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A aplicabilidade da medida socioeducativa de Liberdade Assistida no Centro de Referência Especializada de Assistência Social (Creas) em Maceió/Al

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Academic year: 2023

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Além disso, revela a evolução do processo de implantação das medidas sociopedagógicas com ênfase na Liberdade Assistida desenvolvidas pelo CREAS e asseguradas pela Política Nacional de Assistência Social (PNAS). CMDCA - Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente CNSS - Conselho Nacional de Assistência Social. CONANDA- Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente CRAS- Centro de Referência de Assistência Social.

Por fim, o terceiro capítulo enfocou o processo de implantação das medidas sociopedagógicas com ênfase na Liberdade Assistida desenvolvidas pelo CREAS e asseguradas pela política nacional de assistência social.

Resgate histórico da construção da proteção social à criança e ao adolescente no Brasil

No entanto, o Código de Menores classificava crianças e adolescentes como abandonados ou delinquentes, e foi nesse período que surgiu o termo 'menor', usado principalmente como sinônimo de infrator, carente e abandonado (LONDOÑO, 1991, apud CANTINI, 2008, p. .2 , itálico adicionado). Todas essas instituições tiveram como base legal o Código de Menores de 1927, que foi reformulado em 1979 e em 10 de outubro foi aprovado o novo Código de Menores por meio da Lei nº 6.697, que introduziu a Doutrina da Situação Irregular. Nesse período, o juiz de menores, além de tratar de todas as questões jurídicas, também era responsável pela condução da política governamental na área da juventude e juventude.

No entanto, o Código de Menores de 1979 foi considerado por muitos uma legislação ultrapassada para a época.

Mudanças no cenário da infância e adolescência a partir da Constituição Federal de 1988

O Fórum DCA teve um papel muito importante no processo de discussão e elaboração da Nova Constituição e do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Nesse contexto, o Estatuto da Criança e do Adolescente elaborou um Sistema de Garantia de Direitos (SGD), concebido como uma rede de proteção integral à criança e ao adolescente, com vistas ao fortalecimento e à efetivação dos direitos desse grupo populacional. Art. 88º São diretrizes da política de serviços: I - serviços municipais; II - criação de conselhos municipais, estaduais e nacionais dos direitos da criança e do adolescente, órgãos consultivos que acompanhem as ações em todos os níveis e assegurem a participação popular igualitária por meio de entidades representativas, de acordo com a legislação federal, estadual e municipal; III - criação e manutenção de programas específicos, levando em consideração a descentralização político-administrativa; IV - manutenção de fundos nacionais, estaduais e municipais vinculados aos respectivos conselhos dos direitos da criança e do adolescente;

No âmbito federal, em 1991, a Lei 8.242 instituiu o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA). Esse conselho é vinculado ao Ministério da Justiça e ao Departamento da Criança e do Adolescente (DCA) e é considerado o principal órgão do sistema de garantia de direitos. Dependendo do âmbito estadual e municipal, temos o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA) e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), que são vinculados administrativamente à administração estadual ou municipal, mas tenham autonomia para realizar seu trabalho.

2. Compete ao sistema de garantia dos direitos da criança e do jovem promover, defender e controlar a aplicação dos direitos civis, políticos, económicos, sociais, culturais, coletivos e difusos na sua totalidade em benefício de todas as crianças e jovens. que sejam reconhecidos e respeitados como sujeitos de direitos e pessoas em estado distinto de desenvolvimento; Vale ressaltar, ainda, que o Estatuto da Criança e do Adolescente traz a importância de assegurar condições adequadas ao desenvolvimento desses indivíduos. No entanto, o Estatuto da Criança e do Adolescente não deixa de responsabilizar o adolescente, e por isso, ao constatar a prática de infração, o legislador poderá aplicar as medidas sociopedagógicas cabíveis, levando em consideração a gravidade do ato cometido, bem como a as circunstâncias em que aconteceu.

Assim, o SINASE deve ser entendido como uma política de envolvimento de adolescentes que cometem crimes. Diante disso, as reais condições para a concretização do Estatuto da Criança e do Adolescente e consequentemente do SINASE nunca foram oferecidas, afinal, o que o estado sempre priorizou foi a oferta de políticas sociais focalizadas, ou seja, política de atenção à criança e ao adolescente ela é marcada por tantos avanços e obstáculos (OLIVEIRA, 2014).

Estado Penal, criminalização da pobreza e violência no Brasil

No entanto, as medidas introduzidas tiveram um efeito devastador nas condições de vida da classe trabalhadora, pois resultaram no aumento do desemprego, na destruição de postos de trabalho não qualificados, na redução dos salários devido ao aumento da oferta de mão-de-obra e na redução de gastos. sobre políticas sociais. Após a estabilização da política neoliberal no país, foi inevitável o aprofundamento das desigualdades sociais e consequentemente da violência e da criminalidade. Na época, alguns setores influentes da classe empresarial já haviam criticado fortemente a ingerência do Estado e justamente neste período houve uma estagnação do crescimento econômico com a queda das taxas de lucro, baixa produtividade do trabalho e outros determinantes.

Quanto ao desemprego, ele desencadeou diversas implicações na vida da classe trabalhadora, dificultando sua capacidade de reproduzir e organizar a luta política e sindical (MEDEIROS, 2007). No entanto, os governos democráticos adotaram estratégias neoliberais, como aumentar as políticas de compensação, privatizar mais empresas estatais, políticas e serviços sociais, transferindo responsabilidades do estado para a esfera privada. A violência não é causada pela desigualdade per se, mas a falta de comunicação em diferentes níveis provoca um distanciamento entre os segmentos sociais, principalmente entre ricos e pobres, que muitas vezes é superado apenas pelo uso da violência direta, que também se caracteriza como uma forma de comunicação entre grupos e indivíduos (SILVA, 2008 , p.80).

O Estado posiciona-se a favor dos interesses burgueses em detrimento dos interesses da classe trabalhadora, pois estimula o crescimento econômico e ao mesmo tempo propaga a extrema necessidade de redução do estado de bem-estar, pois visa a manutenção do estado social vigente. estrutura composta por classes dominantes e classes dominadas. 34;A atrofia deliberada do estado social corresponde à hipertrofia distópica do estado penal: a miséria e a extinção de alguém têm a grandeza e a magnificência como contrapartida direta e necessária. Além disso, declarar-se “inimigo” é outra estratégia do sistema capitalista para classificar os indivíduos das classes subalternas como fonte dos problemas que permeiam a sociedade, apontando-os como uma ameaça à manutenção da ordem. legitimar o uso da violência pelo Estado.

Seguindo esta lógica, a criminalização e o estigma, características muito evidentes do Estado Penal, assumem definitivamente características raciais e étnicas. O Atlas da Violência 2020 publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) em conjunto com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) apresenta dados bastante significativos que ajudam a esclarecer a criminalização da juventude pobre e negra.

A Política Nacional de Assistência Social (2004) na aplicação da medida de Liberdade Assistida no CREAS em Maceió/AL

I - a descentralização político-administrativa, cabendo à esfera federal a coordenação e as normas gerais e a coordenação e execução dos programas pertinentes à esfera estadual e municipal, bem como às entidades beneficentes e de assistência social; Em Maceió, esse processo de comunalização da Assistência Social teve início na década de 1990, mais especificamente em 1996 com a criação da Secretaria Municipal de Ação Social, seguida da criação do Fundo Municipal de Assistência Social e do Conselho Municipal de Assistência Social. Em 2004, após 10 anos da sanção da LOAS, foi elaborada a Política Nacional de Assistência Social (PNAS), com a participação do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), juntamente com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e entidades das três esferas de governança e da sociedade civil.

A lei determina as diretrizes gerais para a implantação e administração do SUAS em Maceió, além da nova nomenclatura da Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social, que passa a se chamar Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS) (PMAS, 2010) . No município de Maceió, a Assistência Social é qualificada na Gestão Básica, a qual é responsável por acolher as atribuições do SUAS na esfera municipal. Outro fator importante é a forma como as ações de assistência social estão organizadas no SUAS, que se divide em duas categorias de proteção social: básica e especial.

I - proteção social básica: definir serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social voltados à prevenção de situações de vulnerabilidade e risco social por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições e do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários; (Incorporado pela Lei nº 12.435 de 2011). Executa serviços básicos de proteção social, organiza e coordena a rede local de serviços socioassistenciais da política de assistência social (BRASIL, 2004, p.35). O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) é a unidade pública responsável pela oferta de serviços de proteção especial e tem o papel de coordenar a articulação dos serviços da rede socioassistencial com outras políticas públicas e com o sistema jurídico. .

O Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS é uma unidade estadual que presta atendimento especializado e continuado a indivíduos e famílias com direitos violados, promovendo a integração de esforços, recursos e meios para o enfrentamento da expansão dos serviços e da atuação para seus usuários , que envolve um conjunto de profissionais e processos de trabalho que devem oferecer suporte e acompanhamento individualizado especializado (BRASIL, 2005a, p. . 04-05). Nesse sentido, o CREAS, que faz parte do Sistema Único de Assistência Social, é classificado como equipamento público de Proteção Social Especial de média complexidade, sendo, portanto, responsável por orientar e oferecer serviços de assistência social especializada e continuada aos cidadãos que possuem seus direitos. já violados, sem romper os laços familiares.

Compreensões sobre o processo de cumprimento da medida socioeducativa de Liberdade Assistida no CREAS (Limites e contribuições da

A atuação do Assistente Social no acompanhamento dos adolescentes que cumprem LA

Compreender o papel do assistente social nos dias atuais e em meio às medidas socioeducativas requer uma breve contextualização das origens do Serviço Social no Brasil e sua relação com o sistema capitalista, conforme emerge das desigualdades e da exploração É deste sistema que o Serviço Social surge como questão social, de que a problemática do adolescente autor de ato criminoso é outra expressão. No entanto, durante o percurso histórico do Serviço Social no Brasil, foram discutidas diferentes orientações teóricas na profissão, além da doutrina social da Igreja. As medidas socioeducativas têm vários pormenores e por isso as estratégias de intervenção do profissional de serviço social também são distintas.

4º da Lei de Regulamentação da Profissão também representa as competências do Assistente Social que requerem estudo, planejamento e pesquisa. II - elaborar, coordenar, implementar e avaliar planos, programas e projetos no âmbito do serviço social com a participação da sociedade civil; 5º, inciso IV, da Lei de Regulamentação da Profissão, que são: “[..] perícias, perícias, laudos periciais, informações e pareceres em matéria de Serviço Social”.

Nesse sentido, Iamamoto (1997) argumenta que a condição para se pensar o indivíduo como um todo está alicerçada no compromisso do Serviço Social com a defesa intransigente dos direitos humanos, o que requer atuação democrática. Ao analisar a aplicabilidade da medida socioeducativa de liberdade assistida implantada pelo CREAS, o estudo realizado possibilitou conhecer os procedimentos utilizados para a implantação e implementação dessa medida, bem como a identificação das contribuições por ela trazidas e os limites que a mesma O profissional de Serviço Social encontra-se em seu processo de trabalho. Trabalho de Conclusão de Curso da Faculdade de Serviço Social da Universidade Federal de Alagoas.

Atenção ao adolescente em conflito com a lei no Brasil: medidas socioeducativas como mecanismo de garantia de direitos e o papel do Serviço Social nesse processo. A redução da maioridade penal no Brasil e o posicionamento da Tese de Serviço Social (Serviço Social) – UFAL, Maceió – AL. SCHENA, Giseli Mara. Limites e perspectivas do assistente social na implementação da medida socioeducativa de liberdade assistida no município de Florianópolis.

Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Serviço Social) — Departamento de Serviço Social. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2005.

Referências

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