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3Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Cirurgia, São Paulo, SP, Brasil

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Academic year: 2023

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Biológico, São Paulo, v.73, Suplemento 2, p.25-81, 2011 Encontro Nacional de Defesa Sanitária Animal

081

082 DETECÇÃO DE POLIMORFISMOS DO GENE DA PROTEÍNA PRIÔNICA NO REBANHO OVINO NACIONAL: MÉTODOS E APLICABILIDADE À SELEÇÃO PARA RESISTÊNCIA AO SCRAPIE.* SANTOS, C.R.1; MORI, E.2; LEÃO, D.A.3; MAIORKA, P.C.11Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Patologia, Laboratório de Neuropatologia Experimental e Comparada, Av. Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva 87, CEP 05508-270, São Paulo, SP, Brasil.

E-mail: caio-patologia@usp.br 2Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal, São Paulo, SP, Brasil. 3Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Cirurgia, São Paulo, SP, Brasil. Detection of polymorphism of the prion protein genein national sheep flock: method and applied for selection and resistance to Scrapie.

Scrapie ou Paraplexia Enzoótica dos ovinos é uma doença neurodegenerativa fatal que acomete ovinos e raramente caprinos.

O agente causador é chamado de príon (PrPSC), uma forma alterada da proteína priônica normal (PrPC). A PrPC está presente na membrana celular de diversas células dos animais, principalmente no SNC. A infecção pelo PrPSC pode ocorrer mais comumente por três formas: hereditariedade, consumo de alimentos oriundos de animais portadores da PrPSC ou por eventuais polimorfismos. Os polimorfismos ocorrem nos códons 136, 154 e 171 do gene PRNP, que é o responsável pela síntese da proteína priônica. Os animais podem ser susceptíveis ou resistentes, de acordo com as sequências alélicas observadas nos referidos códons. São considerados altamente susceptíveis ao Scrapie, animais que apresentem no seu genótipo a combinação VRQ para o gene PRNP, independente do outro alelo. São considerados como susceptíveis ao Scrapie, ovinos que apresentem no seu genótipo a combinação alélica ARQ, AHQ, ou ARH para o gene Prnp. São considerados resistentes ao desenvolvimento de Scrapie os ovinos que apresentem no genótipo dois alelos ARR. No Brasil ocorreram apenas casos de animais que foram importados, sendo o país considerado livre da doença. Neste trabalho foi realizada a genotipagem dos diferentes polimorfismos associados ao desenvolvimento do Scrapie e a categorização em animais susceptíveis e resistentes. Foram sequenciadas 118 amostras provenientes de ovinos nacionais da raça Santa Inês. Dessas amostras foram identificados 6 alelos e 11 genótipos (ARQ/ARQ, ARR/ARQ, ARQ/AHQ, ARQ/VRQ, AHQ/AHQ, ARR/ARR, ARR/AHQ, VRQ/VRQ, ARQ/TRQ, TRR/TRR, TRQ/TRQ), dentre os quais o genótipo ARQ/ARQ teve prevalência de 56,7%. Apenas 1,69% das amostras analisadas possuem o genótipo ARR/ARR, considerado resistente à doença. Em 9 amostras pude ser observada a presença da Tirosina no códon 136, culminando com os seguintes genótipos: A/T e T/T. Até o presente momento, esses polimorfismos só foram descritos em publicações internacionais e são considerados como observações raras. Esse é o primeiro relato nacional e o primeiro relato envolvendo a raça Santa Inês. O efeito na susceptibilidade ou resistência nos animais portadores da homozigose T/T no códon 136 ainda não esta totalmente elucidada, já a heterozigose A/T não altera a susceptibilidade à doença. Esses resultados apresentam grande variabilidade genética relacionada à raça Santa Inês e a baixa frequência do alelo ARR no rebanho nacional demonstra que programas de melhoramento genético envolvendo a raça Santa Inês devem ser adotados para aumentar a resistência ao desenvolvimento da doença.

*CNPQ Edital: 064/2008

PESQUISA ETIOLÓGICA DA MIOPATIA DORSAL CRANIAL EM FRANGOS DE CORTE. ZIMERMANN, F.3; FALLAVENA, L.C.B.2; SALLE, F.O.1*; MORAES, L.B.1**; MORAES, H.L.S.1; SALLE, C.T.P.1; NASCIMENTO, V.P.1 1Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Centro de Diagnóstico e Pesquisa em Patologia, Av. Bento Gonçalves, 8824, CEP 91540-000, Porto Alegre, RS, Brasil. E-mail: ctps@

ufrgs.br 2Univerdidade Luterana do Brasil, Canoas, RS, Brasil. 3Instituto Federal Catarinense, Concórdia, SC, Brasil. Etiologic investigation of dorsal cranial myopathy in broilers.

A indústria avícola brasileira representa uma atividade econômica muito importante para o país. Recentemente, uma lesão muscular, localizada cranialmente no dorso de frangos de corte, vem causando grandes perdas econômicas devido à condenação de carcaças. Machos de linhagens pesadas, com as maiores médias de peso e idade de abate apresentam as maiores frequências de condenação devido à referida lesão. As lesões são caracterizadas por amarelamento e inchaço da pele que recobre o músculo lesado. Após abertura da pele, pode-se notar edema subcutâneo, hemorragia muscular superficial, palidez, aderência, aumento da espessura e consistência envolvendo sempre o músculo anterior latissimus dorsi. Histologicamente, a lesão é polifásica e inclui variação no tamanho e partição das fibras (splitting), degeneração hialina, necrose, regeneração e intensa fibrose com presença de adipócitos e infiltrado linfo-histiocitário. A etiologia dessa miopatia é desconhecida e não há publicações detalhadas a respeito na literatura consultada. Os objetivos do presente trabalho foram detectar a etiologia da miopatia dorsal cranial através da realização de alguns experimentos, bem como, verificar se a lesão apresenta um potencial risco à saúde pública. Para atender a esses objetivos foram conduzidos experimentos de avaliação da associação entre a miopatia dorsal cranial e a síndrome ascítica; de ausência de inclusão de vitamina E e selênio na dieta de frangos de corte, na tentativa de reproduzir a lesão; quantificação de vitamina E (alfa tocoferol) e selênio em músculos lesados e músculos normais; avaliação do papel do exercício na indução da miopatia dorsal cranial, bem como sua associação com a miopatia peitoral profunda e também foram realizadas pesquisas de bactérias de inte- resse em saúde pública em músculos com lesão. Não há risco de intoxicação através do consumo do músculo anterior latissimus dorsi lesado ou normal em relação às bactérias pesquisadas. Os níveis médios de alfa tocoferol e selênio nos músculos anterior latissimus dorsi lesados ou normais são compatíveis com os níveis de carcaças usualmente suplementadas. Músculos com lesão apresentaram níveis mais elevados de selênio do que músculos sem lesão. Pode-se constatar, também, a ausência de associações entre a miopatia dorsal cranial e a síndrome ascítica, bem como, à miopatia peitoral profunda. A causa ou as causas da miopatia dorsal cranial não puderam ser esclarecidas com base nos experimentos realizados. Porém, eles permitem concluir que o exercício e a ingestão de baixos níveis de vitamina E não estão envolvidos na etiologia dessa miopatia.

*Bolsista de Pós-Doutorado, PPG-Cirurgia.

**Bolsita CNPq DTI-1.

Apoio Financeiro: MAPA/CNPq.

Referências

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