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Bioenergética mitocondrial e desempenho produtivo de bicho-da-seda alimentado com folhas de amoreira tratadas com piraclostrobina.

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Academic year: 2023

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XXVIII Congresso de Iniciação Científica

Bioenergética mitocondrial e desempenho produtivo de bicho-da-seda alimentado com folhas de amoreira tratadas com piraclostrobina.

Amanda de Carvalho, Daniel Nicodemo, Paulo Francisco Veiga Bizerra, Natalia Carolina Vieira e Fábio Erminio Mingatto. Faculdade de Ciências Agrárias e Tecnológicas, Câmpus de Dracena, Zootecnia, manda.dcarvalho@gmail.com, bolsa IC FAPESP.

Palavras Chave: Bombyx mori, casulo, mitocôndria.

Introdução

A piraclostrobina é um fungicida do grupo das estrobilurinas que também contribui para o retardamento da senescência das plantas¹. Sugere- se que a sua utilização na cultura da amoreira pode retardar a diminuição da qualidade nutricional das folhas à medida que os ramos se desenvolvem.

Objetivos

Avaliar se o tratamento de plantas de amoreira com piraclostrobina interfere na bioenergética mitocondrial e no desempenho produtivo de lagartas do bicho-da-seda.

Material e Métodos

Foi utilizado um amoreiral com plantas da cultivar IZ56/4 tratadas com piraclostrobina (0, 100, 200 e 300 g.ha-1 de princípio ativo), aplicada em 1.000 L de calda.ha1, aos 60 dias após cada poda. Após 30 dias da aplicação, lagartas receberam as folhas das plantas tratadas durante o quinto instar. Foi avaliada a bioenergética mitocondrial "in vivo" das lagartas, o consumo de alimento, a taxa de mortalidade, o peso dos casulos verdes e das cascas séricas². Os dados foram submetidos à análise de variância, e para as comparações múltiplas foi aplicado o teste de Tukey a 5%, exceto os dados de bioenergética mitocondrial, para os quais foi realizado o desdobramento por contrastes para avaliar o efeito polinomial das doses na variável estudada, seguido do teste de Dunnet.

Resultados e Discussão

Os efeitos da piraclostrobina sobre a bioenergética de mitocôndrias isoladas de cabeça e intestino de lagartas do bicho-da-seda em final de quinto instar estão na Figura 1. Foram observados efeitos significantes nas concentrações 200 e 300 g.ha-1, sendo o efeito dose-dependente. A piraclostrobina inibiu o consumo de oxigênio no estado 3 de mitocôndrias isoladas da cabeça (A) e intestino (B), dissipou o potencial de membrana em mitocôndrias isoladas da cabeça (C) e intestino (D) e inibiu a síntese de ATP pelas mitocôndrias isoladas da cabeça (E) e intestino (F). Os resultados indicam que a piraclostrobina atua como inibidor da cadeia respiratória, afetando a bioenergética mitocondrial.

Figura 1. Efeito de diferentes concentrações de piraclostrobina sobre a velocidade de consumo de oxigênio; potencial de membrana e ATP de mitocôndrias isoladas de cabeça (A,C e E) e intestino (B, D e F) de lagartas do bicho-da-seda em final de quinto instar.

O tratamento com piraclostrobina não interferiu significativamente no consumo e na mortalidade das lagartas, porém resultou na obtenção de casulos de menor qualidade (Tabela 1).

Tabela 1. Consumo individual de folhas de amoreira (matéria seca) (A), oriundas de plantas tratadas com piraclostrobina, por lagartas do bicho-da-seda em quinto instar, taxa de mortalidade (B), peso dos casulos (C) e peso das cascas séricas (D).

Doses A (g) B (%) C (g) D (mg)

Controle 5,4±1,0 5,2±2,0 1,8±0,2a* 400±20a 100g.ha-1 5,5±0,9 6,2±2,1 1,6±0,2 b 360±20b 200g.ha-1 5,4±0,9 6,6±2,1 1,6±0,2 b 370±30b 300g.ha-1 5,0±1,1 7,0±2,0 1,6±0,2 b 370±30b

*Médias seguidas por letras iguais nas colunas não diferem pelo teste de Tukey (5%).

Conclusões

A alimentação do bicho-da-seda com folhas de amoreira de plantas tratadas com piraclostrobina impactou negativamente a bioenergética mitocondrial e a produção de casulos. Não é recomendável aplicar fungicida à base de piraclostrobina na cultura da amoreira destinada à alimentação de lagartas do bicho-da-seda.

Agradecimentos

À FAPESP (Processo nº 2015/18489-1).

____________________

1 Dimmock, J.P.R.E.; Gooding, M.J. J. Agric. Sci. 2002, 1-19.

2 Polycarpo, G.V. et al. Ciênc. Rural . 2012, 42, 1669-1774, 2012.

Referências

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