• Nenhum resultado encontrado

Avaliação da planta de paisagismo Spatiphyllum wallisii em fitorremediação de águas residuárias.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2023

Share "Avaliação da planta de paisagismo Spatiphyllum wallisii em fitorremediação de águas residuárias."

Copied!
92
0
0

Texto

Para verificar o potencial fitorremediador da planta utilizada no paisagismo, amostras de água de Spathiphyllum wallisii foram coletadas do poço Córrego dos Contos, localizado no município de Ouro Preto - MG, que coleta efluentes domésticos. No período de maio a junho de 2018 foram realizadas duas campanhas de amostragem e as amostras de água coletadas em três pontos do Córrego dos Contos passaram pelo procedimento de fitorremediação com Spathiphyllum wallisii e seu potencial fitorremediador foi avaliado pelos parâmetros físico-químicos: pH, turbidez, nitrito, nitrato, fosfatos, cloretos, demanda bioquímica de oxigênio (DBO) e demanda química de oxigênio (DQO). O estudo mostrou que a planta Spathiphyllum wallisii tem potencial para fitorremediação e se propõe a dar continuidade ao trabalho, utilizando a planta in locus, pois pode contribuir para uma melhoria da qualidade do ambiente além do aspecto fitorremediador.

In the period from May to June 2018, two sampling campaigns were carried out and water samples collected at three points of the Contos stream were subjected to a phytoremediation process with Spathiphyllum wallisii.

INTRODUÇÃO

Considerando a importância do Córrego dos Contos para o ambiente urbano, por cruzar o parque Horto dos Contos, verificou-se o uso da planta paisagística Spathiphyllum walisiii. Amostras de água do córrego foram coletadas, analisadas e armazenadas na presença de mudas dessa planta, durante sete dias, em condições naturais, ou seja, ao ar livre e à sombra. Quando os parâmetros de qualidade da água foram reavaliados: pH, turbidez, cloreto, nitrito, nitrato, DBO e DQO.

Ao final de sete dias, foram observadas mudanças significativas na qualidade da água e no crescimento das mudas, com presença de folhas novas e floração.

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Objetivos Específicos

REVISÃO DA LITERATURA

Qualidade de água de rios

  • Parâmetros físico-químicos
    • Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO)
    • Demanda Química de Oxigênio (DQO)
    • Potencial Hidrogeniônico (pH)
    • Turbidez
    • Nitrogênio
    • Fósforo
    • Cloretos
  • Principais Parâmetros Biológicos
    • Coliformes
    • Algas
    • Organismos Bentônicos

Outra forma de observar e estudar a qualidade da água é o índice de qualidade da água - IQA. Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), a criação desse índice surgiu para avaliar a qualidade da água bruta em relação ao seu uso para abastecimento público após a realização do tratamento adequado. A avaliação biológica da qualidade da água deve se tornar um procedimento fundamental para o manejo e proteção dos ecossistemas aquáticos, pois somente com esses métodos biológicos será possível garantir a preservação da integridade desses ecossistemas.

O conhecimento de que diferentes organismos são mais ou menos sensíveis a determinados poluentes é a base para o uso da biota como indicadores biológicos da qualidade da água.

Poluição

  • Conceito e termos afins
  • Eutrofização

A importância desses organismos vivos se deve ao fato de os organismos bentônicos serem utilizados como indicadores em estudos de poluição marinha, pois acumulam substâncias tóxicas em seus tecidos. Tais compostos são considerados nutrientes para organismos vivos encontrados em corpos d'água, como plantas aquáticas. A eutrofização consiste no crescimento excessivo de plantas aquáticas, de forma que este fato pode causar interferência nos usos desejados do copo d'água (SPERLING, 2005).

Isso pode desencadear diversos problemas na água, como: crescimento excessivo de vegetação, mau cheiro, interferência de insetos, morte de organismos vivos.

Biorremediação: conceito e exemplos

  • Fitoremediação
  • Técnicas de fitorremediação
  • Principais classes de plantas usadas na fitorremediação

As técnicas de biorremediação de acordo com o tipo de tratamento são assim denominadas: in situ, em que ocorre o processo de biodegradação na área contaminada, e ex situ, quando o material em questão é removido e encaminhado para a unidade de tratamento. Dentre os processos de biorremediação in situ, pode-se citar a biorremediação passiva ou interna; bioestimulação; bioventilação; bioaumento; e distribuição de ar. Esta é uma técnica exclusivamente natural, pelo que pode ser considerada o método de biorremediação mais lento.

O seguinte trabalho “Monitoramento do Processo de Atenuação Natural de Solos Contaminados por Petróleo”, de BAPTISTA P. 2005), aborda a simulação do processo de atenuação natural de solos do Nordeste, contaminados artificialmente com petróleo 5% p/p. O objetivo do trabalho foi observar o processo de remediação natural de poluentes no solo e depois comparar com os resultados dos processos realizados em biopilhas, que contribuíram para a aceleração dessa metodologia (RIZZO A. C. L., 2005). Para usar o processo de bioestimulação, a área contaminada deve primeiro ser analisada para verificar a presença da população.

A minimização da emissão de vapores, a utilização de equipamentos de fácil instalação e aquisição, o trabalho em ambientes de difícil acesso e a redução do impacto em regiões contaminadas são as principais vantagens dessa tecnologia de biorremediação (CETESB, 2010). No Brasil existe uma norma técnica da ABNT que trata especificamente dessa técnica, a NBR que detalha o processo e seu funcionamento. Somente nos últimos dez a quinze anos intensificaram-se os estudos para observar o poder deste dispositivo no processo de biorremediação (FEDERAL REMEDIATION TECHNOLOGIES TABLE, 2010).

As técnicas de biorremediação desenvolvidas recentemente podem ser classificadas de acordo com seu tratamento e a fase utilizada. Mostra o processo de decomposição dos poluentes orgânicos por microrganismos que se multiplicam na rizosfera e são promovidos pelas plantas.

Spathiphyllum wallisii

Além disso, é característico desse gênero: limpa, limpa o ar interno de muitos poluentes ambientais, como benzeno, formaldeído e outros poluentes; vive melhor na sombra e precisa de um pouco de luz solar para prosperar (KAKOEI e SALEHI, 2013). Pode ser descrita como uma planta com folhas verdes escuras, 0,20 m de largura, altura média de cerca de 0,40 m, simples.

Figura 1: Spatiphyllum wallisii, com detalhes de folhas e flores.
Figura 1: Spatiphyllum wallisii, com detalhes de folhas e flores.

METODOLOGIA

  • Universo do Estudo
  • Protocolo de avaliação do ambiente
  • Caracterização físico-química
    • Coleta e análises
  • Materiais e Métodos
    • Materiais, reagentes e soluções
    • Equipamentos
    • Metodologia

Carência química de oxigênio: Dicromato de potássio (K2Cr2O7); Ácido sulfúrico concentrado (H2SO4); Sulfato mercúrico (HgSO4); Sulfato de prata (Ag2SO4); Biftalato de Potássio (HOOCC6H4COOK); Água destilada. Composição da solução digestiva: adicionar 2,554 g de dicromato de potássio (K2Cr2O7), previamente seco em estufa a 103ºC por 2 horas, a 125 ml de água destilada. Para a determinação do oxigênio dissolvido, adicionou-se cloreto de manganês 80% e hidróxido de sódio 30% e deixou-se em repouso por 5 minutos após a homogeneização.

Foi adicionado 1 mL de goma de amido 1%, titulado com tiossulfato de sódio (concentração necessária aqui) até o branqueamento total ser alcançado. Dissolve-se, deixa-se esfriar e completa-se o volume em balão volumétrico de 250 mL com água destilada. Reagente ácido sulfúrico: pó de sulfato de prata (Ag2SO4) em H2SO4 foi adicionado na proporção de 2,03 g de Ag2SO4 para 200 mL de ácido sulfúrico concentrado.

Solução padrão de biftalato de potássio: A partir de um lote anterior (aproximadamente 600 mg) de biftalato de potássio, HOOCC6H4COOK, este foi seco a 120ºC por 2 horas e então 425,0 mg foram pesados ​​e dissolvidos em 500 ml de água destilada até completar o volume de 1000 ml em um balão volumétrico. Ácido sulfúrico concentrado: ácido sulfúrico a 20%: 20 ml de H2SO4 concentrado foram dissolvidos em 100 ml de solução preparada. Adicionou-se 2 ml de ácido sulfanílico (4'), 2 ml de acetato de α-naftilamina, homogeneizou-se e aguardou-se 15 minutos.

Em seguida, adicionou-se 1 ml de solução de salicilato de sódio, evaporou-se à secura em estufa e resfriou-se, tratou-se o resíduo com 2 ml de H 2 SO 4 concentrado e verteu-se sobre as paredes da porcelana. Logo em seguida, 2 ml de cromato de potássio foram adicionados a cada Erlenmeyer e titulados com solução de nitrato de prata (AgNO3).

Figura 5: Parque Horto dos Contos em Ouro Preto-MG.
Figura 5: Parque Horto dos Contos em Ouro Preto-MG.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Protocolo de Avaliação Rápida da Diversidade de Habitats

Os dados obtidos mostram que há degradação ambiental na região localizada próxima aos pontos de coleta. Como, para um determinado parâmetro, o resultado dado é menor, significa que a situação naquele ponto do Córrego dos Contos é dita estritamente alterada, ou seja, mais distante da situação natural. É importante observar a localização dos pontos amostrados, dos quais apenas o ponto 1 está localizado no Horto dos Contos, enquanto os demais estão fora dele.

Portanto, o ponto de amostragem que se enquadra como situação alterada, por ter o menor somatório de pontos, é o Ponto 3, localizado fora do Parque Horto dos Contos e recebendo diretamente os efluentes internos.

Tabela 1: Protocolo de Trecho de Bacia – Córrego dos Contos  Parâmetros  Ponto 1  Ponto 2  Ponto 3
Tabela 1: Protocolo de Trecho de Bacia – Córrego dos Contos Parâmetros Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3

Validação da metodologia aplicada para Demanda Química de Oxigênio (DQO)

Desenvolvimento da Spatiphyllum wallisii

Ao analisar as fotos, fica claro que a planta cresceu regularmente ao longo do tempo e não apresentou nenhuma alteração morfológica. Suas flores apresentaram notável desempenho de crescimento, no qual se destaca, antes não havia nenhuma e ao final dos 33 dias de trabalho já eram várias.

Figura 10: S. wallisii com água coletada na primeira amostragem, em tempo de 0 a  17 dias
Figura 10: S. wallisii com água coletada na primeira amostragem, em tempo de 0 a 17 dias

Resultados comparativos dos parâmetros químicos de Qualidade da Água, antes e após o processo de

  • Potencial Hidrogeniônico (pH)
  • Turbidez
  • Nitrogênios de Nitrato e Nitrito
  • Cloretos
  • Fosfatos
  • Demanda Química de Oxigênio (DQO)
  • Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO)
  • Relação DQO/DBO

Como pode ser observado no gráfico 1, os valores médios (6,53 a 7,19) mostram que mesmo após o processo de fitorremediação, o pH não sofreu oscilações significativas. Os valores médios de turbidez variaram de 2,23 a 14,44 UNT, dependendo do local de coleta, na primeira amostragem e de 0,90 a 24,50 na segunda amostragem (Gráfico 2), antes e depois do processo de fitorremediação. Analisando os valores de turbidez estabelecidos (gráfico 2), pode-se constatar que os mesmos estão de acordo com os limites estabelecidos pela Resolução CONAMA 357/2005, que é igual a 100 UNT (unidade nefelométrica de turbidez).

Os resultados obtidos para a determinação de nitrogênio nitrato e nitrito são apresentados respectivamente nos Gráficos 3 e 4 antes e após o processo de fitorremediação. As concentrações médias de nitrito na água nas amostragens (nos meses de maio e junho) foram maiores antes do processo de fitorremediação, comparadas aos valores médios das concentrações do mesmo parâmetro após o período de sete dias em contato com a planta. Os valores médios de cloretos são apresentados no Gráfico 5, para as duas campanhas de amostragem, antes e depois do processo de fitorremediação.

Os valores médios para este parâmetro estão dentro do permitido ao analisar as concentrações obtidas na primeira e na segunda amostragem, e antes e depois do processo de fitorremediação (gráfico 5). Os resultados da determinação da demanda química de oxigênio são apresentados no Gráfico 7, antes e depois de passar pelo processo de fitorremediação. Os resultados da determinação da demanda química de oxigênio são apresentados no Gráfico 8, antes e depois de passar pelo processo de fitorremediação.

Nesse contexto, a relação COD/BOD foi calculada para as duas amostras usando valores médios de concentração em mg/L. A Tabela 4 mostra os resultados determinados para essa proporção antes e depois de passar pelo processo de fitorremediação.

Gráfico 2: Valores médios de turbidez em UNT
Gráfico 2: Valores médios de turbidez em UNT

CONCLUSÕES

Cartilha de Higiene Ambiental - Metodologia para Análise de Água e Esgoto Líquido - UFAL (Universidade Federal de Alagoas). Procedimentos de verificação e monitoramento da qualidade da água para consumo humano e do padrão da água potável. ALGAS E SEU IMPACTO NOS SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUA: ESTUDO DE CASO SISTEMA GUARAPIRANGA.

Classificação das massas de água e orientações ambientais para o seu enquadramento, bem como o estabelecimento das condições e normas para o lançamento de águas residuais. Disponível em: . Trabalho de Conclusão de Curso em Engenharia Ambiental e Sanitária - Universidade Federal de Pelotas, Pelotas - RS.

Dissertação (Mestrado em Ciências – Biologia da Agricultura e do Meio Ambiente) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. Universidade Federal de Ouro Preto Utilização de reator biodisco para tratamento de efluentes com altas concentrações de nitrogênio. Princípios do tratamento biológico de águas residuais - Introdução à qualidade da água e tratamento de águas residuais.

Imagem

Figura 1: Spatiphyllum wallisii, com detalhes de folhas e flores.
Figura 2: Preparo das exsicatas.
Figura 3: Spathiphyllum wallisii.
Figura 4: Localização do Córrego dos Contos nomunicípio de Ouro Preto – MG.
+7

Referências

Documentos relacionados

As observações foram realizadas entre os meses de outubro e dezembro de 2017 e Abril a Maio de 2018 durante a execução do Projeto de Pesquisa “Educação, Saúde e