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Ações embasadas na Pedagogia Social em um espaço de educação não formal: construção do sentimento de pertencimento.

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Academic year: 2023

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Introdução

Material e Métodos Objetivo

Resultados e Discussão

Conclusões

Ações embasadas na Pedagogia Social em um espaço de educação não formal: construção do sentimento de pertencimento.

Otília Andressa Dal Evedove Pinto. Alessandra de Morais (Orientadora). Faculdade de Filosofia e Ciências, UNESP/Marília, Pedagogia, dessa-dalp@hotmail.com

Palavras Chave: Terceiro setor, Pedagogia Social, Emancipação

A Pedagogia Social surge em momentos de crises na sociedade, tendo por finalidade alterar as relações de opressão1, minimizando os problemas enfrentados pelos menos favorecidos. Com o surgimento da Constituição Cidadã2 esperava-se que as mazelas sociais fossem sanadas, porém novos sujeitos de direitos surgem, trazendo assim a antiga problemática juntamente com novas. Nesse contexto nasce o terceiro setor, como um aliado no cumprimento e garantia dos direitos dos sujeitos, como educação, saúde, lazer e cultura. Os espaços não formais de educação se originam nascomunidades, a princípio por meio de articulações entre seus moradores e algum meio público (igrejas, escolas, associações). Porém, essa união, muitas vezes, mantém-se de forma assistencialista, o que de fato não alteraas relações de opressão1. Ao iniciarum trabalho voluntário em uma instituição do terceiro setor, que atende crianças, localizada na periferia de uma cidade do centro-oeste paulista, foram observadas as relações ali estabelecidas, entre crianças, voluntários e comunidade. Onde se verificou a pouca ou nenhuma participação da comunidade nas ações desenvolvidas pela instituição, levando então ao questionamento do por que de tal distanciamento.

Teve-se como objetivo o desenvolvimento de ações que estreitassem as relações estabelecidas, entre comunidade e instituição, a qual até então atuavade forma assistencialista. Visou-se, assim, favorecer a construção dosentimento de pertencimento com a comunidade, fazendo com que as crianças e jovens atendidos pela instituição, juntamente com a comunidade e os voluntários daquele espaço erigissem um novo paradigma, de modo a romper com as relações deopressão.

Trata-se de um estudo de caso do tipo etnográfico, com ações colaborativas desenvolvido em uma instituição do terceiro setor de Educação não- formal.São participantes do estudo a clientela atendida (50 crianças e famílias) e 15 voluntários.

Por meio de observações não sistemáticas e entrevistas foi realizado diagnóstico inicial, para o levantamento dos dados sobre a instituição e a história da comunidade; sondagem das necessidades e potencialidades, desejos e objetivos

da instituição, crianças e comunidade. Na sequência, foram desenvolvidas ações que visam a integração entre a instituição, crianças e comunidade, sendo relatada uma delas, que trata de uma reunião com os responsáveis pelas crianças, que foi agendada a princípio, tendo como finalidade ouvir a comunidade em relação à instituição, e a instituição em relação à comunidade. A abordagem de análise dos dados é qualitativa.

Cerca de cinquenta por cento dos responsáveis pelas crianças e jovens ali atendidos, estiveram presentes na reunião. A comunidade trouxe seus anseios e inquietações em relação à instituição e os serviços ali oferecidos. A maneira como as relações eram estabelecidas entre comunidade, voluntários, crianças, jovens e instituição, foram assuntos discutidos, levando a reflexão dos motivos pelos quais a comunidade se mantinha distante das ações ali desenvolvidas. Observou-se que boa parte da comunidade acreditava que a instituição era um meio público, não tinham o conhecimento de que as ações e serviços ali ofertados se davam mediante o trabalho voluntário. Foi reconhecida, por parte da comunidade, a sua falta de participação nas ações realizadas pela instituição. A instituição, por sua vez, percebeu que a falta de comunicação com a comunidade dificulta a participação em suas ações.

Foi criado então um meio de comunicação, a fim de que as decisões cabíveis a discussão, fossem tomadas no coletivo, ouvindo todos os envolvidos no processo.

Ao compreenderem que a instituição é fruto da ação coletiva e voluntária, em que os sujeitos pertencentes àquela comunidade se articulam em busca de alterar o contexto no qual estão inseridos, e que as ações ali desenvolvidas são refletidas naquele espaço e além dele, favorece- se a construção do sentimento de pertencimento, fundamental para a ação consciente e emancipatória sobre arealidade.

1FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 6. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.

2SILVA, R. D.(org.) et al. Pedagogia Social: Contribuições para uma Teoria Geral da Educação Social. 1. ed. São Paulo: Expressão & Arte, 2011.

Referências

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