• Nenhum resultado encontrado

A Energia da Cana-de-Açúcar - UNICA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2023

Share "A Energia da Cana-de-Açúcar - UNICA"

Copied!
232
0
0

Texto

O objetivo deste relatório é apresentar uma visão unificada sobre os diferentes aspectos relacionados à sustentabilidade da agroindústria canavieira no Centro-Sul do Brasil. O setor sucroenergético já contribui significativamente (sustentabilidade responsiva) para a substituição dos combustíveis fósseis, indo muito além da sua autossuficiência energética (elétrica e térmica).

Introdução; o contexto mundial

Oferta atual de energia pelo setor

Cerca de metade da sacarose produz etanol (que substitui a gasolina); a outra parte é utilizada na produção de açúcar. O balanço energético global no sistema de produção de etanol está resumido a seguir,8 na tabela 2 (a produção de açúcar tem o mesmo “gasto” energético, mas não tem etanol como energia produzida).

Tabela 2: abela 2: Fluxos de energia na produção de cana de açúcar e etanol (MJ/t cana), 2005
Tabela 2: abela 2: Fluxos de energia na produção de cana de açúcar e etanol (MJ/t cana), 2005

Aumento potencial da oferta, com a produção de cana atual Em geral, os objetivos do setor incluem o aumento da eficiência no uso

São vendidas caldeiras com maior capacidade e capacidade, bem como turbogeradores com potência nominal acima de 20 MW e com eficiências acima de 75%,10 os sistemas são pura cogeração ligados à operação da usina.

Aumento da oferta de energia associado ao aumento da produção

A sacarose da cana-de-açúcar é uma candidata natural a se tornar a principal matéria-prima em diversos processos; Isso está começando a acontecer no Brasil. Em 2004, a produção de cana-de-açúcar no Brasil correspondeu à produção de 55 Mt de sacarose e 100 Mt (MS) de resíduo lignocelulósico. Devido aos custos de produção no Brasil e ao fornecimento energético do bagaço, a sacarose é muito atrativa para dezenas de outros produtos.

Figura 1: Estrutura da análise ambiental para um EIA/RIMA: agroindústria  da cana-de-açúcar
Figura 1: Estrutura da análise ambiental para um EIA/RIMA: agroindústria da cana-de-açúcar

Saúde humana

Tecnologias e evolução

A evolução tecnológica nos equipamentos e processos de produção, as pressões ambientais e a legislação vigente têm levado ao aumento da colheita mecanizada da cana-de-açúcar sem queima. Atualmente, nas principais regiões produtoras do país, cerca de 70% da cana colhida mecanicamente não utiliza o fogo como palha.

Legislação sobre queima de cana

Para cumprir a legislação, a mecanização da colheita deverá chegar ao país nos próximos treze anos da área cultivada em solos com declividade compatível com esta prática. Nas áreas cultivadas em solos com declividades mais elevadas, o decreto federal não proíbe as queimadas, enquanto o decreto estadual prevê o fim das queimadas em trinta anos, em 2031. Porque essas áreas não possuem mecanização na derrubada e os custos da colheita manual de cana-de-açúcar Sem a queima reduziria a competitividade, é razoável esperar que as áreas de produção se desloquem para regiões com melhores características topográficas.

Redução na queima e impactos no emprego

O Brasil começou a se preocupar com as consequências do aumento da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera. Além do dióxido de carbono, o metano e o óxido nitroso provenientes das atividades humanas, para não falar de outros gases com efeito de estufa com um efeito muito menor, sobem na atmosfera e contribuem para as alterações climáticas. 3 “Atividade prospectiva sobre mudanças climáticas”, Brasília, CGEE – Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, agosto de 2004 Capítulo 4: Efeitos no clima global – emissões de gases de efeito estufa.

Cenários de mudanças climáticas para a América do Sul na década de 2090-2100

A análise destes cenários mostra uma maior variação nas anomalias de temperatura e precipitação entre os diferentes modelos climáticos do que entre o cenário de altas emissões (A2) e o cenário de baixas emissões (B2). Ao contrário dos modelos de temperatura (onde todas as previsões mostram aquecimento), vários modelos climáticos mostram mudanças significativas nos padrões de precipitação, por vezes com previsões quase diametralmente opostas. Portanto, o estado atual da ciência ainda não permite a criação de cenários de mudanças confiáveis ​​no regime hidrológico em escala regional, de forma a apoiar políticas públicas ativas para mitigar vulnerabilidades e/ou buscar possível adaptação às mudanças climáticas.

Impactos das mudanças climáticas nos ecossistemas e nos agro-ecossistemas

Emissões de gases de efeito estufa (GEE) na produção e uso de etanol no Brasil: situação atual (2002)”, SMA. Estimativa de reduções adicionais nas emissões de gases de efeito estufa (GEE) com o aumento da produção de cana-de-açúcar e derivados no Brasil; 2,0 Mt CO2eq (energia elétrica adicional, em 50% dos casos) 1,5 Mt CO2eq (açúcar de cana, comparado ao açúcar de beterraba) Capítulo 4: Impactos no clima global – emissões de gases de efeito estufa.

Tabela 1: T abela 1: Estimativas das emissões de GEE no Brasil, 1994
Tabela 1: T abela 1: Estimativas das emissões de GEE no Brasil, 1994

O contexto em São Paulo

É importante ressaltar que a irrigação não tem o peso que anteriormente lhe era atribuído; O maior usuário de água é o setor urbano, com aproximadamente 39% das águas superficiais do estado (incluindo usuários industriais que não possuem bacia hidrográfica própria). Algumas estimativas e medições parciais foram feitas para o setor da cana-de-açúcar no que diz respeito à captura, uso e liberação. Historicamente, os valores de lançamento e suas cargas poluentes sempre foram mais importantes para o setor do que a captação.

Legislação sobre o uso dos recursos hídricos

Lei Federal nº. estabelecer a Política Nacional de Recursos Hídricos e criar o Sistema Nacional de Gestão de Recursos Hídricos com base em considerações sobre gestão descentralizada, usos múltiplos da água e prioridades. Deliberação CEIVAP nº. 08 de outubro de 2001: onde o CEIVAP – Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul prevê a implantação de cobrança pelo uso dos recursos hídricos da bacia a partir de 2002. O Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CRH, em reunião realizada no dia , aprovou propostas de cobrança pelo uso de recursos hídricos estatais nas bacias do Paraíba do Sul e Piracicaba/Capivari/Jundiaí.

Captação de água para uso industrial na agroindústria da cana

Efluentes principais, carga orgânica e tratamento

Perspectivas para o setor

Aspectos legais; legislação florestal

A rigor, não há previsão explícita na lei federal para que as matas ciliares sejam recuperadas caso já tenham sido degradadas anteriormente. A caracterização dos usos permitidos também não está clara na lei, sendo frequentemente citados usos como utilidade pública e/ou interesse social para supressão de vegetação (artigos 2º e 3º da Lei Florestal). É crime ambiental danificar a floresta ou derrubar árvores em APPs; As punições e multas estão previstas na lei de crimes ambientais (a lei também prevê penalidades para “impedir ou obstruir a regeneração natural de florestas e outros tipos de vegetação” (Lei Florestal, lei 4.771/65).

Provisão de sementes e mudas

No estado de São Paulo, a lei nº. A Lei 9.989, de 22 de maio de 1998, obriga os proprietários de terras rurais a restaurar matas ciliares; não foi liquidado no prazo estipulado.

Iniciativas da SMA - Estado de São Paulo

Possibilidades na cultura da cana-de-açúcar

A expansão da cana-de-açúcar deveu-se principalmente à substituição de outras culturas ou pastagens. Produção e produtividade da cana-de-açúcar no Brasil”, Centro de Tecnologia Canavieira, relatório interno. O desenvolvimento tecnológico do cultivo da cana-de-açúcar tem possibilitado o manejo da colheita em algumas áreas sem queima da palha.

Tabela 1: T abela 1: Distribuição da cobertura vegetal do Brasil (2002)
Tabela 1: T abela 1: Distribuição da cobertura vegetal do Brasil (2002)

Uso de defensivos (inseticidas, fungicidas e outros) na cana- de-açúcar

A recomendação do uso de agrotóxicos e afins é feita por profissionais do setor agrícola e florestal, por meio de Receitas Agronômicas específicas para cada local e questão, incluindo apenas produtos registrados. Para a cana-de-açúcar, o aumento na produção levou a um aumento nas vendas de pesticidas no mercado interno (de US$ 292 para US$ 362 milhões). Em 2004, as vendas de defensivos agrícolas para cana-de-açúcar correspondiam a 6,5% do total do país.

Tabela 1: abela 1: Consumo de fungicidas, 1999-2003
Tabela 1: abela 1: Consumo de fungicidas, 1999-2003

Principais pragas de cana-de-açúcar e seu controle

Essas pragas ocorrem em praticamente todas as regiões produtoras de cana-de-açúcar no Brasil e não há tendência de aumento da incidência da praga em áreas onde a cana-de-açúcar é colhida sem queima. 155 5ARRIGONI, E.B.: "O Uso de Agrotóxicos Agrícolas no Cultivo da Cana-de-Açúcar", Relatório para UNI-. Estima-se que a infestação média atual seja de 0,5 a 0,7 lagartas adultas por ha nas áreas canavieiras da região Centro-Sul, correspondendo a uma perda de 1,5 a 2,1 toneladas de cana/ha.

As doenças da cana-de-açúcar e os programas de melhoramento de variedades

Avanços recentes nas áreas de biologia molecular e engenharia genética têm enorme potencial para auxiliar os produtores de cana-de-açúcar na produção de variedades comerciais com maior produtividade e melhor adaptadas aos estresses bióticos e abióticos. As primeiras plantas transgênicas de cana-de-açúcar produzidas no Brasil foram obtidas em 1994 no CTC. Desde então, foram produzidas plantas de cana-de-açúcar resistentes aos herbicidas glufosinato de amônio6 e glifosato,7 vírus do mosaico (SCMV) e vírus do amarelecimento (SCYLV) e da broca (Diatraea saccharalis), principal praga da cana-de-açúcar. .8.

Principais plantas daninhas da cultura da cana-de-açúcar no Brasil

Inúmeros são os esforços para obtenção de variedades transgênicas de cana-de-açúcar que expressem resistência a pragas que causam danos, resultando na perda de produtividade agrícola e na consequente redução da produção de açúcar e álcool. A cana-de-açúcar geneticamente modificada contendo o gene Bt Cry1Ab foi avaliada pelo CTC em experimento de campo e apresentou excelente nível de resistência à broca da cana.11. A American Weed Science Society12 estimou perdas de produção de 20% devido a ervas daninhas nos Estados Unidos; no Brasil (1980) já foi observada uma perda de produção de 24%13, e foram relatadas perdas muito maiores.14, 15 A competição entre ervas daninhas e cana-de-açúcar no Brasil tem sido extensivamente estudada; Os períodos de interferência e prevenção de interferências podem variar mesmo com o ciclo da cana-de-açúcar, e as perdas de produtividade podem variar de 10% a mais de 80%.16 A intensidade da interferência de plantas daninhas na cana-de-açúcar depende de fatores ligados à cultura (gênero, espécie ou cultivar, distância entre sulcos e densidade de semeadura), à comunidade de plantas daninhas (composição específica, densidade e distribuição) e a fatores ambientais.17.

Principais métodos de controle

As medidas biológicas incluem o uso de inimigos naturais (pragas e doenças) para controlar ervas daninhas, incluindo a possível inibição alelopática de uma planta sobre outra. O controle da nogueira (Cyperus rotundusL) pelo feijão-de-porco (Canavalia ensiformis) é um exemplo dessa possibilidade.21 No Brasil, não são utilizados inimigos naturais para o controle de ervas daninhas. Hoje são a ferramenta mais importante para o controle de ervas daninhas e seu uso correto pode ser eficiente e seguro.

Resistência de plantas daninhas a herbicidas

Tendências

O cultivo da cana-de-açúcar no Brasil apresenta baixo nível de utilização de fertilizantes em comparação com outros países. 7 CTC: “Recomendação de adubação para cultivo de cana-de-açúcar”, Cadernos Copersucar Série Agronômica no. 17, Piracicaba, Centro de Tecnologia Canavieira, 1988. Cultivo de cana-de-açúcar no Brasil hoje com potencial de reciclagem de nutrientes com vinhaça, torta de filtro de 11,19 a ordem de 11,19 palha. milhões de toneladas de N-P2O5-K2O (Tabela 3).

Tabela 1: abela 1: Intensidade de uso de fertilizantes por culturas no Brasil
Tabela 1: abela 1: Intensidade de uso de fertilizantes por culturas no Brasil

Sistemas de distribuição da vinhaça para fertirrigação

Experimentos realizados pelo CTC – Centro de Tecnologia Canavieira mostram que a aplicação de vinhaça por gotejamento é tecnicamente viável; MONTEIRO, A.O.: "Efeitos da aplicação de vinhaça nas propriedades químicas, físicas e biológicas do solo", Boletim Técnico Copersucar, vol. STAB - Açúcar, Álcool e Derivados, Piracicaba, 1(6), julho-agosto de 1983, pp.

Tabela 6: T abela 6: Sistemas de aplicação de vinhaça no Estado de São Paulo Forma de Aplicação Participação (%)
Tabela 6: T abela 6: Sistemas de aplicação de vinhaça no Estado de São Paulo Forma de Aplicação Participação (%)

Fertirrigação; efeitos da vinhaça no solo

Muitos outros estudos envolvendo aspectos específicos relacionados à lixiviação e possibilidades de contaminação de águas subterrâneas, com doses variáveis ​​de vinhaça e com duração de até quinze anos, foram realizados. Por outro lado, há concordância entre alguns pesquisadores de que doses acima de 400 m3/ha são prejudiciais à cana-de-açúcar (reduzindo qualidade e produtividade. Os resultados dos testes até o momento indicam não haver efeitos nocivos ao solo, com doses inferiores a 300 m3/ha; acima Nesse valor, pode haver danos à cana-de-açúcar ou, em casos especiais (solo arenoso ou raso), contaminação dos lençóis freáticos.

Legislação sobre a aplicação de vinhaça

Os programas de melhoramento genético da cana-de-açúcar no Brasil começaram a oferecer variedades no início da década de 1980.191 Os produtos da cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil não têm nenhum mecanismo de apoio de preços através de políticas governamentais. Atualmente não há subsídios para a produção e comercialização de açúcar, e o custo de produção de açúcar no Brasil é o mais baixo do mundo.

Tabela 1: T abela 1: Custos de produção e exportação de açúcar, relativos à média de custos dos outros maiores exportadores
Tabela 1: T abela 1: Custos de produção e exportação de açúcar, relativos à média de custos dos outros maiores exportadores

Imagem

Tabela 1: T abela 1: Fontes de energia, Brasil e Mundo, 1970-2004
Tabela 2: abela 2: Fluxos de energia na produção de cana de açúcar e etanol (MJ/t cana), 2005
Figura 1: Estrutura da análise ambiental para um EIA/RIMA: agroindústria  da cana-de-açúcar
Tabela 1: abela 1: Emissão média de gás de escapamento de veículos novos (g/km)
+7

Referências

Documentos relacionados

Kolokwium testowe składa się z 45 pytań I i III kolokwium lub 30 II i IV kolokwium, maksymalna ilość punktów wynosi zatem 45 lub 30 z danego kolokwium testowego, co umożliwia uzyskanie