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Assistência de enfermagem ao paciente com sepse em unidades de terapia intensiva

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Academic year: 2023

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Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento - RC: 29953 - ISSN: 2448-0959 https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/paciente-com-sepse

Assistência de enfermagem ao paciente com sepse em unidades de terapia intensiva

ARTIGO DE REVISÃO

PIMENTEL, Tatielle Gomes Botelho [1]

PIMENTEL, Tatielle Gomes Botelho. Assistência De Enfermagem Ao Paciente Com Sepse Em Unidades De Terapia Intensiva. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 05, Vol. 05, pp. 05-16 Maio de 2019. ISSN: 2448-0959

RESUMO

Novos microrganismos têm sido descobertos e documentados, infecções vêm surgindo com força maior, mais resistentes. É uma problemática mundial as infecções relacionadas a assistência à saúde (IRAS), tendo em vista que além de elevar o custo eleva também, o tempo de internação do paciente, dentre elas está a sepse que pode ser definida como uma resposta sistêmica a uma doença infecciosa, causada por bactérias, vírus, fungos ou protozoários, tendo alta mortalidade. O enfermeiro deve saber identificar o mais precoce possível atuando com eficiência e rapidez. Este artigo é muito relevante para a assistência à saúde, pois a sepse é um problema mundial com um alto índice de mortalidade que pode ser amenizado com a sua detecção precoce, sendo esse um papel fundamental do enfermeiro e sua equipe, por estar 24 horas com o paciente. O método utilizado foi a revisão integrativa da literatura comparando os cuidados realizados pela enfermagem em unidades de terapia intensiva (UTI). Foram encontrados como cuidados realizados nesses casos os bundles (pacotes de cuidados) para sepse, que foram implantados com o objetivo de reduzir óbitos em 25% em UTIS. Conclui-se que o enfermeiro é de extrema importância para detectar a doença e iniciar os pacotes de cuidados prevenindo a evolução de agravos no processo saúde doença dos pacientes.

Palavras-chaves: Enfermagem, Sepse, Assistência.

INTRODUÇÃO

A enfermagem teve início no século XIX com o trabalho de Florence Nighitingale, desde então, houve um considerável avanço no campo do saber com o desenvolvimento de Modelos Conceituais e Teorias de

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Enfermagem que, embora percorram caminhos distintos, tem em comum os conceitos de ser humano, saúde, ambiente e enfermagem, fundamentando teoricamente e metodologicamente a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) (NETO et al, 2011).

É importante que os enfermeiros e sua equipe desenvolvam o pensamento crítico e a capacidade de tomar decisões por meio da implementação do Processo de Enfermagem, um instrumento que possibilita identificar, compreender, descrever, explicar e/ou predizer as necessidades humanas e determinar que aspectos dessas necessidades exigem uma intervenção profissional. (ARAÚJO et al, 2010).

É uma problemática mundial as infecções relacionadas a assistência à saúde (IRAS), tendo em vista que além de elevar o custo eleva também o tempo de internação do paciente (BRASIL, 2013). Novos microrganismos têm sido descobertos e documentados e as infecções vêm surgindo com força maior, mais resistentes. (ANDRADE, LEOPOLDO e HAAS, 2008)

O paciente está suscetível a infecção devido a diversos fatores, tendo como principais causas o período prolongado de internamento, processos invasivos constantes, uso de imunossupressores e colonização de microrganismos resistentes. A infecção pode ser causada tanto por microrganismos encontrados na microbiota do paciente ou ambiente hospitalar por ser um local insalubre, quanto através de infecção cruzada. (OLIVEIRA, KOVNER e SILVA, 2010)

A sepse vem adquirindo crescente importância devido ao aumento de sua incidência, podendo ser definida como uma resposta sistêmica a uma doença infecciosa, causada por bactérias, vírus, fungos ou protozoários (ILAS, 2015). Tem alta mortalidade e representa cerca de 24% a 32% dos custos totais de uma unidade de terapia intensiva (UTI). (BOECHAT; BOECHAT, 2010).

Segundo Lima e Picanço (2015) a sepse é identificada por estadiamento, sendo o primeiro a síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS), o segundo é a evolução da primeira fase para sepse grave e o terceiro é o choque séptico. os dois estágios mais graves acometem milhões de pessoas em todo mundo, sendo observado um aumento considerável nos índices de incidência nas UTIs, por ser o local destinado a pacientes graves que necessitam de assistência integral e continua e da realização de processos invasivos constantes.

Em 2002 foi criado um Comitê Internacional visando implantar protocolos criando a campanha de sobrevivência a sepse, tendo como objetivo a redução de óbitos em 25%, a maior atuação é na UTI. Em 2010, os primeiros resultados publicados da campanha monitorada em 30 países, mostraram-se satisfatórios com redução na mortalidade hospitalar por sepse (DIAS et al, 2014).

A equipe de enfermagem precisa estar preparada para prestar a assistência contínua ao paciente com sepse. A atividade do cuidar além de complexa, exige confiabilidade à assistência prestada por meios seguros. (PINTARELLI, JÚNIOR, SANTOS, 2013). A enfermagem tem um papel fundamental na identificação precoce e o controle da sepse, visando à redução das taxas de óbitos e aumento na taxa de sobrevivência nas UTIs (LIMA, PICANÇO, 2015). O Processo de Enfermagem (PE), considerado a base de sustentação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é fundamental na identificação dos sinais e sintomas da sepse. (FERREIRA, NASCIMENTO, 2014).

Segundo Viana (2009) para um prognóstico positivo os enfermeiros devem perceber e reconhecer as

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alterações, principalmente, dos sinais vitais no início da sepse, devendo também reconhecer possíveis alterações orgânicas, como dispneia (disfunção pulmonar), oligúria, alteração do nível de consciência, na geral insuficiência de múltiplos órgãos que ocorrem já no estado severo da sepse.

Ressalta-se ainda que a convocação de outros setores do hospital é necessária para haver o controle eficaz de infecções. Ao se delegar responsabilidades aos profissionais das demais unidades do hospital, poderá haver uma coesão de forças, de modo que cada um ativamente coparticipe no controle e prevenção das infecções, não se restringindo apenas a comissão de controle de infecção hospitalar (CCIH). (ARAÚJO et al, 2010).

A implantação da busca sistematizada de sinais de SIRS e/ou disfunções orgânicas em todos os setores do hospital corrigi falhas operacionais. As alterações dos sinais vitais devem ser prontamente relatadas pela enfermagem e devidamente valorizadas pelo médico. Investigar a causa desta alteração e avaliar a necessidade de tratamento agressivo é crucial. (JANAINA, 2009).

A quarta etapa do Processo de Enfermagem (PE) está fundamentada nas diretrizes da campanha de sobrevivência a sepse, o ILAS (Instituto Latino Americano da Sepse) implementou o pacote de medidas do combate à sepse. Este pacote refere-se a um conjunto de intervenções clínicas baseadas em evidências (ILAS, 2015).

Em estudo realizado por El Solh et al. (2008) com pacientes idosos em choque séptico, pode se observar a redução de 16% do risco de mortalidade quando do uso de um protocolo "bundle" (pacote). Tendo um conhecimento dos bundles, sua atuação será baseada em evidências e isso acarretará um cuidado mais seguro para o paciente. (PINTARELLI, JUNIOR, SANTOS, 2013).

Este artigo é muito relevante para a assistência à saúde, pois a sepse é um problema mundial com um alto índice de mortalidade que pode ser amenizado com a sua detecção precoce, sendo esse um papel fundamental do enfermeiro e sua equipe por estar 24 horas com o paciente. Sendo assim a problemática do atual trabalho é: como tem sido a assistência de enfermagem junto ao paciente com sepse em UTI?

Tendo como objetivos identificar as principais intervenções de enfermagem para prevenção da sepse em UTI e valorizar os enfermeiros frente a sepse.

METODOLOGIA

O método utilizado no presente trabalho foi a revisão de literatura, segundo Carvalho, et al. (2014) a pesquisa bibliográfica é o passo inicial na construção efetiva de um protocolo de investigação, quer dizer, após a escolha de um assunto é necessário fazer uma revisão bibliográfica do tema apontado. Essa pesquisa auxilia na escolha de um método mais apropriado, assim como num conhecimento das variáveis e na autenticidade da pesquisa.

A busca foi realizada na biblioteca virtual em saúde (BVS), nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Banco de Dados em Enfermagem (BDENF) no período de fevereiro a julho de 2018.

Os critérios de seleção foram periódicos publicados na íntegra, gratuitos e idioma em português, nos últimos dez anos, utilizando os descritores: enfermagem AND sepse AND assistência. Dos artigos

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identificados, foram selecionados os que atendiam ao objetivo desta revisão.

A análise e interpretação dos dados foram realizadas de forma minuciosa por meio de leitura, após compreensão dos dados, foram elaborados dois quadros, o primeiro com as seguintes partes: título, autores, ano e tipo de estudo, o segundo contêm os cuidados de enfermagem.

RESULTADO E DISCUSSÃO

QUADRO 1: Relação dos artigos selecionados para realização dos quadros

TÍTULO DO ARTIGO AUTORES E ANO TIPO DE ESTUDO

1.As ações de enfermagem frente à sepse, uma abordagem do

paciente crítico: revisão de literatura

LELIS et. al. 2017 Revisão de literatura

2. Sepse: diagnóstico e tratamento BOECHAT; BOECHAT, 2010 Revisão de literatura 3. Sepse: atualizações e

implicações para enfermagem

ALMEIDA, MARQUES, 2009 Pesquisa bibliográfica

4. Estratégia de detecção precoce e redução de mortalidade na sepse

grave

FEIJÓ et. al. 2009 Estudo antes/depois (fase I/fase II) realizado no período de agosto

de 2005 a setembro de 2007 nas enfermarias do departamento de emergência e unidades de terapia

intensiva (UTI) de um hospital municipal de São Paulo 5. Aplicação do algoritmo da

sepse por enfermeiro na U.T.I.

PENINCK, MACHADO, 2012

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Referências

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