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Análise do impacto da previdência social sobre o produto brasileiro.

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Academic year: 2023

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Este trabalho tem como objetivo examinar a previdência social brasileira e seu impacto no crescimento do produto, por meio de revisão de literatura sobre o assunto e dados das contas públicas do país. Nesse quadro, o presente trabalho visa contribuir com o debate, analisando o impacto da previdência e seus efeitos sobre o crescimento econômico brasileiro.

Economia Brasileira e Gastos com a Previdência

Governo Fernando Henrique Cardoso (FHC)

A antiga forma de cálculo utilizava como base o salário apenas dos últimos três anos de contribuição para o cálculo da pensão. A nova fórmula estabeleceu então um novo "fator de aposentadoria" que é adicionado à média de todos os salários contributivos do segurado.

Gráfico 2: Proporção Dívida Pública/PIB entre 1995-1998 em (%)
Gráfico 2: Proporção Dívida Pública/PIB entre 1995-1998 em (%)

Governo Luiz Inácio Lula da Silva (Lula)

A inflação, que havia aumentado nos primeiros meses do ano, continuou acompanhando a taxa de câmbio ao longo do ano. De acordo com o gráfico (6) acima e sabendo que a Selic encerrou 2002 em torno de 22%, podemos ver que o aumento dos juros em janeiro pode ter causado a contração do índice de preços ao consumidor brasileiro no ano. Além disso, como aponta Giambiagi (2011), políticas fiscais restritivas reduziram os gastos primários do governo em cerca de 3% do PIB.

Segundo Giambiaga (2011), a dívida pública/PIB foi fortemente indexada pela taxa de câmbio, que sofreu uma valorização nominal e, juntamente com o superávit primário, conseguiu reduzir a relação dívida. Após um crescimento negativo do PIB em 2009, 2010 registou um crescimento de 7,5% no mesmo indicador, enquanto a taxa de desemprego continuou a diminuir e atingiu 5,3%. Em 2011, primeiro ano do mandato da presidente Dilma, a economia brasileira voltou a apresentar baixo índice de crescimento do PIB (2,7%), e o índice de preços, que encerrou 2010 em torno de 5,9%, subiu e no final do ano atingiu 6,5%.

Eventualmente, a inflação também subiu, as taxas de juros estavam altas e muitos países não conseguiram se recuperar tão rapidamente da crise naqueles anos, o que poderia explicar a deterioração da economia brasileira. O desempenho da economia e o aumento observado na taxa de juros entre 2013-2015 foram fatos essenciais para verificar o aumento vertiginoso da dívida pública bruta do Brasil a partir de 2013, cerca de 13% de aumento em relação a 2016. para o rendimento da economia como um todo , gerando assim crescimento econômico.

Os resultados obtidos com a estimação do modelo também reafirmam o que é demonstrado empiricamente no Modelo de Solow (1956), visto na seção 3.2 deste trabalho, em que a taxa de investimento é diretamente proporcional ao nível de produção dos países, ou seja.

Gráfico 9: Crescimento do PIB em %
Gráfico 9: Crescimento do PIB em %

Governo Dilma Vana Rousseff

Crescimento Econômico e Gasto Previdenciário: 1995-

Quando assumiu a presidência da república, Fernando Henrique Cardoso ainda estava na fase de implementação do plano Real, que visava conter a inflação que há anos assombrava a economia brasileira. Outro fator preponderante foi a crise fiscal que ameaçava as contas públicas e poderia levar ao fracasso do plano, impossibilitando o governo de investir mais no setor produtivo. A média não impressiona; para Giambiagi (2011), a abertura de Collor, porém, continuou com o Plano Real e as reformas promovidas por FHC poderiam se adaptar ao longo do tempo e trazer compensações para a economia brasileira, que seria mantida por Lula.

A média anual, segundo dados do FMI, foi de 4,1% no período, igual ao crescimento da América Latina e superior à média mundial, que foi de 3,8% ao ano. Essas reformas visavam ajustar atuarialmente as contas da previdência, pois, segundo Ornelas e Vieira (1999), desde 1995 existiam defasagens entre receitas e despesas previdenciárias e os benefícios continuavam crescendo, resultando em aumento significativo das despesas causadas , verificada em cada ano. As reformas no setor aconteceram tanto no governo FHC quanto nos governos Lula e Dilma, com propostas diversificadas.

Se analisarmos o período de expansão da economia brasileira, entre o qual se caracterizou pelo aumento da participação do setor formal e a taxa de desemprego chegou a 6%, junto com as contas da previdência, podemos constatar que mesmo nesse período , as despesas foram superiores às receitas, indicando um fator preocupante para a economia. Os dados do gráfico (17) mostram o aumento vertiginoso das despesas enquanto as receitas sobem cada vez menos, ameaçando o equilíbrio previdenciário.

Gráfico 17: Despesas e Receitas Correntes da Previdência Social em (R$)
Gráfico 17: Despesas e Receitas Correntes da Previdência Social em (R$)

Contas do Governo e A Evolução Demográfica

Análise (1995-2016)

  • Resultado Primário/PIB
  • Dívida Pública/PIB
  • Gasto com Previdência/PIB
  • Proporção de Idosos na População Total

Para sua implementação, foi aprovada a proposta de emenda constitucional n. 241, que estabelece o limite superior para o crescimento dos gastos públicos. Um certo limite para o crescimento das despesas primárias estaria atrelado ao nível de inflação do ano anterior. O impacto de gastos imprevisíveis com a previdência também pode levar à redução de gastos, o que é internamente desfavorável ao produto.

Quando se faz uma análise com a inclusão dos investimentos municipais, verificam-se coeficientes significativamente positivos para o efeito de externalidade dos gastos públicos. Cândido Jr (2001) analisa a produtividade dos gastos públicos com o crescimento econômico no Brasil no período de 1947 a 1995 para estimar a elasticidade produto-consumo, o efeito das externalidades e o hiato de produtividade entre os setores público e privado. Para o conceito mais limitado de gastos públicos (consumo + transferências), o efeito da externalidade do setor público é negativo medido pela elasticidade, ou seja, um aumento de 1% nos gastos com consumo e transferências diminui 0,02% no produto da economia .

Ao incluir os investimentos da administração pública, observa-se uma elasticidade produto-despesa positiva de 0,43, o que significa que o gasto público aumentou 1%. Os efeitos do gasto público no Brasil foram então considerados acima de seu nível ótimo, pois os efeitos das externalidades foram canalizados quando o consumo e as transferências foram incluídos no modelo.

PEC do Teto dos Gastos (PEC 241)

Modelo Econométrico

Discussão de Trabalhos

Tochetto, Ribeiro, Comim e Junior (2004) afirmam que o chamado crescimento pró-pobre é entendido como um crescimento que permite aos pobres aumentar sua participação na atividade econômica e torna o crescimento da renda proporcionalmente mais benéfico do que não. Os autores afirmam que os estados brasileiros se comportaram de forma diferente em termos de redução da pobreza e que apenas o Distrito Federal e o Ceará apresentaram elasticidade negativa, mostrando que o crescimento reduz a incidência da pobreza. Porém, para Rodrigues e Teixeira (2010), apesar da maior participação do consumo, subsídios e transferências, estes são menos produtivos quando se trata do setor público do que o investimento, e, entre 1950 e 1980, há um declínio na participação e .

Há também o fato de que os gastos municipais cresceram mais que os gastos estaduais e federais entre 1990 e 1998, o que seria ineficiente para o crescimento econômico, pois o estudo mostra uma menor participação dessa esfera no produto. Dos parâmetros que os autores utilizaram para perceber se o combate à pobreza foi eficaz, o índice de Gini e a média de anos de estudo foram os mais significativos estatisticamente. Esses resultados, segundo Marinho, Linhares e Campelo (2011), mostram que as políticas de redução da concentração de renda e educação são de grande importância para o combate à pobreza, e o resultado destacado indica que os programas de transferência de renda não contribuem para o redução da pobreza afeta os estados brasileiros; isso poderia.

Há correntes que acreditam nos efeitos positivos que o gasto pode agregar ao PIB por meio de políticas que estimulem mais investimento dentro do gasto, além de pesar os gastos que podem ser considerados produtivos e improdutivos. Herrera e Blanco (2004) comentam que no longo prazo o consumo e os gastos previdenciários não têm efeito sobre o PIB e os subsídios têm efeito negativo.

Modelo de Solow

A variação do estoque de capital é igual ao investimento bruto menos a depreciação do capital durante o processo de produção. De acordo com o modelo de Solow (1956), a economia atinge o estado estacionário quando o investimento é igual à depreciação, e a quantidade de capital por trabalhador é igual a 0. As equações (3) e (4) nos permitem usar esta condição, onde k =0, para obtenha as quantidades de estado estacionário de capital por trabalhador e produto por trabalhador.

As equações (6) e (7) de acordo com Jones (2013) revelam a resposta do modelo de Solow para a pergunta: “Por que somos tão ricos e eles tão pobres?”, ou seja, economias com altas razões poupança/poupança tenderão a ter investimentos mais ricos , ceteris paribus. Alguns anos depois, os estudos aprofundaram a teoria de Solow (1956), e um novo modelo foi criado por Gregory Mankiw, David Romer e David Weil com um artigo intitulado "A Contribution to the Empirics of Economic Growth", chamado Solow Model with Man. Capital. Para Jones (2013), os autores perceberam que o modelo de Solow tem bom desempenho empírico e que esse modelo se comporta de forma mais correta quando o capital humano é incluído, pois assimilaria diferentes níveis de qualificação da mão de obra. .

A letra "u" representa o tempo que as pessoas gastam aprendendo novas habilidades e "L" representa a quantidade de mão de obra usada na produção. Onde y é a produção por trabalhador, "s" é a taxa de poupança, "n" é a taxa de crescimento populacional, "g" é a taxa de crescimento da tecnologia, "d" é a depreciação do capital e "A" é tecnologia.

Metodologia

A equação do modelo VAR pode ser transformada em outro modelo chamado correção de erro de vetor (VEC), que é usado quando as variáveis ​​não são estacionárias em nível, mas são mostradas como estacionárias em primeira ordem. Os sinais dessas variáveis ​​estão em linha com o esperado, ou seja, os gastos previdenciários e os investimentos em capital físico estão positivamente relacionados ao crescimento do produto. A relação entre o investimento bruto em capital físico e o crescimento econômico pode ser um fator que explique o baixo crescimento econômico do Brasil nos últimos anos, pois segundo Puga e Jr (2011) há um consenso de que a taxa de investimento do Brasil continua baixa apesar dos avanços recentes, o que pode ser visto comparando 2005 e 2010, em que a taxa passou de 15,9% para 18,9% do PIB.

Isso pode ser observado, no caso da previdência, pelo fato de que uma maior expansão do PIB leva a um maior aumento do salário mínimo e, conseqüentemente, a maiores gastos relacionados a benefícios atribuídos à previdência social. Ou seja, a previdência já representa parte significativa dos gastos das contas públicas brasileiras, e não seria interessante provocar um aumento maciço dela, para gerar um crescimento forte e sustentado. No entanto, essas reformas pareciam ter pouco ou nenhum efeito efetivo, ou seja, ainda hoje a reforma da previdência e o teto de gastos são temas amplamente debatidos e importantes para a estrutura econômica do país.

Além da previdência, a direção positiva do crescimento do PIB também foi evidenciada pela variável formação bruta de capital físico, que pode ser considerada como investimentos. Com foco no crescimento econômico, acreditamos que dada a situação atual do país, um aumento nos gastos previdenciários não seria um tipo de gasto produtivo para o Brasil, o que significa que a previdência já apresenta déficits e problemas de financiamento atuais, e por isso , não poderia se sustentar se o governo propusesse regras para atingir um número maior de pessoas que pudessem receber os benefícios que ela proporciona.

Tabela 1: Testes de raiz unitária com tendência e constante                           PP
Tabela 1: Testes de raiz unitária com tendência e constante PP

Resultados

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Gráfico 1: INPC x Meses do Ano (1995-1998)
Gráfico 2: Proporção Dívida Pública/PIB entre 1995-1998 em (%)
Gráfico 4: % de Crescimento do PIB
Gráfico 5: Gasto com a Previdência Social em R$ entre 1995-2002
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Referências

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