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A aplicação da tomada de decisão apoiada pelos Tribunais de Justiça brasileiros : uma análise qualitativa dos acórdãos proferidos entre os anos de 2016 e 2017.

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A APLICAÇÃO DA DECISÃO APOIADA PELOS TRIBUNAIS BRASILEIROS: uma análise qualitativa dos julgamentos proferidos entre os. A APLICAÇÃO DA DECISÃO APOIADA PELOS TRIBUNAIS BRASILEIROS: uma análise qualitativa dos acórdãos proferidos entre 2016 e 2017. TJRS Tribunal do Rio Grande do Sul TJSC Tribunal de Santa Paula Tribunal do TJSP.

Personalidade, capacidade de direito e capacidade de fato

O conceito de capacidade é ainda dividido em capacidade de facto e capacidade de jure (também conhecida como capacidade de gozo ou aquisição). Nem todo aquele que tem capacidade na lei, em outra rodada, tem capacidade na realidade” (FARIAS; ROSENVALD, 2015, p. 271). Dito isso, infere-se da leitura do Código Civil de 2002 que “aquele que não tem capacidade para agir é considerado absolutamente incapaz e sua manifestação de vontade é irrelevante do ponto de vista jurídico” (FARIAS; ROSENVALD, 2015, pp. 276-277).

A capacidade de acordo com o Código Civil de 1916

Com esses conceitos discorremos brevemente sobre a teoria das capacidades, desde o Código Civil de 1916 até as alterações nos arts. Assim, segundo Sílvio Salvo de Venosa (2004, p. 142), o projeto original do Código Civil de 1916 utilizava a expressão "alienados de qualquer espécie", mas preferia utilizar o termo "loucos de toda espécie". usar. , pois estava mais em serviço na época. Com relação aos surdos-mudos, Sílvio Salvo de Venosa (2004, p. 144) afirma que o Código Civil de 1916 se referia àqueles que não podiam expressar sua vontade.

O tratamento promovido pelo Código Civil de 2002 na teoria das capacidades

Tendo apresentado brevemente o tratamento dispensado aos deficientes sob os auspícios do Código Civil de 1916, prosseguiremos com o estudo do tratamento promovido a essas pessoas pelo Código Civil de 2002. No mesmo sentido, Cristiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald (2015, p. 277-278) pela alteração apreciativa introduzida pelo Código Civil de 2002, “que substituiu o infeliz e criticado termo lunáticos de toda espécie utilizado pelo revogado Código Civil, que passou a se referir aos portadores de loucura mental. ". Quanto aos surdos-mudos, sua retirada do rol de incapazes absolutos do Código Civil de 2002 prova que a deficiência física por si só não pode acarretar a incapacidade de autodeterminação de uma pessoa.

O Código Civil de 2002 após as alterações promovidas pelo Estatuto da Pessoa com

Dessa forma, a incapacidade absoluta, teoricamente medida excepcional, passou a ser regra diante da constatação, principalmente médica, de qualquer comprometimento do discernimento do deficiente. A tomada de decisão apoiada é o apoio caso a caso, em caso de declínio do discernimento para a autodeterminação, o que não importa na tutela, embora no sistema pós-Estatuto das Pessoas com Deficiência seja também caso a caso. caso. Apoiadores não são curadores, são pessoas que confiam na pessoa com deficiência para ajudá-la a tomar determinada decisão.

Breves considerações acerca da vulnerabilidade

Pela interdisciplinaridade do tema vulnerabilidade (MARANDOLA JR.; HOGAN, 2006, p. 40), reconhece-se que sua definição geral, por meio das especificidades de um determinado contexto, pode assumir formas específicas. Isso se observa quando se entra no âmbito do Biodireito, pois, além dos diferentes contextos, deve-se levar em conta também a evolução das práticas bioéticas (NEVES, 2006, p. 158). No âmbito do Biodireito, reconhece-se a necessidade de proteger os indivíduos vulneráveis, para que não sejam “machucados” por sua condição (NEVES, 2006, p. 159).

Analisando a evolução histórica do conceito de vulnerabilidade no contexto do Biolaw, o Belmont Report (1978), relatório elaborado pela National Commission for the Protection of Human Subjects in Biomedical and Behavioral Research, órgão do Congresso dos Estados Unidos. com base na definição de três princípios éticos básicos: respeito pelas pessoas, bondade e justiça (NEVES, 2006, p. 158). O princípio da utilidade é guiado por dois pilares: não causar danos e maximizar os benefícios potenciais, minimizando as perdas potenciais. Isso se daria por meio do princípio da autonomia, que consiste na autodeterminação pessoal sem vieses paternalistas, ou seja, os indivíduos como agentes livres para fazer suas próprias escolhas com base em seus valores e crenças pessoais, podendo também agir de forma autônoma ( NEVES, 2006, p. 160).

Com este estudo, o princípio da beneficência desdobrou-se no princípio da beneficência e da inocuidade, o que gerou os seguintes princípios: o princípio da autonomia37,. Com isso, é possível mudar o estado de vulnerabilidade, antes protegido pelo protecionismo paternalista, capacitando esses indivíduos, garantindo condições adequadas ao seu funcionamento autônomo na sociedade (NEVES, 2006, p. 160) e, conforme determinado pela Declaração Universal sobre Bioética e direitos humanos, se uma pessoa não pode agir de forma independente, ela deve ser protegida e todas as decisões tomadas tendo em mente seus melhores interesses. Por outro lado, é o que parece fazer o estatuto da deficiência ao estabelecer uma instituição solidária que visa proteger e promover a pessoa a ser amparada dentro dos limites de suas necessidades, ao invés de descriminalizá-la ou retirá-la de sua autonomia.

Portanto, reconhecer a vulnerabilidade da pessoa com deficiência, diante da incapacidade para o exercício e, com base nisso, designar um responsável à pessoa com deficiência para auxiliá-la ou mesmo representá-la ou, no caso do torcedor , sustentar, dependendo da questão da capacidade subjetiva de direitos jurídicos ou existenciais, não significa privá-la de capacidade.

Aspectos processuais e procedimentais da TDA no ordenamento jurídico brasileiro

  • Legitimidade de requisição e (im)possibilidade de conversão da ação de curatela
  • Dos apoiadores
  • Do termo de TDA
  • Da necessidade de realização de estudo por equipe multidisciplinar
  • Da possibilidade de aplicação de TDA e curatela em favor da mesma pessoa
  • Da desnecessidade de registro da TDA
  • Dos atos abarcados pela TDA
  • Da competência para o processamento do pedido de TDA
  • Considerações finais sobre a TDA

Vale ressaltar que os simpatizantes são objetos de confiança das pessoas com deficiência e com quem mantêm vínculos, pessoas que os elegeram no auge de sua vontade. Como o torcedor pode pedir ao árbitro para removê-lo, a tomada de decisão assistida também cessa se ele não for substituído por uma pessoa com deficiência. 1, pois tende a preservar ao máximo os interesses e vontades da pessoa com deficiência.

O termo deve expressar o compromisso expresso dos apoiadores em proteger os interesses e direitos das pessoas com deficiência no exercício de suas funções. As pessoas com deficiência têm garantido o direito de exercer sua capacidade jurídica em igualdade de condições com as demais pessoas. No entanto, naqueles atos em que a tutela não precise ser aplicada, sendo TDA, esta pode ser utilizada, respeitando o melhor interesse da pessoa com deficiência.

A justificativa para tal dispositivo seria a preservação do direito à imagem e à dignidade da pessoa com deficiência, mas na verdade provoca a transformação da tomada de decisão amparada em procedimento sem valor jurídico. Assim, a curadoria baseada na Lei das Pessoas com Deficiência afetará apenas os atos relativos aos direitos patrimoniais. A tomada de decisões apoiadas não pode ser objeto da realização de atos e transações jurídicas não patrimoniais (por exemplo, reconhecimento voluntário de criança), uma vez que nestes casos a pessoa com deficiência não depende de tutela ou de alimentos.

Como se vê, são grandes os desafios que o novo estatuto da pessoa com deficiência traz aos aplicadores e intérpretes do direito privado.

Análise qualitativa dos acórdãos proferidos pelos Tribunais de Justiça brasileiros

Conversão de ação de curatela em TDA de ofício

O que é compreensível dada a finalidade promocional e emancipatória do estatuto da pessoa com deficiência. Com a promulgação da Lei da Incapacidade, o processo liminar pode se transformar em processo decisório subsidiado ou mesmo remetido aos limites da tutela. Sobre esse tema, vale reescrever as lições de Iara Antunes de Souza (no Estatuto da Pessoa com Deficiência: Tutela e Saúde Mental.

Pessoas com lesões físicas são consideradas pessoas com deficiência de acordo com a lei nº. e têm proteção garantida pela instituição tutelar da tomada de decisão apoiada; 2. Nos termos deste artigo (artigo 84.º do Estatuto da Pessoa com Deficiência), as pessoas com deficiência ficam sujeitas a tutela, apenas quando necessário. É uma fração muito pequena se comparada aos 2 (dois) anos de implantação do Estatuto da Pessoa com Deficiência.

Teoria das capacidades no direito brasileiro: de Teixeira de Freitas e Clóvis Bevilacqua ao Estatuto da Pessoa com Deficiência. Deficiência e direito privado: novas reflexões sobre a Lei Brasileira de Inclusão e a Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. DECISÃO APOIADA: instrumento de amparo ao exercício da capacidade civil da pessoa com deficiência, instituído pela Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº.

DECISÃO APOIADA: o instrumento legal de apoio à pessoa com deficiência instituído pela Lei nº. ROSENVALD, Nelson; TOMADA DE DECISÃO APOIADA – Primeiras regras sobre um novo modelo jurídico promocional para pessoas com deficiência. Reflexões sobre o Impacto da Condição da Pessoa com Deficiência no Direito de Família: Tutela e Casamento.

TDA como instrumento intermediário

Outras temáticas envolvendo TDA

1.783-A, acrescentado ao Código Civil pelo estatuto da pessoa com deficiência (a lei nx criou o procedimento legal de tomada de decisão amparada, por meio do qual o requerente, pessoa com deficiência, escolhe pelo menos duas pessoas idôneas em seu relacionamento e confiança, para apoiá-lo na tomada de decisões sobre ações cíveis, porém é necessário ressaltar que no caso relatado não houve instrução probatória, ou seja, a pessoa com deficiência não foi amparada por equipe multidisciplinar. , diz a desembargadora relatora, Lenice Bodstein, que o Estatuto da Pessoa com Deficiência introduziu medidas que visam desacelerar.

1.780, do Código Civil, com a entrada em vigor do Estatuto da Pessoa com Deficiência, deixou de existir a chamada tutela do enfermo, o que deixa a pretensão sem amparo legal. Nelson Rosenvald, no artigo: Apoio à Decisão - As Primeiras Linhas de um Novo Modelo Jurídico Promocional da Deficiência, 'o beneficiário manterá a capacidade de fato. 34; Estatuto da Pessoa com Deficiência”, em janeiro de 2016, no Código Civil e no Novo Código de Processo Civil, foram pressionadas profundas alterações no campo da deficiência.

Ao fazê-lo, o tribunal respeitaria ao mesmo tempo a autonomia da pessoa com deficiência. Quanto à legitimidade do pedido de TDA e sua intercambiabilidade, o subtema 4.1.1 é claro, pois comprova na prática que há tribunais brasileiros que utilizaram o TDA de ofício durante os dois primeiros anos do Estatuto da Pessoa com Deficiência, confirmando assim as afirmações do referido autor. Desta forma, foi necessária uma breve contextualização legislativa, começando com o Código Civil de 1916 e terminando com as alterações de 2015 ao Estatuto dos Deficientes no Código Civil de 2002.

Além disso, percebeu-se que apesar das mudanças trazidas pelo estatuto da pessoa com deficiência e a criação de uma nova instituição de apoio à tomada de decisão, não pensamos que tenha havido uma grande mudança no pensamento sobre a pessoa com deficiência. magistrados e desembargadores, ou seja, em geral, ainda não transcenderam totalmente o vínculo entre deficiência e incapacidade. Além disso, foi possível verificar a aplicação da premissa básica estabelecida pela Lei da Pessoa com Deficiência: a capacidade é a regra e a incapacidade a exceção, dentro do ordenamento jurídico pátrio. Direito Protetor no Brasil à luz da Convenção de Proteção à Pessoa com Deficiência: Efeitos do Novo CPC e Estatuto da Pessoa com Deficiência.

Considerações finais sobre a análise qualitativa dos acórdãos

Referências

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