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Análise da crise do subprime através de uma perspectiva

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Academic year: 2023

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Análise da crise do subprime através de uma perspectiva

Keynesiana

Thayná Bento de Faria, Eduardo Strachman, Campus de Araraquara, Faculdade de Ciências e Letras, Ciências Econômicas, thaynabdfaria@gmail.com, PIBIC/CNPQ.

Palavras Chave: mercado financeiro, subprime, riscos, crédito.

INTRODUÇÃO:

No final dos anos 1960, a economia americana passou a sofrer com as chamadas estagflações, sendo esse período marcado também pelo aumento da taxa de juros. Nessa década, começaram algumas mudanças no cenário institucional, que levaram, posteriormente, ao processo de desregulamentação do mercado financeiro americano e a inovações financeiras, processos estes que resultariam, muito depois, na “crise do subprime” de 2007/2008.

O elevado crescimento do mercado imobiliário americano, no início do século XXI, e o aumento da competição entre as instituições financeiras, levou a uma expansão na concessão de crédito e a emissões de hipotecas de vários tipos, com destaque para as subprime, o que garantiu que a demanda por imóveis continuasse maior que a oferta e assim ocorresse a valorização nos preços das residências. As expectativas de altos rendimentos no setor imobiliário americano atraíram investidores de várias nacionalidades. Dessa forma, quando os preços dos imóveis começaram a cair e a bolha de valorização dos ativos finalmente estourou, com a falência do Lehman Brothers, a crise se alastrou por todo o mercado financeiro, colocando em “xeque” os modelos convencionais de mercados e gerando debates acerca da teoria econômica atual.

OBJETIVOS:

Esta pesquisa tem como objetivo analisar a crise do subprime, através de uma perspectiva pós- keynesiana. Investigam-se os eventos que contribuíram para o início da crise, assim como as características estruturais do sistema financeiro americano. Pretende-se observar também alguns dos problemas das teorias econômicas (e de suas suposições mais irrealistas) majoritariamente utilizadas, as quais auxiliaram, segundo vários autores, a gerar problemas graves ao mercado financeiro dos EUA.

MATERIAL E MÉTODOS:

Foram realizados os seguintes procedimentos para a elaboração da pesquisa:

 Revisão bibliográfica, que possibilitou uma melhor compreensão da crise de 2008, com ênfase sobre os enfoques pós-keynesianos.

 Descrição da crise desde as suas raízes, para analisar as causas de seu início, assim como as falhas dos “modelos econômicos” utilizados.

RESULTADOS:

“Na perspectiva Keynesiana, o fato de que o agente adquira informação e acumule experiência, embora possa aumentar sua competitividade, não produz qualquer tendência a eliminação da incerteza. Apenas

parte das premissas necessárias às decisões capitalistas provém diretamente de informações, ou de funções de probabilidade”.(Silva, 1999). Assim, o excesso de confiança na classificação dos ativos pelas agências de rating e na autocorreção dos mercados, que levou à forte concorrência entre agentes financeiros e à valorização dos ativos, poderia ter sido evitado. A decisão pela aquisição de um ativo é tomada com base em expectativas quanto a seus rendimentos futuros.

Porém, no caso da crise de 2008, as expectativas de lucro no setor imobiliário não se confirmaram para muitos agentes, após cessar o período de alta, ainda em 2007. Com o crescimento da inadimplência em grande parte dos empréstimos, o clima de desconfiança alastrou-se, levando os agentes econômicos a preferirem liquidez a concederem créditos. Como consequência, muitas instituições financeiras foram à falência e a crise se alastrou pelo mundo todo.

DISCUSSÃO:

A partir da revisão bibliográfica, podemos chegar à conclusão de que os empréstimos prime e subprime, juntamente com a baixa taxa de juros, com avaliações fraudulentas por parte das agências de rating, entre outras fraudes, falhas na supervisão governamental e de outras instituições, etc., garantiram a alta nos preços dos imóveis e consequentemente atraíram um grande número de investidores para o setor imobiliário. Os riscos envolvendo esses tipos de empréstimos foram ignorados por todos, até que a bolha especulativa estourasse. Ademais, em vez de esta crise permanecer geograficamente concentrada, colocando apenas agentes locais em risco, a magnitude da especulação, inclusive em termos mundiais, e a relevância da economia americana, espalharam este colapso para todo o mundo (Krugman & Wells, 2010).

AGRADECIMENTOS

Agradeço ao meu orientador Eduardo Strachman e ao PIBIC/CNPQ.

REFERÊNCIAS:

1 Cagnin, Rafael F. (2009a) ‘Institutional and financial innovations in the US housing finance system,’ Brazilian Journal of Political Economy, 29 (3):256-273.

2 Cagnin, Rafael F. (2009b) ‘Housing cycle and economic growth in the United States 2002-2008,’

Estudos Avançados, 23 (66): 147-168.

3 Silva, A. (1999) Macroeconomia sem equiíbrio. Vozes.

4 GPO-FCIC. The Financial Crisis Inquiry Report, 2011.

5 Strachman, Eduardo; Fucidji, Ricardo. The Current Financial and Economic Crisis: Empirical and Methodological Issues.

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