Análise do impacto do COVID-19 nas condições de conforto e saúde dos edifícios residenciais. Análise do impacto do COVID-19 nas condições de conforto e saúde dos edifícios residenciais/. Análise da pandemia de COVID-19 e seu impacto nas condições de conforto e saúde em edifícios residenciais.
INTRODUÇÃO
JUSTIFICATIVA
Na mesma linha, as áreas relacionadas aos ambientes construídos, com reflexos na engenharia civil, na arquitetura, no urbanismo e na construção civil como um todo, acompanham mudanças históricas, mudanças e buscam adaptações às novas exigências de forma a contemplar as necessidades do homem contemporâneo. Uma vez que a saúde humana está relacionada com as condições gerais dos edifícios e do seu ambiente, e como os espaços são planeados e os sistemas construtivos concebidos, que afetam o conforto e a saúde dos ambientes construídos, existe um processo permanente de procura e melhoria de respostas adequadas a cada contexto . Portanto, as áreas de conhecimento relacionadas à concepção e execução de ambientes construídos, bem como sua manutenção e uso, têm a característica de produzir soluções que melhor atendam às necessidades humanas.
OBJETIVOS
- Objetivo Geral
- Objetivos Específicos
MATERIAIS E MÉTODOS
A partir destes 9 elementos fundamentais, como eixo da análise, é possível identificar novos elementos formuladores de critérios e parâmetros, fruto das transformações no contexto da saúde pós-COVID-19.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
CORRELAÇÃO SAÚDE E EDIFÍCIO
No ordenamento jurídico brasileiro, merece destaque a Lei 11.445 que “Estabelece as Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico e para a Política Federal de Saneamento Básico”. A garantia de acesso aos serviços públicos de saneamento básico ocorre por meio da eventual cobrança de tarifas especiais, ou seja, subsídios tarifários e não tarifários aos usuários e localidades que não possuem escala econômica suficiente para cobrir o custo total dos serviços. Priorizar planos, programas e projetos voltados à implantação e expansão dos serviços e ações de saneamento básico em áreas ocupadas por populações de baixa renda;
CRITÉRIOS E PARÂMETROS DE CONFORTO E SALUBRIDADE NO
COE São Paulo também discute condições ambientais; condições de aeração e insolação; segurança de uso e circulação; e acessibilidade. Este estudo pretende contribuir para as condições de obtenção de Edifícios Saudáveis, e propõe um conjunto de 9 princípios fundamentais para a saúde de um edifício. Tais fundamentos podem, portanto, ser utilizados como um conjunto de critérios aplicáveis ao objeto de estudo deste trabalho.
Qualidade da água Sistemas de purificação de água e gestão microbiana Conforto térmico Assegurar condições adequadas de conforto e manutenção térmica. Umidade Faça inspeções regulares para determinar a umidade do ambiente e eliminar o mofo. Além disso, em relação à NBR 15575, esta é análoga à norma internacional ISO 19208, de 2016, que trata de princípios gerais de desempenho de edificações, como estabilidade estrutural; segurança contra incêndios; segurança no uso e operação; aperto; conforto hidrotérmico; a pureza do ar; conforto acústico; conforto visual; conforto tátil; conforto antropodinâmico; condições higiênicas; adaptabilidade do espaço a usos específicos; durabilidade; e a economia (INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION, 2016).
Portanto, a edificação e seus sistemas devem ser capazes de desempenhar suas funções ao longo do tempo e nas condições de uso e manutenção especificadas no manual de uso, operação e manutenção. A NBR 9050 estabelece critérios e parâmetros técnicos para o projeto, construção, instalação e adequação do meio urbano e rural, e das edificações em relação às condições de acessibilidade, ou seja, mobilidade e percepção do meio ambiente, levando em consideração as eventuais necessidades individuais dos usuários . . Assim, para a análise dos parâmetros e critérios de conforto e salubridade aplicados a edificações de uso residencial, foram coletados referenciais conceituais, legais e normativos.
No âmbito nacional, foram selecionados o Código Sanitário do Estado de São Paulo, o Código de Obras e Edificações de São Paulo, um conjunto de Normas (NBRs e NRs), bem como contribuições da revisão bibliográfica.
IMPACTO DA COVID-19 NAS CONDIÇÕES DE CONFORTO E
Tendo em conta que parte da população, para além de viver, também trabalha e estuda em casa, torna-se atualmente necessário ressignificar o conceito de habitação, uma vez que o tempo de permanência na habitação é ainda mais influenciado pelas condições de conforto e saúde daquele espaço. A modalidade de teletrabalho é uma tendência crescente no Brasil e no mundo e por isso estima-se que o número de pessoas que trabalham remotamente em casa continuará crescendo, impactando nas configurações do espaço construído. Já no caso do Brasil, além das condições gerais de vida afetadas pela pandemia, há o agravante decorrente das condições de desigualdade social e seu impacto nas condições de vida das populações mais vulneráveis.
Portanto, faz-se necessário mencionar a questão da vulnerabilidade das condições subnormais nas moradias brasileiras, uma vez que as condições de moradia estão diretamente relacionadas à disseminação do vírus. Portanto, esforços para entender as dificuldades de enfrentamento da pandemia podem contribuir para o desafio de proporcionar condições confortáveis e saudáveis em condições de precariedade habitacional (MARTINES et al., 2020). Para efeitos de análise dos conceitos de conforto e saúde aplicáveis ao período da pandemia de COVID-19, procedeu-se à compilação de um conjunto de referências obtidas na revisão bibliográfica.
Como exemplo, autores analisaram a arquitetura residencial pós-COVID-19 na cidade de Manta, no Equador, e reiteraram a importância da organização do espaço interno, bem como sua relação com o exterior. Em alguns estudos, os principais pontos levantados pelas pessoas quando questionadas sobre seu espaço de convivência durante o período de isolamento social são aspectos relacionados à disponibilidade de espaço, ventilação, sua integração com áreas verdes, que enfatizam a importância de ambientes externos livres e abertos. . e condições de iluminação (FELIPPE et al., 2021). Além disso, para ajudar a rever esses parâmetros de conforto e saúde, serão utilizados estudos recentes que analisam o conceito de ergonomia do trabalhador para o espaço construído.
Assim, descobriram que ambientes favoráveis de condições de conforto ambiental e, principalmente, de conforto luminoso, ou seja, a presença de luz.
DESENVOLVIMENTO
SISTEMATIZAÇÃO DOS CRITÉRIOS E PARÂMETROS DE CONFORTO E
- Referências do período pré COVID-19
- Ventilação
- Conforto térmico
- Umidade
- Qualidade do Ar
- Iluminação e Vistas
- Ruídos
- Sujeiras e doenças
- Qualidade da água
- Segurança
- Acessibilidade
- Sustentabilidade
- Conexão com o meio externo
- Referências durante e pós COVID-19
- Ventilação
- Conforto térmico
- Umidade
- Qualidade do ar
- Iluminação e Vistas
- Ruídos
- Sujeiras e doenças
- Qualidade da água
- Segurança
- Acessibilidade
- Sustentabilidade
- Conexão com o meio externo
Portanto, também está relacionado a outros fundamentos deste estudo, como ventilação, umidade e qualidade do ar. Portanto, de acordo com a norma brasileira NR 17 - Ergonomia que garante condições de conforto no ambiente de trabalho, especifica que a organização deve adotar medidas de controle de temperatura, velocidade do ar e umidade para garantir o conforto térmico nas situações de trabalho, levando em consideração a faixa de temperatura do ar parâmetro entre 18 e 25 °C para ambientes climatizados (MINISTÉRIO DO TRABALHO BRASIL, 2021). Inverno: os valores diários mais baixos da temperatura do ar nos quartos para estadias mais longas, como salas e quartos, durante o dia.
A qualidade do ar interior (IAQ) depende da presença de poluentes no ar; entrada e distribuição de ar externo adequado; e manutenção de temperatura e umidade relativa aceitáveis, esta última mencionada em tópicos anteriores. Dada a elevada percentagem de sustentabilidade face aos ambientes exteriores, a qualidade do ar interior torna-se importante para a saúde e conforto. Portanto, recomenda-se colocar as esquadrias até o teto, o que permite a circulação do ar e a higienização do ambiente (VASCONCELLOS, 2020).
A Figura 11 mostra a estratégia para melhorar ou promover a ventilação cruzada, utilizando as saídas de ar quente mais próximas do revestimento ou teto. Ainda no campo dos espaços públicos, mais especificamente das escolas, Franceschini et al. 2022), em seu estudo de caso em uma escola de Campinas - São Paulo, verificaram o índice de ventilação e troca de ar nas salas de aula, apontando a relação proporcionalmente inversa entre o número de ocupantes e a temperatura interna do ambiente. É claro que a umidade faz parte dos conceitos de conforto térmico, condições de ventilação, iluminação e qualidade do ar.
Ainda em relação ao estudo de Navaratnam et al. 2022), destaca-se o design da sala ou o layout espacial para a qualidade do ar interior. Várias soluções de engenharia são apresentadas para alcançar a qualidade do ar adequada e proteção contra doenças respiratórias, especialmente contra o COVID-19. Sistemas de nebulização desinfetante: Esta tecnologia é usada em ambientes da indústria alimentícia e farmacêutica para remover o ar poluído.
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Por fim, existem regras para parâmetros de qualidade da água e condições de acessibilidade, através de critérios de percursos acessíveis. No que diz respeito à sustentabilidade, são mencionadas as condições de durabilidade, manutenibilidade e impacto ambiental da edificação, sem que as normas se debrucem muito sobre parâmetros numéricos. As referências do período pós-COVID-19 trazem reflexões sobre as estratégias de contenção do coronavírus e, principalmente, apontamentos sobre as novas exigências projetuais que surgiram em um contexto de isolamento no espaço da casa ou, pelo menos, de extensão do período de permanência naquele ambiente.
Muitas vezes os autores trazem à tona a questão da presença de elementos verdes e da conexão com a natureza para auxiliar no período de isolamento e como fatores contribuintes para a saúde dos usuários. Por fim, apontam para o acesso e ligação com o meio exterior, ou seja, com o espaço urbano envolvente ao edifício, para aceder aos serviços e equipamentos urbanos, bem como para frequentar com segurança os espaços públicos de lazer. No entanto, reforça-se a importância das garantias de saneamento básico e acesso às redes de infraestruturas de serviços, fatores decisivos para a contenção do vírus COVID-19 e em geral para a defesa da saúde dos munícipes.
Em suma, a abordagem dos critérios e parâmetros de ambos os períodos confirmou a importância de determinados requisitos para a obtenção de melhores condições de conforto e saúde na utilização dos apartamentos. Saneamento - acesso a redes de infraestrutura: a importância do acesso ao saneamento básico de qualidade (água, esgoto, drenagem e resíduos), com ênfase nos impactos decorrentes da desigualdade social e desigualdade de acesso ao saneamento;. O aspecto de conexão com o meio externo, pela sua importância no contexto pós-pandemia, está intimamente relacionado a um grupo especial, que denominamos aqui de “conexões” e que será desenvolvido logo a seguir;
Conexões - condições de conexão: oportunidades de acesso e uso seguro do ambiente externo, com oportunidades para relaxar, descansar, respirar ao ar livre, praticar exercícios físicos, etc.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As condições de conforto e saúde de um edifício estão relacionadas com os custos económicos do edifício, mas também estão relacionadas com benefícios ou custos para a saúde. Refira-se que as condições de vulnerabilidade da maioria da população que vive em habitações precárias têm aumentado e agravado, revelando disparidades de recursos para fazer face às condições de saúde e conforto exigidas pelo isolamento pandémico. Portanto, sugere-se que as análises de outros estudos se concentrem em habitações subnormais, bem como em empreendimentos de importância social, a fim de avaliar as condições sanitárias e garantir a adequação dos terrenos, edificações e infraestrutura urbana dessas edificações.
Assim sendo, uma vez que o estudo incidiu sobre o contexto habitacional, sugere-se também para outras análises que se avizinham, o recorte e aprofundamento de outra abordagem que o impacto da pandemia de COVID-19 nas configurações dos espaços públicos, no urbanismo e no conceito de cidades. Influência do acesso ao saneamento básico na incidência e mortalidade da COVID-19: análise de regressão linear múltipla nos estados brasileiros. Análise do ambiente construído e da incidência de COVID-19 e Tuberculose sob a ótica da Habitação Saudável no Complexo de Manguinhos.
Condições de conforto térmico e QAI em salas de aula naturalmente ventiladas durante a pandemia de COVID-19. Impacto das condições de habitação na saúde em contexto de isolamento covid19: estudo da cidade de Coimbra. Disponível em: https://www.even3.com.br/anais/sbqp a- satisfacao-com-o-tamanho-dasmoradias-durante-a-pandemia-de-covid-19.
Detecting spatiotemporal clusters of COVID-19 in Brazil: mortality, inequality, socioeconomic vulnerability, and relative risk of disease in Brazilian municipalities.
