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Avaliação do risco à saúde humana de área contaminada por derivados de petróleo - estudo de caso.

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Academic year: 2023

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In Brazil, data collected by environmental agencies confirm the growing concern with accidents of this nature that represent a high risk potential for the health of the population with a contamination of the soil and aquifers. This work aimed to evaluate the processes of characterizing and detailing a contamination that exists in a retail fuel station in the interior of the state of Minas Gerais, as well as to quantify the health risk of employees at the station and residents of the neighboring community of the area contaminated. Finally, results were obtained for the current state and severity of contamination of the area, indicating the need for intervention in the face of the quantitative risk of carcinogens.

INTRODUÇÃO

2 Ressalte-se que esses dados foram obtidos com base no cadastramento da empresa de áreas contaminadas junto à FEAM conforme Deliberação Normativa DN 116/2008, o que pode indicar um número subestimado desse tipo de poluição, principalmente no interior de o Estado. Portanto, tanto os trabalhadores desses estabelecimentos varejistas quanto a comunidade residente nas áreas adjacentes a esse tipo de negócio estão potencialmente expostos aos riscos associados a esse tipo de poluição. Para isso, foram obtidos dados adicionais com vistas à elaboração de um modelo conceitual da área para posterior elaboração da análise e avaliação do risco à saúde humana frente à poluição existente.

OBJETIVOS

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

  • POSTOS REVENDEDORES DE COMBUSTÍVEIS
  • LICENCIAMENTO AMBIENTAL
  • CONTAMINAÇÃO DE SOLO E ÁGUA SUBTERRÂNEA
  • GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS
  • AVALIAÇÃO DE RISCO A SAÚDE HUMANA
  • PLANILHAS DE AVALIAÇÃO DE RISCO DA CETESB

No Brasil, a CETESB - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - elaborou o Manual de Gestão de Áreas Contaminadas, principal referência na área de áreas contaminadas, que apresenta todos os procedimentos necessários para identificação, comprovação, intervenção, reabilitação e manejo, bem como bem como diretrizes sobre análise de risco à saúde humana (CETESB, 2005). O primeiro passo na investigação de contaminação potencial é identificar áreas potencialmente contaminadas dentro de uma região de interesse. Órgão de controle ambiental Dados cadastrais e localização de áreas industriais, comerciais e de disposição, armazenamento e tratamento de resíduos.

Cadastros de indústrias, áreas comerciais, acidentes, áreas de disposição e tratamento de resíduos. 2002) a análise de risco é uma das principais etapas para o correto gerenciamento de áreas contaminadas com derivados de petróleo, pois esta metodologia possibilita a definição de medidas corretivas que seguem uma sequência lógica de atividades conjuntas com tomada de decisão desde a suspeita de contaminação até a realização dos mais altos níveis aceitáveis, até o final da reabilitação. 18 A etapa de coleta e avaliação de dados inclui a seleção de informações relevantes para o desenvolvimento de um Modelo Conceitual de Exposição (MCE) da área investigada, bem como, entre outras características dos poluentes, a determinação das concentrações de CQI (Compostos Químicos de Interesse) a ser utilizado no desenvolvimento do trabalho.

A quantificação da concentração química de CQIs passíveis de serem assimilados por organismos receptores por meio de uma determinada via de exposição é chamada de cálculo de ingresso (CETESB, 2001). 21 formas diferentes dependendo da via de exposição (ingestão, inalação ou contato com a pele) e do grau de exposição (eventos crônicos, subcrônicos ou simples) (MALUF, 2009). A caracterização do risco é a etapa que integra todas as outras, buscando quantificar os riscos cancerígenos e não cancerígenos à saúde humana levando em consideração a exposição individual ou concomitante aos IQC relacionados, considerando os potenciais receptores e as vias de exposição identificadas no modelo conceitual teoricamente .

Após todos os dados terem sido resumidos, as concentrações máximas aceitáveis ​​(CMAs - SSTLs - níveis alvo específicos do local) são calculadas para cada caminho de exposição. Com base nessas planilhas, é possível quantificar o risco à saúde humana em áreas contaminadas e determinar as CMAs (concentrações máximas aceitáveis) de cada um dos Compostos Químicos de Interesse (CQIs), servindo assim como base de informações para o gerenciamento de infecções áreas. O modo físico de exposição (solo, água e sedimentos), as vias de entrada (por exemplo, inalação, contato com a pele e ingestão), os receptores presentes (criança ou adulto) e o ponto de exposição (receptor na fonte ou fora da fonte) .

Figura 1 – Modelo esquemático típico de um posto revendedor.
Figura 1 – Modelo esquemático típico de um posto revendedor.

MÉTODOS

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Neste estudo foi identificada a presença de fase livre no poço de monitoramento PM 04 e fase dissolvida nos poços de monitoramento PM 01, PM 05, PM 06 e PM 07, tendo em vista que esses valores apresentaram valores superiores aos CMAs utilizados como referência pelo Conselho. Despacho 263/2009 CETESB. Tendo em conta a identificação da Fase Livre e a caracterização do risco existente, foi recomendado iniciar um processo de descontaminação/remediação da área em causa. 26 emergências, pois representam um risco imediato para os trabalhadores do local e demais habitantes da área.

Em 2017, iniciaram-se os trabalhos de complementação do modelo conceitual da área com o objetivo de delimitar a pluma de fase livre encontrada (POSTO A, 2017). Nas amostras de água subterrânea, a fase livre de combustível foi encontrada nos furos PM 04, PM 12 e PM 15 (Figura 12), que não foram enviados ao laboratório. A fase dissolvida também foi caracterizada nos poços PM 05 (benzo(a) antraceno) e PM 16 (benzeno, etilbenzeno, xilenos, benzo(a) antraceno e naftaleno) conforme mostrado nas Figuras 12 a 17.

Ressalta-se que os poços que apresentavam fase livre não foram considerados para a determinação da direção do fluxo subterrâneo, pois é necessário compensar o esgotamento do nível do lençol freático no interior do poço causado pela espessura da fase livre. conhecer sua espessura, que não foi possível identificar em dois poços (PM 04 e PM 12) que apresentavam apenas a fase livre. Considerando que o poço PM 16 está a montante da principal fonte de contaminação (tanques de armazenamento removidos), as concentrações encontradas (fase dissolvida e fase retida 0,27) indicam a existência de outra fonte, caracterizada por vazamentos em tubulações antigas que ligavam os tanques a as bombas e além do poço. Como no estudo anterior, recomenda-se a intervenção imediata na área para remover a fase livre de combustível por meio de um sistema de remediação adequado.

Em setembro de 2017, foram iniciadas as obras de remediação da área com a instalação do Sistema de Extração Multifásica (MPE), com o objetivo de retirar a fase livre, fase dissolvida e vapor.

COLETA DE DADOS

Para a perfuração de poços de monitoramento (PM), o procedimento para emissão de autorização para perfuração de poços foi formalizado pela SUPRAM Leste de Minas. Para a coleta de água foram utilizados amostradores de água subterrânea descartáveis ​​feitos de polietileno de alta qualidade (bailer), que são adequados para manter as propriedades químicas dos poluentes (Figura 21). Para obtenção de amostras representativas, foi feita a retirada (limpeza) da quantidade de água estagnada no interior do poço controle, conforme ABNT NBR 15847 (ABNT, 2010).

Figura 19 – Coleta das amostras de solo  Fonte: Elaborada pelo autor
Figura 19 – Coleta das amostras de solo Fonte: Elaborada pelo autor

TRATAMENTO DOS DADOS

40 Para os trabalhadores empresariais/industriais, procurou-se avaliar o risco para a saúde humana a que os próprios empregados da empresa (receptores na fonte e fora da fonte) estavam expostos através das vias de exposição do solo e das águas subterrâneas. Para moradores residentes no entorno (receptores fora da fonte), apenas a água subterrânea foi avaliada como via de exposição, sendo adultos e crianças considerados receptores. Posteriormente, todos os CQIs avaliados nas análises laboratoriais foram digitados conforme seu número de registro no CAS (Chemical Abstracts Service) encontrado no banco de dados da planilha.

Esta base de dados contém todos os parâmetros físico-químicos e toxicológicos relevantes para o cálculo da quantidade de risco para a saúde humana. Também foram utilizados dados do meio físico da área de estudo, buscando uma maior representatividade dos resultados, sendo que alguns desses parâmetros foram coletados em campo, próximo à fonte poluidora. Porém, para fins de simplificação, para alguns parâmetros, foram utilizados os valores de referência da CETESB presentes na base de dados.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

  • MODELOS CONCEITUAIS DE EXPOSIÇÃO
  • MODELO DO MEIO FÍSÍCO
  • RESULTADOS ANALÍTICOS DAS AMOSTRAS
  • QUANTIFICAÇÃO DE RISCO A SAÚDE HUMANA

As Tabelas 7 e 8 ilustram os CQIs e as concentrações máximas encontradas nas amostras subterrâneas de solo e água subterrânea coletadas durante a fase de investigação detalhada (2014) e complementação (2017) da usina. Tal como no estudo de complementação realizado em 2017 foram recolhidas amostras de águas subterrâneas de todos os furos existentes, apenas foram consideradas as concentrações máximas encontradas nesta fase, desconsiderando os resultados anteriores. As próximas duas colunas apresentam os resultados da via inalatória dos recipientes na fonte de contaminação em ambientes abertos e fechados.

A quinta coluna mostra a quantificação do risco de captação de águas subterrâneas por lixiviação do solo, avaliada para receptores fora da fonte. A sexta e a sétima apresentam os resultados da via inspiratória para os receptores fora da fonte, para ambientes abertos e fechados. A nona coluna contém os resultados para contato direto via captação de água subterrânea com receptores fora da fonte.

A próxima coluna contém o risco cumulativo de destinatários externos (soma da sexta, sétima, oitava e nona colunas). Na rota das águas subterrâneas para o mesmo grupo de receptores, o composto benzeno apresentou um risco carcinogênico cumulativo acima do nível aceitável. Considerando os receptores de residentes urbanos fora da fonte de contaminação, tanto para adultos quanto para crianças, nas vias de entrada avaliadas, todos os riscos calculados estão dentro dos limites máximos aceitáveis ​​(cancerígenos e não cancerígenos).

52 Tabela 10 – Resumo das Fichas de Avaliação de Risco de Águas Subterrâneas – Trabalhadores Comerciais e Industriais Adultos.

Tabela 5 – Planilha de entrada de dados do meio físico para receptores comerciais e industriais
Tabela 5 – Planilha de entrada de dados do meio físico para receptores comerciais e industriais

CONCLUSÕES

Recomenda-se, portanto, a construção de pelo menos três poços de monitoramento adicionais nas proximidades do poço de monitoramento da PM 16, com coleta de solo e água subterrânea visando delimitar a pluma (ou mesmo identificar outras fontes de contaminação). Recomenda-se também uma nova campanha de monitoramento da qualidade das águas subterrâneas, com coleta de todos os poços de monitoramento existentes, pois a técnica de remediação utilizada pode alterar o regime de fluxo subterrâneo local. Utilização da metodologia RBCA nas atividades de revenda de combustíveis – Estudo de caso no Município do Rio de Janeiro.

Relatório sobre o estabelecimento de valores indicativos para solos e águas subterrâneas no estado de São Paulo. 2016” e outras medidas. Deliberação Normativa COPAM nº 108: Procedimentos para o Licenciamento Ambiental de Postos Varejistas, Postos de Serviços, Instalações do Sistema Varejista e Postos de Combustíveis Líquidos e Outros Suprimentos.

Deliberação Normativa COPAM/CERH nº 02: Institui o Programa Estadual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas, que estabelece as diretrizes e procedimentos para proteção da qualidade do solo e gestão ambiental de áreas contaminadas por substâncias químicas. Deliberação Normativa COPAM nº 116: Dispõe sobre a prestação de informações relativas à identificação e classificação de áreas minerárias com Autorização Ambiental de Funcionamento – AAF no Estado de Minas Gerais. Resolução Normativa COPAM nº 74: Estabelece critérios para classificação, com base no porte e no potencial poluidor, dos empreendimentos e atividades modificadoras do meio ambiente sujeitos a licenças ambientais estaduais de operação ou licenças ambientais, estabelece regras para ressarcimento dos custos de análise dos pedidos para licenças ambientais e licenças ambientais, e faz outros acordos.

Resolução CONAMA nº 420: Dispõe sobre critérios e diretrizes de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o manejo ambiental de áreas contaminadas por atividades humanas com essas substâncias.

Imagem

Figura 1 – Modelo esquemático típico de um posto revendedor.
Figura 3 – Etapas de identificação de áreas potencialmente contaminadas
Figura 7 – Fluxograma simplificado da metodologia para Avaliação de Risco   Fonte: SQUISSATO (2012)
Figura 6 – Componentes básicos para caracterização do risco  Fonte: Adaptado de PEDROZO et al.(2002)
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Referências

Documentos relacionados

Desse modo, baseado nos Guias de Atenção à Saúde do Idoso do Estado de Minas Gerais/Belo Horizonte (MINAS GERAIS, 2006) e da cidade de São Paulo (SÃO PAULO, 2004) e no Caderno