• Nenhum resultado encontrado

A importância do cuidar em Saúde Pública

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2023

Share "A importância do cuidar em Saúde Pública"

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

¹ Enfermeira

² Acadêmica do curso de Enfermagem - Faculdade Inedi Cesuca 2015/2 E-mail: nyllahmaria@hotmail.com

³ Professora e Orientadora. Faculdade Inedi Cesuca2015/2 E-mail: fatimacecchetto@cesuca.edu.br

F A C U L D A D E I N E D I – C E S U C A

Rua Silvério Manoel da Silva, 160 – Bairro Colinas – Cep.: 94940-243 | Cachoeirinha – RS | Tel/Fax. (51) 33961000| e-mail:

cesuca@cesuca.edu.br

http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac

A importância do cuidar em Saúde Pública

Marlene de Fátima Moraes Dutra ¹ Nila Maria Santos Rodrigues ²

Fátima Helena Cecchetto ³

Resumo: O processo cuidar insere inúmeras atividades, onde o profissional da saúde exerce papel fundamental para a produção de uma saúde pública mais humanizada. A importância do cuidar em Saúde Pública emerge da necessidade de buscar compreender o ser humano em todas as dimensões. Este estudo tem por objetivo analisar, de forma teórica, alguns pontos importantes sobre o processo de cuidar, relatar a importância do cuidar frente aos profissionais de saúde e assim fornecer subsídios para que estes reflitam sobre seu cotidiano e repensar formas de como vem desenvolvendo o cuidado.

Através de um levantamento bibliográfico o qual englobou: A importância do cuidar, o cuidado humanizado, o processo de cuidar, o cuidado dentro do contexto saúde pública. Buscamos com este, prover ações que melhorem a qualidade da saúde pública e um cuidado fidedigno e mais humanizado, percebendo o cliente em sua totalidade.

Palavras Chave: Cuidar; Cuidado humanizado; Saúde Pública.

Abstract: The process of caring inserts numerous activities where the health professional plays a fundamental role in the production of a more human public health. The Importance of Care in Public Health emerges the need to seek to understand the human being in all dimensions. This study aims to analyze, theoretically, some important points about the care process, report the importance of care across healthcare professionals and thus provide subsidies so that they reflect on their daily lives and rethink ways of how is developing the caution. Through a literature review, which includes: The importance of care, humanized care, the care process, care within the public health context. We seek with this provide actions to improve the health and quality publishes a trusted and more humanized care, realizing the customer in its entirety.

Keywords: Care; Humanized Care; Public health.

1. INTRODUÇÃO

O processo cuidar insere inúmeras atividades, onde o profissional da saúde exerce papel fundamental para a produção de uma saúde pública mais humanizada. Tais atividades envolvem ações, atitudes e comportamentos que se fundamentam no conhecimento científico, técnico, pessoal, cultural, social, econômico. (ROCHA, 2008).

Essas ações também subsidiam meios para o desenvolvimento do trabalho em equipe, para

(2)

F A C U L D A D E I N E D I – C E S U C A

Rua Silvério Manoel da Silva, 160 – Bairro Colinas – Cep.: 94940-243 | Cachoeirinha – RS | Tel/Fax. (51) 33961000| e-mail:

cesuca@cesuca.edu.br

http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac

que a assistência seja efetivada nos diversos cenários da instituição de saúde pública.

(FERREIRA, 2006).

No desenvolvimento destas ações, se adquirem novos conhecimentos, atitudes e valores que fortalecem cada vez mais o ato de cuidar. (ROCHA, 2008; BARROS, 2007).

A história demonstra que o ato de cuidar, é prestar assistência ao cliente.

(FERREIRA, 2006; LIRA, 2008). Mas na atualidade e com os avanços tecnológicos, por muitas vezes os profissionais da saúde assumem afazeres administrativos, e o cuidado ao cliente se perde. (ROSSI, 2005).

Estes avanços vêm cada vez mais transformar a pratica destes profissionais em integrantes do processo de produção dos serviços de saúde, que sofrem influências dos determinantes sociais, políticos e econômicos.

Este panorama tem sido um desafio constante para os profissionais da área da saúde pública. Isto implica na busca constante de formas onde o profissional da saúde se detenha mais no cuidado assistencial, e assim inventar maneiras de produzir um cuidado mais coletivo. (BARROS, 2007).

Para que essa transformação ocorra, é necessário que o cuidado humano seja resgatado. (LIRA, 2008). É preciso que os profissionais da saúde desenvolvam ações baseadas em visitas domiciliares, baseadas no diálogo, na afetividade, na solidariedade, no amor, no respeito e principalmente no toque, talvez assim possibilite uma transformação do processo cuidar. (PINHEIRO, 2005).

Na visão atual, não existe receita, livro ou manual que ensine o cuidado. O cuidado ao outro deve ser desenvolvido em todos os momentos, é algo que se faz e refaz de forma dinâmica. (BARROS, 2007; LEITE, 2005).

Cuidar na saúde pública envolve interação do profissional com o cliente.

(BARROS, 2007). A atuação da enfermagem é de fundamental importância no cuidado e na realização do mesmo perante a comunidade. (PETERLINI, 2006).

Frente a este panorama, em que o cuidado ao cliente tem sido deixado de lado, faz com que se reflita criticamente sobre como resgatar o cuidar.

Diante deste cenário, precisamos buscar aliados para a inserção de um cuidado cada vez mais global, que possa ainda contribuir para transformações na saúde pública.

(LIRA, 2008; ROSSI, 2005).

Este trabalho tem como objetivo relatar a importância do cuidar em saúde pública, frente aos profissionais de saúde, busca realizar um novo modelo de assistência que tenha seu foco na solução dos problemas de saúde, na prevenção de doenças e promoção de

(3)

F A C U L D A D E I N E D I – C E S U C A

Rua Silvério Manoel da Silva, 160 – Bairro Colinas – Cep.: 94940-243 | Cachoeirinha – RS | Tel/Fax. (51) 33961000| e-mail:

cesuca@cesuca.edu.br

http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac

melhor qualidade de vida ao ser, visando assim, fornecer subsídios para que estes profissionais que nele atuam, possa refletir sobre o seu cotidiano e repensar a forma como vem desenvolvendo o cuidado humano.

2. METODOLOGIA

Para elaboração do presente trabalho, através de um levantamento bibliográfico, utilizando Bireme, Biblioteca Virtual foi percorrida as seguintes etapas: identificação do tema e seleção da hipótese.

Para a seleção dos artigos foi utilizada a base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde, a saber, da busca por A importância do cuidar em saúde pública, obteve-se como referência Biblioteca virtual. Selecionou-se por aderência a amostra final constituída de quinze artigos.

Para análise dos artigos selecionados foi utilizada ficha de leitura que contemplou os seguintes enfoques pertinentes: referência, descritores, objetivos, delineamento, local de estudo, sujeitos da pesquisa, coleta de dados, resultados, conclusão dos autores.

3. O CUIDADO HUMANIZADO

Sabe-se que o ato de cuidar a décadas vem sendo discutido. Faz parte da história da civilização, nós seres humanos, nascemos incumbidos do ato de cuidar e este ato fica cada vez mais visível. (FERREIRA, 2006; PINHEIRO, 2005).

O ser humano nasce com potencial de cuidado e isso significa que todas as pessoas são capazes de cuidar. Evidentemente, essa capacidade será melhor ou menos desenvolvida conforme as circunstâncias em que for exercida durante as etapas da vida.

(LIRA, 2008; ROSSI, 2005).

O cuidado na área da saúde é fundamental. Em um passado não muito distante, esse era visto como ajuda ao outro, expressava sentido de amor ao próximo, de amizade, ter compaixão, expressava misericórdia. Era visto como preocupar-se com o outro, era tido como sinal de fraqueza e de feminilidade. (BARROS, 2007; PINHEIRO, 2005).

Com a marcha do tempo o ser humano evoluiu, assim como as formas de cuidados também se modernizaram, se reorganizaram, apresentando novas concepções de cuidados. O cuidado que era humanizado e amoroso, hoje é meramente histórico, relembrando nossos antepassados. (LIRA, 2008; BARROS, 2007).

(4)

F A C U L D A D E I N E D I – C E S U C A

Rua Silvério Manoel da Silva, 160 – Bairro Colinas – Cep.: 94940-243 | Cachoeirinha – RS | Tel/Fax. (51) 33961000| e-mail:

cesuca@cesuca.edu.br

http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac

Hoje este cuidado não faz mais parte do cotidiano. O que se percebe é que o homem está incumbido de tarefas, tornando o tempo escasso para realizar convívio amistoso com as outras pessoas, talvez isto seja fruto da modernidade e da ganância em quê se vive hoje, onde as pessoas somente pensam em ter e não no fazer, tanto as pessoas quanto as instituições somente visam lucros. Também é visível uma sobrecarga de trabalho aos profissionais de cuidado, os quais absorvem tarefas burocráticas, deixando de exercer a tarefa mais importante da sua profissão. (ROSSI, 2005; PINHEIRO, 2005; PETERLINI, 2006).

Para alguns autores o ser humano torna-se cada vez mais individualista. (ROSSI, 2005).

Deve-se lembrar que o cuidado principalmente na área da saúde não se resume somente no ato de verificar sinais vitais, de trocar um curativo, de medicar, dar um banho de leito, ou simplesmente na troca de uma fralda.

O cuidado Inclui comportamentos, atitudes, valores e princípios que são vividos cotidianamente pelas pessoas em determinadas circunstâncias, porém, antes de tudo, diz respeito ao ser. (ROCHA, 2008; CAMACHO, 2001).

O cuidado humanizado enfatiza a própria ética, as ações técnicas, desde explicitações morais e laborais. Cuidar vai além, é a possibilidade de um contato, de troca de afeto, troca de informações, é uma maneira de se interagir com o outro. Pois é com o ato de tocar que o profissional tem a oportunidade de aproximar-se do outro, de executar uma importante ferramenta do processo de enfermagem, o exame físico. (ROCHA, 2008;

BARROS, 2007; PINHEIRO, 2005).

Vale lembrar que é através do toque que se proporciona conforto, calor humano e transmite-se a mensagem de que o paciente não está só diante da dor e do sofrimento.

É a arte do nosso viver com o resgate do respeito pelas pessoas juntamente com uma profissão que ultrapassa uma tarefa de cunho técnico.

4. O PROCESSO DE CUIDAR

Compreende-se como processo de cuidar a forma como ocorre o cuidado ou deveria ocorrer. Esse processo, que será descrito de forma resumida neste texto, trata do encontro que ocorre entre cuidadora e ser cuidado.

As relações de cuidado que são travadas entre as pessoas ocorre durante o encontro denominado momento de cuidado. Esse momento de cuidar se concretiza de forma plena quando se estabelece um laço de confiança do ser cuidado para o ser que cuida

(5)

F A C U L D A D E I N E D I – C E S U C A

Rua Silvério Manoel da Silva, 160 – Bairro Colinas – Cep.: 94940-243 | Cachoeirinha – RS | Tel/Fax. (51) 33961000| e-mail:

cesuca@cesuca.edu.br

http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac

e que, em princípio, para despertar essa confiança, deverá demonstrar responsabilidade, competência, respeito e sensibilidade. (BRITO, 2009; BARROS, 2007; CAMACHO, 2001).

Compreende-se, em adição, que o ser cuidado, no contexto de uma organização seja ela particular ou publica, é um ser que se encontra vulnerável.

O processo de cuidar é complexo, não é uma tarefa simples. O mesmo não envolve somente técnicas e uso de tecnologia. É um processo que exige esforço de ambas as partes, de quem cuida e de quem é cuidado. (FERRREIRA, 2006; BARROS, 2007).

Para cuidar ou ser cuidado é necessário que a pessoa ou profissional de saúde, cuide de si próprio, esteja bem consigo mesmo. Ela deve gostar do que faz. Gostar de estar com o outro, saber ouvir, ser flexível, manter bom relacionamento, estar disponível e atento a qualquer alteração que ocorra ter respeito e ética. (FERREIRA, 2006).

Visto que o ser cuidado necessita ser compreendido como um ser bio-psico-socio- espiritual. Pois somos gente que cuida de gente. A interação com o cuidado humano e o humano cuidado é fundamental. (BARROS, 2007).

Na saúde pública a atenção aos aspectos emocionais, físicos e espirituais do paciente vai além, envolve também uma interação com familiares, e esses é parte fundamental no processo de cuidar.

O desenvolvimento moral e ético ocorre paralelamente ao processo de crescimento físico e social do ser, desde o seu nascimento até a sua morte, com todas as adaptações possíveis, sua história pessoal, os dados biopsicológicos herdados, de seu meio familiar, suas condições ambientais, sociais e culturais, os dados adquiridos na interação hereditariedade-meio, as características e condições de funcionamento do individuo nessa interação, possibilitando adaptações e mudanças em situações futuras. (CAMACHO, 2001;

PETERLINI, 2006; FALCÓN, 2008).

A família representa laços de afinidade e aliança, a mesma é ligada por regras, histórias, crenças e afetos que possibilitam a sua totalidade e integridade. Qualquer mudança em apenas uma das partes provoca alteração no convívio destes.

Quando o ser adoece, quando não é capaz de desenvolver o ritmo habitual de sua cotidianidade, seja por uma patologia de ordem somática, social ou psicológica, ele percebe empaticamente a vulnerabilidade de seu ser. Talvez seja nessa circunstância que o ser tem máxima percepção de sua vulnerabilidade. Ao conscientizar-se da sua situação, o ser a aceita bem melhor. Por outro lado, a família precisa estar consciente da vulnerabilidade do outro, ou seja, da sua extensão e natureza e assim empreender esforços no sentido de ajudar, de cuidar. (BARROS, 2007; PINHEIRO, 2005; PETERLINI, 2006;

ZAGONEL, 1999).

(6)

F A C U L D A D E I N E D I – C E S U C A

Rua Silvério Manoel da Silva, 160 – Bairro Colinas – Cep.: 94940-243 | Cachoeirinha – RS | Tel/Fax. (51) 33961000| e-mail:

cesuca@cesuca.edu.br

http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac

Para empreender esforços em prol do cuidado, a Família deve envolver-se no processo de trabalho nas organizações de saúde, de forma a buscar e realizar não só o que lhe compete, mas aquilo que é idealizado na enfermagem.

O processo de cuidar faz parte de nossa história nas diferentes dimensões, e hoje o cuidado e a tecnologia estão interligados. É visto que a tecnologia evoluiu e faz parte do cuidar e este cuidar requer a incorporação de técnicas e maquinas avançada, para que se estabeleça uma excelência no processo cuidar. (BRITO, 2009; ROCHA, 2008;

FERREIRA, 2006).

A tecnologia juntamente com a humanização é imprescindível no que se refere à saúde. Diferente disso é centrar forças na objetividade tecnológica como caminho de mão única, pacificando todos os elementos fundamentais a experiência do processo vivido entre clientes e profissionais circunstanciais de tratamento de saúde e do processo de cuidar.

Porém vale lembrar que esta tecnologia não passa de apenas instrumento de trabalho.

(ROCHA, 2008; BARROS, 2007; PINHEIRO, 2005). Por mais que a tecnologia influencia em um cuidado mais elaborado, a fantasia de que o ato de cuidar é eternizado na forma de ajuda ao próximo, de amizade, de afeto por parte de quem cuida, permanece presente na mente de quem recebe o cuidado.

O cuidado quando bem vivenciado, propõe mudanças significativas no cliente/profissional e conseqüentemente atinge o coletivo.

Esperamos que num futuro próximo, sejamos capazes de prestar um cuidado de qualidade, um cuidado no qual possamos enxergar o ser em suas várias dimensões.

5. O CUIDADO DENTRO DO CONTEXTO DA SAÚDE PÚBLICA

A saúde pública em nosso país atualmente ainda demonstra fragilidade, porém em constante processo de evolução.

Hoje as práticas de saúde estão passando por uma crise em sua história. Em contrapartida o expressivo desenvolvimento científico e tecnológico, as pratica vem encontrando sérias limitações para responder efetivamente as necessidades de saúde da população. (CAMACHO, 2001).

As propostas de humanização e integralidade no cuidado em saúde têm difundidas estratégias para enfrentar criativamente à crise e construir alternativas para a organização das práticas de saúde no Brasil. (PETERLINI, 2006; ZAGONEL, 1999).

O Projeto de vida, construção de identidade, confiança e responsabilidade são apontados como traços principais a serem considerados na compreensão das interações

(7)

F A C U L D A D E I N E D I – C E S U C A

Rua Silvério Manoel da Silva, 160 – Bairro Colinas – Cep.: 94940-243 | Cachoeirinha – RS | Tel/Fax. (51) 33961000| e-mail:

cesuca@cesuca.edu.br

http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac

entre profissionais de saúde e pacientes e como pontos-chave para a reconstrução ética, política e técnica do cuidado. (BARBOSA, 2007; ZAGONEL, 1999).

Considerando o usuário na sua totalidade proporcionando-o o cuidado da atenção integral a saúde.

Experiências advindas da prática social podem ser difundidas por todos e apropriados por cada um, por cada sujeito em particular. Com relação aos vários estágios de cuidados que possuem certa seqüência tanto no tempo, quantos nas formas, mas não são imutáveis. Eles dependem das condições nas quais ocorrem os históricos sociais concretas exercendo uma influência individual de ambas as partes. (FALCÓN, 2008; BUENO, 2006).

Talvez a enfermagem necessite de maior participação na reconstrução das políticas de saúde, uma vez que, esta, apresenta perfil gestor, crítico, norteador, ético, reflexivo, técnico - científico e com responsabilidade social e compromisso com a cidadania. (BARBOSA, 2007).

A saúde pública realiza ações que envolvem a proteção da saúde individual e coletiva e a prevenção de possíveis danos causados a saúde da população em geral

Embora seja considerável a evolução no atendimento nos últimos anos no contexto da saúde pública esta ainda longe do ideal no que se refere á sua aplicabilidade.

Quando falamos em cuidado em saúde pública consideramos a promoção, a proteção, a prevenção à recuperação a reabilitação a manutenção o diagnóstico e tratamento como ações primordiais para o processo saúde – doença. Considerando o usuário na sua totalidade proporcionando-o o cuidado da atenção integral a saúde.

(BUENO, 2006; COELHO, 2005).

Conhecer o paciente, seus problemas de saúde e sua situação socioeconômica fazem parte das condutas de saúde pública. Esse conhecimento é fundamental para apreciar possibilidades e dificuldades na tomada de decisões em conjunto com paciente/familiar/profissional estabelecendo assim uma relação de confiança. (ZAGONEL, 1999; FALCÓN, 2008).

Torna-se fundamental em saúde pública que o profissional não esteja focado somente na assistência, mas que atue também na promoção, manutenção e recuperação da saúde do ser humano. Para uma pratica de cuidado integral incluem o atendimento das necessidades humanas, adaptações e mudanças que ocorrem ao longo da vida, de dimensão biológica, psicológica, social, cultural e espiritual. (COELHO, 2005).

(8)

F A C U L D A D E I N E D I – C E S U C A

Rua Silvério Manoel da Silva, 160 – Bairro Colinas – Cep.: 94940-243 | Cachoeirinha – RS | Tel/Fax. (51) 33961000| e-mail:

cesuca@cesuca.edu.br

http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pelo exposto, no presente texto, verifica-se que o cuidado, embora necessário em todas as fases da vida, é fundamental quando existe vulnerabilidade. A compulsão para cuidar é acionada sempre e imediatamente que o outro ser se apresenta em estado de vulnerabilidade. O paciente, por sua enfermidade, é um ser vulnerável; o qual possibilita o cuidado.

Durante o processo de cuidar, o encontro entre ser que cuida e ser cuidado é de máxima relevância, pois, dependendo de como é iniciada a relação, a experiência pode se tornar menos traumática. É primordial também, durante o momento de cuidar, que se estabeleça confiança por parte do ser cuidado para com a enfermagem e todos os demais cuidadores. O primeiro se sentirá mais seguro e tranqüilo, auferindo conforto e bem-estar e os cuidadores sentir-se-ão realizados, gratificados e auferirão mais conhecimento, tanto profissional quanto pessoal, pois cada novo encontro enriquece ambos os seres envoltos nessa relação.

No processo de cuidar deve-se priorizar o ser humano, a relação entre cliente/profissional e entre o ambiente no qual se promove à saúde pública.

Sendo assim cuidar precisa todo instante de renovação, precisa de uma interação, de um envolvimento entre as partes, profissional/cliente e também de quem cuida.

O papel da cuidadora é fundamental para reduzir a vulnerabilidade e manter a autonomia e dignidade do paciente.

Nesse sentido, o profissional de enfermagem, em especial, é responsável pela obtenção de um ambiente de cuidado e isso envolve ações que mobilizam tanto recursos humanos, na sua máxima possibilidade de relacionar-se, quanto material.

A dimensão humana, favorecida pelo ato de cuidar, tem caráter de transformação, de integralização com o mundo, o ambiente e as pessoas. Pensa-se que a revisão proposta neste texto pode contribuir para algumas reflexões, enaltecendo a importância de cuidar.

Este estudo nos levou a buscar formas de revisar e inserir ações que estimulem e resgatem o cuidado ao cliente na sua total dimensão.

No processo de cuidar deve-se priorizar o ser humano, a relação entre cliente/profissional e entre o ambiente no qual se promove à saúde pública.

Frente a isto perante o sistema de saúde pública atual, emerge a necessidade de rever atitudes de profissionais e a forma de como estes serviços vem sendo organizados.

(9)

F A C U L D A D E I N E D I – C E S U C A

Rua Silvério Manoel da Silva, 160 – Bairro Colinas – Cep.: 94940-243 | Cachoeirinha – RS | Tel/Fax. (51) 33961000| e-mail:

cesuca@cesuca.edu.br

http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac

Este trabalho visa melhorar e fornecer acesso da população a um cuidado humanizado e fazer com que este cuidado transcenda como no passado, com mais afeto, confiança, solidariedade e que seja finalizado com o toque, com a prevenção e promoção de uma saúde mais coletiva.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBOSA, IA; SILVA, MJP. Cuidado humanizado de enfermagem: o agir com respeito em um hospital universitário. Revista brasileira de enfermagem, v. 60, n.5, p.546-51, 2007.

BARROS, S; OLIVEIRA, M. A. F.; SILVA, A. L. A. Práticas inovadoras para o cuidado em saúde. Revista da escola de enfermagem da USP, v. 41, n. (Esp), p.815-19, 2007.

BRITO, D. C. S. Cuidando de quem cuida: estudo de caso sobre o cuidador principal de um portador de insuficiência renal crônica. Psicologia estudo, v.14, n.3, p. 603-07, 2009.

BUENO, F.M.G.; QUEIROZ, M.S. O enfermeiro e a construção da autonomia profissional no processo de cuidar. Revista Brasileira de Enfermagem, v.59, n.2, p.222-27, 2006.

CAMACHO, A.C.L.F.; ESPÍRITO SANTO, F.H. Refletindo sobre o cuidar e o ensinar na enfermagem. Revista Latino-Americana Enfermagem, v.9, n.1, p.13-17, 2001.

COELHO, E.A.C; FONSECA, R.M.G.S. Pensando o cuidado na relação dialética entre sujeitos sociais. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 58, n.2, p.214-17, 2005.

FALCÓN, G.C.S; ERDMAN, A.L.; BACKES, D.S. Significados do cuidar na promoção da saúde. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v.16, n.3, p.419-24, 2008.

FERREIRA, M.A. A comunicação no cuidado: uma questão fundamental na enfermagem.

Revista Brasileira de Enfermagem,v.59, n.3, p.327-30, 2006.

LEITE, V.B.E.; FARO, A.C.M.I. O cuidar do enfermeiro especialista em reabilitação físico-motora. Revista da Escola de Enfermagem, v.39, n.1, p. 92-96, 2005.

LIRA, O.S.; SILVA, M.J.P. O cuidado como uma Lei da Natureza: uma percepção integral do cuidar. Revista da Escola de Enfermagem, v.42, n.2, p.363-70, 2008.

PETERLINI, O.L.G.; ZAGONEL, I.P.S. O sistema de informação utilizado pelo enfermeiro no gerenciamento do processo de cuidar. Texto e Contexto de Enfermagem, v.15, n.3, p.418-26, 2006.

(10)

F A C U L D A D E I N E D I – C E S U C A

Rua Silvério Manoel da Silva, 160 – Bairro Colinas – Cep.: 94940-243 | Cachoeirinha – RS | Tel/Fax. (51) 33961000| e-mail:

cesuca@cesuca.edu.br

http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac

PINHEIRO, P.N.C. et al. O cuidado humano: reflexão ética acerca dos portadores do HIV/AIDS. Revista Latino-Am. Enfermagem, v.13, n.4, p.569-75, 2005.

ROCHA, P.K. et al. Cuidado e tecnologia: aproximações através do Modelo de Cuidado.

Revista Brasileira de Enfermagem, v.61, n.1, p.113-116, 2008.

ROSSI, F.R.l.; SILVA, M.A.D. Fundamentos para processos gerenciais na prática do cuidado. Revista da Escola de Enfermagem,. v.39, n.4, p.460-68, 2005.

ZAGONEL, I.P.S. O cuidado humano transicional na trajetória de enfermagem. Revista Latino-Am. Enfermagem, v.7, n.3, p.25-32, 1999.

Referências

Documentos relacionados

Este estudo foi moldado pelo objetivo de averiguar preliminarmente as possibilidades de integração teórica dos conceitos de experiência do utilizador com as dimensões sistémicas de