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A criança e o brincar: direitos e vivências na Educação Infantil

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Academic year: 2023

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Trabalho de conclusão de curso oferecido como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Pedagogia - Licenciatura Plena pela Universidade Federal de São Carlos - Campus Sorocaba. Trabalho de Conclusão de Curso oferecido como parte dos requisitos para a obtenção do título de Bacharel em Pedagogia - Licenciatura Plena pela Universidade Federal de São Carlos - Campus Sorocaba, 14 de março de 2023. Santos e minha co-orientadora Andréia R.

A pesquisa foi realizada durante um mês, com a turma da Creche II, com crianças de 3 a 4 anos, nas diversas salas da creche onde atuo como auxiliar de ensino, localizada no interior do estado de São Paulo. O trabalho busca reforçar a ideia do brincar como direito da criança e como eixo norteador da proposta pedagógica na educação infantil, ao compreender como as crianças brincam na puericultura e contribuir para o aprimoramento das práticas pedagógicas.

INTRODUÇÃO

Desde que comecei a trabalhar em creches, hoje sou auxiliar de ensino2, já trabalhei com profissionais dos mais diversos perfis, alguns não conseguiam enxergar a importância da brincadeira, outros queriam controlar a brincadeira, mas também conheci profissionais que sabiam da importância de jogar e suas intenções. De toda a minha experiência em creches surgiu a ideia de estudar como as crianças hoje brincam em creches. Meu estudo tem como objetivo observar como brincam as crianças de uma turma do jardim de infância II, do CEI 83- Maria Carmen Rodrigues Saker, no município de Sorocaba, bairro do Éden, interior do estado de São Paulo.

O CEI 83 tem até o início de agosto de 2022 matriculado um total de 287 crianças, esse número aumenta a cada mês devido às vagas obtidas por decisões judiciais. O edifício CEI 83 tem 8 salas de aula, sendo que as salas que servem a creche e o centro de dia têm casa de banho com duche, banheiras para banho de bebés e fraldário entre as salas com acesso direto, enquanto as salas que servem. as turmas da Creche II e III utilizam banheiros contíguos às salas, sala da diretora com banheiro, secretaria com banheiro, sala da professora/assessora pedagógica com banheiro masculino e feminino, pequena copa para funcionários, lavanderia, copa, laticínio, copa. , cafetaria, pátio interior e exterior, solário, parque, arrecadação de areia e uma pequena sala exterior com direitos. As turmas II e III do Jardim de Infância dividem a mesma sala, ou seja, a turma semiintegral da manhã ocupa a mesma sala que a turma semiintegral da tarde.

Temos uma auxiliar na nossa unidade que fala um pouco do crioulo, que é o dialeto falado pelas famílias haitianas, às vezes ela ajuda a gente a se comunicar com as famílias. No grupo assistencial II, com o qual eu trabalho, estão incluídas 27 crianças, atendem em média 20 crianças, e geralmente o número de meninas e meninos é o mesmo. Nessa turma temos um filho de pais haitianos, o pai fala e entende português melhor que a mãe.

Para fazer isso, começarei com o problema "Como as crianças brincam no jardim de infância?" por todas as análises presentes no trabalho, para que responda às questões com base no presente referencial teórico.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para subsidiar a análise, os Parâmetros Nacionais de Qualidade da Educação Infantil são um documento elaborado para definir parâmetros e indicadores de qualidade, onde os parâmetros de acordo com o próprio documento podem ser definidos como referência, enquanto os indicadores incluem a possibilidade de quantificação, que serve para determinar a aplicabilidade do nível do parâmetro. O documento também assume que desde o momento do nascimento, as crianças são entre outros cidadãos com direitos, indivíduos únicos, seres sociais e históricos. Espaçosos e ao ar livre, expressando sentimentos e pensamentos, entre outros (BRASIL, 2006). O Manual de Orientação Pedagógica (BRASIL, 2012), por sua vez, aponta que as crianças costumam brincar sozinhas ou em grupos e em diferentes espaços, como em casa ou na creche, e enfatiza a importância de as crianças terem um tempo para brincar sozinhas, com seu imaginário amigo ou explore todos os brinquedos ou materiais disponíveis.

É um documento técnico que tem por objetivo orientar professores, educadores, gestores na seleção, organização e utilização de brinquedos, materiais e jogos para creches e educação infantil (BRASIL, 2012, p. 5). A maneira como as crianças brincam varia de acordo com a idade, circunstâncias, interesses, locais, materiais disponíveis, entre outros. Não é à toa que o jogo se desenha como um dos principais eixos das práticas pedagógicas apontadas nos documentos que orientam e regulamentam o trabalho na educação pré-escolar.

O brincar não é inerente, os bebés e as crianças aprendem a brincar, e nas creches os bebés e as crianças têm um espaço privilegiado de aprendizagem. Considerando que o brincar mobiliza o aprendizado, é necessário que o professor e o educador valorizem a importância do brincar, pois sem ele a educação infantil perde sua principal característica. A infância é considerada o palco das brincadeiras, e o lúdico é a forma com que a criança descobre e reflete sobre o mundo em que vive, que pode agir, interagir e descobrir como pode transformar o mundo, descobrir também suas potencialidades e limitações.

Desta forma destacamos e utilizaremos para a análise da observação, as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil, que enfatiza que “as práticas pedagógicas que compõem a proposta curricular da Educação Infantil devem interagir e tomar como eixos norteadores o brincar ." (BRASIL, 2009, p.21), garantindo inúmeras experiências para as crianças desde bebês.

METODOLOGIA

A coleta de dados ocorreu no período da tarde, com a turma da Creche II, com a qual trabalho, em seu cotidiano, seja interagindo com as crianças na sala sozinhas ou com crianças de outras turmas, por exemplo quando as crianças estão brincando na no parque ou no terraço.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

No quintal, as crianças costumam brincar com triciclos e brinquedos menores, como escorregador em forma de castelo, gangorra em forma de jacaré, miniescorregadores em forma de baleia e escorregador de plástico com escada. Os parâmetros nacionais de qualidade da educação infantil enfatizam que as crianças sejam educadas e cuidadas, tenham suas necessidades físicas atendidas e as estimulem a se locomover em espaços amplos e ao ar livre, como visto na dinâmica em questão. Tomando o triciclo como exemplo, nem todas as crianças sabem pedalar, então elas se movimentam empurrando o triciclo com as pernas.

Há também a participação da oportunidade, por parte das crianças, de desenvolver brincadeiras e brincadeiras simbólicas, porém, destaca-se o direito de correr, pular e saltar em espaços amplos, na creche ou nas proximidades, juntamente com o desenvolvimento de força, flexibilidade e equilíbrio físico em atividades realizadas em grandes espaços. Por sua vez, o dinamismo é levado em consideração nos parâmetros nacionais de qualidade da educação infantil para estimular o movimento em grandes espaços e ao ar livre. O contato com os diversos materiais que estão presentes na natureza está vinculado nas orientações com a garantia de promover a interação, o cuidado, a conservação e o conhecimento sobre a biodiversidade e a sustentabilidade, de forma que, ao explorar os diversos elementos que estão presentes na natureza, leve as crianças não só experiências e conhecimentos, mas um senso de cuidado com o meio ambiente.

Numa quinta-feira, a professora fez uma casinha de tecido e pegou alguns materiais não estruturados para as crianças brincarem. A ideia original era que as crianças ficassem embaixo da cabana, mas quando começou a ventar, elas se dividiram em dois lados e o pedaço que era a cabana virou uma cortina, as crianças se divertiram indo de um lado para o outro. o tecido e o uso da cortina como se fosse dentro e fora de casa. Quando as crianças brincam do lado de fora, ocorre a interação com a natureza, se a professora tivesse feito a cabana do lado de dentro talvez a brincadeira não tivesse se transformado.

Nessa dinâmica, uma relação com as DCNEI pode ser percebida nos princípios da criatividade e ludicidade, onde não devemos demarcar uma única brincadeira, para que a própria criança inicie sua própria dinâmica, conforme a recriação de acordo com o contexto, espaço orientação temporal, juntamente com a expansão e confiança na participação das crianças em atividades coletivas. Quanto à adaptação ao ambiente, em dias de calor costuma-se deixar as crianças apenas de bermuda, sempre respeitamos quem não quer tirar a camisa ou o sapato, por isso respeitamos a individualidade. Percebemos que quando a professora organiza algum espaço para as crianças brincarem, de forma que fuja do cotidiano, podemos perceber a alegria e o entusiasmo das crianças, pois até os brinquedos que elas já conhecem, mas estão organizados nos espaços e mudar o jogo de uma maneira diferente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando os casos individuais, pode-se concluir, portanto, que o comportamento das crianças na creche ou em casa é sempre influenciado pelo ambiente físico e social, que os adultos proporcionam de acordo com seus objetivos pessoais e que decorrem de suas experiências socioculturais sobre o comportamento e o desenvolvimento das crianças, de modo que diferentes formas de organização dos espaços proporcionam diferentes formas de interação social, seja entre crianças ou com a participação de adultos, essas interações têm funções distintas e exigem interações diferentes das crianças. Além disso, é comum que as crianças reproduzam ações que vivenciam no cotidiano, como brincar de mãe e filha, professora, médica, entre outras situações, por exemplo, uma criança que gosta de brincar de professora e reproduz com seus amigos as ações e falas que temos no berçário. Particularmente, observar como as crianças brincam na creche me fez mudar de opinião, antes eu criticava a falta de brinquedos industrializados na creche, mas percebi que criança brinca com tudo, ou seja, tudo pode virar brinquedo para ela. .

Portanto, devemos fornecer aos nossos filhos jogos de alta qualidade para que tenham uma educação pré-escolar de alta qualidade. É a combinação desses fatores – as concepções, o planejamento do espaço, tempo e materiais, a liberdade de ação da criança e a mediação do adulto – que faz a diferença no processo educativo, resultando em uma educação de qualidade para a primeira infância. infância. . Há também a necessidade de formação contínua de professores e auxiliares para compreenderem a importância do brincar para o desenvolvimento das crianças e porquê.

Por fim, conclui-se que experiências éticas e estéticas devem ser levadas em consideração no planejamento das brincadeiras, levando em consideração o contexto de cada criança, pois cada família ou comunidade tem uma experiência estética diferente, por exemplo: uma família pode usar potes de alumínio e as demais panelas de barro, cozinhe em fogão a gás ou a lenha. As experiências éticas acontecem no respeito ao espaço e no brincar com os outros, na guarda dos brinquedos no final da brincadeira, no compartilhamento e no empréstimo de brinquedos.

Referências

Documentos relacionados

O documento par- te do princípio de que todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos, e que cada pessoa tem o direito de desfrutar os direitos humanos