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Análise ergonômica e psicodinâmica do trabalho no setor operacional de uma empresa de manutenção em cozinha industrial.

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Academic year: 2023

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ANÁLISE ERGONÔMICA E PSICODINÂMICA DO TRABALHO NO SETOR OPERACIONAL DE EMPRESA DE MANUTENÇÃO DE COZINHAS INDUSTRIAIS. Monografia apresentada no curso de Engenharia de Produção da Universidade Federal de Ouro Preto como parte dos requisitos para o Diploma em Engenharia de Produção. O presente estudo teve como objetivo compreender o trabalho do setor operacional de uma empresa de manutenção de equipamentos de cozinha industrial a partir da análise ergonômica e psicodinâmica do trabalho, levando em consideração a crise econômica enfrentada pela empresa e seu impacto nos trabalhadores.

The current study aimed to get to know the work of the operational sector of an industrial kitchen equipment maintenance company from an ergonomic and psychodynamic analysis of the work, taking into account the economic crisis facing the company and its impact on the employees. It sought to clarify the question of the difficulties and burdens faced by workers in the sector in carrying out their activities from an ergonomic and psychodynamic point of view. The method used was that proposed by Wisner (1987), which analyzes the question - delimiting the problem, the analysis of the work prescribed by the task, the analysis of the activity - the operative modes, the diagnostic synthesis of the ergonomic analysis and the characterize recommendations. - suggestions for improvement of the analyzed stations.

On the basis of the analyzes it was possible to answer the initial question, what burdens and difficulties the workers had acquired and to present some proposals for improvements in the performance of the work of the operators in question in order to alleviate the effect of these difficulties on the well-being and performance of the operators .

INTRODUÇÃO

Para tal foi fundamental observar e estudar o trabalho dos operadores de manutenção em equipamentos de cozinha industrial. Trabalhar com a ergonomia atrelada à psicologia do trabalho nas organizações significa mais segurança, saúde e conforto para os colaboradores. O objetivo é estudar, com base na abordagem da Análise Ergonômica do Trabalho (AET) e da Psicologia do Trabalho, o trabalho realizado no setor operacional de uma empresa de manutenção de cozinhas industriais.

Diante do contexto atual em que a organização está inserida, em que a qualidade dos serviços e a produtividade são essenciais, a psicologia do trabalho relacionada à análise ergonômica do trabalho torna-se importante para conhecer as disfunções e propor melhorias para garantir a saúde física e mental dos trabalhadores. Uma vez que tanto a ergonomia quanto a psicologia do trabalho fornecem formas de abordar a realidade que vivenciamos no trabalho e no trabalho, onde a atividade leva em consideração a subjetividade de cada indivíduo e considera os processos de sucesso e insucesso no desempenho das tarefas, é uma conjunto que deve ser analisado em sua totalidade, o que possibilita um estudo aprofundado das situações vivenciadas pelos trabalhadores.

REVISÃO DE LITERATURA

A falta de estudos sobre a relação do homem com as máquinas, os espaços, os processos e as implicações ergonômicas do conjunto homem-máquina levaram à existência de ambientes agressivos causadores de doenças e acidentes de trabalho (SIQUEIRA diz que o foco da ergonomia era a análise da atividade que passou a dialogar pouco a pouco com outras disciplinas como: lingüística, antropologia, psicopatologia ocupacional, entrando em relação complementar com a sociologia, epidemiologia ocupacional, demografia ocupacional, formação profissional, etc. A ergonomia propõe, portanto, parâmetros que estabeleçam que a adaptação de condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, para proporcionar o máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente, tornando o trabalhador sujeito das transformações relacionadas ao ambiente de trabalho, pois este é o seu maior patrimônio é Não inclui apenas os termos técnicos de emprego, mas também as condições ambientais e organizacionais do emprego.

Ao analisar as atividades, Wisner (1987) leva em consideração as características dos trabalhadores, elementos do ambiente de trabalho e como estes são apresentados e percebidos pelos operadores. A AET procura determinar como o trabalhador constrói os problemas que tem que resolver em comparação com a situação real de trabalho por meio de estudos do desenvolvimento físico e psicológico e das consequências decorrentes do desenvolvimento da atividade produtiva humana em um determinado ambiente de trabalho. O pressuposto é, portanto, que o trabalho requer investimento cognitivo e físico para resolver o que a organização e a situação de trabalho não proporcionam, o que segundo Assunção (1998) é decisivo na construção e desconstrução da saúde.

Para Vidal (2012), a Análise Ergonômica do Trabalho (AET) consiste em uma série de técnicas que possibilitam compreender a atividade laboral por analogia com o contexto real. Segundo o autor, é uma metodologia que, ao compreender a relação da atividade com seu contexto ambiental, tecnológico e organizacional, busca indicar mudanças essenciais no ambiente de trabalho para que o empregado se beneficie. Betiol (1994) argumenta que as condições de trabalho prejudicam a saúde do corpo do trabalhador, enquanto a organização do trabalho atua no nível do funcionamento psicológico.

A divisão de tarefas e o estado operativo evocam o sentido e o interesse do trabalho pela profissão, e a divisão dos homens mobiliza investimentos afetivos, solidariedade e confiança. As características de um ambiente e posto de trabalho refletem de forma significativa as qualidades do trabalhador. Um local de trabalho deve ser saudável e confortável, proporcionar a máxima proteção, em decorrência de fatores materiais ou subjetivos, e deve prevenir acidentes e doenças ocupacionais, além de proporcionar um melhor relacionamento entre a empresa e o empregado.

Do ponto de vista ergonômico global, o posto de trabalho é considerado uma extensão do corpo e da mente humana, pois lida com fatores físicos, aspectos cognitivos, bem como relações pessoais e motivação no ambiente de trabalho. Clot (2007) afirma que “nesta psicologia das situações de trabalho e de vida” o centro da análise é a relação entre atividade e subjetividade, pois o trabalho permite ao sujeito entrar em uma história coletiva.

Tabela 1:Fases da AET segundo Wisner (1987)
Tabela 1:Fases da AET segundo Wisner (1987)

METODOLOGIA

As informações obtidas ajudaram a observar fatores e condições que afetam diretamente o desgaste emocional e físico dos operadores, como eles lidam com o trabalho e as contingências e qual desempenho resulta dessas variáveis. O estudo possibilitou propor propostas que proporcionem melhorias durante o desenvolvimento da tarefa, amenizando o complexo fardo vivenciado pelos operadores, para proporcionar maior conforto e satisfação pessoal.

Figura 2: Metodologia adotada no presente estudo .
Figura 2: Metodologia adotada no presente estudo .

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Esta é a primeira fase do AET e caracteriza-se como o ponto de partida do estudo da órbita. Esses funcionários realizam seus trabalhos por área, dois são responsáveis ​​pela cidade de Itabira e região, e os demais por Belo Horizonte e região, o dono da empresa também colabora com esses funcionários, ele atende todas as regiões em que prestam serviço, preferencialmente quando a manutenção a ser realizada requer mais dias úteis. A jornada de trabalho é de 40 horas semanais, 8 horas diárias em regime de plantão das 7h00 às 17h00 com intervalo para almoço, porém muitas vezes essa jornada de trabalho é ultrapassada com a realização de manutenções corretivas em horários determinados pela contratada que libera o equipamento somente após o término do expediente, ou devido a deslocamentos para manutenção em cidades da região.

Outro fator observado que causa excesso de carga de trabalho é o fato de a empresa ter reduzido o tamanho devido à crise econômica que enfrenta, causando acúmulo de operadores. Tais distribuições de cargos eram dadas pelo corpo administrativo da empresa e recebem seu nome na carteira de trabalho dos funcionários, exceto para o cargo de gerente de manutenção, que é de responsabilidade do proprietário da empresa. Nessa fase da análise ergonômica do trabalho, também chamada de trabalho real, encontramos um conjunto de ações de trabalho que caracterizam modos de trabalhar.

Durante o período de observação e entrevistas com os funcionários, constatou-se que a jornada de trabalho muitas vezes ultrapassa as 40 horas semanais prescritas, pois em alguns casos a manutenção só pode ser realizada após o término da jornada contratual, além de levar em consideração as deslocações, que nalgumas situações são necessárias para pernoitar no local, e quem fez a manutenção. Quando questionados sobre os problemas enfrentados, todos afirmaram que o maior problema é aguardar a liberação do equipamento para uso e a homologação das peças, o que leva a uma carga de trabalho excessiva, pois o equipamento é liberado ao final do trabalho. dia, o que exige que a manutenção seja realizada de acordo com o seu horário de trabalho diário. Constatou-se que, apesar das cargas de trabalho excessivas e das tensões decorrentes da crise, todos os funcionários estão satisfeitos com o ambiente de trabalho.

Todos os colaboradores da empresa têm o compromisso de manter um ambiente de trabalho organizado para proporcionar um trabalho de qualidade, onde a melhoria deve ser contínua. Este tópico é a última fase da Análise Ergonômica do Trabalho em que são propostas melhorias para os postos de trabalho analisados ​​para melhorar as condições de trabalho e a satisfação dos funcionários. Outro fator a ser considerado é o aumento da jornada de trabalho dos operadores devido ao agendamento de manutenções fora do horário de trabalho.

Propõe-se alterar o horário de trabalho dos trabalhadores, rotacionando-os por turnos, sendo o primeiro turno entre as 7h00 e as 17h00 e o segundo entre as 12h00 e as 22h00, possibilitando assim a realização de atividades . fora. O rodízio seria benéfico tanto para a empresa quanto para os funcionários, pois proporcionaria maior organização no sentido de a empresa saber qual funcionário é responsável por determinada manutenção e seu horário exato de trabalho; reduz o excesso de carga de trabalho para o funcionário e permite que ele cumpra as horas de trabalho previstas.

Tabela 2: Cargos e atribuições no setor operacional
Tabela 2: Cargos e atribuições no setor operacional

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Além disso, foi possível verificar que todos esses fatores afetam diretamente as diferenças existentes entre o trabalho prescrito e o trabalho real quanto à jornada de trabalho dos operadores, e identificar os fatores relacionados às cargas obtidas durante a viagem. A pesquisa deparou-se com certas limitações para a sua realização, entre outras está a impossibilidade de acompanhar o trabalho prático dos operadores, pois apenas foi realizada pelas impressões que tais operadores passaram. Como sugestão para pesquisas futuras, recomendamos um estudo mais aprofundado dos fatores psicológicos decorrentes dos problemas enfrentados pela crise econômica que a empresa enfrenta em todos os setores.

Abordagem económica ao funcionamento psíquico no trabalho" (Dejours) Relação directa entre desgaste psicológico e organização do trabalho (Dejours, 2008) A gestão dos constrangimentos pelo operador - Como o operador lida com os constrangimentos em situações produtivas.

Imagem

Tabela 1:Fases da AET segundo Wisner (1987)
Figura 1: Pirâmide necessidades Maslow
Figura 2: Metodologia adotada no presente estudo .
Figura 3: Organograma da empresa
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Referências

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O presente trabalho tem como objetivo uma análise aos consumos de energia elétrica num sector da empresa Fucoli-Somepal, de forma a tentar melhorar os consumos da fundição, através