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BerAtuação da Organização Cultural Ambiental (OCA) como política de assistência social e os desafios encontrados na garantia dos direitos das crianças e adolescentes de Ouro Preto

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Academic year: 2023

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Atuação da Organização Cultural Ambiental (OCA) como política de assistência social e os desafios encontrados para garantir os direitos de crianças e adolescentes em Ouro Preto. A atuação da OCA como política assistencial e os desafios para a garantia dos direitos da criança e do adolescente em Ouro Preto. Monografia apresentada ao curso de Serviço Social da Universidade Federal de Ouro Preto como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Serviço Social.

Posto isso, foi realizado um estudo por uma ONG que atua na promoção dos direitos de crianças e jovens por meio de atividades culturais no município de Ouro Preto - MG, Organização Ambiental Cultural (OCA).

O TERCEIRO SETOR E A OCA ________________________30 1 Capitalismo e Terceiro Setor

CAPITALISMO E POLÍTICAS SOCIAIS 13 1.1 O movimento do capital no cenário contemporâneo 13 1.2 Políticas sociais para crianças e adolescentes no Brasil 19. A instituição promove atividades culturais para o público específico de crianças e adolescentes de 08 a 16 anos nas comunidades de Ouro Preto. O objetivo dessa parceria é mobilizar o público-alvo cadastrado no CRAS para participar das atividades oferecidas pelo CRAS e trabalhar em conjunto com os equipamentos para identificar as demandas sociais de cada região, o núcleo da família e trabalhar em conjunto com o equipamento. buscando garantir os direitos da criança e do adolescente.

O presente estudo foi desenvolvido por meio de uma pesquisa bibliográfica descritiva de extrema relevância pois promove um debate sobre a atuação do assistente social em instituições do terceiro setor, os desafios enfrentados para garantir os direitos da população em situação de vulnerabilidade e em especial um estudo sobre OCA e como o acesso às atividades oferecidas no projeto oferecido pela instituição contribuem para a formação moral e intelectual dos indivíduos, bem como contribuem para o enfrentamento da exclusão social e territorial sofrida por crianças e jovens negros de Ouro Preto.

CAPITALISMO E POLÍTICAS SOCIAIS

POLÍTICAS SOCIAIS PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO BRASIL

Mas, por outro lado, existem as reivindicações e lutas da classe trabalhadora, o que consequentemente cria um confronto entre essas forças, levando o Estado a oferecer políticas sociais que visam amenizar os conflitos e tentar resolver as relações. entre as aulas. Para compreender o surgimento, desenvolvimento e expansão das políticas sociais, é necessário situá-las no contexto do surgimento e desenvolvimento do próprio capitalismo, uma vez que as políticas sociais são indissociáveis ​​e fruto dele. O que ajuda a delinear o surgimento das políticas sociais são alguns elementos que surgiram no final do século XIX, como resultado da luta da classe trabalhadora.

A primeira foi a introdução de políticas sociais pautadas na lógica da seguridade social na Alemanha, desde 1883. São elas: planejamento indicativo da economia, com o objetivo de evitar os riscos de grandes flutuações periódicas; intervenção na relação capital/trabalho através da política salarial e do “controle de preços”; distribuição de subsídios; Política Fiscal; a oferta de empréstimos aliada à política de taxas de juro; e políticas sociais (BRAZ e NETTO, 2006; apud BEHRING e BOSCHETTI, 2008, p. 86). E então ele traz o ponto de vista de que é importante criar políticas sociais sólidas para serem uma “almofada” amortecedora visando regular as relações sociais, diminuir o aparecimento de movimentos sociais contenciosos, diminuir a criminalidade, entre outros fatores. também cooperar para que a mão de obra - disponível para exploração - seja preservada.

O sistema fordista, o estado de bem-estar e a trajetória da política social no Brasil não tiveram tanto sucesso quanto nos países capitalistas centrais. As políticas sociais em comparação com o desenvolvimento do capitalismo – capitalismo competitivo (século XIX), imperialismo clássico (final do século XIX até a Segunda Guerra Mundial) e capitalismo tardio ou maduro (do pós-guerra até o presente) – evoluem lentamente. Após um longo período ditatorial, comemora-se um marco na cidadania brasileira, em 5 de outubro de 1988, houve a promulgação da nova constituição federal, onde mesmo no contexto capitalista e neoliberal, há elementos fundamentais da participação da sociedade brasileira, para que as políticas sociais priorizem, assegurem o combate à pobreza e garantam o acesso aos serviços de assistência social.

Esse arranjo contribui para a transferência das políticas sociais para o terceiro setor, bem como das obrigações do Estado para com o e. A contrarreforma neoliberal foi a reação do capitalismo nacional aos avanços e conquistas da classe trabalhadora, principalmente após a entrada em vigor da Constituição Federal de 1988, pois as políticas sociais nos ideais neoliberais ficaram em segundo plano e submetidas à lógica. de política econômica, que culminou em ações paliativas, assistenciais, de transferência de responsabilidade para a família e para a sociedade civil. Esse processo, consequentemente, aumentou as desigualdades econômicas e sociais e, principalmente, a radicalização das expressões da questão social, o que dificultou o acesso da classe trabalhadora aos direitos advindos da política social.

Daí o trinômio do neoliberalismo para as políticas sociais – privatização, focalização/seletividade e descentralização (DRAIBE, 1993 apud BEHRING e BOSCHETTI, 2008, p. 155).

O TERCEIRO SETOR E A OCA

CAPITALISMO E TERCEIRO SETOR

O terceiro setor surge em meio a essa fase do capitalismo, sob as recorrentes crises de seu próprio produto. A expressão "Terceiro Setor" começou a ser utilizada na década de 1970 nos EUA para identificar um setor da sociedade no qual operam organizações sem fins lucrativos, voltadas para a produção ou distribuição de bens e serviços públicos (SMITH, 1991 apud ALVES, 2002, pág. 1). Neste momento, o terceiro setor até agora só conseguiu reformas com políticas específicas e ''[..] tais reformas não afetam as relações entre capital e trabalho''.

Hoje se fala em "organizações da sociedade civil" (OSCs) como um grupo que, por suas características, se distingue não só do Estado, mas também do mercado. Recuperada no contexto das lutas pela redemocratização, a ideia de “Sociedade Civil” serviu para destacar um espaço específico, não governamental, de participação em causas coletivas. Marcando um espaço de integração cívica, a “Sociedade Civil” distingue-se do Estado, mas caracterizando-se pela promoção de interesses coletivos, também se distingue da lógica do mercado.

Isso significa dizer que o terceiro setor é constituído por organizações de natureza “privada” (sem fins lucrativos), voltadas para a consecução de objetivos sociais ou públicos, embora não sejam membros do governo (administração estadual) (PAES, 2010, apud COSTA e FREITAS , 2012, p. 125). Desde a década de 1990 e por meio da política neoliberal, houve uma sensível diminuição da participação do Estado na esfera social, justificando a participação dos chamados sociedade civil na implementação de políticas sociais, que abriram espaço para o capital financeiro internacional, independentemente dos direitos dos cidadãos e da expansão dos interesses do capital. Nessa perspectiva, o terceiro setor vem ganhando força como um espaço localizado próximo ao estado e ao mercado, e nos últimos anos no Brasil houve um crescimento de instituições da sociedade civil sem fins lucrativos em diversos segmentos sociais e principalmente com prioridade foco na população que tem pouco acesso a bens e serviços públicos em busca de solução.

Dito isso, fica claro que o terceiro setor é fruto da reorganização produtiva do capital, onde o Estado, com base nos princípios político-ideológicos neoliberais, encontrou para atender a expressão da questão social, que na verdade é vista como um " nova modalidade de questão social" (MONTAÑO, 2010, p.187). A partir desse entendimento, é necessário analisar a atuação dessas instituições do terceiro setor, tendo como foco principal a Organização Cultural Ambiental (OCA), que atualmente busca atender necessidades/reivindicações sociais dentro dessa lógica de "terceiro setor".

OCA: DESAFIOS E FRAGILIDADES

Segundo Mestringer (2005), as instituições pautadas por essa lógica surgem como base construtiva para o desenvolvimento do capitalismo sujeito a uma nova racionalidade, por meio da qual deve ser realizada a “questão social” e as novas imposições causadas por aquelas que se aprofundam. O público-alvo são crianças e adolescentes de 8 a 16 anos, em sua maioria acompanhados por serviços de assistência social. As atividades oferecidas pelo CLC visam ampliar a troca de experiências culturais, desenvolver o sentimento de pertencimento e identidade, fortalecer os vínculos familiares, estimular a socialização e convivência na comunidade, estimular a inserção, reinserção e sustentabilidade de crianças e adolescentes na escola bem como as críticas Deles. compreensão da realidade social como forma de enfrentamento da situação de vulnerabilidade social e empoderamento no exercício ativo da cidadania, ao lado do trabalho coletivo com outras instituições para o fortalecimento da política de assistência social.

Ressalta-se que cada setor dentro do OCA tem autonomia no planejamento e desenvolvimento das atividades oferecidas pela instituição, sendo os encontros propostos para alinhamento com a proposta pedagógica, que aborda também os encaminhamentos, planejamento e efeitos sociais da atuação da instituição ações na vida. crianças e jovens que receberam ajuda. Esse entendimento se dá por meio de um diagnóstico em que é feito o acompanhamento das famílias, onde são realizadas reuniões semestrais para identificar as demandas e depois fazer os encaminhamentos necessários em cada situação, buscando medidas articuladas com o Sistema de Garantias dos Direitos da Criança e do Adolescente de Ouro Pret. O profissional também participa de assembleias e conselhos, que visam principalmente garantir os direitos da criança e do jovem, como o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDA) e o Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS), e dá sugestões, dúvidas e busca de melhorias no acesso da instituição a essas políticas públicas.

O público atendido neste projeto, conforme mencionado anteriormente, são crianças e jovens de 08 a 16 anos, que são atendidos por meio de encaminhamentos do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS'i), Unidade de Acolhimento Institucional (UAI), Conselho Tutelar e também por meio participação espontânea. Ao acompanhar as atividades do projeto Clic@ Cidade Circo Art(E)ducação, é notável a contribuição da OCA para o fortalecimento do sistema de garantia dos direitos da criança e do jovem em Ouro Preto, em que por meio da assistência social, identificando a realidade social das famílias atendidas, possibilita um acompanhamento contínuo e mais efetivo, além do acolhimento e escuta atenta às famílias assistidas. Com a realização deste estudo foi possível analisar o trabalho do assistente social em uma instituição do terceiro setor, levando em consideração a relação existente entre o modo de produção capitalista e sua relação com o trabalho, uma vez que o capitalismo utiliza as instituições de ensino como mecanismos de sua ideologia exploradora que permite, a partir deste ponto, avaliar quais os desafios que a OCA enfrenta para garantir os direitos humanos, os direitos das crianças e jovens de Ouro Preto e as políticas públicas.

As atividades oferecidas pela OCA têm papel fundamental para as crianças e jovens de Ouro Preta, pois proporcionam atividades culturais. Também trabalha as questões individuais de cada participante, para que a partir daí tenha a possibilidade de melhores condições de avaliação e diagnóstico, reconhecimento de solicitações e necessidades de encaminhamento, e busca de medidas articuladas com o sistema de garantia dos direitos de crianças e adolescentes de Ouro Preto. Nesta atual parceria, o próprio CRAS encaminha as necessidades individuais de cada aluno e família, permitindo traçar rapidamente o perfil de cada participante e a partir daí atuar de forma decisiva para garantir os direitos de crianças e jovens.

O conselho municipal dos direitos da criança e do jovem em Florianópolis: os (des)caminhos entre as expectativas.

Figura 1: Organograma OCA
Figura 1: Organograma OCA

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Figura 1: Organograma OCA

Referências

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