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Aplicação da teoria da imputação objetiva nos casos de re

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Academic year: 2023

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O objetivo deste tópico é discutir a aplicação da teoria da atribuição objetiva do direito penal quanto ao nexo de causalidade nos casos de responsabilidade civil por negligência médica. Portanto, o objetivo da aplicação da referida teoria em relação à responsabilidade civil por erro médico é quebrar a cadeia de causalidade para que não surja obrigação de indenizar, uma vez que não haverá nexo entre a conduta e o dano. O objetivo deste trabalho é explicar a possibilidade de utilização da teoria da atribuição objetiva nos casos de responsabilidade civil por negligência médica.

Assim partiremos da premissa de analisar o que é responsabilidade civil e em seguida abordaremos a atribuição objetiva, iniciando com uma breve conceituação do que se entende por negligência médica. Tendo em vista que a teoria da atribuição objetiva se aplica no campo do direito penal, questiona-se: é adequada a aplicação da teoria da atribuição objetiva, do direito penal, referente ao nexo causal, nos casos de responsabilidade civil por erros médicos . A hipótese levantada para solucionar o problema apresentado consiste em afirmar que seria de fato adequado aplicar a teoria da imputação objetiva aos casos de responsabilidade civil por erros médicos, a fim de identificar as hipóteses em que o resultado jurídico não pode ser atribuído ao agente. , limitando assim o nexo de causalidade ou mesmo declarando-o inexistente.

Ou seja, o objetivo geral da monografia é buscar argumentos jurídicos para que a teoria da atribuição objetiva, construída e hoje difundida no direito penal, possa ser aplicada nos casos de responsabilidade civil por negligência médica. Nesse sentido, poderá haver uma vantagem jurídica, pois permitirá aos advogados obter uma visão geral da teoria da atribuição objetiva nos casos de responsabilidade civil por negligência médica, tornando-se assim mais uma forma de defesa para as partes envolvidas no caso. . disputa. A primeira, sob o título “Responsabilidade Civil”, discutirá o que se entende por responsabilidade civil, seus pressupostos: conduta, dano e causalidade, e analisará quando será objetiva ou subjetiva.

Por fim, no terceiro capítulo, sob o título “Aplicação da teoria da atribuição objetiva nos casos de responsabilidade civil por erros médicos”, serão abordadas crenças comuns a respeito do tema, e será apresentado um estudo de caso relacionado a esta pesquisa.

DA RESPONSABILIDADE CIVIL

Dano e conduta

A conduta humana pode ser positiva ou negativa na responsabilidade civil, uma vez que a responsabilidade objetiva é baseada no risco. Para que a conduta humana dê origem à responsabilidade civil do agente, é necessária a apuração do dano causado. Sem prova do dano resultante, ninguém pode ser responsabilizado, pois este é um dos pré-requisitos da responsabilidade civil, contratual ou extracontratual, pelo que não há indemnização sem acontecimento.

O mesmo investigador salienta ainda que “sem lesão não haverá nada a reparar, mesmo que o comportamento tenha sido culposo ou mesmo intencional”. A mensuração do dano pode ir além da esfera patrimonial e a responsabilidade civil estabelece que a obrigação de indenizar deve existir sempre que estiverem presentes os elementos caracterizadores da ação ilícita. A obrigação de compensar valores pessoais íntimos, principalmente protegidos por lei, evoluiu lentamente até chegarmos à concepção que temos hoje.

Nexo de causalidade

Outro pressuposto essencial para a caracterização da responsabilidade civil é o nexo causal, que é a ligação entre o comportamento humano e o dano causado. O nexo causal é, portanto, o nexo que deve existir basicamente entre a ação e o dano, mas não basta que o agente tenha cometido um ato ilícito, nem que a vítima tenha sofrido um dano, é necessário que exista uma relação. causa e efeito entre eles. A relação causal que permite avaliar a relação entre estes dois elementos ignorando a sua importância no ato ou omissão praticado.

Além disso, dentro dos critérios da responsabilidade civil, o nexo de causalidade deve ser a primeira coisa a ser analisada para se concluir pela existência ou não de responsabilidade jurídica, uma vez que só poderemos decidir se o agente agiu de forma ilícita ou não se obteve resultados através de seu comportamento. Além de tais teorias, a relação causal possui algumas exclusões, ou seja, algumas hipóteses que fazem com que ela não exista ou não seja atribuída ao agente. Outro facto que exclui a existência de nexo causal é a ocorrência de caso fortuito ou de força maior.

Outras causas que afastam a relação causal ainda podem ser citadas, mas não são relevantes para esta investigação, tais como: ausência de cláusula. Nesse sentido, dada a existência das causas mencionadas, não é necessário falar em nexo de causalidade e responsabilidade civil.

Culpa

Tomando como base de estudo as lições do doutrinador Sergio Cavalieri Filho, devemos ressaltar que culpa e erro profissional não se confundem. Haverá erro profissional quando a conduta do médico for correta e a técnica que ele utiliza for realizada de forma incorreta. Em outras palavras, haverá um erro quando houver um resultado ruim como resultado da ação ou omissão do médico.

A negligência médica será analisada sob três aspectos: irregularidades decorrentes do descumprimento de normas técnicas, conhecimento insuficiente ou despreparo prático; imprudência resultante de submeter o paciente a intervenções de risco; e negligência resultante do desrespeito ou falta de interesse de um médico pelas obrigações éticas. A responsabilidade do médico está diretamente relacionada com a existência de culpa baseada na relação pessoal estabelecida entre o médico e o paciente. A negligência médica é resultado da falta de cuidado ou cautela em relação ao que se espera do trabalho de um profissional; o erro é o erro de qualquer ser humano normal, a consequência inevitável do erro humano.

Haverá negligência (falta de habilidade, experiência ou destreza; incompetência) quando a técnica utilizada pelo médico é correta, mas o comportamento que ele utiliza é errado. Em suma, o erro decorre da falta de cuidado nos procedimentos esperados daquele profissional e “o erro é culpa do ser humano normal, consequência inevitável da falibilidade humana”.

Responsabilidade Civil objetiva e subjetiva

O objetivo da teoria da atribuição objetiva é atribuir ao autor a prática do ato criminoso apenas quando o seu comportamento realmente criou um risco que não é aceitável, permitido ou tolerado para o bem jurídico. Na verdade, a teoria da imputação objetiva surge com a intenção de limitar o alcance da chamada teoria da equivalência dos antecedentes causais sem, no entanto, renunciar a esta última. Tendo em conta, como já foi referido, a necessidade da conduta típica como elemento constitutivo do crime, a teoria da imputação objectiva nestes casos exclui a existência daquele elemento que torna a conduta atípica.

Ao abandonar a due diligence, o empresário ampliou o alcance do risco permitido, o que permite uma atribuição objetiva do resultado. Existem bases jurídicas para a aplicação da teoria da atribuição objetiva no direito civil, que discutiremos daqui em diante. O objetivo da atribuição objetiva baseia-se na necessidade de estabelecer os limites da causalidade, uma vez que uma mera conexão entre causa e efeito criaria uma cadeia de eventos causais sem fim.

Além disso, a redução da cadeia de eventos causais e o uso da Imputação Objetiva concretizam a santificação da dignidade da pessoa humana, um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito. E por último, mas não menos importante, reduzir a cadeia de acontecimentos causais e utilizar a Imputação Objectiva cumpriria o dever constitucional da saúde. A imputação objetiva deve ser aliada à responsabilidade civil justamente para realizar essa análise do comportamento do agente, e assim concluir se ele será ou não responsável pelo fato.

Neste contexto, a aplicação da atribuição objetiva aos erros médicos, excluindo a existência do nexo causal, permite o respeito pelas prescrições da dignidade humana e da liberdade de profissão. Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho, que analisam a teoria da imputação objetiva sob a reinterpretação de Luiz Flávio Gomes, defendem a possibilidade de aplicação. Muitos desconhecem, mas com base no pensamento de HEGEL, KARL LAREZ já desenvolveu a teoria da imputação objetiva para o Direito Civil para determinar limites entre fatos específicos e eventos acidentais.

Ressalte-se que, ao aplicar a teoria da imputação objetiva, o anestesiologista não pode ser responsabilizado por praticar um ato onde o risco é admissível. Neste caso, a teoria da atribuição objetiva excluiria qualquer forma de responsabilidade por parte do profissional. Além de garantir a liberdade de profissão, a teoria da atribuição objetiva também garante a dignidade humana e a proteção da saúde.

Conforme afirmado anteriormente, a não aplicação da teoria da imputação objetiva viola o direito fundamental à liberdade profissional contra o qual o médico está protegido. Em outras palavras, a teoria da imputação objetiva visa reduzir o âmbito de causalidade definido pela teoria da equivalência de antecedentes causais. No Direito Civil, a aplicação da imputação objetiva está diretamente relacionada com a constitucionalização deste ramo do direito.

A atribuição objetiva está justamente ligada à responsabilidade civil para que essa análise da atuação do médico possa ser realizada e assim se chegar à conclusão se ele responderá ou não pelo ocorrido.

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