Sociedade Brasileira de Química ( SBQ)
31a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química
Análise da atividade catalítica do fluoreno em solução aquosa por processo Fenton heterogêneo utilizando magnetita dopada com cobalto.
Luciana Brunhara Biazati* (PG), Maria de Fátima F. Lelis (PQ).
lucianabrunhara@yahoo.com.br
Departamento de Química - Universidade Federal do Espírito Santo - Av. Fernando Ferrari, 514 - Vitória - ES.
Palavras Chave: magnetita s, POA, Fenton, HPAs.
Introdução
O aumento da necessidade de energia no planeta implica no aumento da exploração e utilização de petróleo e seus derivados. Isso acarreta em contaminação dos efluentes líquidos com substâncias tóxicas, carcinogênicas e mutagênicas, como os hidrocarbonetos poliaromáticos (HPAs). Os HPAs são de grande prevalência na natureza devido à dificuldade de degradação natural pela luz solar ou por microorganismos. Cabe às indústrias contaminantes o tratamento desse efluente líquido.
Uma técnica muito estudada atualmente é o processo oxidativo avançado (POA), que implica na geração do radical hidroxila, responsável pela oxidação de compostos orgânicos a CO2 e H2O.
Nesse trabalho foi realizado o processo Fenton na decomposição oxidativa do fluoreno em meio aquoso com a utilização de magnetita substituída com cobalto (Fe2,35Co0,65O4) e peróxido de hidrogênio. A
degradação foi avaliada por fluorescência.
Resultados e Discussão
A síntese da magnetita foi realizada de acordo com o método de co-precipitação proposto por Abreu Filho et al(1) baseado na produção do hidroxoacetato férrico e conversão da magnetita por aquecimento em atmosfera de N2 à 430°C. A magnetita foi caracterizada por espectroscopia Mössbauer e DRX, apresentando substituição do ferro por cobalto preferencialmente nos sítios octaédricos.
Figura 1. Espectro de Mossbauer da magnetita Fe2,35Co0,65O4.
As amostras continham 10 mL de solução aquosa com 5,95 x 10-7 mol/L de fluoreno, 8 mg de magnetita dopada com cobalto e peróxido de hidrogênio. A degradação do fluoreno foi acompanhada por fluorescência em períodos de tempo determinados (0 min, 30 min, 1 hora, 1 hora e 30 min e 3 horas). A excitação foi fixada em 300 nm e a emissão registrada estava entre 100 e 700 nm. Observa-se que nos primeiros 30 minutos de reação já ocorre uma grande decomposição do fluoreno e que no intervalo entre 1 hora e 30 min e 3 horas ocorreu a total degradação dos compostos aromáticos.
Figura 2. Degradação do fluoreno em solução aquosa.
Conclusões
Foi verificado nesse trabalho que a magnetita dopada com cobalto (Fe2,35Co0,65O4) tem a capacidade de degradar o fluoreno em condições estáveis de temperatura e pressão.
Agradecimentos
FAPES/CAPES.
___________________
1 Lelis, M. F. F.; Fabris, J. D.; Mussel, W. N.; Takeuchi, A. Y.
Materials, Research,2003 , 6, 145.
2 Costa, R.C.C.; Lelis, M.F.F.; Fabris, J.D.; Lago, R.M., Catal.
Commun., 2003, 4, 525.
-10 -5 0 5 10
0,86 0,88 0,90 0,92 0,94 0,96 0,98 1,00
Fe2.35Co
0.65O
4
Absorção Relativa
Velocidade/mm s-1
0 5 0 0 1 0 0 0 1 5 0 0 2 0 0 0 2 5 0 0 3 0 0 0 3 5 0 0 4 0 0 0
3 0 0 4 0 0 5 0 0 6 0 0
_ _ _ _ Inicio _ _ _ _ 3 0 m i n _ _ _ _ 1 h o r a
n m
_ _ _ _ 1 h o r a e 3 0 m i n
Intensidade
_ _ _ _ 3 h o r a s
Sociedade Brasileira de Química ( SBQ)
25a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química - SBQ 2