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Análise de eficiência dos gastos com educação entre os países participantes do PISA no ano de 2015.

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Academic year: 2023

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Uma análise da eficácia dos gastos com educação entre os países participantes do PISA em 2015. Uma análise da eficácia dos gastos com educação entre os países participantes do PISA em 2015 [manuscrito] / Leonardo de Freitas Padula.

INTRODUÇÃO

A eficiência educacional dos países será analisada por meio do modelo não paramétrico Data Envelopment Analysis (DEA), que será usado para estimar uma curva de produção eficiente usando os gastos com educação dos países como entradas e os resultados do desempenho dos alunos como saídas. no PISA dividido em Leitura, Matemática e Ciências. No terceiro capítulo é apresentada a metodologia utilizada, no quarto capítulo é feita a exposição da base de dados utilizada e é feita uma breve análise descritiva e por fim, nos dois últimos capítulos é feita uma análise dos resultados e uma consideração final sobre o estudo são feitos.

Gráfico 1 – Pontuação dos países na prova de ciências do PISA no ano de 2015.
Gráfico 1 – Pontuação dos países na prova de ciências do PISA no ano de 2015.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes (PISA)

Cada vez mais administradores estão usando os resultados de estudos como o PISA para tomar decisões sobre educação – por exemplo, o Plano Nacional de Educação (NEP) estabelece uma meta para melhorar o desempenho dos alunos da Educação Básica nas avaliações de aprendizagem do PISA, que é um programa reconhecido internacionalmente instrumento externo de referência (Brasil, Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014). Dessa forma, é importante que os atores do contexto escolar, os especialistas e a sociedade em geral entendam a avaliação e o que sustenta seus objetivos, para pensar como podem fazer a diferença nos resultados dos alunos brasileiros. Fica claro que a disponibilização do PISA como ferramenta de análise e comparação da educação entre países deve ser utilizada pelo Brasil para melhorar o desempenho dos alunos que apresentam resultados muito abaixo do esperado.

Segundo Fernandes (2016), a nota média dos alunos na avaliação de ciências em 2015 foi de 401 pontos, valor bem inferior à média dos alunos da OCDE que atingiram 493 pontos, o valor mais baixo também pode ser observado em leitura, a média de Os brasileiros foram 407 contra 493 da OCDE e em Matemática o resultado foi 377, pontuação inferior à observada em 2012, que foi de 389.

Desequilíbrio do orçamento público brasileiro

Leite (2018) argumenta que uma forma de corrigir os problemas de desequilíbrio fiscal é adotar regras fiscais como o que aconteceu em 1999, onde foi aprovada uma regra fiscal para o resultado primário a fim de ajustar as contas públicas por meio de uma meta no primário. superávit, reduzindo assim a dívida pública. A regra cumpriu seu papel até 2012, mas devido à expansão dos gastos do governo ao longo dos anos e à deterioração das receitas do governo devido à recessão, tanto o resultado primário quanto o resultado nominal em percentual do PIB caíram consideravelmente entre 2014 e 2017 , culminando em déficit primário e nominal conforme a figura 1. Com base na situação econômica exposta, segundo Paula e Pires (2017), após fechar 2014 com déficit primário de -0,57% do PIB, no ano seguinte, a Dilma governo implementou um ajuste fiscal visando principalmente a redução dos gastos públicos, estabelecendo uma meta de superávit primário de 1,2% do PIB para 2015 e 2,0%.

Apesar disso, a situação económica deteriorou-se e o ajustamento fiscal não conseguiu conter o mau desempenho das receitas, que encerraram 2015 com um défice primário de -1,9% do PIB e um défice nominal de -10,2% do PIB. A recente política fiscal aprovada em dezembro de 2016 (Proposta de Emenda à Constituição 55/2016), conhecida como PEC do teto de gastos, visava regular as contas públicas, para a qual o PIC pode ter prazo de 20 anos revisado pelo presidente a partir do décimo ano de sua vigência.

Análise Envoltória de Dados (DEA)

No trabalho de Sousa e Ramos (1999), o modelo DEA é utilizado para medir a eficiência dos municípios quanto ao uso dos recursos públicos, os municípios estão presentes nas regiões Nordeste e Sudeste do Brasil. No artigo de Rosano-Peña, Albuquerque e Marcio (2012) sobre a efetividade do gasto público com a educação básica nos municípios goianos, também encontramos diversos estudos dedicados à qualidade da educação básica, educação essencial para o desenvolvimento intelectual formação da sociedade. foi analisado o período de 2005 a 2009. Savian e Bezerra (2013) analisaram a efetividade do gasto público com educação na educação básica nos municípios do estado do Paraná com dados de 2005 e 2009.

Os autores fizeram uma comparação do nível de eficiência entre os municípios e mesorregiões investigados e também utilizaram o método DEA. Os resultados mostraram que a maioria dos municípios são ineficientes e precisam de uma melhor alocação de recursos, em 2005 apenas 4,20% das unidades examinadas eram eficientes e ainda apresentaram queda de 19% no grau de eficiência técnica, passando para 3,41% unidades efetivas em 2009.

METODOLOGIA

Modelo DEA

O conceito de eficiência, no nosso caso, visa comparar o que foi produzido com o que poderia ser produzido com os mesmos recursos, ou ainda quais são os recursos mínimos necessários para se ter o mesmo resultado. O modelo DEA estima uma fronteira de produção eficiente por meio dos insumos utilizados pelas DMUs e dos produtos (saídas) obtidos por elas. As DMUs que estão no limite são aquelas que apresentam as melhores práticas dentre as DMUs analisadas e são consideradas unidades eficientes (benchmarking), servem de referência para outras DMUs que estão abaixo do limite e são consideradas ineficientes.

Com o BCC, à medida que a entrada muda, a saída mudará em uma proporção maior (retornos crescentes de escala) ou menor (retornos decrescentes de escala). Ainda seguindo Guerreiro (2019), a Figura 2 é uma simulação da curva de produtividade eficiente (curva s), os insumos são representados pelo eixo x e os produtos pelo eixo y, as DMUs consideradas eficientes são aquelas encontradas na curva s ( ponto B e C), e a DMU ineficiente está abaixo do limite (ponto A).

Figura 2 – Fronteira de Eficiência.
Figura 2 – Fronteira de Eficiência.

BASE DE DADOS

  • Recursos financeiros investidos em educação (Inputs)
  • Desempenhos no PISA (Outputs)
  • Análise descritiva
  • Modelos DEA utilizados e suas variáveis

Os dados das avaliações do PISA também podem ser encontrados no site da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Evento semelhante ocorre com as variáveis ​​Prim_USDPPPs e Sec_USDPPPS, os gastos do Brasil expressos em dólares de paridade de poder de compra também estão entre os 25% menores gastos e bem abaixo da média dos países observados, porém, o mesmo não ocorre quando temos a ver com gasto por aluno como percentual do PIB per capita, onde o Brasil tem gastos próximos dos países que mais gastam. Para ilustrar como os conjuntos de dados são distribuídos, foi criada uma série de histogramas do desempenho do teste PISA e dos gastos do país.

Usando os histogramas de desempenho do PISA mostrados no Gráfico 4, descobrimos que as pontuações de desempenho em matemática, leitura e ciências têm uma distribuição assimétrica com maior concentração de pontuações à direita, com a maioria dos países apresentando pontuações mais altas localizadas em torno de 500 pontos. A escolha de um modelo orientado a resultados foi determinada para melhorar os fracos resultados obtidos pelo Brasil na avaliação do PISA e obter eficiência sem reduzir os recursos disponíveis, uma vez que o Brasil tem um gasto por aluno como percentual do PIB per capita acima do Brasil média, quando esses gastos por aluno, medidos em dólares, convertidos pelo PKM para PIB, ficam abaixo da média dos países analisados, o que não justifica a redução dos gastos com educação no país.

Tabela 2 – Países em que foram utilizados anos diferentes de 2015 para as despesas  educacionais
Tabela 2 – Países em que foram utilizados anos diferentes de 2015 para as despesas educacionais

RESULTADOS

Modelo DEA 1

Através da tabela 7 abaixo, podemos observar que o Brasil possui o pior índice de eficiência dentre os países analisados. O índice mostra que o Brasil, mantendo constantes os insumos utilizados, poderia aumentar em 11,0% seus resultados no teste Pisa, atingindo o máximo de eficiência. No modelo orientado para o produto, podemos ver quanto o produto pode ser aumentado e se tornar uma DMU eficiente sem ter que reduzir os insumos.

Modelo DEA 2

Embora o número de países eficientes não tenha mudado de acordo com o DEA 1, houve mudanças significativas nos intervalos de eficiência, conforme mostrado na Tabela 8, os índices de eficiência se afastaram mais do índice de eficiência (ρ = 1), indicando uma maior países com índice de ineficiência quando os insumos são usados ​​como uma porcentagem do PIB per capita. Com a Tabela 9 abaixo, também podemos ver que em comparação com o modelo DEA 1, os índices de eficiência estão mais distantes do índice de eficiência (ρ = 1), incluindo o Brasil, que passou de um índice de ρ = 1,110 para ρ = 1,292, e agora tem que aumentar as pontuações do teste PISA em 29,21%, mantendo as entradas constantes. Para o Brasil se tornar uma DMU eficiente com insumos constantes, sua nota em matemática precisaria aumentar de 377 para 487, em leitura de 407 para 526, e em ciências de 401 para 518.

Tabela 8 – Intervalos de eficiência DEA 2.
Tabela 8 – Intervalos de eficiência DEA 2.

Modelo DEA 3

Comparando a Indonésia com o Brasil, a Indonésia tem um desempenho inferior ao do Brasil nas pontuações somente de leitura do PISA e, para todos os quatro insumos usados ​​na análise, o Brasil tem custos muito mais altos do que os observados na Indonésia. Isso, juntamente com os baixos índices de desempenho no Brasil, aponta para a necessidade de enfrentar outros problemas relacionados à educação e à alocação dos recursos disponíveis antes que políticas voltadas para o aumento do custo da educação sejam usadas para melhorar o desempenho dos alunos. Recursos que, conforme apresentado anteriormente, são limitados pela falta de controle fiscal no país, tornando ainda mais importante o uso efetivo dos recursos disponíveis para melhorar o desempenho educacional.

Tabela 12 – Índices de eficiência dos três modelos DEA para os países analisados.
Tabela 12 – Índices de eficiência dos três modelos DEA para os países analisados.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Outra opção muito provável para melhor avaliação é o PISA para escolas, o programa começa a ser utilizado no Brasil com a prova em escolas do estado de São Paulo em 2019. Ao contrário do PISA, que permite comparação entre países, o PISA para escolas traz dados de cada unidade escolar, o que permite a comparação entre escolas ou entre países dentro do país e também cada escola ou país com a média do Brasil e de outros países, o que permite estudos mais detalhados. país. Eficiência dos Municípios Brasileiros em Educação, Saúde e Saneamento Utilizando o Método DEA-Data Envelopment Analysis: Uma Abordagem Comparativa com a Classificação de Eficiência Municipal do Jornal Folha de São Paulo.

Eficiência técnica da cirurgia cardiovascular em hospitais das capitais da região sudeste do Brasil entre 2014 e 2016: uma abordagem pelo método DEA - Data Envelopment Analysis. Tendências da Dívida Pública no Brasil: Análise de Cenários sob a Lei do Teto de Gastos Públicos (PEC 55/241) no âmbito do modelo DSGE.

Imagem

Gráfico 1 – Pontuação dos países na prova de ciências do PISA no ano de 2015.
Figura 1 – Resultado primário e nominal do setor público, (%PIB).
Figura 2 – Fronteira de Eficiência.
Tabela 2 – Países em que foram utilizados anos diferentes de 2015 para as despesas  educacionais
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Referências

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