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Atividade larvicida contra Aedes aegypti da Dicentrina isolada de Ocotea vellosiana (Lauraceae).

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Academic year: 2023

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Sociedade Brasileira de Química ( SBQ)

31a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química

Atividade larvicida contra Aedes aegypti da Dicentrina isolada de Ocotea vellosiana (Lauraceae).

*Lilliam May Grespan Estodutto da Silva (IC), Lidilhone Hamesrki (PQ), Fernanda Rodrigues Garcez (PQ), Walmir Silva Garcez (PQ).

*lilliammay@yahoo.com.br

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, CCET, Departamento de Química, Campo Grande, MS 79070-900.

Palavras Chave: Ocotea vellosiana, larvicida, dicentrina.

Introdução

Os grandes problemas de saúde do início do século XXI são essencialmente públicos, como é o caso das moléstias infecciosas transmitidas por vetores. Surgem, então, novas doenças e ressurgem outras consideradas controladas ou eliminadas. É o caso da dengue, que se expandiu no final do século XX pelo mundo tropical, tendo atingido o Brasil2. No atual estágio do conhecimento científico, a única medida de controle disponível para as infecções causadas pelo vírus da dengue é a eliminação, ou melhor, o controle do seu principal vetor urbano, o Aedes aegypti.

Atualmente vem sendo utilizados como meio de combate ao mosquito e larvas do A. aegypti inseticidas químicos e biológico tais como: piretróide e BTI (Bacillus thuringiensis subsp. israelensis), respectivamente3. O inseticida piretróide provoca alergias, irritação de pele e problemas respiratórios.

Além do prejuízo causado ao homem, decorrente da toxidade do veneno, há indícios de aumento da resistência das larvas frente ao larvicida temephós anteriormente empregado para o controle

A busca de novas drogas alternativas mais eficazes e menos tóxicas para combater a larva do A. aegypti é necessária. A biota de Mato Grosso do Sul, representada principalmente pelo Cerrado e Pantanal, surge como uma fonte alternativa de novos protótipos com atividade larvicida.

Resultados e Discussão

O Laboratório de Pesquisa LP-1 do Departamento de Química-UFMS trabalha com vários extratos de plantas obtidos do Cerrado e Pantanal que são inicialmente avaliados por ensaio de citotoxicidade para Artemia salina. Dentre os extratos (folhas, cascas, galhos ou frutos) que apresentaram atividade citotóxica 50 foram selecionados para ensaios de avaliação de atividade larvicida (A. aegipty). Dos extratos testados, o extrato etanólico das cascas de Ocotea velosiana1 apresentou resultado significativo no ensaio realizado com A. aegipty (DL50=193µg/ml) e foi selecionado para o fracionamento químico bio- monitorado.

As cascas do caule (3.230 g) foram secas ao ar e moídos até baixa granulometria. Todas as etapas do trabalho foram realizadas através do estudo químico bio-monitorado de acordo com a figura 1.

Este fracionamento conduziu ao isolamento do alcalóide (S)-Dicentrina com atividade larvicida contra A. aegypti (DL50=31,1µg/ml)

.

Conclusões

O estudo fitoquímico bio-monitorado do extrato etanólico das cascas de Ocotea velosiana conduziu ao isolamento do alcalóide (S)-Dicentrina, que apresentou DL50 = 31,1µg/mL.

Agradecimentos

FUNDECT/MS, CAPES, CNPq, UFMS-PROPP-CPq __________________

1 GARCEZ, W. S.; YOSHIDA, M.; GOTTLIEB, O. R., Benzylisoquinoline Alkaloids and Flavonols from Ocotea vellosiana, Phytochemistry 1995, 39 (4), 815.

2 BRASIL. FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE. Programa Nacional de Controle da Dengue: Amparo legal à execução das ações de campo_

imóveis fechados abandonados ou com acesso não permitido pelo morador._Brasília: Fundação Nacional de Saúde 2002.

3Portaria nº 29, de 11 de julho de 2006, nº 132 – DOU de 12/07/06, Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde.

Extração Et OH - 48h/4x

Frações reunidas CCD Fraci onamento C-18 Partição (4 x 400 mL ) BuOH:H2O (1:1) Casca do caule

3230 g

Extrato etanólico (3 2 9g) DL50 = 193, 0µg/ml

Fração Butanólica (97g)

DL50 >1000µg/ml Fração Aquosa (210g)

DL50 = 274,5µg/ml

F. Aquosa 94,25 g DL50 >1000µg/ml

H20:MeOH (8:2) 9,86 g DL50 >1000µg/ml

H20:MeOH (6:4) 19,08 g DL50 >1000µg/ml

MeOH (2,33g) DL50 = 181,7µg/ml

Filtração em coluna sílica gel (200-400mesh) Sistema de eluição

1-AcOEt:MeOH (7:3) - 180 mL 2- MeOH – 150 mL

23 frações

Fração 1-3 (40,23 mg)

Fração 16-23 (56,10 mg) DL50 > 1000 Fração 4-8

(70,35 mg ) Mistura alcaló ides

Fração 9 -15 (22,7 mg)

DL50

DICENTRINA DL50 = 31,1µg/ml

N H

O CH3 H3CO

O O

CH3

Figura 1. Fracionamento bio-monitorado para o isolamento do constituinte químico bioativo (larvicidas) Ocotea vellosiana.

Figura 2. Estrutura química (S)- Dicentrina.

Referências

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