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Avaliação de microclima e risco de incêndios florestais : Estação Ecológica do Tripuí, período de inverno e primavera de 2018.

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Academic year: 2023

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Juarez Távola Basílio e Cicero Emanuel Dutra, que forneceram toda a infraestrutura para a Estação Ecológica Tripuí e contribuíram significativamente para este estudo. O objetivo deste estudo foi analisar a influência das características físicas e climáticas na ocorrência e propagação de incêndios florestais na estação ecológica Tripuí.

Objetivos

Objetivo Geral

Objetivos específicos

Unidades de Conservação

1. A Estação Ecológica é propriedade e domínio público, sendo os terrenos particulares abrangidos pelos seus limites expropriados nos termos da lei. 2. É proibida a visitação pública, exceto quando for para fins educacionais, conforme plano de manejo da unidade ou regulamento específico.

Incêndios Florestais

A propagação dos incêndios florestais resulta de fenómenos de transferência de calor, nomeadamente condução, convecção e radiação (ICMBIO, 2010). A temperatura afeta diretamente o calor e muitas vezes serve como mecanismo de ignição para incêndios florestais.

Clima

Clima e incêndios florestais

O ar seco e as altas temperaturas fazem com que os combustíveis florestais sequem mais rapidamente, promovendo ignição, acionamento e posterior combustão. O ar seco e as altas temperaturas fazem com que os combustíveis florestais sequem mais rapidamente, promovendo sua ignição, ativação e posterior combustão (SILVA, 1998).

Vegetação

Vegetação e incêndios florestais (combustíveis)

A umidade da vegetação representa a quantidade de água que o combustível (vivo e morto) contém em um determinado momento. Por outro lado, a madeira de baixa densidade inflamará com menos calor, aumentando o papel da radiação e da convecção na propagação do fogo.

Topografia

A posição das encostas em relação à radiação solar afeta o desenvolvimento da vegetação e seu estado de combustível e, em geral, as encostas voltadas para o norte no Hemisfério Sul recebem mais radiação solar do que as voltadas para o sul. Em geral, quanto mais baixo o terreno, mais frondosa será a vegetação devido à maior disponibilidade hídrica (ICMBIO, 2010), que também está relacionada à temperatura, pois quanto mais alta, maior a atividade biológica que afeta o tamanho da área. vegetação.

Tabela 2: Inclinação X Velocidade de propagação
Tabela 2: Inclinação X Velocidade de propagação

Índices de previsão do risco de incêndios florestais

  • Índice de Nesterov (G)
  • Índice de Telitsyn (I)
  • Índice de Monte Alegre (FMA)
  • Índice de Monte Alegre Alterado (FMA+)

A Tabela 4 mostra as restrições a serem aplicadas à soma do índice de Nesterov, dependendo da quantidade de chuva registrada naquele dia. Este índice tem um único condicionante: quando a quantidade de chuva registada no dia corrente for igual ou superior a 2,5 mm, abandona-se a soma e inicia-se um novo cálculo no dia seguinte ou quando cessar a chuva; neste dia o valor do índice será zero (SAMPAIO, 1999). Foi o primeiro trabalho produzido no Brasil que analisou variáveis ​​meteorológicas para prever o risco de incêndio na vegetação, realizado por Soares em 1972, que desenvolveu a fórmula de Monte Alegre (nome da fazenda onde os dados foram coletados) no Paraná.

A Fórmula Alterada Monte Alegre (FMA) inclui em sua estrutura a velocidade do vento, o que permite também avaliar o potencial de propagação do fogo, fator de grande importância para a prevenção e, principalmente, para o controle dos incêndios que possam surgir. As variações que levam em conta a precipitação seguem a mesma regra do índice de Monte Alegre, conforme Tabela 6. Como as variáveis ​​de risco de incêndio são fatores climáticos, o clima em que a área de estudo está localizada tem grande influência na determinação do índice de risco de incêndio .

Tabela 3: Grau de perigo do índice de Nesterov
Tabela 3: Grau de perigo do índice de Nesterov

Área de estudo: Estação Ecológica do Tripuí

Materiais e métodos

O abrigo contém um termohigrômetro com data logger (ezTemp-10), Figura 9, que é responsável por medir temperatura, umidade relativa e temperatura do ponto de orvalho, além do armazenamento de dados, ANEXO A. O ezTemp-10 foi programado para fazer medições a cada 20 segundos para que fosse possível obter uma quantidade razoável de dados na coleta semanal, deixando uma boa margem para que o aparelho não atingisse sua capacidade máxima de dados antes de ser transferido para o computador. A velocidade do vento foi medida no início e no final de cada semana, quando íamos a campo para coletar dados.

Ao final de cada semana, dois dos três abrigos eram trocados de local, sendo que um deles era mantido sempre no mesmo local para validação dos dados, conforme ilustrado na Figura 12. Os dados pluviométricos foram obtidos por uma estação meteorológica localizada no laboratório hidráulico está localizado. da Escola de Minas, localizada na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Campus Morro do Cruzeiro, que fica a cerca de 4 km da EET (SILVA,2018). As discussões foram feitas com base nas variáveis ​​do microclima, a fim de traçar uma relação entre todos os fatores ambientais mencionados e sua influência na ocorrência de incêndios florestais.

Figura 6: Áreas de coleta de dados
Figura 6: Áreas de coleta de dados

Vegetação

A vegetação da área 2 apresenta material pesado e de grande volume nas áreas de mata, e material leve de menor volume nas áreas de mangue. No entanto, por se tratar de uma área próxima ao córrego, a vegetação e o solo estão sempre úmidos, o que reduz a probabilidade de incêndios, pois a alta umidade da vegetação dificulta o processo de queima, além dos materiais pesados ​​exigirem uma maior e intensidade de chama constante. Por ser uma vegetação que varia suas características de acordo com o clima, é naturalmente mais suscetível a queimadas na estação seca do que nos períodos úmidos.

Apesar de sua pequena área, a EET apresenta uma diversidade de fitofisionomias que diferem em suas características. Por isso, é importante analisar cada uma delas individualmente para entender o entendimento e a influência de cada vegetação em caso de incêndio florestal.

Figura 13: Área 1: Campo limpo/Campo sujo
Figura 13: Área 1: Campo limpo/Campo sujo

Clima

Pluviosidade

Topografia/ Hidrografia da EET

A esperada estação chuvosa sem dúvida contribui significativamente para diminuir o risco de incêndio na área, aumentando a umidade relativa do ar e mantendo a vegetação sempre úmida. As características do vale contribuem para a ausência de incêndios na unidade de conservação, pois o fogo, vindo de qualquer direção, deve ser descendente, diminuindo os efeitos da convecção e radiação sobre os combustíveis não queimados. Este fator reduz significativamente a velocidade e a intensidade da propagação da chama, o que faz com que um incêndio vindo de fora seja retardado quando atinge o limite de TSE.

Além de influenciar a umidade do ar e da vegetação, diminuindo assim o risco de incêndio, os canteiros podem servir como barreiras naturais, além da disponibilidade de água para combate, em caso de um possível incêndio. Observa-se que a EET é circundada pelos afluentes da bacia, o que pode interromper potenciais incêndios florestais antes mesmo de atingirem os limites da unidade de conservação. Os fatores acima tornam a topografia e a hidrografia da EET extremamente desfavoráveis ​​para a ocorrência ou propagação e favoráveis ​​para eventual supressão de incêndios florestais, tornando-se uma grande unidade de conservação aliada na sua conservação.

Figura 17: Topografia/Hidrografia da EET
Figura 17: Topografia/Hidrografia da EET

Umidade relativa do ar, temperatura e vento

O ponto 6 (P6A1), localizado na transição entre o campo e a mata, cujas medições foram feitas de 3 a 10 de outubro, apresentou temperatura máxima de 32 °C, o que não ocorreu devido aos baixos valores de UR, próximo ao point , que representa uma velocidade do vento de 0m/s, não representa um grande risco de incêndio. O ponto 1 (P1A2) junto à antiga linha férrea, cujas medições foram efetuadas de 29 de agosto a 5 de setembro, apresenta uma temperatura máxima de 31,1 °C, o que não está associado a valores baixos de UR que se situaram acima dos 39,6%. O ponto 4 (P4A2), localizado próximo à lagoa, cujas medições foram feitas de 19 a 26 de setembro, apresentou temperatura máxima de 36,5 °C, o que ocorreu em associação com UR de 35,2%, fatores que aumentam o risco de incêndio.

O ponto 10 (P10A2) do antigo campo de futebol, cujas medições foram realizadas de 17 a 24 de outubro, apresentou temperatura máxima de 33,8ºC e UR mínima de 41,4%. O ponto 2 (P2A3) às margens da BR356, próximo ao radar, cujas medições foram feitas de 5 a 12 de setembro, tem temperatura máxima de 42,3ºC e umidade relativa mínima de 22,8%, o que caracteriza uma situação crítica em relação o risco de. O ponto 9 (P9A3) do trevo na entrada do TSE, medido de 31 de outubro a 7 de novembro, apresentou temperatura máxima de 34,9ºC, mas isso não está associado a baixos valores de UR.

Figura 18: Umidades relativas do ar máximas, médias e mínimas na área 1
Figura 18: Umidades relativas do ar máximas, médias e mínimas na área 1

Fator de risco de incêndio

Os gráficos que representam o fator de risco calculado pela FMA, Figura 24, foram feitos com base nas tabelas do ANEXO D. Apenas mostra que os fatores levados em consideração para derivar o fator de risco não diferem significativamente nas diferentes áreas de estudo nas regiões avaliadas período. O que fica claro ao analisar os gráficos é que em períodos de seca o risco de incêndio aumenta significativamente nas três áreas, o que só diminui quando a estação começa com chuvas mais intensas e constantes.

De referir que de 3 a 23 de outubro, o equipamento localizado na zona 3 apresentou um problema técnico, pelo que esta zona esteve sem medições neste período. Este fato ocorreu durante a estação seca, onde a curva do fator de risco se comporta quase como uma reta ascendente, portanto este erro não afeta significativamente seu comportamento no gráfico. O risco na área 1 é maior durante a estação seca do que nas demais áreas, apesar de as três serem classificadas como de risco "muito alto", e crescentes e decrescentes conforme o FMA é determinado pela precipitação, que foi considerada igual nas três áreas, dependendo do tamanho da unidade de proteção.

Figura 24: Risco de incêndio nas três áreas de estudo
Figura 24: Risco de incêndio nas três áreas de estudo

Correlação entre os fatores microclimáticos

A ausência de vento, aliada a temperaturas máximas mais baixas e humidade relativa mínima mais elevada, confere a esta zona um menor risco de incêndio. O fato de ser uma área que acompanha a Corrente do Tripuí faz com que a vegetação esteja sempre úmida, o que reduz a inflamabilidade. Além disso, a maior parte da vegetação é florestal com material pesado, que requer alta intensidade de chamas para queimá-lo.

A proximidade da estrada dá a percepção de uma área crítica para a ocorrência de incêndios, pois geralmente são de origem antrópica. A falta de vento e a inclinação do terreno em direção ao parque dificultam a propagação do fogo. A vegetação florestal densa e com muito material pesado requer alta intensidade de chama para iniciar, tornando esta área uma possível origem do fogo, mas com baixa probabilidade de propagação.

Analisando EET como um todo

A caracterização da vegetação local quanto ao risco de incêndio foi realizada teoricamente, com base na literatura e no que foi observado em campo, sem análise laboratorial. Observou-se que a vegetação do campo é mais propícia ao início do fogo, pois seca mais facilmente e, portanto, pega fogo. O estudo monitorou o risco de incêndio nas três áreas de acordo com a metodologia do Índice de Monte Alegre.

Devido a esse fator, associado à alta umidade da cidade, o microclima TSE é desfavorável para a ocorrência de incêndios florestais. O FMA, que é utilizado para inferir o nível de perigo de incêndio com base nos dados coletados, é eficiente porque utiliza variáveis ​​de alto peso para a ocorrência de incêndios florestais no cálculo. Perigo de incêndio florestal: aplicação da fórmula de Monte Alegre e levantamento histórico para Piracicaba.

Avaliação da utilização de abrigos meteorológicos em unidades de conservação para coleta de dados climatológicos necessários à elaboração de mapas de risco de incêndio. Análise da eficiência de quatro índices na predição de incêndios florestais para a região de Agudos-SP.

Figura 25: Queimadas em Ouro Preto no ano de 2007
Figura 25: Queimadas em Ouro Preto no ano de 2007

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Figura 1: Elementos responsáveis pelo fogo
Figura 2: Fatores que influenciam no comportamento do fogo
Tabela 1: Organização das escalas espacil e temporal do cilma  Ordem de
Figura 3: Precipitação (mm) no estado de Minas Gerais  a) verão, b) outono, c) inverno, d) primavera e e) média anual
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Referências

Documentos relacionados

Adicionalmente, são incluídos no cálculo os efeitos do tipo da vegetação e do ciclo natural de seu desfolhamento, da temperatura máxima e umidade relativa