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Estudo do antibiótico norfloxacina e do seu complexo com Au(III) através da técnica de fluorescência estacionária e resolvida no tempo

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Academic year: 2023

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Sociedade Brasileira de Química ( SBQ)

32a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química

Estudo do antibiótico norfloxacina e do seu complexo com Au(III) através da técnica de fluorescência estacionária e resolvida no tempo

Daniela R. Lachter (IC)1, Luciene S. Garcia (PG)1*, Fabrício Casarejos (PG)2, Sonia R. W.

Louro(PQ)2, Letícia R. Teixeira (PQ)3 lucistivanin@yahoo.com.br

1 Departamento de Química, Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio, Rio de Janeiro - RJ

2 Departamento de Física, Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio, Rio de Janeiro - RJ

3 Departamento de Química, Universidade Federal de Minas Gerais- UFMG, Belo Horizonte – MG

Palavras Chave: norfloxacina, complexo de Au(III), fluorescência, tempos de vida, constantes de ionização

Introdução

Norfloxacina (Nor) é uma fluorquinolona (FQ) zwiteriônica em pH neutro, com ação antibactericida e antitumoral. Sua complexação com metais pode levar ao aumento de atividade.

Figura 1. Estrutura química da norfloxacina:

Em sua estrutura química, apresentada na Figura 1, há dois grupos funcionais correspondentes a dois equilíbrios químicos de ionização: o grupo carboxílico, que se encontra na posição 3, e o grupo amina associado ao N4 do anel piperazina na posição 7. Devido a esses grupos ionizáveis, a Nor é positivamente carregada em pH ácido e negativa- mente carregada em pH básico1. Como a atividade antibacteriana das FQ e de seus complexos metálicos é dependente do pH, o exame detalhado do equilíbrio de protonação é essencial para compreender sua atividade2. Nesse trabalho investigamos o equilíbrio de protonação da Nor e de seu complexo com ouro [AuCl2(Nor)]Cl através de fluorescência estacionária e resolvida no tempo.

Resultados e Discussão

As diferenças entre os espectros de absorção da Nor e do complexo AuNor em solução aquosa foram pequenas. Já os espectros de fluorescência apresentaram diferenças significativas principal- mente em sua variação com o pH.

Em pH neutro, ambas as amostras apresentaram fluorescência com máximo de emissão em 409 nm.

Na faixa ácida, diminuindo-se o pH observa-se um deslocamento do pico de fluorescência para comprimentos de onda maiores (∆λ≈ 30 nm).

A Fig. 2 mostra a variação da intensidade de fluorescência em função do pH, (nos pontos de máxima variação, λ = 400 nm e λ = 452 nm). O deslocamento do pico provoca a diminuição da fluorescência em 400 nm, observada na Fig. 2 na faixa ácida. Na faixa alcalina, quando o pH aumenta a fluorescência da Nor se extingue completamente,

enquanto AuNor continua fluorescente, ainda que com intensidade cerca de quatro vezes menor.

3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

0 2 4 6 8 10 12

3 4 5 6 7 8

0 2 4 6 8 10

pK 6.07 ± 0.12 pK1 5.99 ±0.08

pK 8.64 ± 0.07

pK2 8.71 ± 0.05

F400 (ua)

pH Nor 400 nm AuNor 400 nm

pK 6.1 ± 0.1 pK1 6.4 ± 0.3 F452 (ua)

pH Nor 452 nm AuNor 452 nm

Figura 2 - Curvas de titulação da norfloxacina () e do complexo da norfloxacina com ouro ()

Os valores de pKa obtidos para o grupo piperazina para a Nor, pK2 = 8.71, e para AuNor, pK2' = 8.64 foram semelhantes. A presença do íon metálico Au(III) não desloca significativamente o pKa da amina, mas modifica a fluorescência do pico em torno de 409 nm. Já a protonação do grupo carboxílico, em pH ácido, parece não afetar significativamente a fluorescência do pico em 440 nm. Isso sugere que a carboxila não participa da coordenação com ouro.

A fluorescência resolvida no tempo em função do pH permitiu encontrar tempos de vida que descreveram adequadamente a transição do ácido carboxílico e a complexação com Au.

Conclusões

Os resultados mostraram que a presença de Au(III) modificou as propriedades de fluorescência da norfloxacina em toda a faixa de pH, indicando complexação em meio aquoso com as três espécies iônicas da Nor.

Agradecimentos

CNPq, FAPERJ.

____________________

1Drakopoulos A. I. and Ioannou P. C., Anal. Chim. Acta, 1997, 354, 197.

2Popovic G., Milovanovic Lj. e Kapetanovic V., J. Phar.

and Biomed. Anal., 1998, 18, 859.

Referências

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Professor Adjunto da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro UNIRIO Professor Adjunto da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro UFRRJ Doutor em Direito pela Universidade