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Adolescentes com diferentes graus de obesidade difeririam em suas avaliações nutricionais e prática de atividade física?

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Academic year: 2023

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XXV Congresso de Iniciação Científica

Adolescentes com diferentes graus de obesidade difeririam em suas avaliações nutricionais e prática de atividade física?

Karen Lorensetti, Valéria Nóbrega da Silva, Tamara Beres Lederer Goldberg. Botucatu, Instituto de Biociências- IB e Faculdade de Medicina de Botucatu –UNESP –Disciplina de Medicina do Adolescente;

Curso de Nutrição, Karenlorensetti@hotmail.com, PROEX.

Palavras Chave: Adolescentes, Estado Nutricional, Hábitos Alimentares.

Introdução

A prevalência da obesidade vem aumentando entre crianças e adolescentes brasileiros nas últimas duas décadas e, 80% deles permanecem obesos quando adultos1,2. As dietas com alto valor energético e o estilo de vida sedentário são apontados como as principais causas do excesso de peso, resultando num dos principais motivos que levam os adolescentes a procurarem os serviços de saúde. 1 Por conta disso, avaliar e entender as características desses indivíduos pode auxiliar na recuperação do estado nutricional, evitando a permanência dessa condição e principalmente, de suas conseqüências à saúde na vida adulta.

Objetivos

Comparar entre adolescentes sobrepesos, obesos e superobesos, o consumo alimentar e à freqüência e duração da atividade física/semanal.

Material e Métodos

Foram avaliados 73 adolescentes (44 meninas; 29 meninos) entre 10 e 20 anos de idade. Realizou-se antropometria com obtenção de peso, estatura e IMC. Os valores de percentil e Escore-Z do IMC/idade foram obtidos pelo Programa Epi Info versão 3.5.1. Considerou-se sobrepesos aqueles com IMC ≥85opercentil e <95o, obesos ≥ 95o e <99o percentil (Academia Americana de Pediatria) e superobesos com IMC > 99opercentil (Xanthakos &

Inge, 2007). A medida da Circunferência da Cintura(CC) foi aferida no ponto médio entre a crista ilíaca e a última costela. Para avaliar o consumo alimentar habitual utilizou-se o Programa Nutrilife versão 8.1. A adequação de ingestão de nutrientes foi efetuada segundo a DRI/AI para a idade/sexo (9 -13 e 14-18anos). Realizou-se análise descritiva dos dados, com valores de médias, desvio-padrão e medianas. Utilizou-se ANOVA para comparar as variáveis entre os grupos sobrepeso, obeso e superobeso, com p<0,05.

Resultados e Discussão

Entre sobrepesos e obesos verificou-se predomínio de meninas (74% e 58%), para superobesos os meninos prevaleceram (54,5%). A média de idade e estatura foi semelhante entre os grupos; o peso, IMC, percentil do IMC/Idade/sexo e CC diferiram entres os grupos (p<0,05). Os superobesos

praticaram mais atividade física, porém a duração foi maior para os obesos e a freqüência/semanal se manteve a mesma entre os grupos. Quanto a horas/dia frente a TV e computador, não houve diferença significativa entre os grupos. A média de refeições/dia realizadas foi de 4,15±0,68. As refeições menos realizadas pelos superobesos foram: café da manhã, lanche da manhã e ceia (27,28%). A ingestão hídrica foi 1000mL para sobrepesos e obesos e 850mL para superobesos (p>0,05). Quanto à ingestão e adequação dos nutrientes apenas o Cálcio diferiu entre sobrepesos e superobesos.

Tabela 1. Porcentagem de adequação dos nutrientes da dieta de acordo com o DRI/AI (2002) e Cálcio/ Vitamina D (DRI, 2010).

Nutrientes Sobrepeso (n=19)

Obeso (n=43)

Superobeso (n=11) Média±DP

Carboidrato 93,40±14,26 88,21±20,81 93,76±20,46 Proteína 155,19±47,32 140,06±53,56 168,57±58,2 Lipídeo 84,50±26,34 94,01±31,86 77,13±17,33

Mediana (p25-p75) Fibra total 62,46

(35,18-8,07)

70,65 (39,79-6,06)

73,67 (41,34-12,46)

Cálcio 45,25*

(38,38-75,79)

34,87 (18,32-75,20)

27,25*

(20,37-32,62)

Fósforo 98,00

(77,95-109,24)

75,27 (63,89-108,12)

68,59 (55,15-117,13)

Vitamina D 0,00 0,00 0,00

Zinco

111,18 (80,22-170,01)

123,78 (68,63-170,09)

148,33 (68,41-225,47) Ferro

81,13 (61,11-111,77)

65,00 (46,67-98,97)

60,87 (55,20-223,18) Vitamina C

32,62 (8,79-118,37)

62,31 (14,20-240,96)

15,62 (5,84-37,28)

Conclusões

O método rotineiramente utilizado para avaliar o consumo alimentar e prática de atividade física de adolescentes com excesso de peso não se apresentou sensível ou específico para essa população, sendo necessária a complementação com outros métodos.

Agradecimentos

PROEX- Pró Reitoria de Extensão e FAMESP.

____________________

1Schonfeld, W. N. & Warden, C. H. - Pediatric Obesity: an overview of etiology and treatment Ped. Clin. North. Am., 44 (2): 339, 1997.

2Rizzo, AP.C.B. et al. Metabolic syndrome risk factors in overweight, obese, and extremely obese brazilian adolescents. Nutrition Journal2013, 12:19 doi:10.1186/1475-2891-12-19.

Referências

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