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Biotransformação da lactona sesquiterpênica enidrina pelo fungo endofítico Papulospora immersa SS13

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Academic year: 2023

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Sociedade Brasileira de Química (SBQ)

34a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química

Biotransformação da lactona sesquiterpênica enidrina pelo fungo endofítico Papulospora immersa SS13

Marília O. de Almeida (PG)1*, Adriana A. Lopes (PD)1, Viviane Manfrin (IC)1, Juliano S.

Toledo (PD)2, Angela K. Cruz (PQ)2, Niege A. J. C. (PQ)1 e Mônica T. Pupo (PQ)1 marilia@fcfrp.usp.br

1Departamento de Ciências Farmacêuticas. Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto – USP

2 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, Ribeirão Preto

Palavras Chave: enidrina, biotransformação, fungos endofíticos, Leishmania major, Leishmania braziliensis

Introdução

Biotransformações são reações de compostos orgânicos realizadas por micro-organismos, plantas ou enzimas isoladas. Essas modificações podem resultar na produção de compostos difíceis de serem produzidos pela química sintética convencional.1 Neste trabalho foram utilizados os fungos endofíticos e de solo na biotransformação da lactona sesquiterpênica enidrina. A enidrina é o constituinte majoritário dos extratos das folhas de Smallanthus sonchifolius (yacon) e possui atividade antidiabética e antiinflamatória.2 Experimentos de biotransformação da enidrina foram realizados com dois fungos endofíticos e um de solo. O fungo endofítico Papulospora immersa SS13, isolado de S.

sonchifolius, promoveu abertura do epóxido presente na cadeia lateral, levando à obtenção de um derivado di-hidroxilado.

Resultados e Discussão

Os fungos endofíticos P. immersa SS13, Penicillium crustosum VR4 e o fungo de solo Rhizopus stolonifer foram incubados na presença de enidrina (0,1 mg/mL). As reações foram monitoradas por HPLC-DAD a cada 24h, de 3 a 13 dias. Após 144h de incubação, foi verificada a presença de um pico adicional no experimento com P. immersa (Fig. 1).

Figura 1. Cromatograma do extrato do experimento de biotransformação da enidrina com fungo P.

immersa SS13 em 144 h. Enidrina tR 23,64 min.;

produto de biotransformação tR 19,05 min. (coluna C18, FM gradiente ACN-H2O de 10 a 100% de ACN em 40 min, à vazão de 1mL.min-1, λ=225 nm) O experimento foi reproduzido em escala ampliada e o produto de biotransformação foi isolado por HPLC nas mesmas condições da Figura 1. A determinação

estrutural do produto foi realizada através dos dados de RMN de 1H, 13C, COSY, HMQC, HMBC e CG- MS.

*

Figura 2. Estruturas da enidrina (1) e do produto de biotransformação di-hidroxilado (2).

Os compostos 1 e 2 foram submetidas ao ensaio leishmanicida in vitro. A enidrina apresentou D.L 50= 4,8 µM frente a Leishmania major. O produto 2 apresentou D.L 50= 21,2 µM frente a L. braziliensis.

É interessante destacar que o fungo que apresentou melhor resultado na biotransformação foi isolado como endofítico3 da planta produtora de enidrina.

Recentemente também foi relatada a produção de compostos citotóxicos por P. immersa.4

Conclusões

P. immersa SS13 promoveu a abertura regiosseletiva do epóxido presente em C2´-C3´, em detrimento ao epóxido presente em C4-C5. O produto obtido apresentou atividade leishmanicida significativa frente à linhagem causadora do maioria dos casos de leishmaniose cutânea no Brasil.

Agradecimentos

Fapesp, CNPQ, INBEQMeDI, Capes

1 Borges, W.S., Borges, K.B., Bonato, P.S., Said, S., Pupo, M.T. Curr.

Org. Chem. 13, 1137-1163, 2009.

2 Schorr, K.; Da Costa, F.B. Phytochem. Anal. 16, 161-165, 2005.

3 Gallo, M. B. C.; Chagas, F. O.; Almeida, M. O.; Macedo, C. C.;

Cavalcanti, B. C.; Barros, F. W. A.; Moraes, M. O.; Costa-Lotuffo, L.

V.; Pessoa, C.; Bastos, J. K.; Pupo, M. T.J. Basic Microbiol. 49, 142- 15, 2009.

Minutes

0 5 10 15 20 25 30 35 40

mAU

0 100 200 300 400

500 Detector A-210 nm

en 144 en 144 Retention Time

O O O

OO

O O

OH O

O OH O O

O O O

OO O

O

O

1

14 1'''

1

3 5

9 7

11 13

15

1'' 2''

1' 3' 2' 4'

5'

2

1

3 5 7

9 1'''

14 1''

2''

11 13

1' 2' 3' 4'

5'

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Sociedade Brasileira de Química (SBQ)

25a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química - SBQ 2

4 Gallo, M. B. C., Cavalcanti, B. C., Barros, F. W. A., Moraes, M. O., Costa-Lotufo, L. V., Pessoa, C., Bastos, J. K., Pupo, M. T. Chem.

Biodiv., 7, 2941-2949, 2010.

Referências

Documentos relacionados

1 Institutions: 1 School of Pharmaceutical Sciences of Ribeirão Preto FCFRP-USP, University of São Paulo, Avenida do Café, s/ número, Bairro Monte Alegre, CEP 14040-903 - Ribeirão