossos (periósteo), como a periostite, onde a localização anatômica da estrutura afetada complementa o nome.

Somente após a exclusão de doenças sistêmicas, alterações hormonais, distúrbios metabólicos, macro e microtraumas praticados em atividades fora do trabalho, poderemos confirmar o diagnóstico de “sinovite de origem ocupacional” que, neste caso, pode ser classificada como 'um D.O.R.T.

METODOLOGIA

  • Tipo de Pesquisa
  • Local da pesquisa
  • Sujeito da pesquisa
  • Coleta de dados

Psicossocial (CAPS) e o local onde será aplicado o questionário será o Hospital Municipal Drº João Borges de Cerqueira. A população deste estudo foi de 25 enfermeiros do Hospital Municipal Drº João Borges de Cerqueira do município de Santo Estevão. Foi utilizado um questionário fechado (Anexo 8) com questões dicotômicas referentes ao seu trabalho e sintomas/patologia que o sujeito possa apresentar, a seguir esses dados serão colocados em tabelas no programa Microsoft Office Excel 2007, onde serão então apresentados e analisados . na forma de gráficos.

Segundo MATTAR (1994), o questionário dicotômico é aquele que oferece apenas duas opções de respostas, de natureza bipolar, tais como: sim/não;. Dependendo de como a pergunta é feita, perguntas com respostas dicotômicas são altamente suscetíveis a erros sistemáticos. Os dados coletados e analisados ​​no estudo seguiram padrões éticos e total sigilo, e somente serão manipulados como base para pesquisa, garantindo o anonimato dos sujeitos envolvidos.

DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

A ocorrência dos distúrbios ocupacionais que mais acometem as técnicas de enfermagem do Hospital Municipal Drº João Borges de Cerqueira no município de

Ainda reforçando em relação aos problemas que envolvem o processo de trabalho da enfermagem, que abrange diversos aspectos, desde o cuidado de pacientes com diversos graus de dependência, pois há pacientes que são dependentes de técnicas de enfermagem para banho no leito, limpeza e evacuação após urinar, escovação de qualquer. As técnicas de enfermagem também incluem procedimentos na sala de remédios (aplicação de vacinas, soro, preparo e aplicação de medicamentos), procedimentos no Centro de Material Estéril – CME (lavagem, secagem de materiais, preparo de embalagens com pinça cirúrgica, preparo de caixas de sutura, preparo de embalagens com compressas de gaze, etc.), vestiário (curativos, retirada de pontos, etc.), coleta de exames laboratoriais, aferição de pressão arterial, aferição de glicemia em jejum, atendimento ao médico no Centro Cirúrgico Centro, assistência em relação parturientes na sala de pré-natal, assistência de enfermagem às pacientes internadas (curativos, aplicação de medicamentos, banho no leito, reposicionamento de pacientes acamados, etc.) entre outros procedimentos de enfermagem que só sobrecarregam o trabalhador e o deixam cada vez mais exposto a distúrbios ocupacionais. Utilizando o questionário, conforme gráfico 3, observou-se que 05 dos 21 enfermeiros (23%) sentiram cãibras nas mãos ou sensação de aperto nos pulsos ou ambos os sintomas.

De acordo com o quadro 4 (pág. 24), o que se observou no questionário é que a maioria dos técnicos de enfermagem que apresentam algum tipo de doença ocupacional são acometidos por lombalgia (72%), ou seja, 16 dos 21 sofrem de dores . na região posterior. A lombalgia profissional no processo de trabalho da enfermagem é causada pelo excesso de procedimentos realizados de forma não ergonômica, tais como: movimentação de pacientes de uma maca para outra, lavagem de pacientes em leitos com alto grau de dependência, excesso de peso, horas de trabalho de excesso. funcionou etc Outro fator importante é a inadequação entre o trabalhador de enfermagem e os equipamentos por ele utilizados, tais como: a maca é muito baixa, a cama hospitalar é defeituosa, o que obriga o profissional a manter posturas de trabalho incorretas, favorecendo maior exposição aos fatores do risco que leva à ocorrência, ocorrência e evolução de lombalgia ocupacional.

Podemos analisar o gráfico 5, que mostra que 03 dos 21 enfermeiros com determinado distúrbio ocupacional (12%) possuem o diagnóstico médico de L.E.R. Ter. De acordo com o gráfico 06, a incidência de dor no ombro com técnicas de enfermagem é muito menor do que a de dor lombar (ver gráfico 04), mas é uma causa importante de morbidade e pode limitar a capacidade de trabalho do enfermeiro. De acordo com o gráfico 7, 05 enfermeiros (23%) dos 21 com hipertensão arterial sistêmica (HAS) fazem parte daqueles que trabalham há mais de 25 anos, condição patológica que, se não controlada com antimedicação, -.

A hipertensão arterial sistêmica em enfermeiros pode ser agravada pelo excesso de jornada de trabalho, excesso de trabalho com muitas atribuições profissionais, má alimentação, trabalho estressante principalmente entre os profissionais que atuam no setor de emergência. A má alimentação, ou seja, a ingestão de gordura, sal e açúcar, aliada ao stress e ao sedentarismo, são factores de risco muito importantes para o agravamento da pressão arterial elevada. Muitas horas de trabalho com muitos turnos de 24 horas, um após o outro, também afetam diretamente a saúde do enfermeiro.

A hipertensão arterial, juntamente com outras doenças profissionais, levará a uma deterioração da qualidade de vida dos enfermeiros que, entre todos estes problemas, ainda carecem de um melhor reconhecimento por parte dos empregadores e da população pela sua actividade muito digna e honrosa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ergonomia é o estudo científico da adaptação de instrumentos, condições e ambiente de trabalho às capacidades psicofisiológicas, antropométricas e biomecânicas do homem. A pesquisa constata que a ergonomia no processo de trabalho da enfermagem é de grande importância, o trabalhador de enfermagem deve ter cuidado com a postura e movimentação do corpo durante a execução de tarefas relacionadas aos procedimentos de enfermagem, como: transportar pacientes com macas e cadeiras sobre rodas, cama banhos, posição. mudanças, entre outras, percebe-se que os técnicos de enfermagem possuem pouco ou nenhum conhecimento de ergonomia. Pode-se concluir que os gestores de saúde também são responsáveis ​​por esse desconhecimento sobre ergonomia, uma vez que esses gestores não investem em educação continuada, nem investem na formação pós-acadêmica de enfermeiros para cursar enfermagem profissional. deixando assim os técnicos de enfermagem expostos a diversos fatores de risco e desconhecedores dos males aos quais estão constantemente expostos.

Secretaria de Estado de Saúde do Paraná; Centro de Informação e Diagnóstico em Saúde - CIDS - Doenças e agravos não transmissíveis no estado do Paraná - SESA, edição 1, 97 p. Drº Antônio Carlos Novaes Especialista em Reumatologia e Medicina do Trabalho http://www.lerdort.com.br/dd_sinovite.php, acessado em 10/01/2013. Trabalho realizado na Disciplina de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina, São Paulo, SP Rev Assoc Med Bras 2010, acesso em 11/01/2013.

Processo de trabalho e prevalência de dores nas costas em caminhoneiros madeireiros no Sul do Brasil. Disponível em: http://www.fundacentro.gov.br/conteudo.asp?D=CTN&C=499&menuAberto=0 Acessado em 19 de setembro.

APÊNDICE

ENFERMAGEM DO TRABALHO 2

ALUNO: EDÉZIO DE SOUZA SOARES JÚNIOR

TEMA: OCORRÊNCIA DOS PRINCIPAIS DISTÚRBIOS OCUPACIONAIS ENTRE AS TÉCNICAS DE ENFERMAGEM DO

Referências

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